Na sua última entrevista como presidente da Rússia, Vladimir Putin ameaçou apontar mísseis nucleares para a Europa, se a Polônia instalar interceptadores e a República Tcheca estações de radar do programa americano de defesa antimísseis Guerra nas Estrelas.
Putin disse que a Constituição o impede de tentar um terceiro mandato, mas gostaria de ser primeiro-ministro de Dimitri Medvedev, o candidato oficial do Kremlin à eleição presidencial de março deste ano. Já tem mais de 80% de apoio popular. Está eleito. Na Rússia, ganha sempre o candidato do Kremlin.
"Vou continuar servindo enquanto puder", disse Putin, confirmando o que todos desconfiavam. Vai se aferrar ao poder
A Rússia não tem problemas com os países vizinhos, declarou o presidente, embora um dos objetivos centrais de seus governos tenha sido reafirmar o poder imperial russo, tanto em símbolos como na forma de governo autoritária e centralizadora, cruel com os inimigos, tratando a oposição política como inimigo, envenenando dissidentes no exterior...
De certa forma, Putin se nutre dessa Guerra Fria de papel, que pode render manchetes e votos mas não altera fundamentalmente as relações internacionais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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