O projeto em discussão no Senado para acabar com o programa do governo Barack Obama para garantir cobertura universal de saúde vai deixar mais 22 milhões de americanos sem seguro-saúde até 2026, advertiu hoje o bipartidário Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) dos Estados Unidos.
A previsão aumenta a pressão sobre os senadores do Partido Republicano. Se dois republicanos votarem contra, o projeto está liquidado. Pelo menos duas senadoras alertaram que não vão apoiar a proposta, que corta o financiamento para a Planned Parenthood, uma instituição beneficente dedicada à saúde reprodutiva que entre outras coisas financia aborto.
É mais uma jogada ideológica do governo Trump e da ultradireita republicana. Obama acusou o projeto de não ser um programa de saúde, mas um corte de impostos bilionário para favorecer grandes empresas e grandes fortunas.
Pelos cálculos do CBO, o projeto aprovado no mês passado na Câmara deixaria 23 milhões sem cobertura. A proposta republicana acaba com a obrigatoriedade de ter seguro-saúde e não exige que os planos de saúde não excluam as doenças preexistentes. Assim, o prêmio do seguro deve cair para pessoas saudáveis, mas corre o risco de se tornar impagável para quem já tem doenças graves.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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