Como era esperado, a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou hoje a taxa básica de juros de curto prazo em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 1%-1,25% ao ano. Também anunciou planos para vender títulos que comprou para estimular a economia durante a crise, quando não tinha mais a opção de baixar os juros.
Em dezembro de 2008, o Fed reduziu sua taxa básica para uma faixa de 0-0,25% ao ano. Depois, adotou a política chamada de alívio quantitativo, comprando papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e estimular a economia. Acumulou assim US$ 4,5 trilhões em ativos.
Os juros só voltaram a subir em dezembro de 2015. No ano passado, houve mais duas altas. Todas foram de 0,25 ponto percentual, como agora. Hoje, no fim de uma reunião de dois dias, o Comitê do Mercado Aberto do Fed indicou que deve haver novo aumento neste ano.
Ao formular a política monetária, o Fed presta atenção em alguns indicadores principais da economia americana, como a inflação, que está abaixo da meta informal de 2% ao ano; o desemprego, que caiu para 4,3%; e o crescimento.
Em entrevista coletiva no fim do encontro, a presidente do Fed, Janet Yellen, declarou que o Fed "estão monitorando de perto o desenvolvimento da inflação" e alertou: "É importante não ter uma reação exagerada. Os dados sobre inflação podem ser ruidosos."
A venda de títulos no mercado financeiro será feita gradualmente para não afetar a estabilidade. O plano inicial é vender US$ 6 bilhões por mês em bônus da dívida pública do Tesouro dos EUA e US$ 4 bilhões em títulos hipotecários.
Esse volume será aumentado gradualmente até um limite de US$ 30 bilhões por mês em bônus da dívida pública e de US$ 20 bilhões de títulos de hipotecas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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