sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

China acusa Spielberg de não ter espírito olímpico


A China criticou o diretor de cinema americano Steven Spielberg, que abandonou as funções de assessor artístico da Olimpíada de Beijim acusando o regime comunista chinês de não fazer nada contra o genocídio da população não-muçulmana de Darfur, no Sudão, o maior país da África.

Spielberg seria um dos criadores das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Beijim. Em abril do ano passado, enviou carta pedindo audiência com o presidente Hu Jintao para discutir a questão de Darfur. Não teve resposta.

Na terça-feira, Spielberg enviou nova carta, assinada também por 10 ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, cobrando uma atitude da China contra o genocídio de Darfur, a pior tragédia humanitária hoje no mundo.

O diretor de Tubarão, Caçadores da Arca Perdida e Parque dos Dinossauros é judeu e ganhou os Oscars de melhor filme e melhor diretor com A Lista de Schindler, um filme sobre o Holocausto, a tentativa da Alemanha nazista de exterminar o povo judeu na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Ele disse que lutar contra o genocídio em Darfur é mais importante do que ficar criando cerimônias olímpicas.

A China denunciou a ligação entre esporte e política como uma "quebra do espírito olímpico". O Comitê Olímpico da China declarou que o país faz "incessantes esforços" pela paz naquele região.

O Sudão é um dos maiores fornecedores de petróleo à China, que em troca vende armas para o regime fundamentalista de Cartum.

Nenhum comentário: