Com a vitória do vice-primeiro-ministro Dimitri Medvedev praticamente assegurada e a apatia generalizada da campanha eleitoral, o Kremlin está preocupado com a abstenção na eleição presidencial de domingo.
O governo Vladimir Putin manobrou para impedir candidaturas de oposicionistas populares como o ex-campeão mundial de xadrez Garry e o ex-primeiro-ministro Mikhail Kassianov, Medvedev terá como adversários o líder comunista Guenadi Ziuganov e o ultranacionalista Vladimir Jirinovski, o grande bufão da política russa.
Mas, para a eleição ser válida, pelo menos metade do eleitorado deve votar.
As pesquisas dão 71% das preferências a Medvedev e um extraordinário prestígio ao presidente, que já anunciou a intenção de se tornar primeiro-ministro.
Como no tempo da União Soviética, o candidato do Kremlin ganha sempre.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Morales convoca plebiscitos constitucionais
Em conflito aberto com a oposição, o Movimento ao Socialismo, partido do presidente Evo Morales, mobilizou índios, mineiros e camponeses para cercar a sede do Congresso, em Lapaz, e aprovou em 28 de fevereiro, por aclamação, sem qualquer debate, a realização de dois plebiscitos em 4 de maio. Um é sobre a nova Constituição e outro para permitir a expropriação de latifúndios.
Diversos parlamentares não conseguiram furar o cerco e chegar à sede do parlamento, na Praça Murilo, onde os mineiros explodiram bombas em apoio a Morales, o primeiro índio a presidir o país, onde a grande maioria da população é indígena.
A data marcada coincide com o plebiscito sobre autonomia convocado pela rica província de Santa Cruz. O MAS também aprovou uma norma exigindo que qualquer plebiscito sobre autonomia tenha de ser aprovado pelo Congresso, tornando ilegal assim a consulta popular em Santa Cruz.
Diversos parlamentares não conseguiram furar o cerco e chegar à sede do parlamento, na Praça Murilo, onde os mineiros explodiram bombas em apoio a Morales, o primeiro índio a presidir o país, onde a grande maioria da população é indígena.
A data marcada coincide com o plebiscito sobre autonomia convocado pela rica província de Santa Cruz. O MAS também aprovou uma norma exigindo que qualquer plebiscito sobre autonomia tenha de ser aprovado pelo Congresso, tornando ilegal assim a consulta popular em Santa Cruz.
Brancos sul-africanos se desculpam por vídeo
Dois dos quatro estudantes sul-africanos que aparecem num vídeo humilhando a maltratando funcionários negros na Universidade do Estado Livre, em Bloemfontein, pediram desculpas.
Eles obrigam os faxineiros e tomar cerveja de um só gole, a correr no pátio da faculdade, como nos trotes aplicados em calouros. As cenas mais ultrajantes mostram um dos alunos brancos urinando num cozido que depois é servida aos funcionários.
No final da gravação, uma frase escrita no vídeo diz: "É isso que nós pensamos da integração racial".
A África do Sul viveu 300 anos sob a dominação da minoria branca, que no século 20 submeteu a maioria negra ao regime segragacionista do apartheid. Os negros chegaram ao poder em 1994 em negociações lideradas por Nelson Mandela, um dos poucos mitos vivos nesta era de líderes medíocres.
Com a onda de protestos gerada pelo vídeo ultrajante, a direção da universidade resolveu acusar os estudantes criminalmente. Os manifestantes exigem que eles sejam expulsos.
Eles obrigam os faxineiros e tomar cerveja de um só gole, a correr no pátio da faculdade, como nos trotes aplicados em calouros. As cenas mais ultrajantes mostram um dos alunos brancos urinando num cozido que depois é servida aos funcionários.
No final da gravação, uma frase escrita no vídeo diz: "É isso que nós pensamos da integração racial".
A África do Sul viveu 300 anos sob a dominação da minoria branca, que no século 20 submeteu a maioria negra ao regime segragacionista do apartheid. Os negros chegaram ao poder em 1994 em negociações lideradas por Nelson Mandela, um dos poucos mitos vivos nesta era de líderes medíocres.
Com a onda de protestos gerada pelo vídeo ultrajante, a direção da universidade resolveu acusar os estudantes criminalmente. Os manifestantes exigem que eles sejam expulsos.
Exército britânico vai tirar príncipe da guerra
O Exército Real britânico deve retirar o príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra, do Afeganistão depois que a notícia vazou para a imprensa.
No ano passado, o segundo filho de Charles e Diana ia para o Iraque. Mas, na última hora, as autoridades britânicas consideraram arriscado demais mandar um membro da família real para uma guerra brutal onde o príncipe seria um alvo prioritário para os terroristas.
Há dois meses e meio, Harry está na província de Helmand, no Afeganistão, um dos principais centros de atividades da Milícia dos Talebã (Estudantes). Ela trabalha no apoio a missões aéreas, apontado alvos para a Força Aérea Real ou pedindo cobertura aérea para operações terrestres.
Descoberto pela imprensa, o jovem príncipe declarou feliz e sorridente que era uma rara oportunidade de se sentir uma pessoa igual às outras. Mas não é. De repente, para ele, a guerra pode estar acabando.
No ano passado, o segundo filho de Charles e Diana ia para o Iraque. Mas, na última hora, as autoridades britânicas consideraram arriscado demais mandar um membro da família real para uma guerra brutal onde o príncipe seria um alvo prioritário para os terroristas.
Há dois meses e meio, Harry está na província de Helmand, no Afeganistão, um dos principais centros de atividades da Milícia dos Talebã (Estudantes). Ela trabalha no apoio a missões aéreas, apontado alvos para a Força Aérea Real ou pedindo cobertura aérea para operações terrestres.
Descoberto pela imprensa, o jovem príncipe declarou feliz e sorridente que era uma rara oportunidade de se sentir uma pessoa igual às outras. Mas não é. De repente, para ele, a guerra pode estar acabando.
Crises bancárias causam ataques cardíacos
Milhares de pessoas podem morrer do coração se a atual crise financeira nos países ricos provocar falências de bancos, alerta um estudo da Universidade de Cambridge, a mais prestigiada da Grã-Bretanha. Os mais velhos correm maior risco.
Se falências como do banco Northern Rock se repetirem, o total de mortes pode ser dez vezes maior do que o de soldados britânicos mortos no Iraque.
Se falências como do banco Northern Rock se repetirem, o total de mortes pode ser dez vezes maior do que o de soldados britânicos mortos no Iraque.
Caçadores de tesouro encontram ouro de Hitler
O caçador de tesouros Christian Hanisch acredita ter encontrado o ouro roubado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, inclusive o Salão de Âmbar, removido de um palácio próximo a Leningrado, hoje São Petersburgo, durante a Segunda Guerra Mundial.
As escavações estão sendo feitas em Deutschneudorf, na Alemanha, perto da fronteira com a República Tcheca. Hanisch encontrou algumas peças que provavelmente eram do Salão de Âmbar, doado por Frederico Guilherme da Prússia e Pedro, o Grande, da Rússia.
Ao todo, acredita-se que o ditador nazista Adolf Hitler escondeu duas toneladas de ouro na região.
As escavações estão sendo feitas em Deutschneudorf, na Alemanha, perto da fronteira com a República Tcheca. Hanisch encontrou algumas peças que provavelmente eram do Salão de Âmbar, doado por Frederico Guilherme da Prússia e Pedro, o Grande, da Rússia.
Ao todo, acredita-se que o ditador nazista Adolf Hitler escondeu duas toneladas de ouro na região.
Sarkozy quer ir à Colômbia por Ingrid
Depois de um apelo dramático da família da ex-senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, o presidente da França, Nicolas Sarkozy fez um apelo às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para libertá-la.
Um dos reféns libertados quarta-feira pelas FARC, o ex-senador Eladio Pérez, contou que Ingrid está com hepatite B, uma doença mortal que se contrai, entre outras maneiras, através da água contaminada.
Em imagens divulgadas pela guerrilha no final do ano passado, Ingrid aparece magra e pálida, com a saúde debilitada.
Nesta quinta-feira, o ex-marido dela, Fabrice Delloye, advertiu que o tempo está se esgotando: "Ela está morrendo. Já teve hepatite e, quando a doença volta, torna-se mais grave."
O filho dela, Lorenzo Delloye, acredita que "não temos muito tempo. Se não agirmos rapidamente, minha mãe vai morrer".
Ingrid é a mais valiosa entre todos os reféns seqüestrados pelas FARC. Com mediação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a guerrilha soltou seis ex-parlamentares nos últimos dois meses.
Na quarta-feira, as FARC anunciaram que as "libertações unilaterais" acabaram. Daqui para a frente, só aceitar trocar reféns por guerrilheiros presos. Mas o presidente colombiano, Álvaro Uribe, com sua política de "segurança democrática", nega legitimidade política à guerrilha e não quer ceder.
Um dos reféns libertados quarta-feira pelas FARC, o ex-senador Eladio Pérez, contou que Ingrid está com hepatite B, uma doença mortal que se contrai, entre outras maneiras, através da água contaminada.
Em imagens divulgadas pela guerrilha no final do ano passado, Ingrid aparece magra e pálida, com a saúde debilitada.
Nesta quinta-feira, o ex-marido dela, Fabrice Delloye, advertiu que o tempo está se esgotando: "Ela está morrendo. Já teve hepatite e, quando a doença volta, torna-se mais grave."
O filho dela, Lorenzo Delloye, acredita que "não temos muito tempo. Se não agirmos rapidamente, minha mãe vai morrer".
Ingrid é a mais valiosa entre todos os reféns seqüestrados pelas FARC. Com mediação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a guerrilha soltou seis ex-parlamentares nos últimos dois meses.
Na quarta-feira, as FARC anunciaram que as "libertações unilaterais" acabaram. Daqui para a frente, só aceitar trocar reféns por guerrilheiros presos. Mas o presidente colombiano, Álvaro Uribe, com sua política de "segurança democrática", nega legitimidade política à guerrilha e não quer ceder.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
McCain lidera pesquisas do Los Angeles Times
O senador John McCain, virtual candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, venceria a senadora Hillary Clinton e está em empate técnico com dois pontos percentuais de vantagem sobre o senador Barack Obama, indica uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal americano Los Angeles Times.
Se Hillary for a candidata democrata, McCain ganharia por 46% a 40%. Se o adversário for Obama, a pesquisa dá 44% a 42% para McCain, considerado melhor, por sua experiência, para ligar com questões de segurança e defesa como o terrorismo e a guerra no Iraque.
Se Hillary for a candidata democrata, McCain ganharia por 46% a 40%. Se o adversário for Obama, a pesquisa dá 44% a 42% para McCain, considerado melhor, por sua experiência, para ligar com questões de segurança e defesa como o terrorismo e a guerra no Iraque.
FARC libertam quatro ex-parlamentares
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) libertaram na quarta-feira, 27 de fevereiro, mais quatro ex-parlamentares seqüestrados há mais de seis anos. O grupo guerrilheiro entregou os reféns ao ministro do Interior da Venezujela, Ramón Rodríguez, e à senadora colombiana Piedad Córdoba, principal aliada do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na Colômbia.
Depois de caminharem durante 15 dias rumo à liberdade, Jorge Eduardo Géchem, Luis Eladio Pérez, Orlando Beltrán e Gloria Polanco foram resgatados por helicópteros venezuelanos na selva colombiana e levados para a base militar de São Domingos, no estado de Táchira, na Venezuela, de onde seguiram para Caracas. Lá, se reencontraram com seus familiares.
Em comunicado, as FARC anunciaram que acabaram as "libertações unilaterais". Daqui para a frente, os reféns serão trocados por guerrilheiros detidos em prisões colombianas.
A refém mais importante é a ex-senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que tem dupla nacionalidade e é também francesa. Ela está seqüestrada há seis anos.
Depois de caminharem durante 15 dias rumo à liberdade, Jorge Eduardo Géchem, Luis Eladio Pérez, Orlando Beltrán e Gloria Polanco foram resgatados por helicópteros venezuelanos na selva colombiana e levados para a base militar de São Domingos, no estado de Táchira, na Venezuela, de onde seguiram para Caracas. Lá, se reencontraram com seus familiares.
Em comunicado, as FARC anunciaram que acabaram as "libertações unilaterais". Daqui para a frente, os reféns serão trocados por guerrilheiros detidos em prisões colombianas.
A refém mais importante é a ex-senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que tem dupla nacionalidade e é também francesa. Ela está seqüestrada há seis anos.
EUA pressionam Turquia a sair do Iraque
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, declarou na quarta-feira, 27 de fevereiro, que o Exército da Turquia deve sair do Norte do Iraque nos próximos dias.
A Turquia respondeu que primeiro quer cumprir a missão de destruir as bases de guerrilheiros Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que aproveitam a conivência do governo autônomo da região curda no Norte do Iraque para atacar em território turco.
Maior povo do mundo sem Estado Nacional, os curdos se dividem entre a Turquia, o Iraque, o Irã, a Síria e o Azerbaijão. A queda de Saddam Hussein criou a oportunidade para reviver o sonho, enterrado depois da Primeira Guerra Mundial pelo então subsecretário do Exterior britânico para o Oriente Médio, Winston Churchill, que juntou a província de Kirkuk, rica em petróleo, às províncias de Bagdá e de Bássora do antigo Império Otomano para criar o Iraque.
A Turquia respondeu que primeiro quer cumprir a missão de destruir as bases de guerrilheiros Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que aproveitam a conivência do governo autônomo da região curda no Norte do Iraque para atacar em território turco.
Maior povo do mundo sem Estado Nacional, os curdos se dividem entre a Turquia, o Iraque, o Irã, a Síria e o Azerbaijão. A queda de Saddam Hussein criou a oportunidade para reviver o sonho, enterrado depois da Primeira Guerra Mundial pelo então subsecretário do Exterior britânico para o Oriente Médio, Winston Churchill, que juntou a província de Kirkuk, rica em petróleo, às províncias de Bagdá e de Bássora do antigo Império Otomano para criar o Iraque.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Fed indica que haverá mais cortes de juros
O Federal Reserve Board (Fed), banco central dos Estados Unidos, deve cortar mais ainda sua taxa básica de juros, que já caiu de 5,25% para 3% ao ano.
Em depoimento nesta quarta-feira ao Congresso, o presidente do Fed, Ben Bernanke, admitiu que a maior economia do mundo se deteriorou ainda mais.
Ontem, o Departamento do Comércio revelou que as encomendas de bens duráveis à indústria caíram 5,3% em janeiro. É um sinal de que o setor manufatureiro pode estar em recessão (crescimento negativo).
O setor habitacional já está em recessão, com uma queda de 8,9% em média nos preços da casa própria.
Bernanke previu que o crescimento no primeiro semestre será medíocre. Deve haver queda no investimento em novos equipamentos e software. O desemprego tende a aumentar. Mas as exportações devem crescer e as empresas não-financeiras dos EUA estão em boas condições.
Há risco de que o desemprego e o mercado imobiliário tenham problemas ainda maiores do que previsto até agora.
"O crescimento só volta ao normal em 2010", que seria algo em torno de 3%, antecipou o presidente do Fed.
Apesar das más notícias, a Bolsa de Nova Iorque reagiu com a expectativa de mais cortes na taxa básica de juros e fechou praticamente estável.
O mercado aposta numa queda da taxa básica de 3% para 2%. Mas entende que há um limite a partir do qual juros baixos demais começarão a criar uma nova bolha.
Para os críticos do excessivo afrouxamento da política monetária, a crise gerada pelo não-pagamento de prestações da casa própria por tomadores de segunda linha, que tinham um histórico com problemas de crédito, só pode ser resolvida com um saneamento financeiro.
Só assim, os bancos e as instituições financeiras teriam condições de voltar a oferecer crédito em bases saudáveis.
Em depoimento nesta quarta-feira ao Congresso, o presidente do Fed, Ben Bernanke, admitiu que a maior economia do mundo se deteriorou ainda mais.
Ontem, o Departamento do Comércio revelou que as encomendas de bens duráveis à indústria caíram 5,3% em janeiro. É um sinal de que o setor manufatureiro pode estar em recessão (crescimento negativo).
O setor habitacional já está em recessão, com uma queda de 8,9% em média nos preços da casa própria.
Bernanke previu que o crescimento no primeiro semestre será medíocre. Deve haver queda no investimento em novos equipamentos e software. O desemprego tende a aumentar. Mas as exportações devem crescer e as empresas não-financeiras dos EUA estão em boas condições.
Há risco de que o desemprego e o mercado imobiliário tenham problemas ainda maiores do que previsto até agora.
"O crescimento só volta ao normal em 2010", que seria algo em torno de 3%, antecipou o presidente do Fed.
Apesar das más notícias, a Bolsa de Nova Iorque reagiu com a expectativa de mais cortes na taxa básica de juros e fechou praticamente estável.
O mercado aposta numa queda da taxa básica de 3% para 2%. Mas entende que há um limite a partir do qual juros baixos demais começarão a criar uma nova bolha.
Para os críticos do excessivo afrouxamento da política monetária, a crise gerada pelo não-pagamento de prestações da casa própria por tomadores de segunda linha, que tinham um histórico com problemas de crédito, só pode ser resolvida com um saneamento financeiro.
Só assim, os bancos e as instituições financeiras teriam condições de voltar a oferecer crédito em bases saudáveis.
OMS adverte para tuberculose resistente
Cerca de 500 mil pessoas por ano contraem um tipo de tuberculose resistente aos medicamentos usados hoje para combater a doença, advertiu na terça-feira a Organização Mundial de Saúde. São quase 5% dos 9 milhões de novos casos de tuberculose notificados a cada ano.
A situação é especialmente grave na África, onde a epidemia de aids reduz a imunidade de milhões de pessoas.
A situação é especialmente grave na África, onde a epidemia de aids reduz a imunidade de milhões de pessoas.
Khamenei elogia programa nuclear do Irã
O Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, elogiou na terça-feira o papel do presidente Mahmoud Ahmadinejad no "grande sucesso" do programa nuclear do Irã.
"Uma das grandes conquistas da revolução em seus 29 anos é a questão nuclear", declarou o aiatolá diante da Assembléia dos Sábios. "O papel pessoal do presidente e sua resistência são bastante claros".
Ahmadinejad, ex-prefeito de Teerã, é um extremista que pertenceu à Guarda Revolucionária Iraniana e ameaça varrer Israel do mapa. Dois ex-presidentes, Hachemi Rafsanjani e Mohammed Khatami, criticam o atual chefe de Estado por isolar o Irã com sua insistência de não ceder à pressão internacional para autorizar inspeções mais rigorosas da Agência Internacional de Energia Atômica.
Como o poder de fato está com Khamenei, herdeiro do aiatolá Ruhollah Khomeini, alguns analistas desconsideravam as posições de Ahmadinejad como meramente retóricas. Mas ele tem o aval do Líder Supremo para desafiar os Estados Unidos e a Europa, que devem propor ao Conselho de Segurança das Nações Unidas novas sanções para pressionar o Irã a não fazer armas atômicas.
"Uma das grandes conquistas da revolução em seus 29 anos é a questão nuclear", declarou o aiatolá diante da Assembléia dos Sábios. "O papel pessoal do presidente e sua resistência são bastante claros".
Ahmadinejad, ex-prefeito de Teerã, é um extremista que pertenceu à Guarda Revolucionária Iraniana e ameaça varrer Israel do mapa. Dois ex-presidentes, Hachemi Rafsanjani e Mohammed Khatami, criticam o atual chefe de Estado por isolar o Irã com sua insistência de não ceder à pressão internacional para autorizar inspeções mais rigorosas da Agência Internacional de Energia Atômica.
Como o poder de fato está com Khamenei, herdeiro do aiatolá Ruhollah Khomeini, alguns analistas desconsideravam as posições de Ahmadinejad como meramente retóricas. Mas ele tem o aval do Líder Supremo para desafiar os Estados Unidos e a Europa, que devem propor ao Conselho de Segurança das Nações Unidas novas sanções para pressionar o Irã a não fazer armas atômicas.
Inflação no atacado nos EUA é a maior desde 1981
O índice de preços ao produtor chegou a 7,5% ao ano em janeiro nos Estados Unidos, a maior taxa desde 1981. Só no mês passado, a alta foi de 1%. Excluídos os preços de energia e alimentos, o núcleo da inflação ficou em 0,4% em janeiro.
Esses números complicam a política monetária do Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos EUA, que tem cortado agressivamente sua taxa básica de juros para tentar evitar uma recessão na maior economia do mundo.
Ao mesmo tempo, a confiança do consumidor americano caiu ao nível mais baixo em 16 anos.
No setor habitacional, a recessão se aprofunda. O índice S&P/Case-Shiller de preços da casa própria registrou hoje o maior declínio desde que começou a ser calculado, há 20 anos. No quarto trimestre do anos, a queda foi de 8.9%.
Esses números complicam a política monetária do Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos EUA, que tem cortado agressivamente sua taxa básica de juros para tentar evitar uma recessão na maior economia do mundo.
Ao mesmo tempo, a confiança do consumidor americano caiu ao nível mais baixo em 16 anos.
No setor habitacional, a recessão se aprofunda. O índice S&P/Case-Shiller de preços da casa própria registrou hoje o maior declínio desde que começou a ser calculado, há 20 anos. No quarto trimestre do anos, a queda foi de 8.9%.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Antidepressivos não funcionam
Os antidepressivos, um tipo de medicamento que está entre os mais vendidos do mundo (Prozac só perde para Viagra), não funcionam, adverte um estudo coordenado pelo professor Irving Kirsch, da Universidade de Hull, publicado na revista média online Public Library of Science (PLoS) Medicine.
Leia mais no jornal inglês The Independent.
Leia mais no jornal inglês The Independent.
Annan ameaça deixar negociações no Quênia
Diante da intransigência do governo e da oposição no Quênia, o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan ameaça abandonar a função de mediador nas negociações para resolver a crise gerada pela fraude na eleição presidencial de 27 de dezembro.
"Se houvesse uma vontade política genuína, o problema teria sido resolvido há uma ou duas semanas", lamentou um assessor de Annan.
"Se houvesse uma vontade política genuína, o problema teria sido resolvido há uma ou duas semanas", lamentou um assessor de Annan.
Trigo de qualidade sobe 25% num dia
Os preços do trigo de alta qualidade subiram 25% ontem, diante do anúncio do Casaquistão, um dos maiores exportadores mundiais, de que vai impor tarifas sobre as vendas externas para conter a inflação, que chegou a 20% ao ano. Como a Rússia e a Argentina, outros grandes exportadores, já estão fazendo isso, o mercado está sob pressão.
Na Bolsa de Cereais de Mineápolis, nos Estados Unidos, o preço do bushel (36,4 litros) aumentou US$ 4,75, chegando a US$ 24.
Desde janeiro, os preços do trigo de qualidade, usado para fazer pão, dobraram. Em um ano, quadruplicaram, alimentando a inflação global no mercado de alimentos.
A alta foi estimulada por informações de que a China, a Turquia e o Iraque querem aumentar seus estoques, no momento em que as safras da Austrália, do Canadá e da Europa sofreram quebras por causa de problemas climáticos. Nos EUA, os estoques estão nos níveis mais baixos em 60 anos.
Um dos grandes ricos do aquecimento global é seu impacto sobre a produção de alimentos, como já comentei neste blog.
Na Bolsa de Cereais de Mineápolis, nos Estados Unidos, o preço do bushel (36,4 litros) aumentou US$ 4,75, chegando a US$ 24.
Desde janeiro, os preços do trigo de qualidade, usado para fazer pão, dobraram. Em um ano, quadruplicaram, alimentando a inflação global no mercado de alimentos.
A alta foi estimulada por informações de que a China, a Turquia e o Iraque querem aumentar seus estoques, no momento em que as safras da Austrália, do Canadá e da Europa sofreram quebras por causa de problemas climáticos. Nos EUA, os estoques estão nos níveis mais baixos em 60 anos.
Um dos grandes ricos do aquecimento global é seu impacto sobre a produção de alimentos, como já comentei neste blog.
Coréia do Norte apela à diplomacia da música
Depois da diplomacia do futebol e do pingue-pongue, agora chegou a vez da música.
A Orquestra Filarmônica de Nova Iorque se apresenta hoje em Pionguiangue num concerto inédito, a convite do regime stalinista da Coréia do Norte. O próximo convidado é o guitarrista inglês Eric Clapton.
Para romper o isolamento de um dos países mais fechados do mundo, a ditadura militar norte-coreana apelou para a música. Há precedentes no esporte.
Pelé parou a guerra civil de Biafra, na Nigéria, nos anos 60. Os nigerianos queriam ver o Santos do Rei.
Antes da visita do secretário de Estado americano, Henry Kissinger, à China, em 1971, Mao Tsé Tung convidou uma equipe de tênis de mesa dos Estados Unidos.
"Esses contatos culturais são uma maneira de promover o entendimento entre países", declarou um funcionário norte-coreano ao jornal inglês Financial Times, que divulgou a notícia sobre o convite a Clapton. "Queremos que nossa música seja entendida no Ocidente e que nosso povo entenda a música ocidental."
A Orquestra Sinfônica Estatal da Coréia do Norte deve se apresentar em Londres durante o próximo verão no Hemisfério Norte.
Clapton aceitou "em princípio", sugerindo que o show seja programado para 2009.
O mais extraordinário do convite ao chamado deus da guitarra é que, enquanto a música clássica é cultivada na Coréia do Norte, o rock e a música pop são censurados como uma degeneração cultural do Ocidente.
Desde o colapso da União Soviética, o regime comunista norte-coreano vive sua pior crise e faz uma chantagem nuclear contra o resto do mundo. Chegou a fazer uma explosão nuclear em 2006. No ano passado, fez um acordo com os EUA para renunciar às armas atômicas em troca de uma substancial ajuda econômica em energia e alimentos.
As negociações para implementar o acordo estão congeladas. Pionguiangue ainda não revelou onde estão todas as suas instalações nucleares. A música pode ajudar no degelo, como o pingue-pongue aproximou americanos e chineses em plena Revolução Cultural Proletária na China, durante a Guerra Fria.
A Orquestra Filarmônica de Nova Iorque se apresenta hoje em Pionguiangue num concerto inédito, a convite do regime stalinista da Coréia do Norte. O próximo convidado é o guitarrista inglês Eric Clapton.
Para romper o isolamento de um dos países mais fechados do mundo, a ditadura militar norte-coreana apelou para a música. Há precedentes no esporte.
Pelé parou a guerra civil de Biafra, na Nigéria, nos anos 60. Os nigerianos queriam ver o Santos do Rei.
Antes da visita do secretário de Estado americano, Henry Kissinger, à China, em 1971, Mao Tsé Tung convidou uma equipe de tênis de mesa dos Estados Unidos.
"Esses contatos culturais são uma maneira de promover o entendimento entre países", declarou um funcionário norte-coreano ao jornal inglês Financial Times, que divulgou a notícia sobre o convite a Clapton. "Queremos que nossa música seja entendida no Ocidente e que nosso povo entenda a música ocidental."
A Orquestra Sinfônica Estatal da Coréia do Norte deve se apresentar em Londres durante o próximo verão no Hemisfério Norte.
Clapton aceitou "em princípio", sugerindo que o show seja programado para 2009.
O mais extraordinário do convite ao chamado deus da guitarra é que, enquanto a música clássica é cultivada na Coréia do Norte, o rock e a música pop são censurados como uma degeneração cultural do Ocidente.
Desde o colapso da União Soviética, o regime comunista norte-coreano vive sua pior crise e faz uma chantagem nuclear contra o resto do mundo. Chegou a fazer uma explosão nuclear em 2006. No ano passado, fez um acordo com os EUA para renunciar às armas atômicas em troca de uma substancial ajuda econômica em energia e alimentos.
As negociações para implementar o acordo estão congeladas. Pionguiangue ainda não revelou onde estão todas as suas instalações nucleares. A música pode ajudar no degelo, como o pingue-pongue aproximou americanos e chineses em plena Revolução Cultural Proletária na China, durante a Guerra Fria.
Hillary acusa Obama de inexperiência
Em seu principal discurso de política da campanha, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton acusou seu rival na disputa pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, senador Barack Obama, de ser "uma opção de risco" por sua falta de experiência em política externa.
Hillary citou como exemplo os fracassos externos do governo George Walker Bush, como se o atual presidente não estivesse cercado de assessores da geração do pai dele, como o vice-presidente Dick Cheney, o ex-secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o ex-secretário de Estado Colin Powell.
A senadora considerou ingenuidade de Obama querer conversar com inimigos dos EUA como os regimes de Cuba, do Irã e da Síria, e de ter ameaçado caçar Ossama ben Laden no Paquistão mesmo sem o consentimento do governo daquele país, um tradicional aliado americano essencial na luta contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos.
Hillary citou como exemplo os fracassos externos do governo George Walker Bush, como se o atual presidente não estivesse cercado de assessores da geração do pai dele, como o vice-presidente Dick Cheney, o ex-secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o ex-secretário de Estado Colin Powell.
A senadora considerou ingenuidade de Obama querer conversar com inimigos dos EUA como os regimes de Cuba, do Irã e da Síria, e de ter ameaçado caçar Ossama ben Laden no Paquistão mesmo sem o consentimento do governo daquele país, um tradicional aliado americano essencial na luta contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Campanha de Hillary baixa o nível
O website conservador The Drudge Report divulgou hoje uma foto do senador Barack Obama de turbante e traje somalianos durante uma visita ao Quênia, onde seu pai nasceu, dizendo ter obtido a imagem de funcionários da campanha da senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton para obter a candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos.
Depois de 11 derrotas consecutivas, Hillary partiu para o ataque, dando sinais de desespero. Primeiro, acusou Obama de plagiar suas idéias. Depois, ironizou os discursos do senador por Illinois. Agora, soltou a foto que sugere que Obama tem ligações com o islamismo.
"Acho que o povo americano fica triste quando vê este tipo de campanha", declarou Obama em entrevista a uma rádio do Texas.
Em sua defesa, Hillary alegou que a foto não tem nada demais, que ela também usou trajes típicos em viagens ao exterior. Mas o público costuma rejeitar este tipo de campanha negativa.
A campanha de Obama a acusou de fazer a "mais escândalosa" manobra para amedrontar o eleitorado americano.
No Texas, a última pesquisa da rede de televisão CNN dá vantagem a Obama de 50% a 46%. Em Ohio, outro estado importante que também realiza eleições prévias em 4 de março, Hillary tem uma vantagem de 10 pontos percentuais.
Escassez de alimentos ameaça ajuda internacional
A diretora do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, Josette Sheeran, admite que pode racionar a ajuda alimentar a países necessitados por causa da inflação mundial nos preços dos alimentos, de 40% ano ano passado, e a falta de recursos.
Em entrevista à rádio e televisão pública britânica BBC, a ex-subsecretária de Estado americana fez um apelo aos países ricos para que aumentem sua contribuição. Entre os países em dificuldades, Josette citou o Afeganistão, onde o povo não tem dinheiro para comprar comida.
Ela considera urgente distribuir sementes e fertilizantes a agricultores de países pobres para evitar a fome.
Em países como o Iêmen, a Indonésia e o México, advertiu Josette, a classe média está economizando em educação e saúde para não prejudicar a nutrição. Depois de duas décadas, o Egito reintroduziu um sistema de racionamento de comida. O mesmo fez o Paquistão.
Enquanto a China, a Rússia e a Venezuela impuseram controles de preços, a Argentina e o Vietnã taxaram ou proibiram a exportação de alguns alimentos.
No início do mês, a Organização para Alimentos e Agricultura da ONU (FAO) advertiu que a alta nos preços de cereais como trigo e milho tornaram-se "uma grande preocupação mundial". Em alguns países em desenvolvimento, o preço de alimentos básicos subiu 80%.
Depois dos 40% de inflação no ano passado, a ONU prevê um aumento de pelo menos um terço na conta dos alimentos importados em 2008. No caso da África, a expectativa é de um crescimento de quase 50% nos gastos.
Outra questão importante é o impacto que uma crise mundial de alimentos teria sobre as negociações de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC), estagnadas por causa da relutância dos países ricos em cortar os subsídios agrícolas.
Em entrevista à rádio e televisão pública britânica BBC, a ex-subsecretária de Estado americana fez um apelo aos países ricos para que aumentem sua contribuição. Entre os países em dificuldades, Josette citou o Afeganistão, onde o povo não tem dinheiro para comprar comida.
Ela considera urgente distribuir sementes e fertilizantes a agricultores de países pobres para evitar a fome.
Em países como o Iêmen, a Indonésia e o México, advertiu Josette, a classe média está economizando em educação e saúde para não prejudicar a nutrição. Depois de duas décadas, o Egito reintroduziu um sistema de racionamento de comida. O mesmo fez o Paquistão.
Enquanto a China, a Rússia e a Venezuela impuseram controles de preços, a Argentina e o Vietnã taxaram ou proibiram a exportação de alguns alimentos.
No início do mês, a Organização para Alimentos e Agricultura da ONU (FAO) advertiu que a alta nos preços de cereais como trigo e milho tornaram-se "uma grande preocupação mundial". Em alguns países em desenvolvimento, o preço de alimentos básicos subiu 80%.
Depois dos 40% de inflação no ano passado, a ONU prevê um aumento de pelo menos um terço na conta dos alimentos importados em 2008. No caso da África, a expectativa é de um crescimento de quase 50% nos gastos.
Outra questão importante é o impacto que uma crise mundial de alimentos teria sobre as negociações de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC), estagnadas por causa da relutância dos países ricos em cortar os subsídios agrícolas.
Turquia manda mais tropas e tanques para o Iraque
O Exército da Turquia intensificou nesta segunda-feira, com mais soldados e outros 25 tanques, sua ofensiva iniciada quinta-feira à noite no Norte do Iraque para combater guerrilheiros que lutam pela independência do Curdistão.
Greenpeace protesta no aeroporto de Londres
Ativistas do grupo ecológico Greenpeace subiram hoje na parte externa de um avião da companhia aérea British Airways no Aeroporto de Heathrow, em Londres, para protestar contra a construção de uma terceira pista.
Os ecologistas são contra a expansão do transporte aéreo, que consideram um dos maiores vilões do aquecimento global.
Os ecologistas são contra a expansão do transporte aéreo, que consideram um dos maiores vilões do aquecimento global.
Submissão da mulher dificulta combate à aids
A negação, os mitos, a complacência, a falta de vontade política e a submissão da mulher são obstáculos importantes no combate à síndrome de deficiência imunológica adquirida (aids) e ao vírus da imunodefiência humana (HIV, do inglês), que a causa, adverte o professor Lars Kallings, enviado especial das Nações Unidas para o combate à doença, presidente, fundador e ex-secretário-geral da Sociedade Internacional da Aids.
Como não há cura nem perspectiva de desenvolver uma vacina para um vírus de alta mutabilidade, o combate à aids se faz pela prevenção e os fatores acima mencionados dificultam esse trabalho.
"A confiança na ciência moderna é tão grande que as pessoas não querem pensar que talvez não seja possível encontrar uma solução médica simples para erradicar o vírus", adverte o professor Kallings na edição de março do Journal of Internal Medicine.
"Em conseqüência, não tem sido dada atenção suficiente aos aspectos econômicos e sociais da aids e do HIV, à luta contra a discriminação - fatores vitais para responder a esta epidemia."
O professor entende que "o dinheiro não é o maior problema porque o custo do tratamento caiu drasticamente nos últimos anos. No entanto, em 2010, serão necessários US$ 42 bilhões para oferecer acesso universal à prevenção, ao tratamento e ao fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde.
"Mas mesmo que esta quantia esteja disponível, os recursos nem sempre atingem quem precisa porque os governantes de muitos países estão mais interessados em fortalecer seu próprio poder e acumular fortunas do que no bem-estar de seus povos."
Como não há cura nem perspectiva de desenvolver uma vacina para um vírus de alta mutabilidade, o combate à aids se faz pela prevenção e os fatores acima mencionados dificultam esse trabalho.
"A confiança na ciência moderna é tão grande que as pessoas não querem pensar que talvez não seja possível encontrar uma solução médica simples para erradicar o vírus", adverte o professor Kallings na edição de março do Journal of Internal Medicine.
"Em conseqüência, não tem sido dada atenção suficiente aos aspectos econômicos e sociais da aids e do HIV, à luta contra a discriminação - fatores vitais para responder a esta epidemia."
O professor entende que "o dinheiro não é o maior problema porque o custo do tratamento caiu drasticamente nos últimos anos. No entanto, em 2010, serão necessários US$ 42 bilhões para oferecer acesso universal à prevenção, ao tratamento e ao fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde.
"Mas mesmo que esta quantia esteja disponível, os recursos nem sempre atingem quem precisa porque os governantes de muitos países estão mais interessados em fortalecer seu próprio poder e acumular fortunas do que no bem-estar de seus povos."
Mortalidade por cocaína cresce no Reino Unido
A queda no preço da cocaína nos últimos 15 anos aumentou o consumo da droga e o número de mortes provocadas por ela no Reino Unido, revela um estudo do professor Fabrizio Schifano, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, publicada no Journal of Psychopharmcology.
Pelo menos 1.022 mortes foram atribuídas ao uso de cocaína no país de 1990 a 2004, bem menos do que as cerca de 2 mil mortes registradas em média por ano nos Estados Unidos, maior consumidor mundial.
"O fato de mais gente experimentar a droga é motivo para séria preocupação", declarou o professor Schifano. "A maior disponibilidade de cocaína significa que mais usuários podem entrar num padrão de consumo crônico. Se mais pessoas usarem a droga, mais gente vai morrer por causa disso."
Pelo menos 1.022 mortes foram atribuídas ao uso de cocaína no país de 1990 a 2004, bem menos do que as cerca de 2 mil mortes registradas em média por ano nos Estados Unidos, maior consumidor mundial.
"O fato de mais gente experimentar a droga é motivo para séria preocupação", declarou o professor Schifano. "A maior disponibilidade de cocaína significa que mais usuários podem entrar num padrão de consumo crônico. Se mais pessoas usarem a droga, mais gente vai morrer por causa disso."
Novo presidente sul-coreano toma posse
O presidente Lee Myung Bak tomou posse nesta segunda-feira. É um conservador que deve endurecer a posição da Coréia do Sul nas negociações com o regime stalinista da Coréia do Norte.
Na semana passada, foi livrado das acusações de corrupção por causa de seus negócios.
Lee, de 66 anos, ex-diretor-executivo do grupo Hyundai, é conhecido como "rolo compressor". Seus principais desafios são revigorar a economia, reconstruir a relação com os Estados Unidos e enfrentar a questão nuclear norte-coreana.
Na semana passada, foi livrado das acusações de corrupção por causa de seus negócios.
Lee, de 66 anos, ex-diretor-executivo do grupo Hyundai, é conhecido como "rolo compressor". Seus principais desafios são revigorar a economia, reconstruir a relação com os Estados Unidos e enfrentar a questão nuclear norte-coreana.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Um novo autoritarismo governa a Rússia
A Rússia elege seu novo presidente no próximo domingo, 2 de março. Mas não há grande expectativa. Como sempre, o vencedor será o candidato oficial do Kremlin. Desta vez, o escolhido é o vice-primeiro-ministro Dimitri Medvedev.
O grande eleitor é o presidente Vladimir Putin, que escolheu Medvedev, já que a Constituição da Rússia só permite uma reeleição. Mas Putin, ex-diretor do Serviço Federal de Segurança, sucessor do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a temida polícia política soviética, não vai deixar o poder. Será primeiro-ministro do futuro presidente.
Putin chegou ao poder pelas mãos de seu antecessor, Boris Yeltsin. Para garantir a vitória em 2000, travou uma guerra sanguinária contra a república rebelde da Chechênia, uma política de terra arrasada.
Durante seu governo, empresários foram presos, jornalistas e adversários do regime assassinados e a imprensa censurada. Com uma canetada, o novo czar acabou com as eleições diretas para governadores das 89 unidades administrativas da Federação Russa.
Na democracia de Putin, ele escolhe os vencedores.
Em uma tentativa de resgatar o poder imperial soviético, Putin ameaça as antigas repúblicas soviéticas, por exemplo, cortando o fornecimento de gás. Aproximou-se do Irã para romper o isolamento a que o regime dos aiatolás foi submetido por estar sob suspeita de fabricar a bomba atômica. Adotou a Internacional Comunista como Hino da Rússia. Ressuscitou as paradas militares na Praça Vermelha. E adverte para o risco de uma nova corrida armamentista no espaço.
