Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Internet gera desenvolvimento econômico
Um aumento de 10% no acesso à Internet gera um crescimento econômico de 1,3% no produto interno bruto dos países em desenvolvimento, afirma relatório do Banco Mundial.
Transmissão da gripe suína segue rotas aéreas
A pandemia se gripe suína ou gripe A se propaga seguindo a rota das viagens, concluiu uma pesquisa divulgada hoje pelo New England Journal of Medicine, a mais prestigiada revista médica do mundo.
Hoje, a Espanha e o Uruguai comunicaram os primeiros casos de morte pela gripe.
Hoje, a Espanha e o Uruguai comunicaram os primeiros casos de morte pela gripe.
Buenos Aires entra em emergência por gripe
A capital da Argentina e a província de Buenos Aires decretaram hoje estado de emergência sanitária por causa da gripe suína ou gripe A, que já matou 29 pessoas nessas regiões.
Ao anunciar a medida, o prefeito Mauricio Macri pediu calma à população. As aulas serão suspensas de 6 de julho a 3 de agosto, mas os cinemas, teatros, museus, bares, restaurantes e shopping centers não serão fechados, ao contrário do que fez a Cidade do México no início da pandemia.
Ao anunciar a medida, o prefeito Mauricio Macri pediu calma à população. As aulas serão suspensas de 6 de julho a 3 de agosto, mas os cinemas, teatros, museus, bares, restaurantes e shopping centers não serão fechados, ao contrário do que fez a Cidade do México no início da pandemia.
EUA saem das cidades iraquianas
Seis anos depois da invasão do Iraque, os Estados Unidos retiraram hoje todos os seus soldados que patrulhavam cidades do país. Cerca de 131 mil soldados americanos recuam para suas bases, mas podem ser chamados para emergências.
A transição foi festejada nas ruas e presidida pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki. De agora em diante, as forças de segurança iraquianas serão responsáveis pelo policiamento nas cidades.
O comandante militar dos EUA no Iraque, general Ray Odierno, declarou estar confiante de que os iraquianos estão preparados para sua nova missão.
Em Washington, o presidente Barack Obama declarou que foi um passo importante para a retirada de todas as tropas americanas de combate até setembro de 2010 e a retirada total até 2011. Mas não tem ilusões.
Obama citou como exemplo do desafio a explosão de um carro-bomba que matou 25 pessoas hoje em Kirkuk, na região curda do Norte do Iraque, hoje a região mais violenta do país, por causa do conflito entre os curdos e os árabes sunitas que migraram para lá por ordem do governo Saddam Hussein (1979-2003).
A transição foi festejada nas ruas e presidida pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki. De agora em diante, as forças de segurança iraquianas serão responsáveis pelo policiamento nas cidades.
O comandante militar dos EUA no Iraque, general Ray Odierno, declarou estar confiante de que os iraquianos estão preparados para sua nova missão.
Em Washington, o presidente Barack Obama declarou que foi um passo importante para a retirada de todas as tropas americanas de combate até setembro de 2010 e a retirada total até 2011. Mas não tem ilusões.
Obama citou como exemplo do desafio a explosão de um carro-bomba que matou 25 pessoas hoje em Kirkuk, na região curda do Norte do Iraque, hoje a região mais violenta do país, por causa do conflito entre os curdos e os árabes sunitas que migraram para lá por ordem do governo Saddam Hussein (1979-2003).
Governo Obama abandona "guerra contra o terror"
O governo Barack Obama reconheceu pela primeira vez que parou de usar a expressão "guerra contra o terror", criada no governo George W. Bush.
Para a secretária da Segurança Interna, Janet Napolitano, ela não descreve adequadamente a natureza da ameaça terrorista aos Estados Unidos.
"Uma das razões para a expressão não ser mais usada é que guerra é um conflito entre dois estados nacionais e obviamente nem sempre o terrorismo deriva de uma relação entre países", declarou Napolitano ao jornal inglês Financial Times.
Para a secretária da Segurança Interna, Janet Napolitano, ela não descreve adequadamente a natureza da ameaça terrorista aos Estados Unidos.
"Uma das razões para a expressão não ser mais usada é que guerra é um conflito entre dois estados nacionais e obviamente nem sempre o terrorismo deriva de uma relação entre países", declarou Napolitano ao jornal inglês Financial Times.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Néstor Kirchner renuncia à presidência do partido
Depois da derrota do governo da Argentina ontem nas eleições parlamentares de meio de mandato, o ex-presidente Néstor Kirchner renunciou hoje à presidência do Partido Justicialista (peronista).
Kirchner foi substituído pelo governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, que foi seu vice de 2003 a 2007. Sua derrota marca o fim de uma era.
A hegemonia política de Néstor Kirchner na Argentina acabou ontem. É o fim da Era Kirchner.
Kirchner foi substituído pelo governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, que foi seu vice de 2003 a 2007. Sua derrota marca o fim de uma era.
A hegemonia política de Néstor Kirchner na Argentina acabou ontem. É o fim da Era Kirchner.
Madoff é condenado a 150 anos de prisão
O ex-bilionário Bernard Madoff foi condenado hoje a 150 anos de prisão por um tribunal federal de Nova York, nos Estados Unidos, por fraude, rou, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça, entre outras acusações. Ele foi responsável pela maior fraude financeira da história do país, uma pirâmide financeira de US$ 60 bilhões.
Como a lei federal americana exige que o condenado cumpra pelo menos 80% da pena na cadeia, Madoff deve passar o resto da vida na prisão.
Seus advogados tinham pedido que ele pegasse apenas 12 anos, mas a procuradoria alegou que, além de tudo, ele não colaborou com a Justiça denunciando quem foram seus cúmplices nem ajudando a recuperar parte do dinheiro para indenizar quem foi prejudicado.
Como a lei federal americana exige que o condenado cumpra pelo menos 80% da pena na cadeia, Madoff deve passar o resto da vida na prisão.
Seus advogados tinham pedido que ele pegasse apenas 12 anos, mas a procuradoria alegou que, além de tudo, ele não colaborou com a Justiça denunciando quem foram seus cúmplices nem ajudando a recuperar parte do dinheiro para indenizar quem foi prejudicado.
UE exige libertação de funcionários da embaixada britânica
A União Europeia advertiu hoje o Irã que não é tolerável a prisão de funcionários de uma representação estrangeira, num repúdio à prisão de nove funcionários da Embaixada Britânica em Teerã sob a acusação de ajudar a organizar os protestos contra a reeleição fraudulenta do presidente Mahmoud Amadinejad.
Casal Kirchner perde eleições na Argentina
O casal Kirchner perdeu as eleições de meio de mandato para metade da Câmara Federal e um terço do Senado da Argentina neste domingo em todos os lugares importantes. Ficou em minoria nas duas casas do Congresso.
A política argentina mudou. Cristina Kirchner tem mais dois anos para governar em minoria. A era do casal Kirchner chegou ao fim.
Ao reconhecer a derrota, o ex-presidente Néstor Kirchner, que liderava a lista da Frente pela Vitória na província de Buenos Aires, lamentou: "Perdemos por pouco". Por 34,5% a 32,1%, venceu a União Pro, liderada pelo empresário Francisco De Narváez, aliado do prefeito conservador de Buenos Aires, Mauricio Macri.
Despontam como candidatos à presidência em 2011:
• o vice-presidente Julio Cobos, que rompeu com os Kirchner ao votar contra o aumento do imposto sobre exportações de grãos que está no centro do conflito entre o governo e o campo;
• o prefeito Mauricio Macri, um empresário de sucesso que foi presidente do Boca Juniors;
• e o ex-corredor de Fórmula 1 Carlos Reutemann, que foi levado para a política pelo ex-presidente Carlos Menem e agora pode ser a salvação do oficialismo, apesar de Menem e Kirchner serem inimigos mortais.
A política argentina mudou. Cristina Kirchner tem mais dois anos para governar em minoria. A era do casal Kirchner chegou ao fim.
Ao reconhecer a derrota, o ex-presidente Néstor Kirchner, que liderava a lista da Frente pela Vitória na província de Buenos Aires, lamentou: "Perdemos por pouco". Por 34,5% a 32,1%, venceu a União Pro, liderada pelo empresário Francisco De Narváez, aliado do prefeito conservador de Buenos Aires, Mauricio Macri.
Despontam como candidatos à presidência em 2011:
• o vice-presidente Julio Cobos, que rompeu com os Kirchner ao votar contra o aumento do imposto sobre exportações de grãos que está no centro do conflito entre o governo e o campo;
• o prefeito Mauricio Macri, um empresário de sucesso que foi presidente do Boca Juniors;
• e o ex-corredor de Fórmula 1 Carlos Reutemann, que foi levado para a política pelo ex-presidente Carlos Menem e agora pode ser a salvação do oficialismo, apesar de Menem e Kirchner serem inimigos mortais.
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Presidentes centro-americanos fazem reunião de emergência
O presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya, do Partido Liberal, já está em Manágua, onde participa de uma reunião de cúpula de emergência com os presidentes da região para condenar o golpe militar e exigir a restauração da democracia em Honduras, depois de ter sido mandado para a Costa Rica pelos golpistas.
Em Tegucigalpa, o Congresso deu posse a seu presidente, Roberto Micheletti, como presidente interino, alegando estar cumprindo a Constituição. Em São José da Costa Rica, Zelaya afirmou que ainda é o presidente de Honduras porque foi eleito pelo povo e só o povo pode levá-lo de volta ao poder.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, os Estados Unidos e a Venezuela, entre outros países, repudiaram a ruptura da democracia, deixando o movimento golpista virtualmente isolado. Isso torna muito difícil o sucesso do golpe a longo prazo.
Tanto o presidente dos EUA, Barack Obama, quanto o da Venezuela, Hugo Chávez, rejeitaram o golpe, prometendo não reconhecer qualquer outro governo hondurenho, a não ser o eleito democraticamente.
Durante a Guerra Fria, Honduras era o porta-aviões dos EUA, na América Central. Serviu como base de apoio para o governo de El Salvador durante a guerra civil salvadorenha e também para os contras da Nicarágua. Seus militares tem uma forte aliança ideológica com os EUA.
Zelaya foi eleito pelo Partido Liberal, que está à esquerda do Partido Nacional mas não deixa de ser conservador. No poder, se aliou a Chávez na Aliança Bolivarista para as Américas (Alba). Parecia mais interessado nos petrodólares venezuelanos, que tem um peso enorme para os países pobres da América Central e do Caribe.
É uma fonte de dinheiro importante para uma região tão pobre. Vem acompanhada de um preço político.
Os petrodólares e o discurso chavista desafiam a oligarquia hondurenha. Zelaya tentava realizar uma consulta popular para propor a reeleição, que atualmente não é permitida pela Constituição de Honduras.
Foi o limite para os donos do poder em Honduras. Mas o tiro vai sair pela culatra. Com a condenação do golpe, isolado, o novo governo não tem a menor chance.
No mundo globalizado, um pequeno país centro-americano de cerca de 8 milhões de habitantes não tem como se fechar. Não é a Coreia do Norte nem a Birmânia, que tem o apoio da China.
Em Tegucigalpa, o Congresso deu posse a seu presidente, Roberto Micheletti, como presidente interino, alegando estar cumprindo a Constituição. Em São José da Costa Rica, Zelaya afirmou que ainda é o presidente de Honduras porque foi eleito pelo povo e só o povo pode levá-lo de volta ao poder.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, os Estados Unidos e a Venezuela, entre outros países, repudiaram a ruptura da democracia, deixando o movimento golpista virtualmente isolado. Isso torna muito difícil o sucesso do golpe a longo prazo.
Tanto o presidente dos EUA, Barack Obama, quanto o da Venezuela, Hugo Chávez, rejeitaram o golpe, prometendo não reconhecer qualquer outro governo hondurenho, a não ser o eleito democraticamente.
Durante a Guerra Fria, Honduras era o porta-aviões dos EUA, na América Central. Serviu como base de apoio para o governo de El Salvador durante a guerra civil salvadorenha e também para os contras da Nicarágua. Seus militares tem uma forte aliança ideológica com os EUA.
Zelaya foi eleito pelo Partido Liberal, que está à esquerda do Partido Nacional mas não deixa de ser conservador. No poder, se aliou a Chávez na Aliança Bolivarista para as Américas (Alba). Parecia mais interessado nos petrodólares venezuelanos, que tem um peso enorme para os países pobres da América Central e do Caribe.
