terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ex-procurador critica tribunal de Guantânamo

O ex-procurador da Marinha dos Estados Unidos Charles Swift alerta para o risco de um julgamento injusto transformar Khaled Cheikh Mohammed e seus cúmplicas, acusados de planejar os atentados terroristas de 11 de setembro, em mártires.

Em entrevista à rede de televisão CNN, Swift advertiu: "O perdedor será o povo americano, a menos que mudanças fundamentais sejam feitas muito rapidamente". Ele representou o motorista de Ossama ben Laden num caso em que a Suprema Corte acabou rejeitando os tribunais militares do governo George Walker Bush.

Depois, o governo aprovou a Lei das Comissões Militares para julgar os suspeitos de terrorismo em Guantânamo, um enclave extraterritorial que os EUA têm em Cuba desde 1898. Era uma cabeça de praia na Guerra Hispano-Americana (1898-99), que terminou com a derrota da Espanha, a independência de Cuba e o controle das Filipinas, e em certa medida também de Cuba, pelos EUA.

Swift alega que as comissões militares não têm advogados de defesa especializados em defesa contra a pena de morte para oferecer aos réus. Os réus e seus advogados não terão direito a examinar provas classificadas como perigosas para a segurança nacional dos EUA. E os juízes podem aceitar confissões obtidas mediante tortura.

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