A recuperação econômica da Rússia lhe garante o apoio da classe média emergente na era pós-comunismo. Ela se deve muito mais à alta dos preços do petróleo do que às políticas de Putin. Mas a maioria dos russos não percebe isso. Prefere ter um homem-forte no Kremlin.
Depois da crise asiática, com a queda nos preços do petróleo, a Rússia quebrou em agosto de 1998. O colapso do rublo, que passou de cerca de sete para 31 por dólar, estimulou o renascimento da indústria nacional.
Com a volta do acelerado crescimento da Ásia, especialmente na China e na Índia, o preço do barril de petróleo subiu de cerca de US$ 10 para os US$ 100 de hoje.
Rica em energia, a Rússia apresenta hoje as maiores taxas de crescimento dos países do Grupo dos Oito (EUA, Japão, China, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia). Este é o segredo do sucesso de autocrata obscurantista.
Na edição deste domingo, o jornal The New York Times revela as táticas fascistas dos partidários de Putin para sufocar a oposição.
O grande eleitor é o presidente Vladimir Putin, que escolheu Medvedev, já que a Constituição da Rússia só permite uma reeleição. Mas Putin, ex-diretor do Serviço Federal de Segurança, sucessor do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a temida polícia política soviética, não vai deixar o poder. Será primeiro-ministro do futuro presidente.
Putin chegou ao poder pelas mãos de seu antecessor, Boris Yeltsin. Para garantir a vitória em 2000, travou uma guerra sanguinária contra a república rebelde da Chechênia, uma política de terra arrasada.
Durante seu governo, empresários foram presos, jornalistas e adversários do regime assassinados e a imprensa censurada. Com uma canetada, o novo czar acabou com as eleições diretas para governadores das 89 unidades administrativas da Federação Russa.
Na democracia de Putin, ele escolhe os vencedores.
Em uma tentativa de resgatar o poder imperial soviético, Putin ameaça as antigas repúblicas soviéticas, por exemplo, cortando o fornecimento de gás. Aproximou-se do Irã para romper o isolamento a que o regime dos aiatolás foi submetido por estar sob suspeita de fabricar a bomba atômica. Adotou a Internacional Comunista como Hino da Rússia. Ressuscitou as paradas militares na Praça Vermelha. E adverte para o risco de uma nova corrida armamentista no espaço.
A recuperação econômica da Rússia lhe garante o apoio da classe média emergente na era pós-comunismo. Ela se deve muito mais à alta dos preços do petróleo do que às políticas de Putin. Mas a maioria dos russos não percebe isso. Prefere ter um homem-forte no Kremlin.
Depois da crise asiática, com a queda nos preços do petróleo, a Rússia quebrou em agosto de 1998. O colapso do rublo, que passou de cerca de sete para 31 por dólar, estimulou o renascimento da indústria nacional.
Com a volta do acelerado crescimento da Ásia, especialmente na China e na Índia, o preço do barril de petróleo subiu de cerca de US$ 10 para os US$ 100 de hoje.
Rica em energia, a Rússia apresenta hoje as maiores taxas de crescimento dos países do Grupo dos Oito (EUA, Japão, China, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia). Este é o segredo do sucesso de autocrata obscurantista.
Na edição deste domingo, o jornal The New York Times revela as táticas fascistas dos partidários de Putin para sufocar a oposição.
Sérvia culpa EUA pelo ataque à embaixada
O ministro sérvio para o Kossovo, Slobodan Samardzic, acusou os Estados Unidos de serem os "principais culpados" pelo ataque à embaixada americana em Belgrado, por apoiar a independência do Kossovo, declarada há uma semana.
A polícia da Sérvia prendeu mais de 200 suspeitos de participar do ataque da quinta-feira à noite, quando a sede da representação americana foi incendiada.
No Kossovo, cerca de 2 mil sérvios realizaram novo protesto na dividida cidade de Mitrovica, onde os sérvios vivem no lado Norte e os albaneses, que são a maioria da população kossovar, no Sul.
A polícia da Sérvia prendeu mais de 200 suspeitos de participar do ataque da quinta-feira à noite, quando a sede da representação americana foi incendiada.
No Kossovo, cerca de 2 mil sérvios realizaram novo protesto na dividida cidade de Mitrovica, onde os sérvios vivem no lado Norte e os albaneses, que são a maioria da população kossovar, no Sul.
Chipre elege comunista para presidente
Com bandeiras com a imagem de Che Guevara, militantes do Partido Comunista saíram neste domingo às ruas de Nicósia, capital de Chipre, para festejar a vitória deu seu líder, Demetris Christofias, no segundo turno da eleição presidencial. Será o único comunista a comandar um dos 27 países da União Européia.
O novo presidente, eleito pelo Sul da ilha, dominado pelos greco-cipriotas, prometeu negociar com o lado Norte, ocupado desde 1974 pela Turquia, para reunificar o país.
O novo presidente, eleito pelo Sul da ilha, dominado pelos greco-cipriotas, prometeu negociar com o lado Norte, ocupado desde 1974 pela Turquia, para reunificar o país.
Raúl opta por veterano linha-dura para vice
Em vez de promover alguém da nova geração ao cargo de primeiro vice-presidente, o novo ditador de Cuba, general Raúl Castro, optou pela velha guarda. Seu segundo será o médico José Ramón Machado Ventura, de 77 anos, um dos veteranos ideólogos do Comitê Central do Partido Comunista.
A Assembléia Nacional, de 614 deputados, tomou posse neste domingo, e elegeu o novo Conselho de Estado, confirmando Raúl como presidente e primeiro-ministro. Além de Machado, ele promoveu um general da mesma geração para um dos agora seis cargos de vice-presidente.
É uma indicação de que qualquer mudança no regime será lenta e de que Raúl tentará controlar todo o processo.
Machadito, como é conhecido em Cuba, foi ministro da Saúde (1960-67), é um stalinista ferrenho que tem saudade da União Soviética. Foi um dos primeiros a reagir contra as reformas de Mikhail Gorbachev e a expurgar reformistas do aparelho de Estado. Desde 1990, é encarregado da organização do PC.
Os outros vice-presidentes são o novo ministro da defesa, general Julio Casas Regueiro, de 72 anos; o ministro do interior, general Abelardo Colomé Ibarra, de 68 anos; o general Juan Almeida, de 80 anos; o dirigente comunista Esteban Lazo, de 63 anos; e Carlos Lage, encarregado da reforma ecômica, de 56, que estava cotado para ser promovido.
"O mandato desta legislatura é claro... continuar a fortalecer a revolução neste momento histórico", declarou Raúl, ao agradecer à Assembléia Nacional por sua eleição para a Presidência.
Ele acrescentou que só aceitou o cargo com a condição de que Fidel Castro, que renunciou na terça-feira passada, 19 de fevereiro, continue sendo "comandante-em-chefe da revolução", título que recebeu antes mesmo da vitória da revolução cubana, em 1959.
"Fidel é Fidel", disse Raúl. "Fidel é insubstituível e o povo vai continuar sua obra mesmo quando ele não estiver mais aqui fisicamente."
Raúl Castro não tem o carisma nem o talento de orador do irmão mais velho. Mas teria sido quem converteu Fidel ao comunismo, com a ajuda do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, outro herói da revolução.
"Isto sinaliza uma continuidade interna e externamente", comentou Julia Sweig, especialista em Cuba do Conselho de Relações Exteriores, o principal instituto de pesquisas em relações internacionais dos Estados Unidos.
Ela disse que a liderança cubana tem consciência de que precisa resolver problemas graves, como, por exemplo, a escassez de alimentos: "Raul é pragmático e todos eles sabem que o tempo está correndo e que têm de resolver as questões práticas. É um equívoco pensar que existe uma grande diferença entre eles. Todos vão basicamente na mesma direção, com algumas nuances."
A Assembléia Nacional, de 614 deputados, tomou posse neste domingo, e elegeu o novo Conselho de Estado, confirmando Raúl como presidente e primeiro-ministro. Além de Machado, ele promoveu um general da mesma geração para um dos agora seis cargos de vice-presidente.
É uma indicação de que qualquer mudança no regime será lenta e de que Raúl tentará controlar todo o processo.
Machadito, como é conhecido em Cuba, foi ministro da Saúde (1960-67), é um stalinista ferrenho que tem saudade da União Soviética. Foi um dos primeiros a reagir contra as reformas de Mikhail Gorbachev e a expurgar reformistas do aparelho de Estado. Desde 1990, é encarregado da organização do PC.
Os outros vice-presidentes são o novo ministro da defesa, general Julio Casas Regueiro, de 72 anos; o ministro do interior, general Abelardo Colomé Ibarra, de 68 anos; o general Juan Almeida, de 80 anos; o dirigente comunista Esteban Lazo, de 63 anos; e Carlos Lage, encarregado da reforma ecômica, de 56, que estava cotado para ser promovido.
"O mandato desta legislatura é claro... continuar a fortalecer a revolução neste momento histórico", declarou Raúl, ao agradecer à Assembléia Nacional por sua eleição para a Presidência.
Ele acrescentou que só aceitou o cargo com a condição de que Fidel Castro, que renunciou na terça-feira passada, 19 de fevereiro, continue sendo "comandante-em-chefe da revolução", título que recebeu antes mesmo da vitória da revolução cubana, em 1959.
"Fidel é Fidel", disse Raúl. "Fidel é insubstituível e o povo vai continuar sua obra mesmo quando ele não estiver mais aqui fisicamente."
Raúl Castro não tem o carisma nem o talento de orador do irmão mais velho. Mas teria sido quem converteu Fidel ao comunismo, com a ajuda do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, outro herói da revolução.
"Isto sinaliza uma continuidade interna e externamente", comentou Julia Sweig, especialista em Cuba do Conselho de Relações Exteriores, o principal instituto de pesquisas em relações internacionais dos Estados Unidos.
Ela disse que a liderança cubana tem consciência de que precisa resolver problemas graves, como, por exemplo, a escassez de alimentos: "Raul é pragmático e todos eles sabem que o tempo está correndo e que têm de resolver as questões práticas. É um equívoco pensar que existe uma grande diferença entre eles. Todos vão basicamente na mesma direção, com algumas nuances."
Ralph Nader se lança como independente
O advogado defensor dos direitos do consumidor Ralph Nader anunciou hoje que será candidato independente à Presidência dos Estados Unidos.
Nader disputou as duas últimas eleições. É acusado pelo Partido Democrata de entregar a Casa Branca ao presidente George Walker Bush em 2000 ao tirar votos do então vice-presidente Albert Gore Jr.
Gore perdeu para Bush por apenas 537 votos na Flórida. Na época, o estado era governado por Jeb Bush, irmão do presidente, o que suscitou inúmeras suspeitas da fraude eleitoral. Nader teve 78 mil votos na Flórida. Como a maioria seria de Gore, se Nader não disputasse a eleição, a participação do advogado foi decisiva para o triunfo de Bush, um dos presidentes mais medíocres da História dos EUA.
Em 2004, chamuscado por ter sido o grande eleitor de George W. Bush, Nader recebeu apenas 250 mil votos no país inteiro. Agora, só radicais que se negam a votar nos dois grandes partidos escolherão o campeão dos direitos do consumidor.
Outro independente, o empresário conservador texano Ross Perot, ajudou a derrotar, em 1992, o então presidente George Herbert Walker Bush, dando a vitória ao democrata Bill Clinton. Perot tentou de novo em 2004, quando Clinton teve uma reeleição trasqüila contra Bob Dole.
Nader disputou as duas últimas eleições. É acusado pelo Partido Democrata de entregar a Casa Branca ao presidente George Walker Bush em 2000 ao tirar votos do então vice-presidente Albert Gore Jr.
Gore perdeu para Bush por apenas 537 votos na Flórida. Na época, o estado era governado por Jeb Bush, irmão do presidente, o que suscitou inúmeras suspeitas da fraude eleitoral. Nader teve 78 mil votos na Flórida. Como a maioria seria de Gore, se Nader não disputasse a eleição, a participação do advogado foi decisiva para o triunfo de Bush, um dos presidentes mais medíocres da História dos EUA.
Em 2004, chamuscado por ter sido o grande eleitor de George W. Bush, Nader recebeu apenas 250 mil votos no país inteiro. Agora, só radicais que se negam a votar nos dois grandes partidos escolherão o campeão dos direitos do consumidor.
Outro independente, o empresário conservador texano Ross Perot, ajudou a derrotar, em 1992, o então presidente George Herbert Walker Bush, dando a vitória ao democrata Bill Clinton. Perot tentou de novo em 2004, quando Clinton teve uma reeleição trasqüila contra Bob Dole.
Atentado contra xiitas mata 40 no Iraque
Um terrorista suicida detonou a bomba que trazia sob a roupa numa tenda cheia de peregrinos que iam para uma festa xiita neste domingo, matando 40 pessoas e ferindo outras 60 in Iscandaria, no Iraque, a 40 quilômetros ao sul de Bagdá.
Foi o pior atentado do ano no Iraque. Aconteceu apesar do reforço especial na segurança para proteger a festa anual de Arbain, na cidade sagrada de Carbalá, um dos eventos mais importantes do calendário xiita.
Foi o pior atentado do ano no Iraque. Aconteceu apesar do reforço especial na segurança para proteger a festa anual de Arbain, na cidade sagrada de Carbalá, um dos eventos mais importantes do calendário xiita.
Cuba confirma Raúl como sucessor de Fidel
A Assembléia Nacional de Cuba deve confirmar hoje o general Raúl Castro, de 76 anos, como sucessor do irmão Fidel, que renunciou na terça-feira depois de governar o país como um ditador por 49 anos.
Quando Fidel Castro, hoje com 81 anos, precisou ser operado com urgência para estancar uma hemorragia no estômago, em 31 de julho de 2006, Raúl assumiu interinamente todas as suas funções, inclusive presidente, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e primeiro-secretário do Partido Comunista.
Fidel deve conservar a liderança do partido, o que lhe dará um poder de veto sobre qualquer reforma. Assim, a expectativa da maioria dos especialistas é que só haja uma mudança efetiva em Cuba quando ele morrer.
Raúl deve ser confirmado também como comandante das Forças Armadas. A dúvida é se alguém da nova geração será promovido a primeiro-ministro, o que o colocaria em posição para suceder Raúl, que afinal tem apenas cinco anos a menos do Fidel.
As atenções se voltam para um dos cinco vice-presidentes, Carlos Lage, de 56 anos, responsável pela reforma econômica; o ministro das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, de 42 anos, ex-secretário particular de Fidel, considerado o guardião do fidelismo na elite dirigente cubana; e o presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón, de 71.
Como ministro da Defesa e presidente interino no último ano e meio, Raúl tem total controle sobre as Forças Armadas, os órgãos de segurança e a burocracia. A cúpula do partido sabe que depende de Raúl para que o regime não desabe.
De qualquer maneira, é a segunda sucessão dinástica entre um dos poucos regimes comunistas sobreviventes ao fim da Guerra Fria. Na Coréia do Norte, Kim Jong Il sucedeu ao pai, Kim Il Sung. Agora, ao que tudo indica, Raúl substitui Fidel.
É mais um sinal de que o stalinismo vai para a lata de lixo da História.
PRESSÃO DOS EUA
Uma questão importante para o julgamento da História é se Fidel tinha alternativa. Quando a revolução derrubou a ditadura de Fulgencio Batista, aliado dos Estados Unidos, Cuba não tinha nenhuma experiência democrática.
A CIA (Agência Central de Inteligência), o serviço de espionagem dos EUA, havia organizado golpes bem-sucedidos contra o primeiro-ministro nacionalista Mohammed Mossadegh no Irã, em 1953, e o presidente da Guatemala, Jacobo Arbenz, em 1954.
Se Fidel optasse pelo socialismo democrático, provavelmente seria derrubado, como aconteceu com o presidente Salvador Allende, no Chile, em 1973.
Durante a Guerra Fria, uma pequena ilha situada a apenas 144 quilômetros de uma superpotência, não tinha alternativa além de aderir a um dos lados.
A fracassada invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, e o embargo econômico imposto em fevereiro de 1962, que até hoje estragula a economia cubana, e as centenas de tentativas de assassinar Fidel reforçaram o estado de guerra permanente dos EUA contra Cuba, legitimando o regime stalinista.
Em outubro de 1962, na Crise dos Mísseis, o pior momento da Guerra Fria, quando o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear, a União Soviética retirou os mísseis nucleares que estava instalando em Cuba e os EUA assumiram o compromisso tácito de não invadir a ilha.
Com a glasnost (transparência) e a perestroika (reestruturação), as reformas políticas e economômicas do líder soviético Mikhail Gorbachev, Fidel teve uma chance de liberalizar o regime cubano. Não se arrependeu de não tê-lo feito, tendo em vista o colapso da União Soviética e do comunismo na Europa Oriental.
DEPOIS DA URSS
Sem o patrocínio da URSS, Cuba passou pelo "período especial". Alguns tipos de atividade privada foram autorizados, assim como investimentos estrangeiros, sobretudo europeus, em setores importantes como hotelaria e turismo.
A ascensão de Hugo Chávez à Presidência da Venezuela, em 1999, e sua decisão de criar o "socialismo do século 21" deram nova sobrevida ao regime comunista cubano, que voltou a receber petróleo subsidiado.
Agora, chegou a hora da verdade. Raúl vai conseguir reformar o regime mantendo o controle do processo? Gorbachev não conseguiu.
O modelo sonhado é o da China: abertura econômica sem reforma política. Mas, no fim da Guerra Fria, a China foi uma virtual aliada da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA.
Enquanto o Ocidente via nas reformas econômicas de Gorbachev o risco de fortalecer a superpotência até há pouco inimiga, a modernização da economia chinesa era considerada importante para enterrar de vez o comunismo.
Resultado: a China se tornou uma superpotência econômica. É hoje o único país considerado capaz de desafiar a supremacia americana em médio prazo.
Cuba não tem um mercado de mais de 1 bilhão de habitantes cobiçado pelas grandes empresas capitalistas. Tem cerca de 11 milhões de habitantes. Do outro lado do Estreito da Flórida, 1,5 milhão de cubanos americanos sonham com o fim do comunismo. Outros 500 mil cubanos exilados vivem em outros países.
A experiência chinesa mostra que o capital acumulado pela diáspora chinesa em Hong Kong, Taiwan, Cingapura, Tailândia e Indonésia foi fundamental para o desenvolvimento econômico do país que mais cresce no mundo. Foi um apoio pragmático à reforma na China, movido em primeiro lugar interesse econômico, mas talvez também com a esperança de que a liberalização econômica levasse à maior liberdade política.
Os EUA e a comunidade cubano-americana vão entender que o fim do embargo é a melhor maneira de realizar uma transição pacífica em Cuba?
E o regime comunista cubano vai perceber que chegou a hora de consolidar o partido para lutar pelas conquistas sociais da revolução, especialmente nos setores de saúde e educação, quando a democratização inevitável acontecer?
Tecnicamente, Cuba é uma ditadura militar - e uma ditadura é um governo em guerra contra o seu próprio povo. Cuba vive sob censura, tem prisioneiros de consciência, impede seus cidadãos de viajar ao exterior até mesmo de usar a Internet.
É um país-prisão, como a Alemanha Oriental do Muro de Berlim. Perdeu o trem-bala da História. Está fora da revolução tecnológica da informática, que reprogramou o mundo. Ficou congelada no passado.
A partir de hoje, começaremos a saber como fará sua entrada no século 21.
Quando Fidel Castro, hoje com 81 anos, precisou ser operado com urgência para estancar uma hemorragia no estômago, em 31 de julho de 2006, Raúl assumiu interinamente todas as suas funções, inclusive presidente, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e primeiro-secretário do Partido Comunista.
Fidel deve conservar a liderança do partido, o que lhe dará um poder de veto sobre qualquer reforma. Assim, a expectativa da maioria dos especialistas é que só haja uma mudança efetiva em Cuba quando ele morrer.
Raúl deve ser confirmado também como comandante das Forças Armadas. A dúvida é se alguém da nova geração será promovido a primeiro-ministro, o que o colocaria em posição para suceder Raúl, que afinal tem apenas cinco anos a menos do Fidel.
As atenções se voltam para um dos cinco vice-presidentes, Carlos Lage, de 56 anos, responsável pela reforma econômica; o ministro das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, de 42 anos, ex-secretário particular de Fidel, considerado o guardião do fidelismo na elite dirigente cubana; e o presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón, de 71.
