quarta-feira, 14 de junho de 2017

Procurador especial investiga Trump por obstrução de justiça, diz Post

CAMBRIDGE-MA, EUA - O procurador independente Robert Mueller, que está investigando a interferência indevida da Rússia na eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos está entrevistando altos funcionários dos serviços secretos para examinar se o presidente Donald Trump tentou obstruir a justiça, noticiou hoje o jornal The Washington Post.

A medida marca uma mudança de orientação do inquérito do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, iniciado em julho do ano passado. Até há pouco, o foco da investigação era um possível conluio entre a campanha de Trump e o governo russo. Os policiais também procuram provas sobre possíveis crimes financeiros cometidos por aliados de Trump.

Em janeiro, o então diretor-geral do FBI James Comey disse a Trump que ele não estava sendo pessoalmente investigado. Depois da posse, de acordo com o relato de Comey, o presidente pediu ao diretor do FBI que acabasse com o inquérito sobre as ligações do ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn.

Sem sucesso, em 9 de maio, Trump demitiu Comey, que vazou para a imprensa memorandos escritos para relatar os encontros com o presidente, deflagrando uma nova crise capaz de levar a um processo de impeachment.

Ao depor no Congresso, Comey acusou o presidente de mentir e admitiu que seu objetivo era provocar a nomeação de um procurador especial. Foi nomeado Robert Mueller, o diretor do FBI antes de Comey.

Agora, cinco pessoas que o jornal não identificou confirmaram que o diretor nacional de Inteligência, Daniel Coats, o diretor da Agência de Segurança Nacional, Mike Rogers, e o ex-subdiretor Richard Ledgett, que deixou o cargo faz pouco, aceitaram ser entrevistados por Mueller.

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