Dois dias depois de convocar os conservadores à união para evitar que Barack Obama ou Hillary Clinton chegue à Casa Branca, o presidente George Walker Bush resolveu endossar claramente o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos.
Em entrevista de uma hora à rede de televisão conservadora Fox News, Bush declarou que o senador John McCain é "um verdadeiro conservador". Mas admitiu que ele ainda precisa convencer a ala mais direitista do partido.
“Se John for o indicado, penso que ele tem de convencer as pessoas que é um verdadeiro conservador", disse Bush. "Terei prazer em ajudá-lo, se for indicado, porque ele é um conservador."
O presidente também elogiou o ex-pastor e ex-governador do Arkansas Mike Huckabee, representante da direita religiosa, do conservadorismo social, um dos três pilares do Partido Republicano, ao lado da segurança nacional e do conservadorismo econômico.
Huckabee ganhou as duas prévias republicanas do fim de semana, no Kansas por 60% a 24% e na Louisiana por 43% a 42%. São derrotas que indicam que o eleitorado McCain não agrada ao eleitorado mais conservador por suas posições favoráveis ao aborto e à imigração, e por ter votado contra os cortes de impostos de Bush.
McCain ganhou a convenção republicana no estado de Washington, um reduto liberal da costa oeste dos EUA onde os democratas provavelmente vençam em 4 de novembro.
Pela contagem do jornal The New York Times do número de delegados à convenção nacional republicana, McCain teria hoje 719 dos 1.191 necessários para garantir a candidatura.
Como o voto nos EUA não é obrigatório, a mobilização do eleitor para sair de casa e ir à urna é fundamental para os partidos.
Nesta eleição, depois de oito anos de George W. Bush, o eleitorado democrata está altamente motivado, enquanto o conservadorismo foi atingido pelo erros da era Bush.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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