Como ministro da Defesa e presidente interino no último ano e meio, Raúl tem total controle sobre as Forças Armadas, os órgãos de segurança e a burocracia. A cúpula do partido sabe que depende de Raúl para que o regime não desabe.
De qualquer maneira, é a segunda sucessão dinástica entre um dos poucos regimes comunistas sobreviventes ao fim da Guerra Fria. Na Coréia do Norte, Kim Jong Il sucedeu ao pai, Kim Il Sung. Agora, ao que tudo indica, Raúl substitui Fidel.
É mais um sinal de que o stalinismo vai para a lata de lixo da História.
PRESSÃO DOS EUA
Uma questão importante para o julgamento da História é se Fidel tinha alternativa. Quando a revolução derrubou a ditadura de Fulgencio Batista, aliado dos Estados Unidos, Cuba não tinha nenhuma experiência democrática.
A CIA (Agência Central de Inteligência), o serviço de espionagem dos EUA, havia organizado golpes bem-sucedidos contra o primeiro-ministro nacionalista Mohammed Mossadegh no Irã, em 1953, e o presidente da Guatemala, Jacobo Arbenz, em 1954.
Se Fidel optasse pelo socialismo democrático, provavelmente seria derrubado, como aconteceu com o presidente Salvador Allende, no Chile, em 1973.
Durante a Guerra Fria, uma pequena ilha situada a apenas 144 quilômetros de uma superpotência, não tinha alternativa além de aderir a um dos lados.
A fracassada invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, e o embargo econômico imposto em fevereiro de 1962, que até hoje estragula a economia cubana, e as centenas de tentativas de assassinar Fidel reforçaram o estado de guerra permanente dos EUA contra Cuba, legitimando o regime stalinista.
Em outubro de 1962, na Crise dos Mísseis, o pior momento da Guerra Fria, quando o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear, a União Soviética retirou os mísseis nucleares que estava instalando em Cuba e os EUA assumiram o compromisso tácito de não invadir a ilha.
Com a glasnost (transparência) e a perestroika (reestruturação), as reformas políticas e economômicas do líder soviético Mikhail Gorbachev, Fidel teve uma chance de liberalizar o regime cubano. Não se arrependeu de não tê-lo feito, tendo em vista o colapso da União Soviética e do comunismo na Europa Oriental.
DEPOIS DA URSS
Sem o patrocínio da URSS, Cuba passou pelo "período especial". Alguns tipos de atividade privada foram autorizados, assim como investimentos estrangeiros, sobretudo europeus, em setores importantes como hotelaria e turismo.
A ascensão de Hugo Chávez à Presidência da Venezuela, em 1999, e sua decisão de criar o "socialismo do século 21" deram nova sobrevida ao regime comunista cubano, que voltou a receber petróleo subsidiado.
Agora, chegou a hora da verdade. Raúl vai conseguir reformar o regime mantendo o controle do processo? Gorbachev não conseguiu.
O modelo sonhado é o da China: abertura econômica sem reforma política. Mas, no fim da Guerra Fria, a China foi uma virtual aliada da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA.
Enquanto o Ocidente via nas reformas econômicas de Gorbachev o risco de fortalecer a superpotência até há pouco inimiga, a modernização da economia chinesa era considerada importante para enterrar de vez o comunismo.
Resultado: a China se tornou uma superpotência econômica. É hoje o único país considerado capaz de desafiar a supremacia americana em médio prazo.
Cuba não tem um mercado de mais de 1 bilhão de habitantes cobiçado pelas grandes empresas capitalistas. Tem cerca de 11 milhões de habitantes. Do outro lado do Estreito da Flórida, 1,5 milhão de cubanos americanos sonham com o fim do comunismo. Outros 500 mil cubanos exilados vivem em outros países.
A experiência chinesa mostra que o capital acumulado pela diáspora chinesa em Hong Kong, Taiwan, Cingapura, Tailândia e Indonésia foi fundamental para o desenvolvimento econômico do país que mais cresce no mundo. Foi um apoio pragmático à reforma na China, movido em primeiro lugar interesse econômico, mas talvez também com a esperança de que a liberalização econômica levasse à maior liberdade política.
Os EUA e a comunidade cubano-americana vão entender que o fim do embargo é a melhor maneira de realizar uma transição pacífica em Cuba?
E o regime comunista cubano vai perceber que chegou a hora de consolidar o partido para lutar pelas conquistas sociais da revolução, especialmente nos setores de saúde e educação, quando a democratização inevitável acontecer?
Tecnicamente, Cuba é uma ditadura militar - e uma ditadura é um governo em guerra contra o seu próprio povo. Cuba vive sob censura, tem prisioneiros de consciência, impede seus cidadãos de viajar ao exterior até mesmo de usar a Internet.
É um país-prisão, como a Alemanha Oriental do Muro de Berlim. Perdeu o trem-bala da História. Está fora da revolução tecnológica da informática, que reprogramou o mundo. Ficou congelada no passado.
A partir de hoje, começaremos a saber como fará sua entrada no século 21.
Crio vive nas profundezas da Antártida
Cientistas que trabalham na Sondagem Britânica da Antártida (British Antarctic Survey), a base do Reino Unido, descobriram crios vivendo a até 3 mil metros de profundidade nos arredores do continente gelado.
Até agora, acreditava-se que este pequeno crustáceo parecido com o camarão só vivia perto da superfície dos mares. A descoberta altera radicalmente o conhecimento científico sobre esta espécie animal, a Euphausia superba, grande fonte de alimento para peixes, lulas, pingüins, focas e baleias.
Até agora, acreditava-se que este pequeno crustáceo parecido com o camarão só vivia perto da superfície dos mares. A descoberta altera radicalmente o conhecimento científico sobre esta espécie animal, a Euphausia superba, grande fonte de alimento para peixes, lulas, pingüins, focas e baleias.
Socialistas abrem vantagem na Espanha
Com o início da campanha para as eleições parlamentares de 9 de março, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, abriu uma vantagem de 3,7 pontos sobre o conservador Partido Popular (PP), liderado por Mariano Rajoy.
Hoje, apesar da crise econômica, os socialistas teriam 42,3% votos contra 37,6% para o PP, indica pesquisa para o jornal espanhol El País.
Amanhã haverá o primeiro debate eleitoral na televisão espanhola em 15 anos. Cerca de 45% acreditam que Rodríguez Zapatero baterá Rajoy no debate, mas 80% declararam que náo pretendem mudar de voto com o debate.
O PSOE voltou ao poder graças à maneira equivocada como o governo conservador José María Aznar reagiu aos atentados terroristas de 11 de março de 2004, que mataram 191 pessoas em Madri três dias antes das eleições.
Na noite do mesmo dia, surgiram indícios claros de que se tratava de uma ação de extremistas muçulmanos com a marca registrada da rede terrorista Al Caeda: ataques simultâneos com grande número de vítimas. O objetivo era castigar a Espanha por participar da guerra no Iraque.
Diante da insistência do governo em culpar o grupo separatista basco ETA (Euskadi ta Askatasuna, Pátria Basca e Liberdade), a população se mobilizou em dois dias, com amplo uso de novas tecnologias como a Internet e o telefone celular, e derrotou o governo mentiroso. O PSOE teve uma vitória inesperada.
Veja mais dados da pesquisa e as perspectivas para as eleições no jornal El País.
Hoje, apesar da crise econômica, os socialistas teriam 42,3% votos contra 37,6% para o PP, indica pesquisa para o jornal espanhol El País.
Amanhã haverá o primeiro debate eleitoral na televisão espanhola em 15 anos. Cerca de 45% acreditam que Rodríguez Zapatero baterá Rajoy no debate, mas 80% declararam que náo pretendem mudar de voto com o debate.
O PSOE voltou ao poder graças à maneira equivocada como o governo conservador José María Aznar reagiu aos atentados terroristas de 11 de março de 2004, que mataram 191 pessoas em Madri três dias antes das eleições.
Na noite do mesmo dia, surgiram indícios claros de que se tratava de uma ação de extremistas muçulmanos com a marca registrada da rede terrorista Al Caeda: ataques simultâneos com grande número de vítimas. O objetivo era castigar a Espanha por participar da guerra no Iraque.
Diante da insistência do governo em culpar o grupo separatista basco ETA (Euskadi ta Askatasuna, Pátria Basca e Liberdade), a população se mobilizou em dois dias, com amplo uso de novas tecnologias como a Internet e o telefone celular, e derrotou o governo mentiroso. O PSOE teve uma vitória inesperada.
Veja mais dados da pesquisa e as perspectivas para as eleições no jornal El País.
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sábado, 23 de fevereiro de 2008
Turquia ataca rebeldes curdos no Iraque
Com tanques e 10 mil homens, o Exército da Turquia invadiu o Norte do Iraque na quinta-feira à noite para atacar bases de guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que luta pela criação de um país curdo independente.
Ao fazer o anúncio no Parlamento, na sexta-feira, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan disse ter o consentimento dos Estados Unidos e prometeu só atacar os rebeldes curdos.
O governo da região autônoma curda no Iraque acusou a Turquia de desestabilizar a região e ameaçou reagir se a população civil for atingida.
Pelo menos 35 guerrilheiros foram mortos no sábado e 79 desde o início da ofensiva, afirmou o Exército turco. O PKK anuncia ter matado 22 soldados e alega que apenas cinco de seus militantes teriam sido feridos, mas nenhum teria morrido.
Ao fazer o anúncio no Parlamento, na sexta-feira, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan disse ter o consentimento dos Estados Unidos e prometeu só atacar os rebeldes curdos.
O governo da região autônoma curda no Iraque acusou a Turquia de desestabilizar a região e ameaçou reagir se a população civil for atingida.
Pelo menos 35 guerrilheiros foram mortos no sábado e 79 desde o início da ofensiva, afirmou o Exército turco. O PKK anuncia ter matado 22 soldados e alega que apenas cinco de seus militantes teriam sido feridos, mas nenhum teria morrido.
Hillary parte para o ataque
No calor da reta final da disputa pela candidatura democrata à eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton acusou seu rival, o senador Barack Obama, de produzir um panfleto contra seu plano de saúde.
Hillary denunciou a jogada como uma tática do Partido Republicano: "Isto saiu direto do manual de Karl Rove", disparou Clinton, referindo-se ao marqueteiro de George W. Bush. "Todos os democratas precisam prestar atenção para este ultraje que serve aos interesses dos lobbies e do Partido Republicanos."
"Que vergonha para você, Barack Obama!" Em seguida, desafiou Obama para um debate em Ohio sobre as táticas da campanha.
Obama respondeu que as críticas ao plano de saúde da ex-primeira dama são acuradas. Disse ainda que as mensagens foram distribuídas "há dias, talvez semanas".
O senador por Illinois levantou a suspeita de que a suposta indignação de Hillary seja um jogo de cena, uma tática para ressuscitar sua moribunda campanha presidencial, depois de 11 derrotas consecutivas para Obama em eleições prévias.
Hillary denunciou a jogada como uma tática do Partido Republicano: "Isto saiu direto do manual de Karl Rove", disparou Clinton, referindo-se ao marqueteiro de George W. Bush. "Todos os democratas precisam prestar atenção para este ultraje que serve aos interesses dos lobbies e do Partido Republicanos."
"Que vergonha para você, Barack Obama!" Em seguida, desafiou Obama para um debate em Ohio sobre as táticas da campanha.
Obama respondeu que as críticas ao plano de saúde da ex-primeira dama são acuradas. Disse ainda que as mensagens foram distribuídas "há dias, talvez semanas".
O senador por Illinois levantou a suspeita de que a suposta indignação de Hillary seja um jogo de cena, uma tática para ressuscitar sua moribunda campanha presidencial, depois de 11 derrotas consecutivas para Obama em eleições prévias.
Superdelegados aderem à candidatura Obama
Uma parte significativa dos 796 superdelegados à convenção nacional que vai escolher o candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos estão aderindo ao senador Barack Obama, revela hoje o jornal de maior circulação no país, USA Today.
Os superdelegados não têm a obrigação de votar com base no resultado das eleições prévias de seus estados. Nas últimas duas semanas, mais de 20 que apoiavam a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton passaram para Obama.
Embora o senador por Illinois lidere no número total de delegados, por 1.361 a 1.267, a ex-primeira-dama ainda estaria na frente em superdelegados (241 a 181).
Os superdelegados não têm a obrigação de votar com base no resultado das eleições prévias de seus estados. Nas últimas duas semanas, mais de 20 que apoiavam a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton passaram para Obama.
Embora o senador por Illinois lidere no número total de delegados, por 1.361 a 1.267, a ex-primeira-dama ainda estaria na frente em superdelegados (241 a 181).
Rússia ameaça usar a força no Kossovo
A Rússia ameaçou intervir militarmente no Kossovo, rejeitando a independência declarada no domingo passado pela antiga província sérvia, caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Européia "abusarem de sua autoridade".
"Se a UE adotar uma posição conjunta e a OTAN extrapolar seu mandato no Kossovo, essas organizações se chocarão com as Nações Unidas", declarou ontem o embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Dimitri Rogozin. Indicou que a Rússia usará seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir o reconhecimento internacional da independência do Kossovo.
E ameaçou: "Partimos da presunção de que para ser respeitados temos que utilizar a «força militar bruta»".
Nem os EUA nem a Europa compraram a parada. Foi um blefe.
O presidente russo, Vladimir Putin, usou uma linguagem usou uma linguagem muito mais moderada. Ao apresentar seu candidato a presidente, o vice-primeiro-ministro Dimitri Medvedev, como futuro presidente da Rússia à Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que reúne as antigas repúblicas soviéticas, Putin insistiu em que a independência do Kossovo cria um precedente para outros movimentos separatistas.
Como a Federação Russa tem 89 unidades administrativas e pelo menos uma em guerra, a Chechênia, Putin parece mais preocupado com a união interna. Isso não significa que não foi ele que instruiu o embaixador na OTAN a fazer a bravata.
Putin é um líder autoritário e fascistóide, um chefe do sucessor do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a temida polícia política soviética. Depois da eleição presidencial de 2 de março, ele deverá manter o poder, passando de presidente a primeiro-ministro.
"Se a UE adotar uma posição conjunta e a OTAN extrapolar seu mandato no Kossovo, essas organizações se chocarão com as Nações Unidas", declarou ontem o embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Dimitri Rogozin. Indicou que a Rússia usará seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir o reconhecimento internacional da independência do Kossovo.
E ameaçou: "Partimos da presunção de que para ser respeitados temos que utilizar a «força militar bruta»".
Nem os EUA nem a Europa compraram a parada. Foi um blefe.
O presidente russo, Vladimir Putin, usou uma linguagem usou uma linguagem muito mais moderada. Ao apresentar seu candidato a presidente, o vice-primeiro-ministro Dimitri Medvedev, como futuro presidente da Rússia à Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que reúne as antigas repúblicas soviéticas, Putin insistiu em que a independência do Kossovo cria um precedente para outros movimentos separatistas.
Como a Federação Russa tem 89 unidades administrativas e pelo menos uma em guerra, a Chechênia, Putin parece mais preocupado com a união interna. Isso não significa que não foi ele que instruiu o embaixador na OTAN a fazer a bravata.
Putin é um líder autoritário e fascistóide, um chefe do sucessor do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a temida polícia política soviética. Depois da eleição presidencial de 2 de março, ele deverá manter o poder, passando de presidente a primeiro-ministro.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Emergentes têm US$ 4,5 trilhões em reservas
Os países emergentes tiveram um saldo comercial agregado de US$ 2,5 trilhões nos últimos quatro anos e acumulam reservas em moedas fortes de US$ 4,5 trilhões, 75% do total. A capitalização de seus mercados financeiros passa de US$ 17,8 trilhões, quando era de apenas US$ 2,2 trilhões no ano 2000, superando os US$ 17,5 trilhões dos Estados Unidos.
Isto aponta para uma mudança na correlação de forças da economia mundial. Também ajuda a explicar a redução das dívidas externas, como a brasileira. Na quinta-feira, o ministro da Fazenda. Guido Mantega, anunciou que pela primeira vez na História o Brasil passou de devedor a credor
Em 2007, os emergentes foram responsáveis por 52% da expansão econômica global. Só a China contribuiu com 17,8% do crescimento mundial no ano passado, em contraste com 14,6% para os EUA.
A participação das economias emergentes no produto mundial bruto passou de 18%, em 1995, para 29%.
No final do século passado, os americanos eram responsáveis por mais da metade do consumo mundial. Em 2000, o consumo dos 17 maiores países emergentes foi de 48% do americano. Em 2007, chegou a 65%. Neste ritmo, vai superar o americano em 2015.
As importações dos EUA representaram no ano passado 14% do total mundial. Em 2000, eram 20%. No mesmo período, as compras dos emergentes no exterior passaram de 33% para 40,6%
Isto aponta para uma mudança na correlação de forças da economia mundial. Também ajuda a explicar a redução das dívidas externas, como a brasileira. Na quinta-feira, o ministro da Fazenda. Guido Mantega, anunciou que pela primeira vez na História o Brasil passou de devedor a credor
Em 2007, os emergentes foram responsáveis por 52% da expansão econômica global. Só a China contribuiu com 17,8% do crescimento mundial no ano passado, em contraste com 14,6% para os EUA.
A participação das economias emergentes no produto mundial bruto passou de 18%, em 1995, para 29%.
No final do século passado, os americanos eram responsáveis por mais da metade do consumo mundial. Em 2000, o consumo dos 17 maiores países emergentes foi de 48% do americano. Em 2007, chegou a 65%. Neste ritmo, vai superar o americano em 2015.
As importações dos EUA representaram no ano passado 14% do total mundial. Em 2000, eram 20%. No mesmo período, as compras dos emergentes no exterior passaram de 33% para 40,6%
"Só um terço da Amazônia chega ao século 22"
Se a temperatura da Terra aumentar por causa do aquecimento da atmosfera, a maior parte da Floresta Amazônica está condenada a desaparecer, prevê o ecologista americano Daniel Nepstad, um dos maiores especialistas na região.
Em entrevista ao jornal argentino La Nación, Nepstad adverte para o risco de secas e grandes incêndios florestais na Amazônia.
Durante a seca de 2005, que atingiu o Oeste da região, no Brasil, Equador e Peru, 2,5 mil quilômetros de floresta foram incendiados.
Leia a íntegra da entrevista na edição online de La Nación.
Em entrevista ao jornal argentino La Nación, Nepstad adverte para o risco de secas e grandes incêndios florestais na Amazônia.
Durante a seca de 2005, que atingiu o Oeste da região, no Brasil, Equador e Peru, 2,5 mil quilômetros de floresta foram incendiados.
Leia a íntegra da entrevista na edição online de La Nación.
Primeiro escândalo da campanha atinge McCain
O senador John McCain teve um caso com uma lobista durante a campanha para a eleição presidencial de 2000 nos Estados Unidos, quando disputou a candidatura do Partido Republicano com o atual presidente, George Walker Bush, revelou na quinta-feira o jornal The New York Times, que questionou sua suposta ética.
Veja também o desmentido de McCain, na versão do NY Times.
Veja também o desmentido de McCain, na versão do NY Times.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Fed reduz previsão de crescimento dos EUA
O Federal Reserve Board, banco central dos Estados Unidos, baixou em meio ponto percentual na quarta-feira sua previsão de crescimento para a maior economia do mundo este ano, que ficou entre 1,3% e 2%.
As causas apontadas são a recessão no mercado imobiliário, a crise de crédito e a alta nos preços do petróleo.
As causas apontadas são a recessão no mercado imobiliário, a crise de crédito e a alta nos preços do petróleo.
França teve deflação de 0,1% em janeiro
O índice de crescimento de preços da França, a sexta maior economia do mundo, caiu 0,1% em janeiro. Nos últimos 12 meses, foi de 2,8%, a inflação mais alta em quase 16 anos, desde maio de 1992.
A energia subiu 0,8% em janeiro na França e 12,3% nos últimos 12 meses.
A energia subiu 0,8% em janeiro na França e 12,3% nos últimos 12 meses.
Argentina cresceu 8,7% em 2007
A economia da Argentina registrou uma expansão de 8,7% em 2007, de acordo com estimativas anteriores.
Para este ano, é previsto um crescimento em torno de 8%.
