O presidente do Chade, Idriss Déby, decretou estado de emergência aumentando os poderes por 15 dias a partir desta sexta-feira, sob o pretexto de "manter a ordem, garantir a estabilidade e assegurar o bom funcionamento do Estado", depois da ofensiva rebelde de 2 de fevereiro contra a capital, Ndjamena.
A oposição e grupos de defesa dos direitos humanos acusam Déby de aproveitar a oportunidade para prender dissidentes e adversários do regime não-envolvidos com qualquer ato de violência.
Com a derrota dos rebeldes, recomeça o envio de uma força de paz da União Européia com 3,7 mil soldados, sendo 2,1 mil franceses, para o Leste do Chade, onde devem proteger os cerca de 350 mil refugiados do genocídio de Darfur acampados na região. Eles são alvo da milícia sudanesa Janjawid, um dos tentáculos do governo fundamentalista de Cartum na luta contra a população não-muçulmana.
Por ser a maioria da força de paz da UE, a França, antiga potência colonial, é vista como fiadora do presidente Déby. O presidente Nicolas Sarkozy pressionou o aliado a libertar a oposição civil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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