É uma fonte de dinheiro importante para uma região tão pobre. Vem acompanhada de um preço político.
Os petrodólares e o discurso chavista desafiam a oligarquia hondurenha. Zelaya tentava realizar uma consulta popular para propor a reeleição, que atualmente não é permitida pela Constituição de Honduras.
Foi o limite para os donos do poder em Honduras. Mas o tiro vai sair pela culatra. Com a condenação do golpe, isolado, o novo governo não tem a menor chance.
No mundo globalizado, um pequeno país centro-americano de cerca de 8 milhões de habitantes não tem como se fechar. Não é a Coreia do Norte nem a Birmânia, que tem o apoio da China.
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domingo, 28 de junho de 2009
GM aceita responsabilidade pós-concordata
Sob pressão do Ministério Público, a General Motors concordou em assumir a responsabilidade por acidentes provocados por defeitos em seus veículos depois que a empresa sair da concordata.
Japão e Coreia do Sul rejeitam Coreia do Norte nuclear
No final de um encontro de cúpula realizado hoje em Tóquio, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung Bak, e o primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, declararam que seus países jamais aceitarão que o regime stalinista da Coreia do Norte tenha armas nucleares.
Irã prende funcionários britânicos
Na busca de um bode expiatório exterior, o regime fundamentalista do Irã prendeu hoje oito funcionários da Embaixada do Reino Unido em Teerã sob a acusação de ajudar a organizar o movimento de protesto da oposição contra a reeleição claramente fraudulenta do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 12 de junho passado.
Em Londres, o ministro do Exterior britânico, David Miliband, exigiu a libertação imediata de todos os presos.
Em Londres, o ministro do Exterior britânico, David Miliband, exigiu a libertação imediata de todos os presos.
Exército prende presidente de Honduras
O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi preso hoje pelos militares rebelados pela destituição do comandante do Estado Maior das Forças Armadas.
Zelaya tentava articular uma reforma constitucional para permitir sua reeleição. Como aliado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enfrenta forte resistência da oligarquia hondurenha.
Zelaya tentava articular uma reforma constitucional para permitir sua reeleição. Como aliado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enfrenta forte resistência da oligarquia hondurenha.
sábado, 27 de junho de 2009
EUA confiscam bens de Madoff
A Justica dos Estados Unidos confiscou todos os bens do ex-bilionário Bernard Madoff, denunciado por criar a maior pirâmide financeira da Historia, no valor de US$ 50 bilhões. É a maior fraude da atual crise econômico-financeira global.
Ele se confessou culpado das 11 acusações, que incluem fraude, perjúrio e lavagem de dinheiro.
O procurador distrital Denny Chin pediu que Madoff, de 71 anos, seja condenado a 150 anos de prisão. A mulher dele, Ruth Madoff, teria entregue bens no valor de US$ 80 milhões, ficando com US$ 2,5 milhões.
Ele se confessou culpado das 11 acusações, que incluem fraude, perjúrio e lavagem de dinheiro.
O procurador distrital Denny Chin pediu que Madoff, de 71 anos, seja condenado a 150 anos de prisão. A mulher dele, Ruth Madoff, teria entregue bens no valor de US$ 80 milhões, ficando com US$ 2,5 milhões.
Câmara dos EUA aprova controle de emissões
Numa vitória do presidente Barack Obama, pela primeira vez uma das duas casas do Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei de controle das emissões de gases que agravam o efeito estufa.
Por 219 a 212 votos, a Câmara aprovou um projeto que deve ter um profundo impacto sobre a maior economia do mundo.
Por 219 a 212 votos, a Câmara aprovou um projeto que deve ter um profundo impacto sobre a maior economia do mundo.
Ahmadinejad volta a atacar Obama
Apesar do esvaziamento do movimento oposicionista iraniano, diante da violenta repressão governamental, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, ao que tudo indica reeleito fraudulentamente, voltou a acusar o presidente dos Estados Unidos de interferir nos assuntos internos do Irã.
Ontem, junto com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, Obama voltou a condenador a violência do regime fundamentalista iraniano.
Ontem, junto com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, Obama voltou a condenador a violência do regime fundamentalista iraniano.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Hamas pede medidas práticas a Obama
O dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, elogiou a "nova linguagem" do presidente americano, Barack Obama, mas cobrou medidas práticas para avançar no processo de paz entre árabes e israelenses.
Guardiães confirmam vitória de Ahmadinejad
O porta-voz do Conselho dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã declarou hoje que a eleição presidencial de 12 de junho foi "a mais saudável" da história da república islâmica. Falta apenas a certificação oficial do órgão.
Nos sermões desta sexta-feira, a folga religiosa semanal dos muçulmanos, o aiatolá Ahmed Khatami pediu punição "rigorosa e sem piedade" para os líderes das manifestações de protesto da oposição para que "sirva de lição.
Em Triestre, na Itália, os ministros do Grupo dos Oito condenaram energicamente a repressão aos protestos contra a fraude na eleição presidencial iraniana.
Nos sermões desta sexta-feira, a folga religiosa semanal dos muçulmanos, o aiatolá Ahmed Khatami pediu punição "rigorosa e sem piedade" para os líderes das manifestações de protesto da oposição para que "sirva de lição.
Em Triestre, na Itália, os ministros do Grupo dos Oito condenaram energicamente a repressão aos protestos contra a fraude na eleição presidencial iraniana.
Plano Obama aumenta renda de americanos
A renda média dos americanos cresceu 1,4% em maio por causa do programa de estímulo do governo Barack Obama, que provocou um aumento de 0,3% no consumo e de 6,9% na poupança, o maior em 15 anos.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Mortes por gripe suína na Argentina já são 21
O total de mortos pela gripe suina ou gripe A na Argentina subiu para 21 hoje, quando o Serviço de Saúde e Qualidade Agroalimentar do país revelou que o vírus H1N1 foi detectado pela primeira vez numa criação de porcos do país, na Grande Buenos Aires.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, chegou hoje ao México. Ela faz uma visita de desagravo, em protesto contra a recomendação do ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, de que brasileiros evitem viajar aos países com maior número de casos de doença.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, chegou hoje ao México. Ela faz uma visita de desagravo, em protesto contra a recomendação do ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, de que brasileiros evitem viajar aos países com maior número de casos de doença.
Chatham House desmonta farsa iraniana
Uma análise preliminar do resultado da eleição presidencial de 12 de junho feita pelo Royal Institute of International Affairs (RIIA), de Londres, a Chatham House, desmonta a fraude armada pelo regime fundamentalista do Irã.
Os autores alegam que a única maneira de apurar 46 milhões de votos em poucas horas seria fazer a contagem inicial nas seções de votação, deixando para a Comissão Eleitoral do Ministério do Interior apenas o trabalho de conferir as cédulas e fazer a totalização.
Pela primeira vez, a apuração foi totalmente centralizada. Além disso, a porcentagem de votos dos candidatos praticamente não variou durante a apuração.
Duas províncias registraram número de votantes superior ao total de eleitores inscritos. Em outras quatro províncias, o comparecimento teria sido superior a 90%.
O estudo tenta identificar de onde teriam vindo os votos para dar ao presidente fraudulentamente reeleito uma votação 13 milhões de votos superior à que obteve no segundo turno da eleição de 2005. Conclui que ele precisaria ter recebido votos de quem não votou em 2005, dos eleitores de seu arqui-inimigo político Ali Akbar Hachemi Rafsanjani e 44% dos votos dos reformistas.
Os autores alegam que a única maneira de apurar 46 milhões de votos em poucas horas seria fazer a contagem inicial nas seções de votação, deixando para a Comissão Eleitoral do Ministério do Interior apenas o trabalho de conferir as cédulas e fazer a totalização.
Pela primeira vez, a apuração foi totalmente centralizada. Além disso, a porcentagem de votos dos candidatos praticamente não variou durante a apuração.
Duas províncias registraram número de votantes superior ao total de eleitores inscritos. Em outras quatro províncias, o comparecimento teria sido superior a 90%.
O estudo tenta identificar de onde teriam vindo os votos para dar ao presidente fraudulentamente reeleito uma votação 13 milhões de votos superior à que obteve no segundo turno da eleição de 2005. Conclui que ele precisaria ter recebido votos de quem não votou em 2005, dos eleitores de seu arqui-inimigo político Ali Akbar Hachemi Rafsanjani e 44% dos votos dos reformistas.
Ahmadinejad compara Obama a Bush
O presidente Mahmoud Ahmadinejad compara Barack Hussein Obama ao ex-presidente George Walker Bush e pede ao atual presidente dos Estados Unidos que pare de interferir na política interna do Irã.
Diante do aumento da repressão do regime fundamentalista iraniano, a oposição recuou e suspendou as manifestações de luto convocadas para hoje em homenagem aos pelo menos 17 mortos nos protestos contra a fraude na eleição presidencial de 12 de junho.
Através da Internet, o principal candidato oposicionista, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, reafirma a determinação de lutar pela anulação da eleição presidencial: "Se a liderança da revolução e o presidente são a mesma coisa", desafiou, "não servem aos interesses do país."
Ahmadinej vinha adotando uma posição discreta nos últimos dias. Ressurgiu atacando Obama. Em nota lida na televisão estatal, o presidente iraniano acusa Obama de pregar o diálogo mas agir como Bush, interferindo na política interna do Irã.
Diante do aumento da repressão do regime fundamentalista iraniano, a oposição recuou e suspendou as manifestações de luto convocadas para hoje em homenagem aos pelo menos 17 mortos nos protestos contra a fraude na eleição presidencial de 12 de junho.
Através da Internet, o principal candidato oposicionista, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, reafirma a determinação de lutar pela anulação da eleição presidencial: "Se a liderança da revolução e o presidente são a mesma coisa", desafiou, "não servem aos interesses do país."
Ahmadinej vinha adotando uma posição discreta nos últimos dias. Ressurgiu atacando Obama. Em nota lida na televisão estatal, o presidente iraniano acusa Obama de pregar o diálogo mas agir como Bush, interferindo na política interna do Irã.
PIB dos EUA caiu menos no primeiro trimestre
A queda no produto interno bruto dos Estados Unidos no primeiro trimestre foi um pouco menor do que anunciado anteriormente: encolheu num ritmo de 5,5%, em vez dos 5,7% do cálculo inicial. Mas o número de novos pedidos de seguro-desemprego voltou a crescer na semana passada, indicando uma deterioração maior do mercado de trabalho.
Em depoimento na Comissão de Reforma e Supervisão do Governo, o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, Ben Bernanke, negou ter ameaçado afastar a diretoria do Bank of America, se ela não concordasse com a compra do banco de investimentos Merrill Lynch.
Na reunião da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, em Paris, o representante comercial dos EUA, Ron Kirk, propôs negociações diretas com os principais parceiros comerciais para destravar a Rodada Doha de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil, a Índia e a África do Sul rejeitaram a proposta
A China rejeitou as acusações de protecionismo dos EUA e da União Europeia de que está limitando a exportação de produtos primários para proteger sua indústria e faz suas próprias denúncias de dumping à OMC.
Já o PIB da Irlanda vai encolher 13,5% até o final de 2010, prevê o FMI. A dívida dos bancos irlandeses vai chegar a 20% do PIB e o desemprego deve subir de 11,8% para 15,5%.
A siderúrgica Corus vai demitir 2 mil no Reino Unido e na Holanda.
O lucro da Nike caiu 30% no primeiro trimestre do ano e 21% em 12 meses. As novas encomendas caíram 12%.
No mercado financeiro, a maioria das bolsas da Ásia subiu, com alta no setor de alta tecnologia. Na Europa, a maioria das bolsas cedeu no fim do pregão, fechando em baixa. Nos EUA, a queda menor no PIB americano e o depoimento de Bernanke fizeram as bolsas de Nova York terem a maior alta em três semanas.
Em depoimento na Comissão de Reforma e Supervisão do Governo, o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, Ben Bernanke, negou ter ameaçado afastar a diretoria do Bank of America, se ela não concordasse com a compra do banco de investimentos Merrill Lynch.
Na reunião da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, em Paris, o representante comercial dos EUA, Ron Kirk, propôs negociações diretas com os principais parceiros comerciais para destravar a Rodada Doha de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil, a Índia e a África do Sul rejeitaram a proposta
A China rejeitou as acusações de protecionismo dos EUA e da União Europeia de que está limitando a exportação de produtos primários para proteger sua indústria e faz suas próprias denúncias de dumping à OMC.