Para este ano, é previsto um crescimento em torno de 8%.
Viúvo de Benazir propõem grande coalizão
O líder do Partido Popular Paquistanês, Assif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, mudou de opinião de um dia para o outro e anunciou na quarta-feira estar pronto para formar uma grande aliança para governar o Paquistão.
Como o PPP elegeu 33% dos deputados eleitos do parlamento paquistanês, o PPP conquistou o direito de formar o governo do país, que adota o regime parlamentarista.
Na terça-feira, Zardari dissera que formaria o governo com quaisquer partidos, menos com a Liga Muçulmana do Paquistão-Q, o partido do ditador, general Pervez Musharraf.
Grande derrotado na eleição, com apenas 14% das cadeiras para seu partido, o general ficou sob pressão dos dois maiores partidos do país para renunciar à presidência. Mas anunciou que permaneceria no cargo como "coordenador do processo de democratização".
Musharraf era comandante do Exército em 1999, quando o então primeiro-ministro Nawaz Sharif tentou destituí-lo e foi derrubado.
A História do Paquistão independente mostra que a maior parte do tempo o país foi governado por generais. O golpe só dá certo quando é dado pelo comandante do Exército. Mas esse não falha. Nenhum governo civil cumpriu todo o mandato.
Zardari deve ter percebido que Musharraf ainda tem o apoio do Exército, quando fala em "unir todas as instituições", inclusive o Exército, fiador da unidade nacional. Já avisou que não será candidato a primeiro-ministro. O PPP deve indicar outro nome.
O general Musharraf também tem o apoio dos Estados Unidos, já que é o guardião das armas nucleares do Paquistão, grande sonho dos terroristas muçulmanos.
Quando Benazir Bhutto voltou ao Paquistão, com o apoio americano, a expectativa era de um acordo com Musharraf. O general continuaria como presidente e Benazir seria primeira-ministra.
Essa rearticulação está sendo refeita.
Como o PPP elegeu 33% dos deputados eleitos do parlamento paquistanês, o PPP conquistou o direito de formar o governo do país, que adota o regime parlamentarista.
Na terça-feira, Zardari dissera que formaria o governo com quaisquer partidos, menos com a Liga Muçulmana do Paquistão-Q, o partido do ditador, general Pervez Musharraf.
Grande derrotado na eleição, com apenas 14% das cadeiras para seu partido, o general ficou sob pressão dos dois maiores partidos do país para renunciar à presidência. Mas anunciou que permaneceria no cargo como "coordenador do processo de democratização".
Musharraf era comandante do Exército em 1999, quando o então primeiro-ministro Nawaz Sharif tentou destituí-lo e foi derrubado.
A História do Paquistão independente mostra que a maior parte do tempo o país foi governado por generais. O golpe só dá certo quando é dado pelo comandante do Exército. Mas esse não falha. Nenhum governo civil cumpriu todo o mandato.
Zardari deve ter percebido que Musharraf ainda tem o apoio do Exército, quando fala em "unir todas as instituições", inclusive o Exército, fiador da unidade nacional. Já avisou que não será candidato a primeiro-ministro. O PPP deve indicar outro nome.
O general Musharraf também tem o apoio dos Estados Unidos, já que é o guardião das armas nucleares do Paquistão, grande sonho dos terroristas muçulmanos.
Quando Benazir Bhutto voltou ao Paquistão, com o apoio americano, a expectativa era de um acordo com Musharraf. O general continuaria como presidente e Benazir seria primeira-ministra.
Essa rearticulação está sendo refeita.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Hillary e McCain centram fogo em Obama
Em mais um sinal de que o senador Barack Obama desponta como favorito na eleição para a Presidência dos Estados Unidos, os dois outros candidatos que ainda estão na disputa estão concentrando suas críticas no grande fenômeno desta campanha.
Escola do PC pede mais democracia na China
Uma das mais importantes instituições de pesquisa do Partido Comunista propõe reformas democráticas no regime comunista da China para combater a corrupção, reduzir a censura e tornar o Congresso Nacional do Povo mais representativo.
O documento Assaltando a Fortaleza: um relatório de pesquisa sobre a reforma política depois do 17º congresso, preparado pela Escola Central do PC, em Beijim, afirma que a meta "não deve ser o modelo ocidental de eleições gerais e sistema multipartidário". Mas sugere a adoção de diversos elementos desse modelo.
Entre outros objetivos, está criar uma "sociedade civil moderna".
O documento Assaltando a Fortaleza: um relatório de pesquisa sobre a reforma política depois do 17º congresso, preparado pela Escola Central do PC, em Beijim, afirma que a meta "não deve ser o modelo ocidental de eleições gerais e sistema multipartidário". Mas sugere a adoção de diversos elementos desse modelo.
Entre outros objetivos, está criar uma "sociedade civil moderna".
Obama ganha convenções no Havaí
O senador afro-americano Barack Obama conseguiu mais uma expressiva vitória, a décima consecutiva, na luta pela candidatura do Partido Democrata à eleição presidencial de 4 de novembro nos Estados Unidos.
Obama, que nasceu no Havaí, onde seu pai queniano e sua mãe americana se conheceram, recebeu 76% dos votos contra 24% para Hillary nas convenções do partido.
Hillary agora precisa vencer em dois grandes estados, Texas e Ohio, que realizam eleições primárias em 4 de março. Caso contrário, sua candidatura estará liquidada.
Sem cumprimentar o oponente, a senadora por Nova Iorque intensificou os ataques a Obama, dizendo que os EUA precisam de "soluções", um dos slogans de sua campanha ("Soluções para a América"), em vez de "um discurso vazio".
O senador por Illinois ignorou as alfinetadas de Hillary. Preferiu desafiar o virtual candidato republicano, o senador pelo Arizona John McCain, para um debate, afirmando que representa o futuro enquanto as políticas de McCain são do passado.
Obama, que nasceu no Havaí, onde seu pai queniano e sua mãe americana se conheceram, recebeu 76% dos votos contra 24% para Hillary nas convenções do partido.
Hillary agora precisa vencer em dois grandes estados, Texas e Ohio, que realizam eleições primárias em 4 de março. Caso contrário, sua candidatura estará liquidada.
Sem cumprimentar o oponente, a senadora por Nova Iorque intensificou os ataques a Obama, dizendo que os EUA precisam de "soluções", um dos slogans de sua campanha ("Soluções para a América"), em vez de "um discurso vazio".
O senador por Illinois ignorou as alfinetadas de Hillary. Preferiu desafiar o virtual candidato republicano, o senador pelo Arizona John McCain, para um debate, afirmando que representa o futuro enquanto as políticas de McCain são do passado.
McCain está perto da candidatura
Com duas vitórias hoje, nos estados de Washington e Wisconsin, o senador John McCain aproxima-se do número de delegados necessários para garantir a candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 4 de novembro de 2008.
McCain venceu o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee, ex-pastor, da ala evangélica do partido, por 55% a 37% em Wisconsin e está na frente em Washington, onde a apuração ainda está na metade. McCain tem 49% e Huckabee, 21%.
O senador já garantiu o apoio de 942 delegados na convenção nacional republicana que vai indicar o candidato do partido no início de setembro. Precisa de 1.191.
McCain venceu o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee, ex-pastor, da ala evangélica do partido, por 55% a 37% em Wisconsin e está na frente em Washington, onde a apuração ainda está na metade. McCain tem 49% e Huckabee, 21%.
O senador já garantiu o apoio de 942 delegados na convenção nacional republicana que vai indicar o candidato do partido no início de setembro. Precisa de 1.191.
Obama vence em Wisconsin
O senador Barack Obama obteve sua nona vitória consecutiva no duelo com a também senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton pela candidatura do Partido Democrata à Presidência. Venceu as eleições primárias do estado de Wisconsin com 58% dos votos contra 41% para Hillary.
Gazprom vai explorar petróleo e gás no Irã
A empresa que tem o monopólio estatal de gás na Rússia, a Gazprom, fechou um contrato para produzir gás e petróleo no Irã.
O acordo é mais um sinal da parceria estratégica entre os dois países, parte do plano do presidente Vladimir Putin para recuperar o status de superpotência perdido com o fim da União Soviética. Com acurado oportunismo político, Putin aproveitou a tentativa dos Estados Unidos de isolar o Irã por causa do programa nuclear iraniano para reforçar os laços com Teerã.
"As duas partes concordaram em explorar em conjunto dois ou três blocos no campo de Pars do Sul, e a GazpromNeft participará de um projeto de produção de petróleo no Irã", declarou a Gazprom em nota.
O acordo é mais um sinal da parceria estratégica entre os dois países, parte do plano do presidente Vladimir Putin para recuperar o status de superpotência perdido com o fim da União Soviética. Com acurado oportunismo político, Putin aproveitou a tentativa dos Estados Unidos de isolar o Irã por causa do programa nuclear iraniano para reforçar os laços com Teerã.
"As duas partes concordaram em explorar em conjunto dois ou três blocos no campo de Pars do Sul, e a GazpromNeft participará de um projeto de produção de petróleo no Irã", declarou a Gazprom em nota.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Fidel deixa presidência de Cuba
O comandante Fidel Castro deixou na terça-feira, 19 de fevereiro, a presidência de Cuba depois de 49 anos. Ele era o chefe de Estado há mais tempo no poder depois da rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Mandava no país desde a vitória da revolução, em 1º de janeiro de 1959.
Em 31 de julho de 2006, Fidel foi obrigado a transferir temporariamente todos os seus cargos para o irmão, general Raúl Castro, para ser operado com urgência de uma hemorragia gástrica.
No próximo domingo, 24 de fevereiro, a Assembléia Nacional vai eleger um novo presidente e um primeiro-ministro. Raúl será presidente mas continuará acumulando mais cargos, como o irmão?
Fidel chegou ao poder em 1959, com a entrada triunfal em Havana dos revolucionários que lutavam contra a ditadura de Fulgencio Batista, aliado dos Estados Unidos. Colocou os inimigos políticos no paredão.
Desde aquela época, o regime cubano é acusado de violar os direitos humanos, censurar a imprensa e perseguir dissidentes. Em 1960, começou a estatizar as propriedades de americanos e empresas dos EUA.
A tentativa mais notória de derrubar o regime revolucionário foi a invasão da Baía dos Porcos, em 15 de abril de 1961, organizada por exilados cubanos com o apoio meia-bomba dos EUA.
O presidente John Kennedy queria encobrir ao máximo a participação americana, dando a impressão de que se tratava de uma ação cubana. Não deu a cobertura aérea com 48 horas de bombardeio, como queriam os invasores. A invasão fracassou.
Em 7 de fevereiro de 1962, os EUA impuseram o embargo econômico que proíbe empresas americanas de negociar com Cuba, um boicote que até hoje estrangula a economia cubana.
CRISE DOS MÍSSEIS
No mesmo ano, Cuba seria o centro da pior crise da Guerra Fria. Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear. Em maio de 1962, Fidel teria pedido à sua aliada União Soviética que instalasse mísseis nucleares em Cuba.
Em 14 de outubro de 1962, aviões de espionagem dos EUA fotografaram os silos e os mísseis que seriam instalados neles. Kennedy decretou um bloqueio naval e cercou a ilha com a Marinha dos EUA, ameaçando afundar qualquer navio soviético que tentasse chegar a Cuba sem ser inspecionado para os americanos terem certeza de que não transportava armas nucleares.
Os EUA estavam prontos para invadir Cuba quando um jornalista e agente soviético que trabalhava em Washington advertiu o Kremlin de que o ataque era iminente. Aí o líder soviético Nikita Kruschev recuou, em 27 de outubro, e aceitou em retirar os mísseis. Em troca, os EUA assumiram um compromisso informal de não invadir Cuba.
A Crise dos Mísseis em Cuba levou à queda de Kruschev dois anos depois e à ruptura entre a URSS e a China, que não concordava com a nova política de coexistência pacífica permanente com o mundo capitalista.
Nos anos 60, Cuba recebia uma ajuda equivalente a US$ 5 bilhões anuais, especialmente em petróleo subsidiado, e financiava movimentos guerrilheiros na América Latina, inclusive a revolta na Bolívia onde morreu Che Guevara, em outubro de 1967.
A projeção do poder ou exportação da revolução cubana cruzou o Oceano Atlântico nos anos 70. Fidel enviou tropas para lutar na África, em Angola e na Etiópia, ao lado de regimes comunistas.
NÃO À GLASNOST
Tudo mudou com a ascensão de Mikhail Gorbachev a secretário-geral do Partido Comunista soviético, em 11 de março de 1985. Diante da crise econômica que minava a segunda suuperpotência, Gorbachev promoveu uma série de reformas políticas (glasnost) e econômicas (perestroika). Fidel não aderiu.
Com o colapso final da URSS no fim de 1991, o regime cubano enfrentou uma enorme crise econômica. Alguns tipos de atividade privada foram permitidos, assim como investimentos estrangeiros em determinados setores, como hotelaria e turismo.
Duas moedas passaram a circular na ilha, o peso cubano e o dólar. A prostituição, uma das chagas do regime de Batista, voltou. Os grandes orgulhos da revolução são as conquistas em saúde pública e educação. Mas um regime onde uma prostituta ou um garçon ganha por dia, em moeda forte, mais do que um professor e um médico, tem algo errado.
A entrada em cena do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, como candidato a herdeiro do manto revolucionário de Fidel, deu nova vida ao regime cubano. Chávez, como a URSS, vende petróleo subsidiado a Cuba. Em troca, Fidel mandou 30 mil médicos de família para trabalhar em projetos sociais na Venezuela e na Bolívia.
Nos últimos anos, Fidel começou a mostrar sinais de velhice. Desmaiou durante um discurso. Tropeçou, caiu e sofreu uma fratura ao descer de um palanque. Mas ainda mantinha a aura do comandante indestrutível, que sobreviveu a inúmeras tentativas de assassinatos dos americanos e dos cubanos exilados em Miami.
Em 31 de julho de 2006, uma forte hemorragia no aparelho digestivo o obrigou a fazer uma operação de emergência. Fidel transferiu provisoriamente todos os seus cargos ao irmão, general Raúl Castro, ministro da Defesa: presidente, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e líder do Partido Comunista.
Era o começo do fim de uma era. A doença e a interinidade de Raúl deram tempo para que a transição fosse suave. Raúl aumentou o debate político interno mas é acusado de reativar os Comitês de Defesa da Revolução que fazem patrulhamento local. Manifestou a intenção de fazer uma reforma econômica no estilo chinês, sem mudar fundamentalmente a natureza ditatorial do regime comunista cubano. Mas prometeu mais democracia.
Neste domingo, a Assembléia Nacional elege o novo presidente e o primeiro-ministro. Será interessante ver como se colocam as figuras mais proeminentes do regime, como o presidente do parlamento, Ricardo Alarcón, o vice-presidente encarregado da reforma econômica, Carlos Lage, e o ministro do Exterior, Felipe Pérez-Roque, ex-secretário particular de Fidel e muitas vezes apontado como seu sucessor preferido.
Fidel passa à História como um guerrilheiro heróico e um revolucionário. Mas vale para ele a mesma observação que o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda fez sobre Che Guevara: lutou com nobreza de espírito e convicção, mas a causa que defendeu, o stalinismo, foi para a lata de lixo da História.
Em 31 de julho de 2006, Fidel foi obrigado a transferir temporariamente todos os seus cargos para o irmão, general Raúl Castro, para ser operado com urgência de uma hemorragia gástrica.
No próximo domingo, 24 de fevereiro, a Assembléia Nacional vai eleger um novo presidente e um primeiro-ministro. Raúl será presidente mas continuará acumulando mais cargos, como o irmão?
Fidel chegou ao poder em 1959, com a entrada triunfal em Havana dos revolucionários que lutavam contra a ditadura de Fulgencio Batista, aliado dos Estados Unidos. Colocou os inimigos políticos no paredão.
Desde aquela época, o regime cubano é acusado de violar os direitos humanos, censurar a imprensa e perseguir dissidentes. Em 1960, começou a estatizar as propriedades de americanos e empresas dos EUA.
A tentativa mais notória de derrubar o regime revolucionário foi a invasão da Baía dos Porcos, em 15 de abril de 1961, organizada por exilados cubanos com o apoio meia-bomba dos EUA.
O presidente John Kennedy queria encobrir ao máximo a participação americana, dando a impressão de que se tratava de uma ação cubana. Não deu a cobertura aérea com 48 horas de bombardeio, como queriam os invasores. A invasão fracassou.
Em 7 de fevereiro de 1962, os EUA impuseram o embargo econômico que proíbe empresas americanas de negociar com Cuba, um boicote que até hoje estrangula a economia cubana.
CRISE DOS MÍSSEIS
No mesmo ano, Cuba seria o centro da pior crise da Guerra Fria. Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear. Em maio de 1962, Fidel teria pedido à sua aliada União Soviética que instalasse mísseis nucleares em Cuba.
Em 14 de outubro de 1962, aviões de espionagem dos EUA fotografaram os silos e os mísseis que seriam instalados neles. Kennedy decretou um bloqueio naval e cercou a ilha com a Marinha dos EUA, ameaçando afundar qualquer navio soviético que tentasse chegar a Cuba sem ser inspecionado para os americanos terem certeza de que não transportava armas nucleares.
Os EUA estavam prontos para invadir Cuba quando um jornalista e agente soviético que trabalhava em Washington advertiu o Kremlin de que o ataque era iminente. Aí o líder soviético Nikita Kruschev recuou, em 27 de outubro, e aceitou em retirar os mísseis. Em troca, os EUA assumiram um compromisso informal de não invadir Cuba.
A Crise dos Mísseis em Cuba levou à queda de Kruschev dois anos depois e à ruptura entre a URSS e a China, que não concordava com a nova política de coexistência pacífica permanente com o mundo capitalista.
Nos anos 60, Cuba recebia uma ajuda equivalente a US$ 5 bilhões anuais, especialmente em petróleo subsidiado, e financiava movimentos guerrilheiros na América Latina, inclusive a revolta na Bolívia onde morreu Che Guevara, em outubro de 1967.
A projeção do poder ou exportação da revolução cubana cruzou o Oceano Atlântico nos anos 70. Fidel enviou tropas para lutar na África, em Angola e na Etiópia, ao lado de regimes comunistas.
NÃO À GLASNOST
Tudo mudou com a ascensão de Mikhail Gorbachev a secretário-geral do Partido Comunista soviético, em 11 de março de 1985. Diante da crise econômica que minava a segunda suuperpotência, Gorbachev promoveu uma série de reformas políticas (glasnost) e econômicas (perestroika). Fidel não aderiu.
Com o colapso final da URSS no fim de 1991, o regime cubano enfrentou uma enorme crise econômica. Alguns tipos de atividade privada foram permitidos, assim como investimentos estrangeiros em determinados setores, como hotelaria e turismo.
Duas moedas passaram a circular na ilha, o peso cubano e o dólar. A prostituição, uma das chagas do regime de Batista, voltou. Os grandes orgulhos da revolução são as conquistas em saúde pública e educação. Mas um regime onde uma prostituta ou um garçon ganha por dia, em moeda forte, mais do que um professor e um médico, tem algo errado.
A entrada em cena do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, como candidato a herdeiro do manto revolucionário de Fidel, deu nova vida ao regime cubano. Chávez, como a URSS, vende petróleo subsidiado a Cuba. Em troca, Fidel mandou 30 mil médicos de família para trabalhar em projetos sociais na Venezuela e na Bolívia.
Nos últimos anos, Fidel começou a mostrar sinais de velhice. Desmaiou durante um discurso. Tropeçou, caiu e sofreu uma fratura ao descer de um palanque. Mas ainda mantinha a aura do comandante indestrutível, que sobreviveu a inúmeras tentativas de assassinatos dos americanos e dos cubanos exilados em Miami.
Em 31 de julho de 2006, uma forte hemorragia no aparelho digestivo o obrigou a fazer uma operação de emergência. Fidel transferiu provisoriamente todos os seus cargos ao irmão, general Raúl Castro, ministro da Defesa: presidente, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e líder do Partido Comunista.
Era o começo do fim de uma era. A doença e a interinidade de Raúl deram tempo para que a transição fosse suave. Raúl aumentou o debate político interno mas é acusado de reativar os Comitês de Defesa da Revolução que fazem patrulhamento local. Manifestou a intenção de fazer uma reforma econômica no estilo chinês, sem mudar fundamentalmente a natureza ditatorial do regime comunista cubano. Mas prometeu mais democracia.
