O líder tribal Baitullah Mehsud, um dos talebã paquistaneses, pagou cerca de US$ 7 mil pelo atentado terrorista suicida que matou ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 27 de dezembro de 2007, afirmou no domingo o chefe da investigação oficial sobre o assassinato no Paquistão.
Dos quatro suspeitos detidos, dois já confessaram sua culpa, acrescentou Chaudhry Abdul Majid, que preside o inquérito sobre a morte da ex-primeira-ministra. Eles declararam que Mehsud não só financiou o atentado. O chefe tribal planejou toda a ação terrorista, alegou Majid.
Um dia depois da morte de Benazir, o governo começou a divulgar essa versão, atribuindo o crime a Mehsud. Mas pesquisas de opinião indicam que a maioria dos paquistaneses culpa a ditadura do general Pervez Musharraf.
Dois acusados disseram em juízo na quarta-feira passada, 13 de fevereiro, que deram ao terrorista suicida moradia, transporte, uma pistola e a jaqueta para o atentado suicida. Além de Benazir, cerca de 25 pessoas morreram.
O suicida resolveu se tornar um homem-bomba para vingar a morte de um amigo quando as forças de segurança do Paquistão invadiram a Mesquita Vermelha em Islamabad, a capital do país, para expulsar extremistas muçulmanos entrincheirados lá.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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