Já o PIB da Irlanda vai encolher 13,5% até o final de 2010, prevê o FMI. A dívida dos bancos irlandeses vai chegar a 20% do PIB e o desemprego deve subir de 11,8% para 15,5%.
A siderúrgica Corus vai demitir 2 mil no Reino Unido e na Holanda.
O lucro da Nike caiu 30% no primeiro trimestre do ano e 21% em 12 meses. As novas encomendas caíram 12%.
No mercado financeiro, a maioria das bolsas da Ásia subiu, com alta no setor de alta tecnologia. Na Europa, a maioria das bolsas cedeu no fim do pregão, fechando em baixa. Nos EUA, a queda menor no PIB americano e o depoimento de Bernanke fizeram as bolsas de Nova York terem a maior alta em três semanas.
Michael Jackson morre em Los Angeles
O controvertido cantor e compositor americano Michael Jackson, um dos maiores astros da história da música pop, morreu hoje aos 50 anos de parada cardíaca em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Seu sucesso começou quando criança, como o grupo Jackson Five, formado com seus irmãos. Daí ele partiu para uma extraordinária carreira solo. Seu álbum Thriller foi o mais vendido da história, com mais de 100 milhões de cópias.
A fama tornou o ídolo de multidões num homem recluso e hipocondríaco. Jackson se casou com a filha de Elvis Presley, mas acabou tristemente famoso por denúncias de pedofilia.
Por gastar demais, estaria sem dinheiro. Para pagar as dívidas, anunciou uma série de 50 shows. A temporada começaria em Londres no mês que vem.
Seu sucesso começou quando criança, como o grupo Jackson Five, formado com seus irmãos. Daí ele partiu para uma extraordinária carreira solo. Seu álbum Thriller foi o mais vendido da história, com mais de 100 milhões de cópias.
A fama tornou o ídolo de multidões num homem recluso e hipocondríaco. Jackson se casou com a filha de Elvis Presley, mas acabou tristemente famoso por denúncias de pedofilia.
Por gastar demais, estaria sem dinheiro. Para pagar as dívidas, anunciou uma série de 50 shows. A temporada começaria em Londres no mês que vem.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
BCE empresta US$ 662 bilhões aos bancos
O Banco Central da Europa ofereceu empréstimos no valor total de US$ 662 bilhões aos bancos dos 16 países da zona do euro para movimentar o mercado de crédito, paralisado desde o agravamento da crise financeira global, em setembro de 2008.
Em resposta, as principais bolsas de valores do continente subiram hoje.
Em resposta, as principais bolsas de valores do continente subiram hoje.
Oposição iraniana volta a desafiar aiatolás
Depois da mais uma noite de protesto e conflito nas ruas de Teerã, o Supremo Líder da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, foi ao Majlis (Parlamento), onde ampliou o prazo para as denúncias de fraude da oposição mas prometeu não recuar no cumprimento da lei.
Os deputados aliados gritavam: "Deus é grande!" e "Abaixo dos EUA!"
Mas cerca de 200 manifestantes desafiaram a ordem e iniciaram um protesto no centro da capital. Logo, foram atacados pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária do Irã.
Diante do Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, a advogada defensora dos direitos humanos Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2003, perguntou aos milicianos por que estão matando irmãos iranianos.
Os deputados aliados gritavam: "Deus é grande!" e "Abaixo dos EUA!"
Mas cerca de 200 manifestantes desafiaram a ordem e iniciaram um protesto no centro da capital. Logo, foram atacados pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária do Irã.
Diante do Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, a advogada defensora dos direitos humanos Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2003, perguntou aos milicianos por que estão matando irmãos iranianos.
Venda de casas novas cai nos EUA
Ao contrário das previsões dos economistas, a venda de casas novas voltou a cair nos Estados Unidos em maio, agora em 0,6%, projetando vendas de 342 mil casas num ano.
As encomendas de bens duráveis à indústria americana subiram 1,8%. Isso chegou a animar os investidores nas bolsas de Nova York. Mas a declaração da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, não apontando nenhum sinal forte de recuperação fez o índice Dow Jones fechar em queda pelo quarto dia seguido.
As encomendas de bens duráveis à indústria americana subiram 1,8%. Isso chegou a animar os investidores nas bolsas de Nova York. Mas a declaração da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, não apontando nenhum sinal forte de recuperação fez o índice Dow Jones fechar em queda pelo quarto dia seguido.
OCDE prevê recessão mais suave
Pela primeira vez em dois anos, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) previu melhora na situação dos seus 30 membros, todos países industrializados, com uma recessão mais suave e início da recuperação ainda neste ano nos Estados Unidos e no Brasil.
Há três, a previsão era de uma queda de 4% na economia americana neste ano. Agora, a expectativa é de contração de 2,8% em 2009 e crescimento de 0,9% em vez de estagnação em 2010.
Na China, onde a recuperação já está começando, a economia deve crescer 7,7% neste ano e 9,3% no próximo.
Já o Brasil deve perder 0,8 em 2009 e avançar 4% em 2010.
Há três, a previsão era de uma queda de 4% na economia americana neste ano. Agora, a expectativa é de contração de 2,8% em 2009 e crescimento de 0,9% em vez de estagnação em 2010.
Na China, onde a recuperação já está começando, a economia deve crescer 7,7% neste ano e 9,3% no próximo.
Já o Brasil deve perder 0,8 em 2009 e avançar 4% em 2010.
Argentina já tem 18 mortes por gripe suína
Um homem de 30 anos da província de Misiones, que faz fronteira com o Brasil, é o décimo-oitavo argentino morto pela gripe suína ou gripe A, causada pelo vírus H1N1.
Em número de mortes, a Argentina é o terceiro país mais atingido pela pandemia de gripe suína, atrás apenas do México e dos Estados Unidos.
Com o inverno, a previsão para esta noite é de cinco graus negativos na Grande Buenos Aires. O frio acelera a transmissão da doença e provoca medo na população.
Diante dos primeiros sintomas, os argentinos correm aos hospitais e centros de saúde, onde precisam esperar até sete horas pelo atendimento.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, lamentou a recomendação do ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, para que brasileiros evitem visitas a seu país e ao Chile, alegando que esta não é a maneira de fazer saúde pública. Bachelet, que é pediatra, foi ao México para tentar mostrar que não corre maior risco.
Já a ministra da Saúde argentina, Graciela Ocaña, considerou "razoável" a orientação do governo brasileiro. A Argentina fez o mesmo em relação ao México, quando a epidemia começou.
Em número de mortes, a Argentina é o terceiro país mais atingido pela pandemia de gripe suína, atrás apenas do México e dos Estados Unidos.
Com o inverno, a previsão para esta noite é de cinco graus negativos na Grande Buenos Aires. O frio acelera a transmissão da doença e provoca medo na população.
Diante dos primeiros sintomas, os argentinos correm aos hospitais e centros de saúde, onde precisam esperar até sete horas pelo atendimento.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, lamentou a recomendação do ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, para que brasileiros evitem visitas a seu país e ao Chile, alegando que esta não é a maneira de fazer saúde pública. Bachelet, que é pediatra, foi ao México para tentar mostrar que não corre maior risco.
Já a ministra da Saúde argentina, Graciela Ocaña, considerou "razoável" a orientação do governo brasileiro. A Argentina fez o mesmo em relação ao México, quando a epidemia começou.
terça-feira, 23 de junho de 2009
EUA e UE acusam China na OMC
Os Estados Unidos e a União Europeia denunciaram a China à Organização Mundial do Comércio (OMC) por restringir as exportações de matérias-primas para beneficiar a indústria chinesa.
País que mais cresce no mundo, a China está sendo o primeiro a sair da China. Para isso, o governo está incentivando as exportações com restituições de impostos, generosos empréstimos concedidos por bancos estatais e até mesmo ajuda para viagens de promoção comercial no exterior.
Ao mesmo, as autoridades chinesas limitam as importações. O plano de aceleração do crescimento chinês, de US$ 586 bilhões, proíbe a compra de produtos importados quando houver um similar nacional.
"Depois da mais de dois anos pedindo à China para levantar essas restrições, o governo americano decidiu apelar à OMC", declarou o representante comercial dos EUA, Ron Kirk.
A UE decidiu se associar à ação, na expectativa de que o caso seja resolvido através do diálogo, sem necessidade de julgamento pelo painel de solução de controvérsias da OMC.
País que mais cresce no mundo, a China está sendo o primeiro a sair da China. Para isso, o governo está incentivando as exportações com restituições de impostos, generosos empréstimos concedidos por bancos estatais e até mesmo ajuda para viagens de promoção comercial no exterior.
Ao mesmo, as autoridades chinesas limitam as importações. O plano de aceleração do crescimento chinês, de US$ 586 bilhões, proíbe a compra de produtos importados quando houver um similar nacional.
"Depois da mais de dois anos pedindo à China para levantar essas restrições, o governo americano decidiu apelar à OMC", declarou o representante comercial dos EUA, Ron Kirk.
A UE decidiu se associar à ação, na expectativa de que o caso seja resolvido através do diálogo, sem necessidade de julgamento pelo painel de solução de controvérsias da OMC.
Trem acidentado não fizera revisão de frios
O trem que causou o pior acidente da história do metrô da capital dos Estados Unidos, matando nove pessoas, deveria ter passado por uma revisão no sistema de freios há dois meses.
A colisão aconteceu no fim da tarde de ontem, horário de maior movimento. Um trem não conseguiu parar e entrou na traseiro de outro, que também ia para o Sul.
Ao falar sobre o acidente, o prefeito de Washington, Adrian Fenty, informou que o impacto foi tão forte que alguns vagões foram reduzidos a um terço do tamanho original. Cinco dos nove corpos só foram retirados das ferragens hoje. Outros 76 feridos foram hospitalizados.
Na investigação, uma pergunta fundamental é por que o trem não parou, se as locomotivas do metrô de Washington são dotadas de um equipamento para travamento automático em caso de risco de acidente.
Uma porta-voz do Conselho Nacional de Segurança de Transportes dos EUA, Debbie Hersman, revelou que o trem causador do acidente não tinha gravadores de dados que permitam saber como o contudor tentou impedir a batida. Há cinco anos, a agência tinha recomendado a substituição dos trens mais antigos, que ainda são 30% da frota.
A colisão aconteceu no fim da tarde de ontem, horário de maior movimento. Um trem não conseguiu parar e entrou na traseiro de outro, que também ia para o Sul.
Ao falar sobre o acidente, o prefeito de Washington, Adrian Fenty, informou que o impacto foi tão forte que alguns vagões foram reduzidos a um terço do tamanho original. Cinco dos nove corpos só foram retirados das ferragens hoje. Outros 76 feridos foram hospitalizados.
Na investigação, uma pergunta fundamental é por que o trem não parou, se as locomotivas do metrô de Washington são dotadas de um equipamento para travamento automático em caso de risco de acidente.
Uma porta-voz do Conselho Nacional de Segurança de Transportes dos EUA, Debbie Hersman, revelou que o trem causador do acidente não tinha gravadores de dados que permitam saber como o contudor tentou impedir a batida. Há cinco anos, a agência tinha recomendado a substituição dos trens mais antigos, que ainda são 30% da frota.
Obama nega qualquer interferência no Irã
Em entrevista realizada agora, no início da tarde, em Washington, o presidente Barack Obama repudiou a violência no Irã e negou qualquer interferência dos Estados Unidos na eleição presidencial iraniana de 12 de junho de 2009.
Obama alegou que quem acusa os EUA quer desviar a atenção do debate interno, muma tentativa de usar os EUA como bode expiatório.
“Esta não é uma questão sobre os EUA, é uma questão do povo iraniano. Apesar da censura, temos visto imagens fortes sobre o que o povo iraniano está fazendo. É preciso contar os votos e ouvir as vozes”, recomendou.
“Sempre, na História, quem luta pela liberdade está do lado certo", acrescentou o presidente americano. "O governo iraniano deve governar por consenso e não por imposição.” Ele disse que os objetivos dos EUA são que o Irã não tenha armas nucleares e não apóie o terrorismo.
