Os preços do trigo de alta qualidade subiram 25% ontem, diante do anúncio do Casaquistão, um dos maiores exportadores mundiais, de que vai impor tarifas sobre as vendas externas para conter a inflação, que chegou a 20% ao ano. Como a Rússia e a Argentina, outros grandes exportadores, já estão fazendo isso, o mercado está sob pressão.
Na Bolsa de Cereais de Mineápolis, nos Estados Unidos, o preço do bushel (36,4 litros) aumentou US$ 4,75, chegando a US$ 24.
Desde janeiro, os preços do trigo de qualidade, usado para fazer pão, dobraram. Em um ano, quadruplicaram, alimentando a inflação global no mercado de alimentos.
A alta foi estimulada por informações de que a China, a Turquia e o Iraque querem aumentar seus estoques, no momento em que as safras da Austrália, do Canadá e da Europa sofreram quebras por causa de problemas climáticos. Nos EUA, os estoques estão nos níveis mais baixos em 60 anos.
Um dos grandes ricos do aquecimento global é seu impacto sobre a produção de alimentos, como já comentei neste blog.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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