Neste domingo, a Assembléia Nacional elege o novo presidente e o primeiro-ministro. Será interessante ver como se colocam as figuras mais proeminentes do regime, como o presidente do parlamento, Ricardo Alarcón, o vice-presidente encarregado da reforma econômica, Carlos Lage, e o ministro do Exterior, Felipe Pérez-Roque, ex-secretário particular de Fidel e muitas vezes apontado como seu sucessor preferido.
Fidel passa à História como um guerrilheiro heróico e um revolucionário. Mas vale para ele a mesma observação que o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda fez sobre Che Guevara: lutou com nobreza de espírito e convicção, mas a causa que defendeu, o stalinismo, foi para a lata de lixo da História.
Inflação chinesa passa de 7% ao ano
A inflação anual da China em janeiro foi a maior dos últimos 11 anos. Chegou a 7,1%, depois de registrar um crescimento de preços de 6,5% no final de 2007.
É mais um sinal de superaquecimento na economia que mais cresce no mundo, 11,4% no ano passado. As autoridades econômicas chinesas enfrentam um dilema entre controlar a inflação ou esperar para ver se o impacto da crise financeira nos Estados Unidos não será suficiente para desaquecer a economia e arrefecer o crescimento de preços.
Como uma superpotência econômica e locomotiva da economia mundial, a China é a esperança de que desta vez a crise americana não contagie o resto do mundo.
É mais um sinal de superaquecimento na economia que mais cresce no mundo, 11,4% no ano passado. As autoridades econômicas chinesas enfrentam um dilema entre controlar a inflação ou esperar para ver se o impacto da crise financeira nos Estados Unidos não será suficiente para desaquecer a economia e arrefecer o crescimento de preços.
Como uma superpotência econômica e locomotiva da economia mundial, a China é a esperança de que desta vez a crise americana não contagie o resto do mundo.
Sérvia retira embaixador de Washington
Em protesto contra o reconhecimento pelos Estados Unidos da independência do Kossovo, o governo da Sérvia retirou seu embaixador de Washington, chamando-a a Belgrado para consultas, uma tradicional medida diplomática para manifestar o descontentamento.
Durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, alegou que a independência do Kossovo cria um sério precedente para países como movimentos separatistas.
A diferença, argumenta a União Européia (UE), é que a violência étnica deflagrada por Slobodan Milosevic ao perseguir a maioria albanesa do Kossovo criou uma situação inconciliável.
Não estaria, portanto, aberto um precedente a uma das regras da sociedade internacional: não se alteram fronteiras nacionais sem a concordância dos dois lados.
Mas a Rússia já fala na independência de duas regiões da ex-república soviética da Geórgia de maioria russa: Abcásia e a Ossétia do Sul.
É uma contradição porque a Rússia ameaça vetar o reconhecimento do Kossovo pelo Conselho de Segurança da ONU.
Dentro da União Européia, a maioria dos países reconheceu a independência. Mas todos os que têm movimentos autonomistas ou separatistas internos rejeitaram a "declaração unilateral", como disse o ministro do Exterior espanhol, Miguel Ángel Moratinos. Entre eles, estão Espanha, Grécia, Chipre, Bulgária e Romênia.
A Federação Russa certamente teme pelo surgimento de outra Chechênia entre as 89 unidades federadas. E a China tem a questão de Taiwan, ameaça invadir a ilha que considera uma província rebelde, se Taiwan declarar independência.
No mundo globalizado, o pequeno e pobre Kossovo, adquire outra dimensão.
Durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, alegou que a independência do Kossovo cria um sério precedente para países como movimentos separatistas.
A diferença, argumenta a União Européia (UE), é que a violência étnica deflagrada por Slobodan Milosevic ao perseguir a maioria albanesa do Kossovo criou uma situação inconciliável.
Não estaria, portanto, aberto um precedente a uma das regras da sociedade internacional: não se alteram fronteiras nacionais sem a concordância dos dois lados.
Mas a Rússia já fala na independência de duas regiões da ex-república soviética da Geórgia de maioria russa: Abcásia e a Ossétia do Sul.
É uma contradição porque a Rússia ameaça vetar o reconhecimento do Kossovo pelo Conselho de Segurança da ONU.
Dentro da União Européia, a maioria dos países reconheceu a independência. Mas todos os que têm movimentos autonomistas ou separatistas internos rejeitaram a "declaração unilateral", como disse o ministro do Exterior espanhol, Miguel Ángel Moratinos. Entre eles, estão Espanha, Grécia, Chipre, Bulgária e Romênia.
A Federação Russa certamente teme pelo surgimento de outra Chechênia entre as 89 unidades federadas. E a China tem a questão de Taiwan, ameaça invadir a ilha que considera uma província rebelde, se Taiwan declarar independência.
No mundo globalizado, o pequeno e pobre Kossovo, adquire outra dimensão.
Musharraf sofre derrota esmagadora
As projeções dos primeiros resultados indicam que o partido apoiado pelo presidente Pervez Musharraf foi amplamente derrotado nas eleições legislativas da segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008.
Os dois partidos de oposição - o Partido Popular Paquistanês, da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada após um comício em 27 de dezembro, hoje liderado pelo viúvo; e a Liga Muçulmana do Paquistão, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif - levam ampla vantagem sobre os candidatos do general.
Eles terão de se unir para formar um governo estável. Já seria um avanço formidável na política paquistanesa. Daí até pacificar um país em chamas, com um crescente radicalismo muçulmano e a fronteira incerta com o Afeganistão onde estariam refugiados os líderes da rede terrorista Al Caeda.
Musharraf era comandante do Exército em 1999, quando o então primeiro-ministro Sharif tentou destituí-lo e foi derrubado. Inicialmente hostilizado pelos Estados Unidos por ser um ditador, o general tornou-se peça fundamental na estratégia americana a partir dos atentados de 11 de setembro de 2001.
O problema imediato, na verdade, era o Afeganistão. Lá, a rede Al Caeda (A Base), responsável pelos atentados, tinha seus centros de treinamento sob a proteção do regime fundamentalista da milícia dos Talebã (1996-2001), que chegou a ser apoiado nos EUA como maneira de estabilizar o Afeganistão.
Esse país árido e montanhoso sempre foi um desafio estratégico. Só foi conquistado por Alexandre o Grande, talvez o maior general de todos os tempos.
Em 1979, foi invadido pela União Soviética. No governo Ronald Reagan (1981-89), os EUA, a Arábia Saudita, o Paquistão e a China apoiaram guerrilheiros muçulmanos (mujahedin) que fizeram do Afeganistão o Vietnã da URSS.
Cerca de 25 mil soviéticos morreram na invasão e ocupação do país. Em 1989, na era Gorbachev (1985-91), a URSS se retirou.
O Afeganistão ficou entregue a grupos muçulmanos que, primeiro, derrubaram o último presidente instalado pelos soviéticos, Mohammed Najibullah. Depois, brigaram entre si com alianças tribais.
Como nunca foi dominado, o Afeganistão não saiu do estágio tribal, não tem uma infra-estrutura moderna. O país foi dividido em feudos dominados pelos senhores da guerra.
Por iniciativa do serviço secreto do Paquistão, com dinheiro da Arábia Saudita e o apoio dos EUA, a partir de 1994, a milícia dos Talebã começou a realizar operações militares.
Talebã significa estudantes religiosos em pachtum, a língua da tribo pachtum, a maior do Afeganistão (40%) e uma minoria importante no Paquistão (13%). É uma importação de taleb, que é estudante em árabe.
Os talebã são estudantes doutrinados nas madrassás, escolas onde só se estuda o
Corão, o livro sagrado muçulmanos. Muitas ficam no Paquistão, onde milhões de afegãos se refugiaram durante a invasão soviética.
A guerra Afeganistão não só é um detrito da Guerra Fria como o antigo aliado de Washington na luta contra o comunismo, o Paquistão, está diretamente envolvido.
Depois de 11 de setembro de 2001, os EUA precisavam do Paquistão para atacar o Afeganistão. Como o Afeganistão não tem saída para o mar, as forças americanas previsam atravessar o Paquistão ou entrar pelas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.
Pior ainda: o Paquistão é o único país muçulmano com armas nucleares, e tudo o que os terroristas querem é uma bomba atômica para destruir uma grande cidade de maneira ainda mais espetacular.
Por tudo isso, Musharraf é um aliado fundamental para a estratégia americana na chamada guerra contra o terrorismo. É um guardião confiável da bomba atômica muçulmana.
Sua derrota coloca sérias dúvidas sobre a governabilidade do Paquistão, que durante a maior parte de sua história foi governado pelos militares, para ser exato, pelo Exército. É uma história marcada por golpes de Estado, que só tiveram sucesso quando dados pelo comandante do Exército.
Os dois partidos de oposição - o Partido Popular Paquistanês, da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada após um comício em 27 de dezembro, hoje liderado pelo viúvo; e a Liga Muçulmana do Paquistão, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif - levam ampla vantagem sobre os candidatos do general.
Eles terão de se unir para formar um governo estável. Já seria um avanço formidável na política paquistanesa. Daí até pacificar um país em chamas, com um crescente radicalismo muçulmano e a fronteira incerta com o Afeganistão onde estariam refugiados os líderes da rede terrorista Al Caeda.
Musharraf era comandante do Exército em 1999, quando o então primeiro-ministro Sharif tentou destituí-lo e foi derrubado. Inicialmente hostilizado pelos Estados Unidos por ser um ditador, o general tornou-se peça fundamental na estratégia americana a partir dos atentados de 11 de setembro de 2001.
O problema imediato, na verdade, era o Afeganistão. Lá, a rede Al Caeda (A Base), responsável pelos atentados, tinha seus centros de treinamento sob a proteção do regime fundamentalista da milícia dos Talebã (1996-2001), que chegou a ser apoiado nos EUA como maneira de estabilizar o Afeganistão.
Esse país árido e montanhoso sempre foi um desafio estratégico. Só foi conquistado por Alexandre o Grande, talvez o maior general de todos os tempos.
Em 1979, foi invadido pela União Soviética. No governo Ronald Reagan (1981-89), os EUA, a Arábia Saudita, o Paquistão e a China apoiaram guerrilheiros muçulmanos (mujahedin) que fizeram do Afeganistão o Vietnã da URSS.
Cerca de 25 mil soviéticos morreram na invasão e ocupação do país. Em 1989, na era Gorbachev (1985-91), a URSS se retirou.
O Afeganistão ficou entregue a grupos muçulmanos que, primeiro, derrubaram o último presidente instalado pelos soviéticos, Mohammed Najibullah. Depois, brigaram entre si com alianças tribais.
Como nunca foi dominado, o Afeganistão não saiu do estágio tribal, não tem uma infra-estrutura moderna. O país foi dividido em feudos dominados pelos senhores da guerra.
Por iniciativa do serviço secreto do Paquistão, com dinheiro da Arábia Saudita e o apoio dos EUA, a partir de 1994, a milícia dos Talebã começou a realizar operações militares.
Talebã significa estudantes religiosos em pachtum, a língua da tribo pachtum, a maior do Afeganistão (40%) e uma minoria importante no Paquistão (13%). É uma importação de taleb, que é estudante em árabe.
Os talebã são estudantes doutrinados nas madrassás, escolas onde só se estuda o
Corão, o livro sagrado muçulmanos. Muitas ficam no Paquistão, onde milhões de afegãos se refugiaram durante a invasão soviética.
A guerra Afeganistão não só é um detrito da Guerra Fria como o antigo aliado de Washington na luta contra o comunismo, o Paquistão, está diretamente envolvido.
Depois de 11 de setembro de 2001, os EUA precisavam do Paquistão para atacar o Afeganistão. Como o Afeganistão não tem saída para o mar, as forças americanas previsam atravessar o Paquistão ou entrar pelas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.
Pior ainda: o Paquistão é o único país muçulmano com armas nucleares, e tudo o que os terroristas querem é uma bomba atômica para destruir uma grande cidade de maneira ainda mais espetacular.
Por tudo isso, Musharraf é um aliado fundamental para a estratégia americana na chamada guerra contra o terrorismo. É um guardião confiável da bomba atômica muçulmana.
Sua derrota coloca sérias dúvidas sobre a governabilidade do Paquistão, que durante a maior parte de sua história foi governado pelos militares, para ser exato, pelo Exército. É uma história marcada por golpes de Estado, que só tiveram sucesso quando dados pelo comandante do Exército.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
EUA pressionam quenianos pela união nacional
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou a Nairóbi nesta segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008, para pressionar o governo e a oposição quenianos a fazer "uma divisão real do poder" e formar "uma grande coalizão para que o Quênia seja governável".
Atentado suicida mata 35 no Afeganistão
Um homem-bomba atacou nesta segunda-feira um comboio militar canadense na província de Candahar, no Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão, matando pelo menos 35 pessoas e ferindo outras 27.
O atentado aconteceu um dia depois de outro terrorista suicida matar 100 pessoas que assistiam a uma rinha de cães na cidade de Candahar, um dos principais redutos da milícia fundamentalista dos Talebã, que governou o país de 1996 até a invasão americana de 2001 para vingar os atentados de 11 de setembro daquele ano.
O atentado aconteceu um dia depois de outro terrorista suicida matar 100 pessoas que assistiam a uma rinha de cães na cidade de Candahar, um dos principais redutos da milícia fundamentalista dos Talebã, que governou o país de 1996 até a invasão americana de 2001 para vingar os atentados de 11 de setembro daquele ano.
Paquistão acusa talebã pela morte de Bhutto
O líder tribal Baitullah Mehsud, um dos talebã paquistaneses, pagou cerca de US$ 7 mil pelo atentado terrorista suicida que matou ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 27 de dezembro de 2007, afirmou no domingo o chefe da investigação oficial sobre o assassinato no Paquistão.
Dos quatro suspeitos detidos, dois já confessaram sua culpa, acrescentou Chaudhry Abdul Majid, que preside o inquérito sobre a morte da ex-primeira-ministra. Eles declararam que Mehsud não só financiou o atentado. O chefe tribal planejou toda a ação terrorista, alegou Majid.
Um dia depois da morte de Benazir, o governo começou a divulgar essa versão, atribuindo o crime a Mehsud. Mas pesquisas de opinião indicam que a maioria dos paquistaneses culpa a ditadura do general Pervez Musharraf.
Dois acusados disseram em juízo na quarta-feira passada, 13 de fevereiro, que deram ao terrorista suicida moradia, transporte, uma pistola e a jaqueta para o atentado suicida. Além de Benazir, cerca de 25 pessoas morreram.
O suicida resolveu se tornar um homem-bomba para vingar a morte de um amigo quando as forças de segurança do Paquistão invadiram a Mesquita Vermelha em Islamabad, a capital do país, para expulsar extremistas muçulmanos entrincheirados lá.
Dos quatro suspeitos detidos, dois já confessaram sua culpa, acrescentou Chaudhry Abdul Majid, que preside o inquérito sobre a morte da ex-primeira-ministra. Eles declararam que Mehsud não só financiou o atentado. O chefe tribal planejou toda a ação terrorista, alegou Majid.
Um dia depois da morte de Benazir, o governo começou a divulgar essa versão, atribuindo o crime a Mehsud. Mas pesquisas de opinião indicam que a maioria dos paquistaneses culpa a ditadura do general Pervez Musharraf.
Dois acusados disseram em juízo na quarta-feira passada, 13 de fevereiro, que deram ao terrorista suicida moradia, transporte, uma pistola e a jaqueta para o atentado suicida. Além de Benazir, cerca de 25 pessoas morreram.
O suicida resolveu se tornar um homem-bomba para vingar a morte de um amigo quando as forças de segurança do Paquistão invadiram a Mesquita Vermelha em Islamabad, a capital do país, para expulsar extremistas muçulmanos entrincheirados lá.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Reino Unido estatiza banco atingido pela crise
O governo britânico resolveu nacionalizar o banco Northern Rock, abalado pela crise financeira iniciada no mercado de crédito hipotecário para clientes de segunda linha.
A decisão provocou um avalanche de críticas. O ministro das Finanças, Alastair Darling, declarou que o governo preferia uma solução de mercado, mas não apareceu ninguém capaz de tapar o rombo nas contas do Northern Rock.
Uma das propostas foi do chamado empresário hippie, Richard Branson, um dos empreendedores mais ousados do Reino Unido. Nem ele nem a outra proposta do setor privado, feita pelo atual comando do próprio Northern Rock, seria capaz de pagar os US$ 52 bilhões injetados pelo Banco da Inglaterra desde setembro de 2007.
Naquele mês, diante de boatos de que o Northern Rock tinha problemas financeiros por causa da crise nos Estados Unidos, houve uma corrida ao banco em massa de depositantes para sacar seu dinheiro, a primeira corrida bancária na Grã-Bretanha desde 1866, no reinado da rainha Vitória.
A decisão provocou um avalanche de críticas. O ministro das Finanças, Alastair Darling, declarou que o governo preferia uma solução de mercado, mas não apareceu ninguém capaz de tapar o rombo nas contas do Northern Rock.
Uma das propostas foi do chamado empresário hippie, Richard Branson, um dos empreendedores mais ousados do Reino Unido. Nem ele nem a outra proposta do setor privado, feita pelo atual comando do próprio Northern Rock, seria capaz de pagar os US$ 52 bilhões injetados pelo Banco da Inglaterra desde setembro de 2007.
Naquele mês, diante de boatos de que o Northern Rock tinha problemas financeiros por causa da crise nos Estados Unidos, houve uma corrida ao banco em massa de depositantes para sacar seu dinheiro, a primeira corrida bancária na Grã-Bretanha desde 1866, no reinado da rainha Vitória.
Aliados de Obama advertem superdelegados
Os partidários da campanha do senador Barack Obama para conquistar a candidatura do Partido Democrata à eleição presidencial nos Estados Unidos advertem os superdelegados do partido a não contrariar a decisão das bases expressa nas eleções prévias.
Se a disputa entre Obama e Hillary Clinton continuar acirrada, há um sério risco de que nenhum dos pré-candidatos democratas chegue à convenção nacional do partido, no final de agosto, sem ter garantido 2.025 delegados, número necessário para a indicação.
Neste caso, a palavra final caberá a 796 superdelegados, caciques do partido, governadores, deputados, senadores, ex-políticos, que tem a liberdade de votar como quiserem, independentemente do resultado das prévias em seu estado.
Uma reviravolta patrocinada por esses supereleitores, uma prática antidemocrática em si, minaria a legitimidade do candidato democrata, dando uma chance a mais aos combalidos republicanos.
"Ser superdelegado não significa atropelar a vontade popular", afirmou Obama.
Em 1984, o senador Gary Hart tinha ganho mais primárias, mas os caciques do partido impuseram a candidatura do ex-vice-presidente Walter Mondale. O então presidente Ronald Reagan ganhou em todos os estados. Só perdeu no Distrito de Colúmbia.
Se a disputa entre Obama e Hillary Clinton continuar acirrada, há um sério risco de que nenhum dos pré-candidatos democratas chegue à convenção nacional do partido, no final de agosto, sem ter garantido 2.025 delegados, número necessário para a indicação.
Neste caso, a palavra final caberá a 796 superdelegados, caciques do partido, governadores, deputados, senadores, ex-políticos, que tem a liberdade de votar como quiserem, independentemente do resultado das prévias em seu estado.
Uma reviravolta patrocinada por esses supereleitores, uma prática antidemocrática em si, minaria a legitimidade do candidato democrata, dando uma chance a mais aos combalidos republicanos.
"Ser superdelegado não significa atropelar a vontade popular", afirmou Obama.
Em 1984, o senador Gary Hart tinha ganho mais primárias, mas os caciques do partido impuseram a candidatura do ex-vice-presidente Walter Mondale. O então presidente Ronald Reagan ganhou em todos os estados. Só perdeu no Distrito de Colúmbia.
Terrorista suicida mata 100 no Afeganistão
No pior atentado desde a queda do regime fundamentalista da milícia dos Talebã, em 2001, um terrorista suicida matou 100 pessoas em Candahar, no Afeganistão, um dos principais redutos dos talebã.
O governador da província de Candahar, Assadullah Khalid, declarou que o suicida detonou a carga explosiva durante uma rinha de cães nas ruas da cidade, o que era proibido peloo regime dos talebã.