Para não prejudicar o diálogo sobre o programa nuclear do Irã, Obama tem adotado uma posição moderada em relação aos conflitos de rua entre manifestantes que denunciam fraude na eleição presidencial e as forças de segurança e milícias leais ao regime fundamentalista iraniano.
Obama alegou que quem acusa os EUA quer desviar a atenção do debate interno, muma tentativa de usar os EUA como bode expiatório.
“Esta não é uma questão sobre os EUA, é uma questão do povo iraniano. Apesar da censura, temos visto imagens fortes sobre o que o povo iraniano está fazendo. É preciso contar os votos e ouvir as vozes”, recomendou.
“Sempre, na História, quem luta pela liberdade está do lado certo", acrescentou o presidente americano. "O governo iraniano deve governar por consenso e não por imposição.” Ele disse que os objetivos dos EUA são que o Irã não tenha armas nucleares e não apóie o terrorismo.
Para não prejudicar o diálogo sobre o programa nuclear do Irã, Obama tem adotado uma posição moderada em relação aos conflitos de rua entre manifestantes que denunciam fraude na eleição presidencial e as forças de segurança e milícias leais ao regime fundamentalista iraniano.
Conselho de Guardiães confirma eleição no Irã
O Conselho dos Guardiães da Revolução da Revolução Islâmica do Irã rejeitou os pedidos para anular a eleição presidencial de 12 de junho de 2009, oficialmente vencida pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.
A televisão estatal declarou hoje que manifestantes presos acusam a imprensa estrangeira. Apesar da repressão, os protestos continuaram ontem à noite e hoje de manhã.
Em mais uma ameaça à oposição, o governo diz que a Justiça dará uma lição nos manifestantes. Uma nova gravação mostra novas imagens que seriam de Neda (2092), a estudante de filosofia morta no sábado, que virou mártir, antes de ser baleada. O regime iraniano estaria cobrando US$ 3 mil de indenização da família de um homem morto nas manifestações.
O candidato derrotado Mehdi Karoubi mantém o desafio aos aiatolás e convoca um dia de luto para quinta-feira em homenagem aos mortos, que já são pelo menos 20.
Na Bélgica, a advogada e ativista dos direitos humanos Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, pediu aos países europeus que rebaixem suas relações diplomáticas com o Irã, removendo os embaixadores e deixando em Teerã apenas encarregados de negócios; a libertação de todos os presos políticos; e a anulação da eleição.
Em Roma, o cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf liderou um protesto de estudantes iranianos.
A União Europeia condenou a violência no Irã. O Reino Unido expulsou diplomatas iranianos, em retaliação pelas acusações do regime fundamentalista do Irã de que estaria por trás das manifestações.
A televisão estatal declarou hoje que manifestantes presos acusam a imprensa estrangeira. Apesar da repressão, os protestos continuaram ontem à noite e hoje de manhã.
Em mais uma ameaça à oposição, o governo diz que a Justiça dará uma lição nos manifestantes. Uma nova gravação mostra novas imagens que seriam de Neda (2092), a estudante de filosofia morta no sábado, que virou mártir, antes de ser baleada. O regime iraniano estaria cobrando US$ 3 mil de indenização da família de um homem morto nas manifestações.
O candidato derrotado Mehdi Karoubi mantém o desafio aos aiatolás e convoca um dia de luto para quinta-feira em homenagem aos mortos, que já são pelo menos 20.
Na Bélgica, a advogada e ativista dos direitos humanos Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, pediu aos países europeus que rebaixem suas relações diplomáticas com o Irã, removendo os embaixadores e deixando em Teerã apenas encarregados de negócios; a libertação de todos os presos políticos; e a anulação da eleição.
Em Roma, o cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf liderou um protesto de estudantes iranianos.
A União Europeia condenou a violência no Irã. O Reino Unido expulsou diplomatas iranianos, em retaliação pelas acusações do regime fundamentalista do Irã de que estaria por trás das manifestações.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Tiros e atentados matam mais de 30 no Iraque
Uma série de atentados terroristas e tiroteios matou mais de 30 pessoas no Iraque hoje, inclusive estudantes do ensino médio que voltavam dos exames, numa onda de violência a pouco mais de uma semana do fim do patrulhamento de cidades por soldados dos Estados Unidos.
O total de mortos nos últimos três dias passou de 100, suscitando dúvidas sobre a capacidade das forças de segurança iraquianas de controlarem a segurança pública sem a participação dos americanos.
O total de mortos nos últimos três dias passou de 100, suscitando dúvidas sobre a capacidade das forças de segurança iraquianas de controlarem a segurança pública sem a participação dos americanos.
Banco Mundial prevê recessão mais profunda
O Banco Mundial espera uma recessão ainda mais profunda da economia mundial neste ano. Com a forte redução no fluxo de capital privado para os países emergentes, o produto interno bruto do Brasil deve cair 1,1% em 2009, voltando a crescer 2,5% em 2010 e 4,1% em 2011.
No relatório Finanças e Desenvolvimento Global, divulgado hoje, o Banco Mundial constata uma queda pronunciada nos investimentos privados em países em desenvolvimento, de US$ 1,2 trilhão em 2007 para US$ 707 bilhões em 2008 e US$ 363 bilhões em 2009.
Isso aumenta o risco de problemas de balanço de pagamentos e para os bancos e empresas de países emergentes - e piora a previsão para a economia mundial.
Há três meses, o Banco Mundial projetava um recuo de 1,7% neste ano para a economia mundial. Agora, a expectativa é de queda de 2,9% em 2009, com avanço de 2% em 2010 e de 3,2% em 2011.
O comércio internacional deve diminuir 9,7% em 2009, crescer 3,8% em 2010 e 6,9% em 2011.
Para os Estados Unidos, a previsão é de uma contração de 3% em 2009 e de expansão de 1,8% em 2010 e de 2,5% 2011.
O Brasil teria uma recessão de 1,1% neste ano e cresceria 2,5% em 2010 e 4,1% em 2011.
As novas projeções do Banco Mundial derrubaram os preços dos produtos primários e das bolsas de valores na Europa e na América.
Para os Estados Unidos, a expectativa é de queda de 3% neste ano, com expansão de 1,8% em 2010 e de 2,5% em 2011.
No relatório Finanças e Desenvolvimento Global, divulgado hoje, o Banco Mundial constata uma queda pronunciada nos investimentos privados em países em desenvolvimento, de US$ 1,2 trilhão em 2007 para US$ 707 bilhões em 2008 e US$ 363 bilhões em 2009.
Isso aumenta o risco de problemas de balanço de pagamentos e para os bancos e empresas de países emergentes - e piora a previsão para a economia mundial.
Há três meses, o Banco Mundial projetava um recuo de 1,7% neste ano para a economia mundial. Agora, a expectativa é de queda de 2,9% em 2009, com avanço de 2% em 2010 e de 3,2% em 2011.
O comércio internacional deve diminuir 9,7% em 2009, crescer 3,8% em 2010 e 6,9% em 2011.
Para os Estados Unidos, a previsão é de uma contração de 3% em 2009 e de expansão de 1,8% em 2010 e de 2,5% 2011.
O Brasil teria uma recessão de 1,1% neste ano e cresceria 2,5% em 2010 e 4,1% em 2011.
As novas projeções do Banco Mundial derrubaram os preços dos produtos primários e das bolsas de valores na Europa e na América.
Para os Estados Unidos, a expectativa é de queda de 3% neste ano, com expansão de 1,8% em 2010 e de 2,5% em 2011.
Guarda Revolucionária promete não tolerar protestos
A Guarda Revolucionária Iraniana advertiu hoje que não vai tolerar mais manifestações contestando o resultado da eleição presidencial de 12 de junho de 2009. Mas a oposição convocou mais protestos. Pelo menos 10 pessoas foram mortas no fim de semana, elevando para 17 o total de mortos nos protestos contra a reeleição de Ahmadinejad.
Os conflitos continuam nas ruas de Teerã, onde a polícia estaria usando gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes, enquanto o ministro do Exterior voltou a acusar os EUA e o Reino Unido.
Um porta-voz da Guarda admitiu que em pelo menos 50 cidades o total de votos superou o número de eleitores. Pelo menos 457 pessoas foram presas no fim de semana, entre elas 24 jornalistas.
Ao analisar a divisão interna do regime, o jornal The New York Times chama a atenção que a oposição também reivindica lealdade à república islâmica. Um partido ligado ao ex-presidente Rafsanjani, derrotado por Ahmadinejad há quatro anos, propôs a Mussavi a formação de um bloco de oposição para denunciar a “ilegitimidade” do governo.
A União Europeia considerou as mortes de oposicionistas “intolerável”, mas mantém a disposição para o diálogo com Teerã.
Já a Síria pediu ao Ocidente que não interfira no processo eleitoral no Irã.
Os conflitos continuam nas ruas de Teerã, onde a polícia estaria usando gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes, enquanto o ministro do Exterior voltou a acusar os EUA e o Reino Unido.
Um porta-voz da Guarda admitiu que em pelo menos 50 cidades o total de votos superou o número de eleitores. Pelo menos 457 pessoas foram presas no fim de semana, entre elas 24 jornalistas.
Ao analisar a divisão interna do regime, o jornal The New York Times chama a atenção que a oposição também reivindica lealdade à república islâmica. Um partido ligado ao ex-presidente Rafsanjani, derrotado por Ahmadinejad há quatro anos, propôs a Mussavi a formação de um bloco de oposição para denunciar a “ilegitimidade” do governo.
A União Europeia considerou as mortes de oposicionistas “intolerável”, mas mantém a disposição para o diálogo com Teerã.
Já a Síria pediu ao Ocidente que não interfira no processo eleitoral no Irã.
Atentado mata 80 no Iraque
No pior atentado em dois meses no Iraque, a explosão de um caminhão-bomba matou 80 pessoas no sábado perto da cidade de Kirkuk, no Norte do país, que se tornou a região mais violenta do país por causa do conflito entre a maioria curda e árabes sunitas que se mudaram para lá no governo Saddam Hussein. Outras 160 pessoas saíram feridas.
O alvo foi uma mesquita xiita da localidade de Taza, a 15 quilômetros de Kirkuk, onde a maioria da população é turcomena. A tensão aumenta às vésperas de 30 de junho, quando as forças dos Estados Unidos vão parar de patrulhar as cidades iraquianas.
O alvo foi uma mesquita xiita da localidade de Taza, a 15 quilômetros de Kirkuk, onde a maioria da população é turcomena. A tensão aumenta às vésperas de 30 de junho, quando as forças dos Estados Unidos vão parar de patrulhar as cidades iraquianas.
domingo, 21 de junho de 2009
Somália pede ajuda militar com urgência
Sob a ameaça de mais uma ofensiva de grupos fundamentistas muçulmanos, o governo provisório da Somália pediu ajuda internacional para se defender. Mais de 200 pessoas morreram na guerra civil somaliana nos últimos 30 dias.
Na quinta-feira, um atentado a bomba matou o ministro da Segurança e quatro outros altos funcionários. O chefe de polícia da capital morrera no dia anterior.
A Etiópia interveio na Somália em 2006, com o apoio dos Estados Unidos, mas deixou o país neste ano. O governo americano teme que a Somália se converta num refúgio seguro para os terroristas da rede Al Caeda agora que o Paquistão passou a atacar os talebã paquistaneses.
Na quinta-feira, um atentado a bomba matou o ministro da Segurança e quatro outros altos funcionários. O chefe de polícia da capital morrera no dia anterior.
A Etiópia interveio na Somália em 2006, com o apoio dos Estados Unidos, mas deixou o país neste ano. O governo americano teme que a Somália se converta num refúgio seguro para os terroristas da rede Al Caeda agora que o Paquistão passou a atacar os talebã paquistaneses.
Israel elogia coragem da oposição iraniana
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente Shimon Peres elogiaram a coragem da oposição do Irã ao desafiar o regime fundamentalista imposto há 30 anos por uma revolução islâmica e o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que está desenvolvendo armas nucleares e ameaça varrer Israel do mapa.
Em entrevista ao programa Meet the Press (Encontro com a Imprensa), da rede de televisão americana NBC, Netanyahu declarou não ter "dúvidas de que o mundo inteiro vê com simpatia o desejo dos iranianos por liberdade". E insistiu que o Irã não pode ter armas nucleares.
