Pelo menos dez pessoas morreram e 15 saíram feridas de um atentado terrorista suicida na madrugada de hoje pela hora local em Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou a agência espanhola EFE. O ataque é atribuído à milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude), que há cinco anos declarou lealdade à rede terrorista Al Caeda.
Era pouco depois da meia-noite quando o terrorista jogou um carro carregado de explosivos contra um restaurante cheio de pessoas que quebravam o jejum que os muçulmanos são obrigados a respeitar durante o dia no mês sagrado do Ramadã.
Foi o primeiro ataque a civis em Mogadíscio desde o início do Ramadã, em 27 de maio. Em seguida, os terroristas sequestraram pessoas.
Dezenas de pessoas foram mortas nos últimos meses em ataques contra hotéis e restaurantes da capital somaliana. Um ataque anterior a um restaurante, em 8 de maio, matara sete pessoas.
Outros alvos frequentes são os soldados da Missão da União Africana na Somália e do governo provisório que ela sustenta. Na semana passada, Al Chababe alegou ter matado 61 soldados num posto militar da região semiautônoma da Puntlândia, no Nordeste da Somália.
Em abril, o governo provisório somaliano reconhecido internacionalmente declarou "estado de guerra" e prometeu acabar com Al Chababe, que controla grandes regiões do Centro-Sul do país, situado na região do Chifre da África, no Nordeste do continente. Como parte do plano, o governo ofereceu anistia aos milicianos que estiverem prontos a se render e entregar as armas.
Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, no fim da Guerra Fria, em 1991, a Somália vive em estado de anarquia, sem um governo que controle a maior parte do território. As regiões da Somalilândia e da Puntândia são praticamente independentes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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