sábado, 23 de fevereiro de 2008

Rússia ameaça usar a força no Kossovo

A Rússia ameaçou intervir militarmente no Kossovo, rejeitando a independência declarada no domingo passado pela antiga província sérvia, caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a União Européia "abusarem de sua autoridade".

"Se a UE adotar uma posição conjunta e a OTAN extrapolar seu mandato no Kossovo, essas organizações se chocarão com as Nações Unidas", declarou ontem o embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Dimitri Rogozin. Indicou que a Rússia usará seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir o reconhecimento internacional da independência do Kossovo.

E ameaçou: "Partimos da presunção de que para ser respeitados temos que utilizar a «força militar bruta»".

Nem os EUA nem a Europa compraram a parada. Foi um blefe.

O presidente russo, Vladimir Putin, usou uma linguagem usou uma linguagem muito mais moderada. Ao apresentar seu candidato a presidente, o vice-primeiro-ministro Dimitri Medvedev, como futuro presidente da Rússia à Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que reúne as antigas repúblicas soviéticas, Putin insistiu em que a independência do Kossovo cria um precedente para outros movimentos separatistas.

Como a Federação Russa tem 89 unidades administrativas e pelo menos uma em guerra, a Chechênia, Putin parece mais preocupado com a união interna. Isso não significa que não foi ele que instruiu o embaixador na OTAN a fazer a bravata.

Putin é um líder autoritário e fascistóide, um chefe do sucessor do KGB (Comitê de Defesa do Estado), a temida polícia política soviética. Depois da eleição presidencial de 2 de março, ele deverá manter o poder, passando de presidente a primeiro-ministro.

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