Ao comentar os protestos de rua em Teerã e outras cidades iranianas, o presidente Shimon Peres manifestou a esperança de queda do regime fundamentalista iraniano: "Vamos deixar os jovens erguerem suas vozes pela liberdade, para uma mudança positiva. Vamos deixar as corajosas mulheres iranianas soltaram sua voz sedenta de liberdade e igualdade."
Israel vê o programa nuclear do Irã como uma ameaça à sua existência, especialmente depois das ameaças do presidente Ahmadinejad. Na terça-feira, o chefe do serviço secreto israelense Mossad, Meir Dagan, declarou que o Irã pode ter capacidade de fazer uma bomba atômica em 2014.
Em entrevista ao programa Meet the Press (Encontro com a Imprensa), da rede de televisão americana NBC, Netanyahu declarou não ter "dúvidas de que o mundo inteiro vê com simpatia o desejo dos iranianos por liberdade". E insistiu que o Irã não pode ter armas nucleares.
Ao comentar os protestos de rua em Teerã e outras cidades iranianas, o presidente Shimon Peres manifestou a esperança de queda do regime fundamentalista iraniano: "Vamos deixar os jovens erguerem suas vozes pela liberdade, para uma mudança positiva. Vamos deixar as corajosas mulheres iranianas soltaram sua voz sedenta de liberdade e igualdade."
Israel vê o programa nuclear do Irã como uma ameaça à sua existência, especialmente depois das ameaças do presidente Ahmadinejad. Na terça-feira, o chefe do serviço secreto israelense Mossad, Meir Dagan, declarou que o Irã pode ter capacidade de fazer uma bomba atômica em 2014.
Filha de ex-presidente é presa no Irã
Pelo menos 13 pessoas foram mortas desde sábado no Irã, onde a filha do ex-presidente Ali Akber Hachemi Rafsanjani foi presa hoje por participar das manifestações de protestos contra uma possível fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, na sexta-feira, 12 de junho de 2009.
Ahmadinejad acusou hoje os Estados Unidos e o Reino Unido pelos protestos liderados pelo principal candidato de oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, e disse que sua vitória contribui para "a grandeza e o poderio da nação iraniana".
Ahmadinejad acusou hoje os Estados Unidos e o Reino Unido pelos protestos liderados pelo principal candidato de oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, e disse que sua vitória contribui para "a grandeza e o poderio da nação iraniana".
Presidente do Parlamento critica autoridades no Irã
O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, acusou a Comissão Eleitoral do Ministério do Interior de favorecer um candidato nas investigações sobre denúncias de fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 12 de junho de 2009.
Larijani era o principal negociador do país na questão nuclear, em que o Irã é acusado pelos Estados Unidos e a Europa de querer fabricar bombas atômicas.
Nas ruas de Teerã, milhares de oposicionistas enfrentam a polícia e uma milícia leal ao regime fundamentalista iraniano. A televisão oficial admitiu que dez pessoas morreram nos confrontos de ontem.
Larijani era o principal negociador do país na questão nuclear, em que o Irã é acusado pelos Estados Unidos e a Europa de querer fabricar bombas atômicas.
Nas ruas de Teerã, milhares de oposicionistas enfrentam a polícia e uma milícia leal ao regime fundamentalista iraniano. A televisão oficial admitiu que dez pessoas morreram nos confrontos de ontem.
sábado, 20 de junho de 2009
Conflito em Teerã deixa pelo menos 19 mortos
Pelo menos 19 pessoas morreram hoje em conflitos na capital do Irã entre oposicionistas que protestam contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad e as forças de seguranças e as milícias leais ao regime fundamentalista iraniano, informou a rede de televisão americana CNN, citando fontes dos hospitais de Teerã.
Milhares de pessoas saíram às ruas e muitas não atenderam à convocação de seus líderes, que cancelaram todas as manifestações programadas para hoje mas continuam exigindo a anulação da eleição presidencial de 12 de junho de 2009.
Milhares de pessoas saíram às ruas e muitas não atenderam à convocação de seus líderes, que cancelaram todas as manifestações programadas para hoje mas continuam exigindo a anulação da eleição presidencial de 12 de junho de 2009.
Oposição iraniana cancela manifestações
A oposição iraniana, que denuncia fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 12 de junho de 2009, suspendeu todas as manifestações de protestos programadas para hoje depois que as forças de segurança dispersaram as primeiras concentrações de partidários do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi com jatos d'água, cassetetes e gás lacrimogênio.
Há conflitos de rua em Teerã.
O governo advertiu que Mussavi será responsabilizado por problemas ocorridos em "manifestações não autorizadas".
Principal candidato da oposição, Mussavi voltou a exigir hoje a anulação do pleito da sexta-feira da semana passada. Em carta enviada ao Conselho dos Guardiães da Revolução, afirmou que a conspiração para fraudar o resultado da eleição foi articulada há vários meses.
Há conflitos de rua em Teerã.
O governo advertiu que Mussavi será responsabilizado por problemas ocorridos em "manifestações não autorizadas".
Principal candidato da oposição, Mussavi voltou a exigir hoje a anulação do pleito da sexta-feira da semana passada. Em carta enviada ao Conselho dos Guardiães da Revolução, afirmou que a conspiração para fraudar o resultado da eleição foi articulada há vários meses.
Irã aumenta a repressão à oposição
A grande manifestação convocada para hoje para protestar com uma possível fraude na eleição presidencial de 12 de junho de 2009 não aconteceu. Milícias leais ao regime bloquearam as saídas do metrô no centro da capital e a polícia usou gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes.
Um sítio de Internet ligado ao governo anunciou que duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas num ataque terrorista contra o Mausoléu do Imã Khomeini, líder da revolução islâmica, em 1979, e Supremo Líder Espiritual até morte em fevereiro de 1989.
No sítio de relacionamento Facebook, uma mensagem atribuída ao principal candidato da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi declara estar pronto para o martírio.
Um sítio de Internet ligado ao governo anunciou que duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas num ataque terrorista contra o Mausoléu do Imã Khomeini, líder da revolução islâmica, em 1979, e Supremo Líder Espiritual até morte em fevereiro de 1989.
No sítio de relacionamento Facebook, uma mensagem atribuída ao principal candidato da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi declara estar pronto para o martírio.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Bilionário texano é preso por pirâmide financeira
O bilionário texano Allen Stanford (5031), um dos golpistas desmacarados pela crise, se entrega é apresentado à Justiça, onde é acusado de comandar uma pirâmide financeira, num golpe estimado em US$ 8 bi, fraude e obstrução de Justiça.
Seus jatos e mansões já foram confiscados para cobrir os prejuízos.
Seus jatos e mansões já foram confiscados para cobrir os prejuízos.
Supremo Líder confirma vitória de Ahmadinejad
O Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou hoje que o presidente Mahmoud Ahmadinejad obteve uma "vitória definitiva" na eleição presidencial de 12 de junho.
Numa ameaça à oposição, Khamenei exigiu o fim dos protestos de rua e advertiu para o risco de caos e derramamento de sangue.
Depois de seis dias de protestos denunciando fraude eleitoral e de ataques noturnos de uma milícia regime fundamentalista iraniano, o Supremo Líder resolveu dar a palavra final sobre a eleição.
Khamenei fez a oração desta sexta-feira, dia da folga religiosa semanal dos muçulmanos, na Universidade de Teerã, um dos alvos da milícia governista Basij. A mesquita estava cheia de partidários de Ahmadinejad, que reapareceu depois de vários dias.
No sermão, o aiatolá declarou que "o resultado da eleição vem das urnas e não das ruas". Acrescentou que "a confiança do povo é o maior patrimônio da revolução islâmica, que nunca vai enganar o povo nem trair sua vontade".
Diante de uma multidão aos urros de "morte aos Estados Unidos" e "morte a Israel", ele acusou os EUA, o Reino Unido e Israel de tentarem desmoralizar a república islâmica. Argumentou ainda que é impossível fraudar o resultado de uma eleição vencida por uma vantagem de 11 milhões de votos.
O Conselho dos Guardiães da Revolução convocou os três oposicionistas para uma reunião amanhã em que vai responder às 464 denúncias feitas por eles.
Até agora, o principal candidato da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, não se manifestou publicamente. Os sítios de Internet da oposição continuam convocando uma grande manifestação de protesto para amanhã.
Numa ameaça à oposição, Khamenei exigiu o fim dos protestos de rua e advertiu para o risco de caos e derramamento de sangue.
Depois de seis dias de protestos denunciando fraude eleitoral e de ataques noturnos de uma milícia regime fundamentalista iraniano, o Supremo Líder resolveu dar a palavra final sobre a eleição.
Khamenei fez a oração desta sexta-feira, dia da folga religiosa semanal dos muçulmanos, na Universidade de Teerã, um dos alvos da milícia governista Basij. A mesquita estava cheia de partidários de Ahmadinejad, que reapareceu depois de vários dias.
No sermão, o aiatolá declarou que "o resultado da eleição vem das urnas e não das ruas". Acrescentou que "a confiança do povo é o maior patrimônio da revolução islâmica, que nunca vai enganar o povo nem trair sua vontade".
Diante de uma multidão aos urros de "morte aos Estados Unidos" e "morte a Israel", ele acusou os EUA, o Reino Unido e Israel de tentarem desmoralizar a república islâmica. Argumentou ainda que é impossível fraudar o resultado de uma eleição vencida por uma vantagem de 11 milhões de votos.
O Conselho dos Guardiães da Revolução convocou os três oposicionistas para uma reunião amanhã em que vai responder às 464 denúncias feitas por eles.
Até agora, o principal candidato da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, não se manifestou publicamente. Os sítios de Internet da oposição continuam convocando uma grande manifestação de protesto para amanhã.
Total de famintos do mundo passam de 1 bilhão
Por causa da crise econômica, que aumentou o desemprego e reduziu a massa salarial, o total de pessoas que passam fome no mundo chegou a 1,02 bilhão, alertou hoje a Organização para Agricultura e Alimentos (FAO), órgão das Nações Unidas.
Ao fazer o anúncio, o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, defendeu a criação de "uma nova ordem alimentar mundial" que garanta o "o direito à comida como parte do direito à vida".
Ao fazer o anúncio, o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, defendeu a criação de "uma nova ordem alimentar mundial" que garanta o "o direito à comida como parte do direito à vida".
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Peru anula decretos repudiados por índios
O Congresso do Peru revogou hoje dois decretos-leis repudiados pelos índios por permitir a exploração das riquezas da Amazônia peruana por empresas estrangeiras.
De imediato, a Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana pediu aos índios que suspendam as medidas de força como o bloqueio de estradas, que provocou conflito com a polícia e pelo menos 34 mortos.
Num gesto de conciliação, o presidente Alan García Pérez reconheceu ontem os "erros e exageros" cometidos pelo governo na repressão ao movimento indígena.
García alegou que os índios da Amazônia não foram consultados porque os decretos não afetavam o controle sobre suas terras ancestrais e acusou os "inimigos do Peru", numa referência indireta aos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez.
Ao chegar ao aeroporto de Manágua, na Nicarágua, onde recebeu asilo, o líder indígena peruano Alberto Pizango lamentou as mortes de índios e policiais, e manifestou a esperança de poder coordenar do exterior um movimento em defesa dos direitos dos povos indígenas do Peru.
De imediato, a Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana pediu aos índios que suspendam as medidas de força como o bloqueio de estradas, que provocou conflito com a polícia e pelo menos 34 mortos.
Num gesto de conciliação, o presidente Alan García Pérez reconheceu ontem os "erros e exageros" cometidos pelo governo na repressão ao movimento indígena.
García alegou que os índios da Amazônia não foram consultados porque os decretos não afetavam o controle sobre suas terras ancestrais e acusou os "inimigos do Peru", numa referência indireta aos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez.
Ao chegar ao aeroporto de Manágua, na Nicarágua, onde recebeu asilo, o líder indígena peruano Alberto Pizango lamentou as mortes de índios e policiais, e manifestou a esperança de poder coordenar do exterior um movimento em defesa dos direitos dos povos indígenas do Peru.
Irã homenageia seus mortos
Centenas de milhares de iranianos participaram da marcha convocada pelo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, principal candidato da oposição na eleição presidencial de 12 de junho, em homenagem aos mortos na repressão do regime iraniano, que já são 32. Pelo menos 200 oposicionistas foram presos, inclusive o ex-ministro do Exterior Ebrahim Yazdi.