2007 foi o ano mais violento na Afeganistão desde o início pelos Estados Unidos, em 7 de outubro de 2001, da Operação Liberdade Duradoura, para vingar os atentados terroristas de 11 de setembro daquele ano. Pelo menos 6,3 mil pessoas foram mortas no ano passado.
A rede terrorista Al Caeda (A Base), liderada pelo saudita Ossama ben Laden, tinha seus principais centros de treinamento em território afegão. Hoje, seus líderes estariam escondidos nos territórios tribais na fronteira do Norte do Paquistão com o Afeganistão.
Ben Laden chegou ao Afeganistão no início dos anos 90, como um dos enviados sauditas para lutar contra a intervenção da União Soviética no país, em 1979. Com o apoio da Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, ajudou a organizar os mujahedin (guerrilheiros muçulmanos) que fizeram do Afeganistão o Vietnã da URSS.
Antes da queda dos Talebã, não havia terrorismo suicida no Afeganistão. Hoje é uma tática de uso freqüente para combater as forças internacionais presentes no país.
O governador da província de Candahar, Assadullah Khalid, declarou que o suicida detonou a carga explosiva durante uma rinha de cães nas ruas da cidade, o que era proibido peloo regime dos talebã.
2007 foi o ano mais violento na Afeganistão desde o início pelos Estados Unidos, em 7 de outubro de 2001, da Operação Liberdade Duradoura, para vingar os atentados terroristas de 11 de setembro daquele ano. Pelo menos 6,3 mil pessoas foram mortas no ano passado.
A rede terrorista Al Caeda (A Base), liderada pelo saudita Ossama ben Laden, tinha seus principais centros de treinamento em território afegão. Hoje, seus líderes estariam escondidos nos territórios tribais na fronteira do Norte do Paquistão com o Afeganistão.
Ben Laden chegou ao Afeganistão no início dos anos 90, como um dos enviados sauditas para lutar contra a intervenção da União Soviética no país, em 1979. Com o apoio da Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, ajudou a organizar os mujahedin (guerrilheiros muçulmanos) que fizeram do Afeganistão o Vietnã da URSS.
Antes da queda dos Talebã, não havia terrorismo suicida no Afeganistão. Hoje é uma tática de uso freqüente para combater as forças internacionais presentes no país.
Governo do Kossovo declara independência
O primeiro-ministro do Kossovo, Hashim Thaçi, declarou neste domingo a independência da antiga província autônoma da Sérvia, objeto de uma guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra o ditador sérvio Slobodan Milosevic, em 1999.
A União Européia e os Estados Unidos vão reconhecer imediatamente a independência, mas a Rússia deve vetar o reconhecimento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, impedindo o ingresso do Kossovo na organização, pelo menos por enquanto.
Na prática, desde 1999, quando a Sérvia abandonou a província depois de ser alvo de 78 dias de bombardeio aéreo da OTAN, o Kossovo tornou-se independente, passando a ser um protetorado da sociedade internacional por força de um mandato da ONU.
Milosevic foi deposto em 5 de outubro de 2000 por uma revolução, após uma tentativa de fraude na eleição presidencial que disputava com o atual primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, hoje um dos maiores adversários da independência do Kossovo.
O argumento central do governo de Belgrado é que a Sérvia é agora um país democrático. Assim, a maioria de origem albanesa do Kossovo, 90% de seus 2 milhões de habitantes, não correria mais risco de ser discriminada e agredida como na era Milosevic.
Foi no Kossovo, num discurso em 1987, ao dizer que os sérvios nunca mais seriam discriminados, que Milosevic deflagrou a onda nacionalista que destruiu a antiga Iugoslávia, causando as guerras da Croácia, em 1991, da Bósnia-Herzegovina, em 1992, e do Kossovo, em 1999.
A Sérvia terminou aceitando a independência da Eslovênia, da Croácia, da Bósnia e da Macedônia nas negociações conduzidas pelos Estados Unidos numa base americana em Dayton, no estado de Ohio, depois de uma intervenção militar da OTAN. Sob intensa pressão dos EUA, os presidente sérvio, Milosevic; croata, Franjo Tudiman; e da Bósnia, Alija Izetbegovic; assinaram um acordo de paz.
Se a independência das repúblicas estava garantida pela Constituição da Iugoslávia, de 1974, o Kossovo era uma província autônoma sérvia e está ligado ao mito de origem do nacionalismo sérvio.
Em 28 de junho de 1389, os sérvios perderam a Batalha do Kossovo para o Império Otomano (turco). Durante quatro séculos e meio, o país foi dominado. É uma derrota que os sérvios festejam até hoje. Isso revela bem o aspecto negativo, a autovitimização, marca registrada do nacionalismo sérvio.
Também em 28 de junho, só que em 1914, um estudante radical sérvio, Gavrilo Princip, matou em Sarajevo o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, provocando a Primeira Guerra Mundial (1914-18).
Com o declínio da ideologia comunista e o fim da Guerra Fria, nos anos 80, esse nacionalismo radical foi ressuscitado por Milosevic, um dirigente comunista, para legitimar seu poder. Ele destruiu a herança do marechal Josip Broz Tito, um comunista croata que recriou a Iugoslávia depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Desde a morte de Tito, em 1980, esperava-se a fragmentação da Iugoslávia. Mas ela foi sobretudo obra de Milosevic, o anti-Tito.
A independência do Kossovo é o último ato desta tragédia na região dos Bálcãs, uma das mais explosivas e violentas da Europa. Ainda não acabou.
Enquanto a multidão festeja nas ruas de Pristina, a capital do mais novo país europeu, na Sérvia, nacionalistas radicais atacaram a Embaixada dos Estados Unidos em Belgrado.
A União Européia e os Estados Unidos vão reconhecer imediatamente a independência, mas a Rússia deve vetar o reconhecimento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, impedindo o ingresso do Kossovo na organização, pelo menos por enquanto.
Na prática, desde 1999, quando a Sérvia abandonou a província depois de ser alvo de 78 dias de bombardeio aéreo da OTAN, o Kossovo tornou-se independente, passando a ser um protetorado da sociedade internacional por força de um mandato da ONU.
Milosevic foi deposto em 5 de outubro de 2000 por uma revolução, após uma tentativa de fraude na eleição presidencial que disputava com o atual primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, hoje um dos maiores adversários da independência do Kossovo.
O argumento central do governo de Belgrado é que a Sérvia é agora um país democrático. Assim, a maioria de origem albanesa do Kossovo, 90% de seus 2 milhões de habitantes, não correria mais risco de ser discriminada e agredida como na era Milosevic.
Foi no Kossovo, num discurso em 1987, ao dizer que os sérvios nunca mais seriam discriminados, que Milosevic deflagrou a onda nacionalista que destruiu a antiga Iugoslávia, causando as guerras da Croácia, em 1991, da Bósnia-Herzegovina, em 1992, e do Kossovo, em 1999.
A Sérvia terminou aceitando a independência da Eslovênia, da Croácia, da Bósnia e da Macedônia nas negociações conduzidas pelos Estados Unidos numa base americana em Dayton, no estado de Ohio, depois de uma intervenção militar da OTAN. Sob intensa pressão dos EUA, os presidente sérvio, Milosevic; croata, Franjo Tudiman; e da Bósnia, Alija Izetbegovic; assinaram um acordo de paz.
Se a independência das repúblicas estava garantida pela Constituição da Iugoslávia, de 1974, o Kossovo era uma província autônoma sérvia e está ligado ao mito de origem do nacionalismo sérvio.
Em 28 de junho de 1389, os sérvios perderam a Batalha do Kossovo para o Império Otomano (turco). Durante quatro séculos e meio, o país foi dominado. É uma derrota que os sérvios festejam até hoje. Isso revela bem o aspecto negativo, a autovitimização, marca registrada do nacionalismo sérvio.
Também em 28 de junho, só que em 1914, um estudante radical sérvio, Gavrilo Princip, matou em Sarajevo o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, provocando a Primeira Guerra Mundial (1914-18).
Com o declínio da ideologia comunista e o fim da Guerra Fria, nos anos 80, esse nacionalismo radical foi ressuscitado por Milosevic, um dirigente comunista, para legitimar seu poder. Ele destruiu a herança do marechal Josip Broz Tito, um comunista croata que recriou a Iugoslávia depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Desde a morte de Tito, em 1980, esperava-se a fragmentação da Iugoslávia. Mas ela foi sobretudo obra de Milosevic, o anti-Tito.
A independência do Kossovo é o último ato desta tragédia na região dos Bálcãs, uma das mais explosivas e violentas da Europa. Ainda não acabou.
Enquanto a multidão festeja nas ruas de Pristina, a capital do mais novo país europeu, na Sérvia, nacionalistas radicais atacaram a Embaixada dos Estados Unidos em Belgrado.
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Número de ataques em Bagdá cai 80%
Os ataques de rebeldes e milícias na capital do Iraque diminuíram em 80%, afirmou sábado um alto funcionário iraquiano.
"Quando não se podia ouvir nada além de explosões, tiros e os gritos de mães, pais e filhos, e os corpos eram queimados e esquartejados, o povo de Bagdá espera a Operação Impondo a Lei", declarou o general Abud Kanbar, comemorando um ano do início da operação.
Nas últimas seis semanas de 2006, uma média de 43 corpos jogados nas ruas eram encontrados diariamente. O conflito sectário entre sunitas e xiitas deixou o país à beira da guerra civil.
Em 2008, a média caiu para quatro.
Para conter a violência, diversos muros de concreto foram erguidos pela cidade para separar sunitas e xiitas. Agora, as autoridades iraquianas já pensam em derrubar essas barreiras.
"Quando não se podia ouvir nada além de explosões, tiros e os gritos de mães, pais e filhos, e os corpos eram queimados e esquartejados, o povo de Bagdá espera a Operação Impondo a Lei", declarou o general Abud Kanbar, comemorando um ano do início da operação.
Nas últimas seis semanas de 2006, uma média de 43 corpos jogados nas ruas eram encontrados diariamente. O conflito sectário entre sunitas e xiitas deixou o país à beira da guerra civil.
Em 2008, a média caiu para quatro.
Para conter a violência, diversos muros de concreto foram erguidos pela cidade para separar sunitas e xiitas. Agora, as autoridades iraquianas já pensam em derrubar essas barreiras.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Bush pressiona quenianos a dividir o poder
No início de sua segunda viagem à Africa, no Benin, o presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, pressionou o governo e a oposição do Quênia a chegar a um acordo para dividir o poder. Desde que a oposição rejeitou o resultado da eleição presidencial de 27 de dezembro, uma onda de violência assolou o país, matando mais de mil pessoas e deixando 300 mil desabrigadas.
Bush foi em seguida para a Tanzânia e vai ainda a Gana, Libéria e Ruanda. O roteiro incluía o Quênia, excluído por causa do conflito.
Em vez de Bush, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, foi a Nairóbi pressionar os dirigentes quenianos a aceitar o plano de paz proposto pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan.
O presidente Mwai Kibaki e o líder oposicionista Raila Odinga, que teria ganho a eleição, já concordaram em reformar a Constituição e formar uma comissão independente para revisar os resultadores eleitorais. Mas ainda não concordaram em dividir o poder formar um governo de união nacional.
Bush foi em seguida para a Tanzânia e vai ainda a Gana, Libéria e Ruanda. O roteiro incluía o Quênia, excluído por causa do conflito.
Em vez de Bush, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, foi a Nairóbi pressionar os dirigentes quenianos a aceitar o plano de paz proposto pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan.
O presidente Mwai Kibaki e o líder oposicionista Raila Odinga, que teria ganho a eleição, já concordaram em reformar a Constituição e formar uma comissão independente para revisar os resultadores eleitorais. Mas ainda não concordaram em dividir o poder formar um governo de união nacional.
Kossovo declara independência amanhã
O primeiro-ministro do Kossovo, Hashim Thaçi, anunciou neste sábado que vai declarar amanhã a independência da província da ex-república iugoslava da Sérvia.
A Sérvia rejeita a independência mas não pode fazer nada. Na prática, a província já é independente desde 1999, quando foi objetivo de uma guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra o regime sérvio do presidente Slobodan Milosevic, que estava massacrando a maioria albanesa do Kossovo.
Milosevic morreu em 2006 preso em Haia, na Holanda, onde respondia a processos por crimes contra a humanidade.
A Sérvia rejeita a independência mas não pode fazer nada. Na prática, a província já é independente desde 1999, quando foi objetivo de uma guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra o regime sérvio do presidente Slobodan Milosevic, que estava massacrando a maioria albanesa do Kossovo.
Milosevic morreu em 2006 preso em Haia, na Holanda, onde respondia a processos por crimes contra a humanidade.
Carro-bomba mata 50 pessoas no Paquistão
A explosão de um carro-bomba matou cerca de 50 pessoas diante da sede do Partido Popular Paquistanês, ao qual pertencia a ex-primeira-ministra assassinada Benazir Bhutto, no Norte do Paquistão. É grande a influência na região da rede terrorista Al Caeda e da milícia fundamentalista dos Talebã.
O ataque aconteceu no último dia da campanha para as eleições legislativas da próxima segunda-feira, 18 de janeiro, que visam à redemocratizar o país.
O ataque aconteceu no último dia da campanha para as eleições legislativas da próxima segunda-feira, 18 de janeiro, que visam à redemocratizar o país.
Vargas Llosa também diz não às FARC
O escritor Mario Vargas Llosa, candidato à Presidência do Peru derrotado em 1990 por Alberto Fujimori, soma-se ao coro que disse não ao grupo guerrilheiro esquerdista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), seus seqüestros, bombas, assassinatos e negócios com o tráfico de drogas.
Em artigo no jornal argentino La Nación, Vargas Llosa comenta a corrente de opinião que começou no site de Internet MySpace em repúdio à tentativa de legitimar as FARC como um grupo armado com uma proposta política.
Em artigo no jornal argentino La Nación, Vargas Llosa comenta a corrente de opinião que começou no site de Internet MySpace em repúdio à tentativa de legitimar as FARC como um grupo armado com uma proposta política.
Atirador de Illinois era estudante premiado
O atirador que matou cinco estudantes na Universidade do Norte de Illinois no condado de DeKalb foi identificado como Stephen Kazmierczak, de 27 anos, um aluno brilhante que se graduou em 2006 e estudou sociologia no ano passado, antes de pedir transferência.
Ele invadiu um anfiteatro onde cerca de 150 alunos assistiam aula. Surgiu detrás do pano, entrou no palco, por trás do professor, e começou a atirar com duas pistolas, uma de 9mm, e uma arma de caça. Duas das três armas foram compradas legalmente há menos de uma semana.
Cinco pessoas morreram e outras 16 foram baleadas. Para completar o massacre, Kazmierczak se suicidou.
A causa do massacre não foi descoberta. Kazmierczak não deixou nota de suicídio. Ele teria parado de tomar um medicamento especial há duas semanas. Desde então, apresentava um comportamento estranho.
Ele invadiu um anfiteatro onde cerca de 150 alunos assistiam aula. Surgiu detrás do pano, entrou no palco, por trás do professor, e começou a atirar com duas pistolas, uma de 9mm, e uma arma de caça. Duas das três armas foram compradas legalmente há menos de uma semana.
Cinco pessoas morreram e outras 16 foram baleadas. Para completar o massacre, Kazmierczak se suicidou.
A causa do massacre não foi descoberta. Kazmierczak não deixou nota de suicídio. Ele teria parado de tomar um medicamento especial há duas semanas. Desde então, apresentava um comportamento estranho.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Chade declara estado de emergência
O presidente do Chade, Idriss Déby, decretou estado de emergência aumentando os poderes por 15 dias a partir desta sexta-feira, sob o pretexto de "manter a ordem, garantir a estabilidade e assegurar o bom funcionamento do Estado", depois da ofensiva rebelde de 2 de fevereiro contra a capital, Ndjamena.
A oposição e grupos de defesa dos direitos humanos acusam Déby de aproveitar a oportunidade para prender dissidentes e adversários do regime não-envolvidos com qualquer ato de violência.
Com a derrota dos rebeldes, recomeça o envio de uma força de paz da União Européia com 3,7 mil soldados, sendo 2,1 mil franceses, para o Leste do Chade, onde devem proteger os cerca de 350 mil refugiados do genocídio de Darfur acampados na região. Eles são alvo da milícia sudanesa Janjawid, um dos tentáculos do governo fundamentalista de Cartum na luta contra a população não-muçulmana.
Por ser a maioria da força de paz da UE, a França, antiga potência colonial, é vista como fiadora do presidente Déby. O presidente Nicolas Sarkozy pressionou o aliado a libertar a oposição civil.
A oposição e grupos de defesa dos direitos humanos acusam Déby de aproveitar a oportunidade para prender dissidentes e adversários do regime não-envolvidos com qualquer ato de violência.
Com a derrota dos rebeldes, recomeça o envio de uma força de paz da União Européia com 3,7 mil soldados, sendo 2,1 mil franceses, para o Leste do Chade, onde devem proteger os cerca de 350 mil refugiados do genocídio de Darfur acampados na região. Eles são alvo da milícia sudanesa Janjawid, um dos tentáculos do governo fundamentalista de Cartum na luta contra a população não-muçulmana.
Por ser a maioria da força de paz da UE, a França, antiga potência colonial, é vista como fiadora do presidente Déby. O presidente Nicolas Sarkozy pressionou o aliado a libertar a oposição civil.
Novo estudo liga obesidade ao câncer
O excesso de peso, medido pelo índice de massa corporal, aumenta o risco de contrair alguns tipos de cânceres comuns em adultos, confirma estudo publicado na revista científica The Lancet, da Associação Médica Britânica.
Nos homens, um índice de massa corporal cinco pontos acima da faixa de peso considerada ideal é fator de risco para os cânceres de esôfago, tiróide, rins e intestino grosso.
Entre as mulheres, de útero, vesícula biliar, esôfago e rins.
Leia mais na revista The Lancet.
Nos homens, um índice de massa corporal cinco pontos acima da faixa de peso considerada ideal é fator de risco para os cânceres de esôfago, tiróide, rins e intestino grosso.
Entre as mulheres, de útero, vesícula biliar, esôfago e rins.
Leia mais na revista The Lancet.
Atirador mata cinco em universidade americana
Um atirador identificado apenas como ex-aluno invadiu na quinta-feira uma sala de aula da Universidade do Norte de Illinois no condado de DeKalb e feriu 21 pessoas, matando cinco e se suicidando em seguida.
A universidade tem cerca de 25 mil alunos e fica a 105 quilômetros de Chicago, a principal cidade do estado.
"Foi um ataque muito rápido que terminou com o atirador tirando sua própria vida", declarou o presidente da universidade, John Peters.
Havia cerca de 140 alunos na sala na hora do ataque. O assassino, vestido de preto, tinha dois revólveres e uma espingarda. Ele estudava sociologia mas havia se transferido para outra universidade.
A universidade tem cerca de 25 mil alunos e fica a 105 quilômetros de Chicago, a principal cidade do estado.
"Foi um ataque muito rápido que terminou com o atirador tirando sua própria vida", declarou o presidente da universidade, John Peters.
Havia cerca de 140 alunos na sala na hora do ataque. O assassino, vestido de preto, tinha dois revólveres e uma espingarda. Ele estudava sociologia mas havia se transferido para outra universidade.
Putin ameaça apontar mísseis para a Europa
Na sua última entrevista como presidente da Rússia, Vladimir Putin ameaçou apontar mísseis nucleares para a Europa, se a Polônia instalar interceptadores e a República Tcheca estações de radar do programa americano de defesa antimísseis Guerra nas Estrelas.
Putin disse que a Constituição o impede de tentar um terceiro mandato, mas gostaria de ser primeiro-ministro de Dimitri Medvedev, o candidato oficial do Kremlin à eleição presidencial de março deste ano. Já tem mais de 80% de apoio popular. Está eleito. Na Rússia, ganha sempre o candidato do Kremlin.
"Vou continuar servindo enquanto puder", disse Putin, confirmando o que todos desconfiavam. Vai se aferrar ao poder
A Rússia não tem problemas com os países vizinhos, declarou o presidente, embora um dos objetivos centrais de seus governos tenha sido reafirmar o poder imperial russo, tanto em símbolos como na forma de governo autoritária e centralizadora, cruel com os inimigos, tratando a oposição política como inimigo, envenenando dissidentes no exterior...
