As Forças Democráticas da Síria (FDS), uma milícia árabe-curda financiada e armada pelos Estados Unidos, entraram ontem nos distritos de al-Siná, no Leste, e Hattin, no Oeste, e avançam em direção à cidade antiga de Rakka, na Síria, a capital do emirado proclamado há três anos pela organização terrorista Estado Islâmico do Estado e do Levante.
Pelo menos 23 terroristas do Estado Islâmico foram mortos, anunciaram as FDS. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição com sede em Londres que monitora a guerra civil na Síria, declarou que as FDS já controlam 70% de al-Siná, mas o Estado Islâmico domina a área junto ao muro da cidade velha.
Com o apoio da Força Aérea dos EUA e aliados, e de forças de operações especiais americanas em terra, as FDS lançaram o ataque a Rakka. No Iraque, o Exército do Iraque e milícias aliadas, inclusive do Irã, lutam para tomar os últimos redutos do Estado Islâmico em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, que estava em poder dos terroristas há três anos.
Na prática, as quedas de Mossul e Rakka significam o fim do califado proclamado em 29 de junho de 2014 pelo líder do Estado Islâmico, Abu Baker al-Baghdadi, o Califa Ibrahim. O Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e regride para se tornar apenas um grupo terrorista clandestino, o que o torna ainda mais perigoso, principalmente no Oriente Médio, mas também nas grandes cidades da Europa e da América do Norte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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