O Conselho dos Guardiães convocou os quatro candidatos para um encontro no início da próxima semana. Como há divisão na cúpula do regime, o desfecho da crise é imprevisível.
A advogada irania Shirin Ebadi, ganhadora do Nobel da Paz, dá entrevista na Suíça pedindo a anulação da eleição de sexta-feira passada.
O Conselho dos Guardiães convocou os quatro candidatos para um encontro no início da próxima semana. Como há divisão na cúpula do regime, o desfecho da crise é imprevisível.
A advogada irania Shirin Ebadi, ganhadora do Nobel da Paz, dá entrevista na Suíça pedindo a anulação da eleição de sexta-feira passada.
Banco Mundial eleva crescimento da China
O Banco Mundial aumentou sua previsão de crescimento para a China neste ano de 6,5% para 7,2% por causa do programa de estímulo ao crescimento de US$ 586 bi, em vez dos 6,5% da estimativa anterior. Mas considera prematuro avaliar se o crescimento será sustentado.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Obama lança plano de regulamentação financeira
Para tentar evitar novas crises, o presidente Barack Obama (3187/3163) apresentou hoje a mais ampla proposta de reforma da regulamentação do sistema financeiro dos Estados Unidos desde a Grande Depressão (1929-39).
Pelo projeto:
• O banco central terá poder para fiscalizar todas as grandes empresas capazes de causar risco o sistema.
• As empresas financeiras terão de aumentar suas reservas de capital.
• Um conselho de reguladores vai examinar possíveis furos nas leis de regulamentação
• Os derivativos e títulos de dívidas passam a ser controlados.
• Uma lei contra a usura vai combater a cobrança de juros excessivos.
• Uma agência de proteção ao consumidor vai fiscalizar os produtos e serviços financeiros.
• Haverá coordenação com órgãos reguladores de outros países.
O plano, de 88 páginas, vai agora para o Congresso, onde será amplamente debatido e esmiuçado nos próximos meses. Já há forte resistência dos bancos e da oposição republicana, que denuncia interferência estatal excessiva no mercado.
Obama quer que seja aprovado até o fim do ano.
Pelo projeto:
• O banco central terá poder para fiscalizar todas as grandes empresas capazes de causar risco o sistema.
• As empresas financeiras terão de aumentar suas reservas de capital.
• Um conselho de reguladores vai examinar possíveis furos nas leis de regulamentação
• Os derivativos e títulos de dívidas passam a ser controlados.
• Uma lei contra a usura vai combater a cobrança de juros excessivos.
• Uma agência de proteção ao consumidor vai fiscalizar os produtos e serviços financeiros.
• Haverá coordenação com órgãos reguladores de outros países.
O plano, de 88 páginas, vai agora para o Congresso, onde será amplamente debatido e esmiuçado nos próximos meses. Já há forte resistência dos bancos e da oposição republicana, que denuncia interferência estatal excessiva no mercado.
Obama quer que seja aprovado até o fim do ano.
Oposição iraniana mantém desafio ao regime
Em mais um desafio ao regime dos aiatolás, dezenas de milhares de partidários convocados pelo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, principal candidato da oposição na eleição presidencial de 12 de junho de 2009, voltaram a protestar hoje em Teerã contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. O ex-primeiro-ministro pediu manifestações pacíficas em memória dos mortos.
A milícia governamental Basij atacou ontem dormitórios da Universidade de Teerã. Um procurador regional advertiu que “alguns elementos” da oposição “controlada do exterior” pode pegar pena de morte com base na lei islâmica.
Em Israel, o ministro da Defesa, Ehud Barak voltou a dizer que o país tem de tomar uma decisão rapidamente e que “todas as opções estão na mesa”, linguagem diplomática para admitir o uso da força. O chefe do serviço secreto israelense previu no parlamento que os protestos devem ser esvaziados em alguns dias e que não deve haver revolução no Irã.
A seleção de futebol do Irã chegou a entrar em campo com alguns jogadores com uma fita verde, cor da oposição, no pulso. No intervalo, foram obrigados a tirá-las.
O presidente Barack Obama declarou que não quer interferir porque, na sua opinião, seria contraproducente, dado o histórico de desconfiança entre os Estados Unidos e o Irã. Mas o Departamento de Estado americano pediu ao sítio de Internet Twitter que evitasse uma parada no serviço por razões técnicas no fim de semana para que pudesse ser usado na mobilização da oposição iraniana.
A milícia governamental Basij atacou ontem dormitórios da Universidade de Teerã. Um procurador regional advertiu que “alguns elementos” da oposição “controlada do exterior” pode pegar pena de morte com base na lei islâmica.
Em Israel, o ministro da Defesa, Ehud Barak voltou a dizer que o país tem de tomar uma decisão rapidamente e que “todas as opções estão na mesa”, linguagem diplomática para admitir o uso da força. O chefe do serviço secreto israelense previu no parlamento que os protestos devem ser esvaziados em alguns dias e que não deve haver revolução no Irã.
A seleção de futebol do Irã chegou a entrar em campo com alguns jogadores com uma fita verde, cor da oposição, no pulso. No intervalo, foram obrigados a tirá-las.
O presidente Barack Obama declarou que não quer interferir porque, na sua opinião, seria contraproducente, dado o histórico de desconfiança entre os Estados Unidos e o Irã. Mas o Departamento de Estado americano pediu ao sítio de Internet Twitter que evitasse uma parada no serviço por razões técnicas no fim de semana para que pudesse ser usado na mobilização da oposição iraniana.
BRIC devem procurar múltiplas alianças
Não quero dizer que essa euforia em torno da primeira reunião de cúpula dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) não faz sentido, mas é a primeira organização internacional criada por um analista de banco de investimentos, como ironizou o Financial Times. São grandes potências em ascensão e serão os tijolos da construção da economia globalizada.
O presidente Lula continua atacando os brancos de olhos azuis que tinham solução para tudo mas na opinião dele não sabiam nada e foram responsáveis pela crise. Poucas instituições são tão representativas do ambiente de negócios que gerou a crise econômico-financeiro global do que o banco Goldman Sachs.
O que Jim O'Neill, analista do Goldman Sachs, tentou identificar é quem serão as grandes potências do mundo multipolar que deve emergir até 2050. Antes de saber do relatório, ensinava a meus alunos da UniverCidade que o mundo do futuro será multipolar, com as seguintes potências mundiais: EUA, China, Índia, Europa, Japão, Rússia e Brasil, se fizermos a nossa lição de casa e crescermos economicamente.
Outros países citados hoje pela Miriam Leitão n'O Globo, com África do Sul, Coreia do Sul e México não tem peso para se tornarem potênciais mundiais.
Mas a História ensina que as alianças são forjadas em torno de interesses comuns. É difícil imaginar que os BRIC queiram se encerrar num grupo fechado. A tendência é que tentem fortalecer uma teia de relações com todas as grandes potências. Caso contrário, perderiam oportunidades, e ninguém vira grande potência desperdiçando oportunidades.
O presidente Lula continua atacando os brancos de olhos azuis que tinham solução para tudo mas na opinião dele não sabiam nada e foram responsáveis pela crise. Poucas instituições são tão representativas do ambiente de negócios que gerou a crise econômico-financeiro global do que o banco Goldman Sachs.
O que Jim O'Neill, analista do Goldman Sachs, tentou identificar é quem serão as grandes potências do mundo multipolar que deve emergir até 2050. Antes de saber do relatório, ensinava a meus alunos da UniverCidade que o mundo do futuro será multipolar, com as seguintes potências mundiais: EUA, China, Índia, Europa, Japão, Rússia e Brasil, se fizermos a nossa lição de casa e crescermos economicamente.
Outros países citados hoje pela Miriam Leitão n'O Globo, com África do Sul, Coreia do Sul e México não tem peso para se tornarem potênciais mundiais.
Mas a História ensina que as alianças são forjadas em torno de interesses comuns. É difícil imaginar que os BRIC queiram se encerrar num grupo fechado. A tendência é que tentem fortalecer uma teia de relações com todas as grandes potências. Caso contrário, perderiam oportunidades, e ninguém vira grande potência desperdiçando oportunidades.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Construção de casas aumenta nos EUA
O início da construção de casas novas cresceu 17,2% em maio nos Estados Unidos, superando a expectativa dos economistas e projetando um total anual de 532 mil casas. O número de novos alvarás autorizando novas construções subiu 4%, projetando um total anual de 518 mil casas.
A deflação no atacado foi de 5% nos últimos 12 meses nos EUA, a maior em 60 anos.
Já a produção industrial dos EUA caiu 1,1% em maio.
A deflação no atacado foi de 5% nos últimos 12 meses nos EUA, a maior em 60 anos.
Já a produção industrial dos EUA caiu 1,1% em maio.
Argentina anuncia quarta morte por gripe suína
A Argentina confirmou hoje a segunda, a terceira e a quarta mortes por gripe suína. Mais de 800 argentinos contraíram a doença.
O primeiro caso, anunciado ontem, foi de uma menina de apenas três meses, nascida prematuramente. Um jovem de 28 anos que havia sido submetido a um transplante de medula óssea e tinha problemas imunológicos morreu num hospital de La Plata, capital da província de Buenos Aires.
Outro caso envolveu um menino de oito anos que sofria de meningite.
Ao anunciar o sequenciamento do vírus H1N1, pesquisadores brasileiros concluíram que ele sofreu uma mutação, na comparação com o código genético de um vírus isolado e identificado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos.
A mutabilidade do vírus dificulta o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.
O primeiro caso, anunciado ontem, foi de uma menina de apenas três meses, nascida prematuramente. Um jovem de 28 anos que havia sido submetido a um transplante de medula óssea e tinha problemas imunológicos morreu num hospital de La Plata, capital da província de Buenos Aires.
Outro caso envolveu um menino de oito anos que sofria de meningite.
Ao anunciar o sequenciamento do vírus H1N1, pesquisadores brasileiros concluíram que ele sofreu uma mutação, na comparação com o código genético de um vírus isolado e identificado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos.
A mutabilidade do vírus dificulta o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.
Milícia governista mata pelo menos oito no Irã
Pelo menos oito oposicionistas que protestavam contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad foram mortos por uma milícia leal ao regime fundamentalista do Irã. O jornal israelense Haaretz fala em 20 mortos.
Sob pressão das ruas, o Conselho dos Guardiães da Revolução Iraniana concordou com uma recontagem parcial dos votos, mas apenas nas seções eleitorais onde houve denúncias de fraude.
Sob pressão das ruas, o Conselho dos Guardiães da Revolução Iraniana concordou com uma recontagem parcial dos votos, mas apenas nas seções eleitorais onde houve denúncias de fraude.
Bill Clinton é enviado da ONU para o Haiti
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton foi nomeado enviado especial das Nações Unidas para o Haiti. Sua principal missão será coordenar a arrecadação de dinheiro para o desenvolvimento do país, que é o mais pobre da América, complementando o trabalho da missão de paz da ONU, liderada pelo Brasil.
Desde a queda da ditadura da família Duvalier, o Haiti vive num clima de instabilidade política marcado por golpes de Estado. Em 2008, ainda foi arrasado por quatro furacões.
Há cinco anos, uma força de paz liderada pelo Brasil tenta restabelecer a ordem. Esse trabalho só terá sucesso a longo prazo se o desenvolvimento resolver os problemas sociais crônicos do Haiti.
Clinton prometeu prestar contas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, e ao povo haitiano, através dos governantes eleitos democraticamente. Ban revelou que a organização não governamental Iniciativa Global Clinton já colabora com a alimentação nas escolas, a melhora das condições de saúde em áreas urbanas e programas de intercâmbio estudantil.
A preocupação inicial do ex-presidente americano é fazer com que os US$ 353 milhões de ajuda já prometidos ao Haiti sejam realmente entregues.
Desde a queda da ditadura da família Duvalier, o Haiti vive num clima de instabilidade política marcado por golpes de Estado. Em 2008, ainda foi arrasado por quatro furacões.
Há cinco anos, uma força de paz liderada pelo Brasil tenta restabelecer a ordem. Esse trabalho só terá sucesso a longo prazo se o desenvolvimento resolver os problemas sociais crônicos do Haiti.
Clinton prometeu prestar contas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, e ao povo haitiano, através dos governantes eleitos democraticamente. Ban revelou que a organização não governamental Iniciativa Global Clinton já colabora com a alimentação nas escolas, a melhora das condições de saúde em áreas urbanas e programas de intercâmbio estudantil.