De certa forma, Putin se nutre dessa Guerra Fria de papel, que pode render manchetes e votos mas não altera fundamentalmente as relações internacionais.
Putin disse que a Constituição o impede de tentar um terceiro mandato, mas gostaria de ser primeiro-ministro de Dimitri Medvedev, o candidato oficial do Kremlin à eleição presidencial de março deste ano. Já tem mais de 80% de apoio popular. Está eleito. Na Rússia, ganha sempre o candidato do Kremlin.
"Vou continuar servindo enquanto puder", disse Putin, confirmando o que todos desconfiavam. Vai se aferrar ao poder
A Rússia não tem problemas com os países vizinhos, declarou o presidente, embora um dos objetivos centrais de seus governos tenha sido reafirmar o poder imperial russo, tanto em símbolos como na forma de governo autoritária e centralizadora, cruel com os inimigos, tratando a oposição política como inimigo, envenenando dissidentes no exterior...
De certa forma, Putin se nutre dessa Guerra Fria de papel, que pode render manchetes e votos mas não altera fundamentalmente as relações internacionais.
China acusa Spielberg de não ter espírito olímpico
A China criticou o diretor de cinema americano Steven Spielberg, que abandonou as funções de assessor artístico da Olimpíada de Beijim acusando o regime comunista chinês de não fazer nada contra o genocídio da população não-muçulmana de Darfur, no Sudão, o maior país da África.
Spielberg seria um dos criadores das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Beijim. Em abril do ano passado, enviou carta pedindo audiência com o presidente Hu Jintao para discutir a questão de Darfur. Não teve resposta.
Na terça-feira, Spielberg enviou nova carta, assinada também por 10 ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, cobrando uma atitude da China contra o genocídio de Darfur, a pior tragédia humanitária hoje no mundo.
O diretor de Tubarão, Caçadores da Arca Perdida e Parque dos Dinossauros é judeu e ganhou os Oscars de melhor filme e melhor diretor com A Lista de Schindler, um filme sobre o Holocausto, a tentativa da Alemanha nazista de exterminar o povo judeu na Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Ele disse que lutar contra o genocídio em Darfur é mais importante do que ficar criando cerimônias olímpicas.
A China denunciou a ligação entre esporte e política como uma "quebra do espírito olímpico". O Comitê Olímpico da China declarou que o país faz "incessantes esforços" pela paz naquele região.
O Sudão é um dos maiores fornecedores de petróleo à China, que em troca vende armas para o regime fundamentalista de Cartum.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Acordo vai mudar constituição do Quênia
O governo e a oposição do Quênia anunciaram hoje um acordo para aprovar uma nova Constituição dentro de um ano. É o primeiro passo dado para pacificar o país, onde mais de mil pessoas desde a denúncia de fraude na eleição presidencial de 27 de dezembro.
Agora, as negociações mediadas pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan devem acertar a divisão do poder, com a formação de um governo de união nacional. O cargo de primeiro-ministro pode ser criado para acomodar o líder da oposição, Raila Odinga, que na verdade teria ganho a eleição presidencial.
Agora, as negociações mediadas pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan devem acertar a divisão do poder, com a formação de um governo de união nacional. O cargo de primeiro-ministro pode ser criado para acomodar o líder da oposição, Raila Odinga, que na verdade teria ganho a eleição presidencial.
Hesbolá ameaça Israel com guerra total
No enterro do comandante militar da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), o líder do grupo, xeque Hassan Nasrallah, ameaçou declarar guerra total a Israel, depois de acusar o Estado judaico pelo assassinato de Imad Mughnia.
Alemanha cresce 2,5% e a zona do euro 2,7%
A economia da Alemanha, a maior da Europa e quarta do mundo, cresceu 2,5% em 2007, sendo ultrapassada pela China.
Como um todo, a zona do euro registrou uma expansão de 2,7%, superior à dos Estados Unidos.
Como um todo, a zona do euro registrou uma expansão de 2,7%, superior à dos Estados Unidos.
França cresceu 1,9% no ano passado
Com um crescimento de apenas 0,3% no último trimestre de 2007, a França, sexta maior economia do mundo, fechou o ano com uma expansão de 1,9% do produto interno bruto. A expectativa do governo era crescer 2,25%.
O déficit comercial bateu recorde, chegando a 39 bilhões de euros.
O déficit comercial bateu recorde, chegando a 39 bilhões de euros.
Kossovo declara independência no domingo
Apesar da oposição da Sérvia, que recorreu à Rússia e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o primeiro-ministro Hashim Thaçi está prestes a declarar a independência do Kossovo, provavelmente neste domingo.
Tanto o presidente Boris Tadic quanto o primeiro-ministro da Sérvia, Vojislav Kostunica, prometem lutar contra a independência.
Em pronunciamento na televisão na quinta-feira, Kostunica acusou a Europa e os Estados Unidos de apoiar terroristas, considerando a independência do Kossovo uma "grave violação do direito internacional".
Tanto o presidente Boris Tadic quanto o primeiro-ministro da Sérvia, Vojislav Kostunica, prometem lutar contra a independência.
Em pronunciamento na televisão na quinta-feira, Kostunica acusou a Europa e os Estados Unidos de apoiar terroristas, considerando a independência do Kossovo uma "grave violação do direito internacional".
Fumar vira epidemia na Índia
Até 2020, um milhão de indianos morreram por ano de doenças causadas pelo hábito de fumar.
O país tem centenas de milhões de fumantes, é o segundo maior mercado mundial para produtos de tabaco, depois da China, onde o tabagismo é igualmente um problema sério.
Hoje, o fumo é responsável por 20% das mortes de homens até 50 anos na Índia.
O país tem centenas de milhões de fumantes, é o segundo maior mercado mundial para produtos de tabaco, depois da China, onde o tabagismo é igualmente um problema sério.
Hoje, o fumo é responsável por 20% das mortes de homens até 50 anos na Índia.
China perde na OMC pela primeira vez
Pela primeira vez desde que aderiu à Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, a China foi condenada pelo mecanismo de solução de conflitos da instituição por práticas comerciais desleais.
O caso foi apresentado pelos Estados Unidos, a União Européia por causa de tarifas de importação de autopeças. Como a China tem o direito de apelar, a decisão é esperada para 2009.
A China foi acusado de sobretaxar as importações de autopeças, violando o teto tarifário negociado no momento da adesão, o limite máximo das tarifas sobre produtos importados acertado com os hoje outros 150 países da OMC.
Em 2006, um painel foi criado para discutir a reclamação. Os países demandantes alegavam que os limites acertados pelos chineses eram 25% para carros prontos e 10% para autopeças. Eles alegam que é uma medida protecionista para defender o mercado chinês de maneira a permitir o surgimento de uma indústria local de autopeças.
O caso foi apresentado pelos Estados Unidos, a União Européia por causa de tarifas de importação de autopeças. Como a China tem o direito de apelar, a decisão é esperada para 2009.
A China foi acusado de sobretaxar as importações de autopeças, violando o teto tarifário negociado no momento da adesão, o limite máximo das tarifas sobre produtos importados acertado com os hoje outros 150 países da OMC.
Em 2006, um painel foi criado para discutir a reclamação. Os países demandantes alegavam que os limites acertados pelos chineses eram 25% para carros prontos e 10% para autopeças. Eles alegam que é uma medida protecionista para defender o mercado chinês de maneira a permitir o surgimento de uma indústria local de autopeças.
Japão cresceu a 3,5% ao ano no fim de 2007
A segunda maior economia do mundo, de cerca de US$ 5 trilhões, cresceu num ritmo de 3,7% ao ano no último trimestre do ano passado. O inesperado dinamismo do Japão surpreende os analistas, que esperavam metade disso.
Em todo o ano de 2007, a taxa de crescimento do Japão foi de 2,1% em 2007 e 2,4% em 2006.
Em todo o ano de 2007, a taxa de crescimento do Japão foi de 2,1% em 2007 e 2,4% em 2006.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Morre homem que expulsou os EUA do Líbano
A explosão de uma bomba em seu carro matou em Damasco, na Síria, nesta quarta-feira Imad Mughnia, o mais procurado dos comandantes da milícia fundamentalista libanesa Hesbolá, o Partido de Deus xiita.
Entre outros atentados terroristas, Mughnia era acusado de ser o responsável pela expulsão dos Estados Unidos do Líbano em 1983, acabando com uma intervenção militar na guerra civil libanesa ordenada pelo então presidente Ronald Reagan.
Um caminhão-bomba enviado por ele destruiu o quartel-general dos fuzileiros navais americanos em Beirute, matando 241 soldados americanos. Reagan chamou os sobreviventes de volta para casa.
Também atacou a Legião Estrangeira da França, matando 58 militares. E a França caiu fora.
Foi denunciado pela Argentina pelos atentados contra a embaixada israelense em Buenos Aires, matando 29 pessoas em 1992, e contra AMIA, a sociedade israelita argentina, que deixou 84 mortos, em 1994.
Seus partidários o descreveram como mártir e acusaram Israel. Em entrevista, um ex-diretor do Mossad, o serviço secretro israelense, que virou deputado declarou que esse é um bom dia para a humanidade.
As maiores suspeitas recaem sobre o Mossad. Mughnia estava na lista. Um dia foi encontrado e executado. O assassinato seletivo é uma das técnicas usadas por Israel na guerra contra seus inimigos árabes.
O assassinato político é uma das formas de terrorismo ou intimidação. As principais formas de ação terrorista são o assassinato seletivo, o seqüestro e a explosão de bombas, o assassinato em massa. Mas a questão central é a legitimidade do alvo.
Atacar o quartel-general de uma força de intervenção estrangeira pode ser considerado um ato de guerra legítimo, de autodefesa. Mas atentados contra transportes públicos, bares e restaurantes e quaisquer civis inocentes são claramente contrários a qualquer princípio de direito. É o terror.
Mughnia era um guerreiro feroz e morre como herói. Usava o terror como arma e ontem chegou sua vez.
Entre outros atentados terroristas, Mughnia era acusado de ser o responsável pela expulsão dos Estados Unidos do Líbano em 1983, acabando com uma intervenção militar na guerra civil libanesa ordenada pelo então presidente Ronald Reagan.
Um caminhão-bomba enviado por ele destruiu o quartel-general dos fuzileiros navais americanos em Beirute, matando 241 soldados americanos. Reagan chamou os sobreviventes de volta para casa.
Também atacou a Legião Estrangeira da França, matando 58 militares. E a França caiu fora.
Foi denunciado pela Argentina pelos atentados contra a embaixada israelense em Buenos Aires, matando 29 pessoas em 1992, e contra AMIA, a sociedade israelita argentina, que deixou 84 mortos, em 1994.
Seus partidários o descreveram como mártir e acusaram Israel. Em entrevista, um ex-diretor do Mossad, o serviço secretro israelense, que virou deputado declarou que esse é um bom dia para a humanidade.
As maiores suspeitas recaem sobre o Mossad. Mughnia estava na lista. Um dia foi encontrado e executado. O assassinato seletivo é uma das técnicas usadas por Israel na guerra contra seus inimigos árabes.
O assassinato político é uma das formas de terrorismo ou intimidação. As principais formas de ação terrorista são o assassinato seletivo, o seqüestro e a explosão de bombas, o assassinato em massa. Mas a questão central é a legitimidade do alvo.
Atacar o quartel-general de uma força de intervenção estrangeira pode ser considerado um ato de guerra legítimo, de autodefesa. Mas atentados contra transportes públicos, bares e restaurantes e quaisquer civis inocentes são claramente contrários a qualquer princípio de direito. É o terror.
Mughnia era um guerreiro feroz e morre como herói. Usava o terror como arma e ontem chegou sua vez.
Putin é ameaça para a Rússia e o Ocidente
Ao estimular um nacionalismo rancoroso, pressionar países da antiga União Soviética e do antigo bloco soviético, o culto personalide de um líder forte, a suspeição sobre os adversários políticos, descritos como inimigos da pátria e o ressentimento contra estrageiros, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chefia um governo proto-fascista, acusa Martin Wolf, principal comentarista econômico do jornal inglês Financial Times.
É uma ameaça para a própria Rússia e o Ocidente, adverte Wolf, na edição de hoje do FT.
É uma ameaça para a própria Rússia e o Ocidente, adverte Wolf, na edição de hoje do FT.
Venda de jatos executivos bateu recorde em 2007
Pela primeira vez, a indústria aeronáutica entregou mais de mil aviões a jato para executivos em um ano. O aumento da demanda reflete o crescimento desse setor da aviação comercial, especialmente fora da América do Norte.
Turismo de argentinos no Brasil caiu 30%
O número de turistas argentinos diminuiu em cerca de 30% neste verão, informa o Sindicatos de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Florianópolis, a capital de Santa Catarina.
A maioria veio ao Brasil de carro e ficou três semanas.
A maioria veio ao Brasil de carro e ficou três semanas.
McCain vence mais três prévias republicanas
O senador John McCain, o veterano de guerra que ficou quase seis anos preso no Vietnã do Norte, marcha para vencer com folga a luta pela candidatura do Partido Republicano à eleição presidencial de 4 de novembro nos Estados Unidos. Bateu o ex-pastor e ex-governador Mike Huckabee nas eleições primárias do Distrito de Colúmbia e dos estados de Maryland e da Virgínia.
Mas isto não significa que esteja tranqüilo porque é evidente o desconforto do eleitorado mais conservador, da direita religiosa, dos evangélicos, contra McCain, que consideram liberal demais. Ele pode usar isso para se apresentar ao eleitorado como moderado.
Mas isto não significa que esteja tranqüilo porque é evidente o desconforto do eleitorado mais conservador, da direita religiosa, dos evangélicos, contra McCain, que consideram liberal demais. Ele pode usar isso para se apresentar ao eleitorado como moderado.
Obama ganha eleições prévias do Potomac
Em sua marcha triunfal, o senador Barack Obama venceu na terça-feira as eleições primárias do Partido Democrata no Distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washington, e nos estados de Maryland e da Virgínia. São as chamadas prévias do Rio Potomac, que banha essas três unidades da federação americana.
Ele ganhou por 75% a 24% no DC, 64% a 35% na Virgínia e está na frente em Maryland, onde a apuração não terminou, por 60% a 34%.
As vitórias de Obama complicam a situação da senadora Hillary Clinton, que seguiu para o Texas, começando sua campanha para a primária daquele estado, que só será realizada em 4 de março.
Enquanto Hillary aposta no Texas e em Ohio, os dois grandes estados onde ainda haverá eleições prévias, sua campanha está perdendo a força.
O momento é de Obama, que acaba de fazer um discurso inflamado em Madison, no estado de Wisconsin, onde será realizada a próxima primária. Hillary corre o risco de repetir o erro do ex-prefeito de Nova Iorque, que concentrou a campanha na Flórida, enquanto seus adversários vinham embalados com vitórias nas primeiras prévias.
Obama aumentou sua penetração entre homens brancos e trabalhadores da baixa renda. Ganhou de Hillary no eleitorado latino, ainda que seja pequeno no Vale do Potomac, e chegou a 90% entre os negros.
Na Virgínia, onde os republicanos ganharam todas as eleições presidenciais desde 1964, Obama teve mais votos sozinho do que os dois candidatos republicamos somados.
Com mais três vitórias, Obama assumiu a liderança em número de delegados à Convenção Nacional Democrata que indicará oficialmene o candidato do partido. Tem 1.212 contra 1.191 de Hillary, pelas projeções do jornal The New York Times.
Para garantir a indicação, o candidato precisa conquistar o apoio de 2.025 delegados. Mesmo que ganhe todas as primárias em estados pequenos, Obama não vai chegar lá porque o Partido Democrata divide os delegados na proporção do número de eleitores. Ele precisa bater Hillary em estados importantes.
Neste caso, que no momento parece bastante provável, Obama consolidará sua vitória. Para quem viu os discursos de hoje, Hillary falou como uma derrotada. Tentou arregimentar suas tropas para a batalha final, mas o ambiente era de desânimo.
Obama fala num movimento que vai mudar os EUA, não numa campanha eleitoral, "um movimento que vai chegar a Washington e mudar este país".
Um economista calculou em US$ 800 bilhões adicionais o custo total dos programas que Obama anuncia. É comparado com John Kennedy e Ronald Reagan, dois heróis de seus partidos. Representa o sonho, a volta da utopia, ainda que seja uma utopia muito bem-comportada.
Ele ganhou por 75% a 24% no DC, 64% a 35% na Virgínia e está na frente em Maryland, onde a apuração não terminou, por 60% a 34%.
As vitórias de Obama complicam a situação da senadora Hillary Clinton, que seguiu para o Texas, começando sua campanha para a primária daquele estado, que só será realizada em 4 de março.
Enquanto Hillary aposta no Texas e em Ohio, os dois grandes estados onde ainda haverá eleições prévias, sua campanha está perdendo a força.
O momento é de Obama, que acaba de fazer um discurso inflamado em Madison, no estado de Wisconsin, onde será realizada a próxima primária. Hillary corre o risco de repetir o erro do ex-prefeito de Nova Iorque, que concentrou a campanha na Flórida, enquanto seus adversários vinham embalados com vitórias nas primeiras prévias.
Obama aumentou sua penetração entre homens brancos e trabalhadores da baixa renda. Ganhou de Hillary no eleitorado latino, ainda que seja pequeno no Vale do Potomac, e chegou a 90% entre os negros.
Na Virgínia, onde os republicanos ganharam todas as eleições presidenciais desde 1964, Obama teve mais votos sozinho do que os dois candidatos republicamos somados.
Com mais três vitórias, Obama assumiu a liderança em número de delegados à Convenção Nacional Democrata que indicará oficialmene o candidato do partido. Tem 1.212 contra 1.191 de Hillary, pelas projeções do jornal The New York Times.
Para garantir a indicação, o candidato precisa conquistar o apoio de 2.025 delegados. Mesmo que ganhe todas as primárias em estados pequenos, Obama não vai chegar lá porque o Partido Democrata divide os delegados na proporção do número de eleitores. Ele precisa bater Hillary em estados importantes.
Neste caso, que no momento parece bastante provável, Obama consolidará sua vitória. Para quem viu os discursos de hoje, Hillary falou como uma derrotada. Tentou arregimentar suas tropas para a batalha final, mas o ambiente era de desânimo.
Obama fala num movimento que vai mudar os EUA, não numa campanha eleitoral, "um movimento que vai chegar a Washington e mudar este país".
Um economista calculou em US$ 800 bilhões adicionais o custo total dos programas que Obama anuncia. É comparado com John Kennedy e Ronald Reagan, dois heróis de seus partidos. Representa o sonho, a volta da utopia, ainda que seja uma utopia muito bem-comportada.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
EUA prendem acusados de espionar para China
O FBI (Federal Bureau Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, anunciou na segunda-feira a prisão de quatro suspeitos de espionagem para o governo da China.
Entre os presos, está um funcionário do Departamento da Defesa com acesso a informações classificadas que teria passado a um agente chinês, como nos tempos da Guerra Fria, dados sobre as vendas de armas americanas para Taiwan, que o Partido Comunista da China considera uma província rebelde e parte essencial da integridade territorial do país.
Apesar de todo o desenvolvimento da China e sua marcha progressiva rumo ao status quo, a questão de Taiwan é a única pela qual a China ameaça ir à guerra, por exemplo, se o governo taiwanês declarar independência.
Em 1996, quando a China realizou testes de mísseis para amedrontar Taiwan antes da eleição presidencial, os EUA mandaram dois navios para o Estreito de Taiwan. O regime chinês considerou uma humilhação e já criou uma Marinha para águas profundas, capaz de projetar seu poderio crescente.
Entre os presos, está um funcionário do Departamento da Defesa com acesso a informações classificadas que teria passado a um agente chinês, como nos tempos da Guerra Fria, dados sobre as vendas de armas americanas para Taiwan, que o Partido Comunista da China considera uma província rebelde e parte essencial da integridade territorial do país.
Apesar de todo o desenvolvimento da China e sua marcha progressiva rumo ao status quo, a questão de Taiwan é a única pela qual a China ameaça ir à guerra, por exemplo, se o governo taiwanês declarar independência.
Em 1996, quando a China realizou testes de mísseis para amedrontar Taiwan antes da eleição presidencial, os EUA mandaram dois navios para o Estreito de Taiwan. O regime chinês considerou uma humilhação e já criou uma Marinha para águas profundas, capaz de projetar seu poderio crescente.
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