A preocupação inicial do ex-presidente americano é fazer com que os US$ 353 milhões de ajuda já prometidos ao Haiti sejam realmente entregues.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Milícia governista mata oposicionista em Teerã
Milicianos leais ao presidente Mahmoud Ahmadinejad atiraram hoje contra manifestantes que protestavam contra o resultado da eleição presidencial de sexta-feira passada no Irã. Pelo menos um oposicionista morreu. Vários saíram feridos.
Air France trocou sensores de todos Airbuses
A companhia aérea francesa Air France afirmou hoje ter trocado todos os sensores de velocidade dos aviões Airbus A330 e A340. Problemas nos sensores estão entre as possíveis causas da queda do voo AF447, que matou todas as 228 pessoas a bordo, em 31 de maio, cerca de quatro horas depois da decolagem do Rio de Janeiro com destino a Paris.
EUA terão crescimento sólido em um ano
O Fundo Monetário Internacional previu hoje que o plano de estímulo econômico alivie a recessão este ano nos EUA e produza um crescimento moderado em 2010.
Mas o diretor-geral do FMI, Domonique Strauss-Kahn, ainda considera cedo demais para dizer que o pior já passou: “Os problemas financeiros e os ajustes em andamento nos mercados imobiliário e de trabalho devem restringir o crescimento por algum tempo, com um crescimento sólido projetado para emergir só em meados de 2010”.
Agora, o Fundo espera uma queda de 2,5% no PIB americano este ano e avanço de 0,75% no próximo. A previsão anterior era de queda de 2,8% este ano e crescimento zero em 2010.
Mas o diretor-geral do FMI, Domonique Strauss-Kahn, ainda considera cedo demais para dizer que o pior já passou: “Os problemas financeiros e os ajustes em andamento nos mercados imobiliário e de trabalho devem restringir o crescimento por algum tempo, com um crescimento sólido projetado para emergir só em meados de 2010”.
Agora, o Fundo espera uma queda de 2,5% no PIB americano este ano e avanço de 0,75% no próximo. A previsão anterior era de queda de 2,8% este ano e crescimento zero em 2010.
Supremo Líder ordena investigação de fraude no Irã
O Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ordenou uma investigação sobre as suspeitas de fraude na eleição presidencial da sexta-feira passada, oficialmente vencida pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Num desafio à censura e à proibição se manifestações, cerca de 100 mil partidários do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, principal candidato oposicionista, saíram hoje às ruas de Teerã. Em discurso para a multidão, Mussavi insistiu na exigência de realização de novas eleições.
Num desafio à censura e à proibição se manifestações, cerca de 100 mil partidários do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, principal candidato oposicionista, saíram hoje às ruas de Teerã. Em discurso para a multidão, Mussavi insistiu na exigência de realização de novas eleições.
domingo, 14 de junho de 2009
G-8 adverte para riscos e incertezas
Depois de uma reunião de dois dias em Lecce, na Itália, os ministros das Finanças do Grupo dos Oito (G-8), que reúne as sete maiores potências industriais capitalistas (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) e a Rússia, preferiram evitar a euforia. Apesar dos sinais de recuperação, o documento final do encontro adverte para os riscos e incertezas.
"Há sinais de estabilização em nossas economias, mas a situação permanece incerta, com riscos significativos para a estabilidade econômica e financeira", disse a declaração final.
Enquanto a Alemanha chama a atenção para os riscos decorrentes dos enormes déficit públicos assumidos para bancar os programas de combate à crise, os Estados Unidos insistiram na necessidade de manter os programas de estímulo para aumentar a demanda agregada.
"Há sinais de estabilização em nossas economias, mas a situação permanece incerta, com riscos significativos para a estabilidade econômica e financeira", disse a declaração final.
Enquanto a Alemanha chama a atenção para os riscos decorrentes dos enormes déficit públicos assumidos para bancar os programas de combate à crise, os Estados Unidos insistiram na necessidade de manter os programas de estímulo para aumentar a demanda agregada.
Netanyahu aceita Estado palestino desmilitarizado
Em um discurso de política externa centrado na "ameaça existencial" que o Irã armado com bombas atômicas representaria para Israel, o primeiro-ministro linha dura Benjamin Netanyahu aceitou pela primeira vez a criação de um país palestino independente. Mas impôs uma condição: que seja desmilitarizado.
Sob pressão dos Estados Unidos, Netanyahu prometeu não criar novas colônias judaicas nos territórios árabes ocupados, mas não descartou o que chama de "crescimento natural".
Sob pressão dos Estados Unidos, Netanyahu prometeu não criar novas colônias judaicas nos territórios árabes ocupados, mas não descartou o que chama de "crescimento natural".
Mussavi pede anulação da eleição no Irã
Mais de cem oposicionistas e pelo menos quatro jornalistas ocidentais foram presos durante protestos no Irã. O ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi pediu a anulação da eleição presidencial de sexta-feira, 12 de junho. Entre os presos, está um irmão do ex-presidente reformista Mohamed Khatami (1997-2005).
"Enviei ao Conselho dos Guardiães da Revolução uma petição formal para que anule a eleição", declarou o principal candidato da oposição, pedindo a seus seguidores que façam apenas "manifestações legais e pacíficas".
O resultado oficial dando a vitória ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, anunciado horas depois do fechamento das urnas, deflagrou uma jornada de protestos, acusações de fraude, conflitos de rua, choques com a polícia, prisões e censura. A república islâmica está censurando a Internet e até mesmo o serviço de telefonia celular foi suspenso em algumas cidades.
"Enviei ao Conselho dos Guardiães da Revolução uma petição formal para que anule a eleição", declarou o principal candidato da oposição, pedindo a seus seguidores que façam apenas "manifestações legais e pacíficas".
O resultado oficial dando a vitória ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, anunciado horas depois do fechamento das urnas, deflagrou uma jornada de protestos, acusações de fraude, conflitos de rua, choques com a polícia, prisões e censura. A república islâmica está censurando a Internet e até mesmo o serviço de telefonia celular foi suspenso em algumas cidades.
sábado, 13 de junho de 2009
Coreia do Norte ameaça enriquecer urânio
Na primeira reação oficial ao endurecimento das sanções impostas pela Resolução 1874 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por causa do teste nuclear de 25 de maio de 2009, a Coreia do Norte ameaçou enriquecer urânio e transformar todo o seu plutônio em carga para bombas atômicas.
Em comunicado oficial, o Ministério do Exterior norte-coreano declarou: "Primeiro, todo plutônio extraído será utilizado para fins militares. Segundo, vamos começar a enriquecer urânio."
Em comunicado oficial, o Ministério do Exterior norte-coreano declarou: "Primeiro, todo plutônio extraído será utilizado para fins militares. Segundo, vamos começar a enriquecer urânio."
G-8 vê sinais de recuperação
Os ministros das Finanças do Grupo dos Oito (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia), reunidos em Lecce, na Itália, declararam que suas economias, as maiores do mundo, excluída a China, apresentam "crescentes sinais de recuperação".
Entre estes sinais, citam a recuperação das bolsas de valores, o aumento da confiança de empresários e consumidores, e alguma melhora no setor industrial.
A maior preocupação agora seria com medidas para conter o impacto inflacionário dos planos de retomada do crescimento. Mas a questão dos testes de estresse ou de saúde financeira dos bancos. Os europeus resistem em revelar publicamente os resultados de suas avaliações, apesar da pressão dos Estados Unidos e do Canadá.
Entre estes sinais, citam a recuperação das bolsas de valores, o aumento da confiança de empresários e consumidores, e alguma melhora no setor industrial.
A maior preocupação agora seria com medidas para conter o impacto inflacionário dos planos de retomada do crescimento. Mas a questão dos testes de estresse ou de saúde financeira dos bancos. Os europeus resistem em revelar publicamente os resultados de suas avaliações, apesar da pressão dos Estados Unidos e do Canadá.
Ahmadinejad é declarado oficialmente vencedor
A Comissão Eleitoral, controlada pelo Ministério do Interior do Irã, confirmou hoje a vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad na eleição presidencial de 12 de junho de 2009. Ele teria obtido 63% dos votos contra 34% para o principal candidato da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi.
Diante de denúncias de fraude da oposição, partidários de Mussavi protestaram nas ruas de Teerã, sendo reprimidos pela polícia, que usou cassetetes para dispersar a manifestação. Eles exigem a realização de nova eleição. Mas as forças de segurança proibiram novos protestos.
O Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, festejou o resultado, com "mais de 80% de comparecimento e um presidente eleito com 20 milhões de votos", e pediu aos iranianos que aceitem a vitória do atual presidente e ex-guarda revolucionário.
A manifestação de hoje foi a maior desde a revolução, em 1979, ou talvez desde o funeral do aiatolá Ruhollah Khomeini, em 1989.
Diante de denúncias de fraude da oposição, partidários de Mussavi protestaram nas ruas de Teerã, sendo reprimidos pela polícia, que usou cassetetes para dispersar a manifestação. Eles exigem a realização de nova eleição. Mas as forças de segurança proibiram novos protestos.
O Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, festejou o resultado, com "mais de 80% de comparecimento e um presidente eleito com 20 milhões de votos", e pediu aos iranianos que aceitem a vitória do atual presidente e ex-guarda revolucionário.
A manifestação de hoje foi a maior desde a revolução, em 1979, ou talvez desde o funeral do aiatolá Ruhollah Khomeini, em 1989.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
ONU endurece sanções contra a Coreia do Norte
Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou o endurecimento das sanções contra a Coreia do Norte, que agora incluem o patrulhamento naval para impedir o contrabando de armas de destruição em massa para dentro e fora do país, o embargo à exportação de armas e restrições financeiras. É a reação ao teste nuclear de 25 de maio.
Os EUA não acreditam que Pionguiangue responda militarmente.
Os EUA não acreditam que Pionguiangue responda militarmente.
Produção industral da China cresce 8,9%
Apesar de uma queda de 26% nas exportações, o governo da China anunciou hoje que a produção industrial do país aumentou 8,9% em maio, na comparação com o mesmo mês no ano passado.
No mês de abril, a expansão tinha sido de 7,8%. Isso significa que o crescimento está aumentando.
No mês de abril, a expansão tinha sido de 7,8%. Isso significa que o crescimento está aumentando.
Agência oficial dá vitória a Ahmadinejad no Irã
A Agência de Notícias República Islâmica anunciou hoje à noite a vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad na eleição presidencial mais disputada da História do Irã. Apurados 60% dos votos, Ahmadinejad lidera com 66% dos votos contra 31% para o principal candidato da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, que se proclamou vencedor.
Cerca de 75% dos 46,2 milhões de eleitores iranianos votaram sob um clima tenso. O Irã está sob grande pressão internacional para suspender o enriquecimento de urânio de seu programa nuclear, suspeito de estar desenvolvendo armas atômicas.
O presidente Ahmadinejad insiste em que o programa nuclear tem fins pacíficos, mas passou os últimos quatro anos ameaçando varrer Israel do mapa.
A esperança da oposição era o ex-primeiro-ministro Mussavi, que governou o país durante a Guerra Irã-Iraque (1980-88). Apesar do anúncio oficial, ele cantou vitória.
Outro candidato, o ex-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana Mohsen Rezai, obteve 1,7% dos votos, e o ex-presidente do Majlis (parlamento) Mehdi Karrubi, 0,9%.
Seja qual for o resultado, o poder ficará com o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, herdeiro do aiatolá Khomeini, líder da revolução de 1979.
Cerca de 75% dos 46,2 milhões de eleitores iranianos votaram sob um clima tenso. O Irã está sob grande pressão internacional para suspender o enriquecimento de urânio de seu programa nuclear, suspeito de estar desenvolvendo armas atômicas.
O presidente Ahmadinejad insiste em que o programa nuclear tem fins pacíficos, mas passou os últimos quatro anos ameaçando varrer Israel do mapa.
A esperança da oposição era o ex-primeiro-ministro Mussavi, que governou o país durante a Guerra Irã-Iraque (1980-88). Apesar do anúncio oficial, ele cantou vitória.
Outro candidato, o ex-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana Mohsen Rezai, obteve 1,7% dos votos, e o ex-presidente do Majlis (parlamento) Mehdi Karrubi, 0,9%.
Seja qual for o resultado, o poder ficará com o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, herdeiro do aiatolá Khomeini, líder da revolução de 1979.
Produção industrial da Eurozona cai 21,6%
A produção industrial dos 16 países da União Europeia que usam o euro como moeda sofreu uma queda recorde de 21,6% em abril.
Os economistas esperavam 19,8%. A produção de bens de consumo duráveis caiu 22,4% e a de bens de capital, 26,7%.
Com a desvalorização de ações e casas, os americanos perderam US$ 1 trilhão no primeiro trimestre.
Os economistas esperavam 19,8%. A produção de bens de consumo duráveis caiu 22,4% e a de bens de capital, 26,7%.
Com a desvalorização de ações e casas, os americanos perderam US$ 1 trilhão no primeiro trimestre.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
FMI prevê crescimento maior para 2010
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou de 1,9% para 2,4% sua previsão de crescimento da economia internacional para 2010.
Banco Mundial vê recessão mais profunda
O Banco Mundial prevê uma recessão ainda mais profunda. Mudou sua expectativa de contração para a economia mundial em 2009 de uma queda de 1,75% para 3% do produto mundial bruto.
Netanyahu faz proposta de paz no domingo
O novo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve anunciar sua proposta para a paz no Oriente Médio num discurso sobre política externa no próximo domingo.
Netanyahu deve aceitar finalmente a fórmula que prevê a convivência de dois Estados no território histórico da Palestina. Mas vai exigir que os palestinos reconheçam a existência de Israel como um Estado judaico e que o Estado palestino seja desmilitarizado.
Durante visita ao Egito, o dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, mandou um recado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo que suspenda as precondições para o diálogo com o partido. Ele quer o mesmo tratamento dispensado à Síria e ao Irã.
Para o ex-presidente americano Jimmy Carter (1977-1981), "é preciso encontrar uma forma de incluir o Hamas no processo de paz". Caso contrário, não haverá paz.
Netanyahu deve aceitar finalmente a fórmula que prevê a convivência de dois Estados no território histórico da Palestina. Mas vai exigir que os palestinos reconheçam a existência de Israel como um Estado judaico e que o Estado palestino seja desmilitarizado.
Durante visita ao Egito, o dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, mandou um recado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo que suspenda as precondições para o diálogo com o partido. Ele quer o mesmo tratamento dispensado à Síria e ao Irã.
Para o ex-presidente americano Jimmy Carter (1977-1981), "é preciso encontrar uma forma de incluir o Hamas no processo de paz". Caso contrário, não haverá paz.
OMS declara que gripe suína virou pandemia
A Organização Mundial da Saúde (OMS), parte do sistema Nações Unidas, elevou o nível de alerta da epidemia de gripe suína para pandemia, uma epidemia em escala global, porque a doença já está sendo transmitida repetidamente de pessoa para pessoa em mais de uma região.
É a primeira pandemia de gripe desde 1968. Os últimos dados da OMS registram 28.774 casos em 74 países, com 144 mortes, a imensa maioria na América do Norte.
O reconhecimento de que a doença se tornou uma pandemia não significa que a periculosidade do vírus tenha aumentado, mas a OMS pediu aos países que mantenham o alerta em nível máximo.
Ao fazer o anúncio, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, advertiu que mulheres grávidas sofrem sério risco de complicações, na medida em que a gripe atinge especialmente os jovens. Quem tem menos de 25 anos corre mais risco.
A maior preocupação da OMS é como o vírus vai se comportar em países em desenvolvimento e como será a reação dos governos.
"Mais de 99% das mortes materno-infantil ocorrem nos países em desenvolvimento e a maioria das epidemias está concentrada nestes países", alertou Margaret Chan. É prudente antecipar os possíveis problemas e se preparar para isso, se a doença atingir países pobres, com sistemas de saúde precários.
Os países onde a epidemia parece ter atingido o pico devem se preparar para uma segunda onda. Quem teve mais casos deve se preparar para a expansão da doença. A maioria dos pacientes não precisa de tratamento.
É a primeira pandemia de gripe desde 1968. Os últimos dados da OMS registram 28.774 casos em 74 países, com 144 mortes, a imensa maioria na América do Norte.
O reconhecimento de que a doença se tornou uma pandemia não significa que a periculosidade do vírus tenha aumentado, mas a OMS pediu aos países que mantenham o alerta em nível máximo.
Ao fazer o anúncio, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, advertiu que mulheres grávidas sofrem sério risco de complicações, na medida em que a gripe atinge especialmente os jovens. Quem tem menos de 25 anos corre mais risco.
A maior preocupação da OMS é como o vírus vai se comportar em países em desenvolvimento e como será a reação dos governos.
"Mais de 99% das mortes materno-infantil ocorrem nos países em desenvolvimento e a maioria das epidemias está concentrada nestes países", alertou Margaret Chan. É prudente antecipar os possíveis problemas e se preparar para isso, se a doença atingir países pobres, com sistemas de saúde precários.
Os países onde a epidemia parece ter atingido o pico devem se preparar para uma segunda onda. Quem teve mais casos deve se preparar para a expansão da doença. A maioria dos pacientes não precisa de tratamento.
A última da revolução bolivarista
Sabem qual é a última da revolução bolivarista do caudilho venezuelano Hugo Chávez? Ele não dá refresco às companhias transnacionais. Proibiu a Coca Zero, sob a alegação de "riscos para a saúde".
Já se fizeram revoluções com mais seriedade neste planeta. Mas isso foi no século 20.
Já se fizeram revoluções com mais seriedade neste planeta. Mas isso foi no século 20.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Fed não vê crescimento significativo este ano
A situação da maior economia do mundo ainda é ruim ou se deteriorou ainda mais desde meados de abril, alertou hoje a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, no relatório conhecido como o Livro Bege.
Cinco dos 12 distritos regionais do Fed notaram sinais de moderação no declínio, mas o banco não espera uma recuperação significativa este ano.
"A demanda por serviços não financeiros se contraiu", e "as vendas no varejo permaneceram fracas, com os consumidores se concentrando na compra de produtos básicos baratos e evitaram a compra de artigos de luxo".
O mercado de automóveis continua deprimindo. Um dos problemas centrais ainda é a falta de crédito para o consumidor, que não voltou ao normal, apesar da fortuna gasta nos planos de salvação do sistema financeiro.
Cinco dos 12 distritos regionais do Fed notaram sinais de moderação no declínio, mas o banco não espera uma recuperação significativa este ano.
"A demanda por serviços não financeiros se contraiu", e "as vendas no varejo permaneceram fracas, com os consumidores se concentrando na compra de produtos básicos baratos e evitaram a compra de artigos de luxo".
O mercado de automóveis continua deprimindo. Um dos problemas centrais ainda é a falta de crédito para o consumidor, que não voltou ao normal, apesar da fortuna gasta nos planos de salvação do sistema financeiro.
BCE só prevê recuperação em meados de 2010
O Banco Central da Europa teme que mais problemas no setor financeiro vão adiar a recuperação pelo menos até meados de 2010.
Na Alemanha, a inflação de maio foi 0. A produção industrial caiu 23,2% em um ano.
Na França, a produção industrial caiu 1,4% em abril, após uma queda de 1,7% em março. A produção industrial britânica subiu 0,3%, uma surpresa. Uma greve do metrô atrapalha a vida em Londres até sábado.
O produto interno bruto da Itália caiu 2,6% no primeiro trimestre. A produção industrial subiu pela primeira vez em 11 meses, em 1,1%.
Na Alemanha, a inflação de maio foi 0. A produção industrial caiu 23,2% em um ano.
Na França, a produção industrial caiu 1,4% em abril, após uma queda de 1,7% em março. A produção industrial britânica subiu 0,3%, uma surpresa. Uma greve do metrô atrapalha a vida em Londres até sábado.
O produto interno bruto da Itália caiu 2,6% no primeiro trimestre. A produção industrial subiu pela primeira vez em 11 meses, em 1,1%.
Jovens e mulheres ameaçam Ahmadinejad
A forte mobilização de jovens e mulheres nos centros urbanos ameaça a reeleição do presidente linha dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
Com a radicalização, a eleição presidencial desta sexta-feira, 12 de junho de 2009, no Irã virou um plebiscito sobre o governo do atual presidente, que nega o massacre de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, e ameaça varrer Israel do mapa.
Esta postura agressiva de desafio à grande potência regional e às potências ocidentais dá prestígio ao presidente iraniano no interior do país e entre a população mais pobre.
Já os universitários que temem uma guerra por causa do programa nuclear iraniano apostam na candidatura do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, visto como a principal alternativa a Ahmadinejad.
Mussavi fez campanha prometendo acabar com o isolamento internacional do país e defender os direitos de jovens e mulheres. Para conquistar o eleitorado feminimo, o oposicionista conta com a ajuda de sua própria mulher, a professora Zahra Rahvanard, afastada da reitoria de uma universidade só para mulheres por pressão de Ahmadinejad.
O presidente chegou a ameaçar os outros candidatos de prisão, acusando-os de ofender o chefe de Estado, no caso ele próprio. Aí o ex-presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani apelou ao Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei, pedindo que controle o presidente para evitar uma "convulsão social" no Irã.
Com a radicalização, a eleição presidencial desta sexta-feira, 12 de junho de 2009, no Irã virou um plebiscito sobre o governo do atual presidente, que nega o massacre de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, e ameaça varrer Israel do mapa.
Esta postura agressiva de desafio à grande potência regional e às potências ocidentais dá prestígio ao presidente iraniano no interior do país e entre a população mais pobre.
Já os universitários que temem uma guerra por causa do programa nuclear iraniano apostam na candidatura do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, visto como a principal alternativa a Ahmadinejad.
Mussavi fez campanha prometendo acabar com o isolamento internacional do país e defender os direitos de jovens e mulheres. Para conquistar o eleitorado feminimo, o oposicionista conta com a ajuda de sua própria mulher, a professora Zahra Rahvanard, afastada da reitoria de uma universidade só para mulheres por pressão de Ahmadinejad.
O presidente chegou a ameaçar os outros candidatos de prisão, acusando-os de ofender o chefe de Estado, no caso ele próprio. Aí o ex-presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani apelou ao Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei, pedindo que controle o presidente para evitar uma "convulsão social" no Irã.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Shell paga US$ 15,5 milhões em acordo na Nigéria
A companhia petrolífera multinacional Shell concordou em pagar US$ 15 milhões para fazer um acordo extrajudicial numa ação de responsabilidade civil relativa à morte de ativistas que denunciavam a degradação de áreas de exploração de petróleo no Delta do Rio Níger, na Nigéria.
O mais famoso dos ativistas era Ken Saro-Wiwa, da Ogonilândia, enforcado em 1995 por ordem do ditador Sani Abacha. Dezesseis anos depois que a Shell parou de produzir na região, a Ogonilândia está parcialmente recuperada.
O mais famoso dos ativistas era Ken Saro-Wiwa, da Ogonilândia, enforcado em 1995 por ordem do ditador Sani Abacha. Dezesseis anos depois que a Shell parou de produzir na região, a Ogonilândia está parcialmente recuperada.
Desenhos de Picasso são roubados em Paris
A polícia da França abriu investigação hoje sobre o desaparecimento de um caderno com 32 desenhos do espanhol Pablo Picasso (1881-1973), considerado o maior pintor do século 20.
Picasso era comunista e se exilou na França para escapar da ditadura do generalíssimo Francisco Franco. O Museu Picasso é um dos mais charmosos museus de um único artista em Paris.
Como não há sinais de arrombamento, a polícia suspeita que a caixa onde o caderno estava guardado não tinha sido trancado ontem.
Os especialistas avaliam que os desenhos furtados de Picasso valham cerca de R$ 25 milhões.
Picasso era comunista e se exilou na França para escapar da ditadura do generalíssimo Francisco Franco. O Museu Picasso é um dos mais charmosos museus de um único artista em Paris.
Como não há sinais de arrombamento, a polícia suspeita que a caixa onde o caderno estava guardado não tinha sido trancado ontem.
Os especialistas avaliam que os desenhos furtados de Picasso valham cerca de R$ 25 milhões.
Exportações da Alemanha desabam
As exportações da Alemanha, maior exportador mundial de produtos industriais, caíram 28,7% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a produção industrial baixou 1,9% de março para abril, dois sinais de que a maior economia da Europa está longe de sair da crise.
Uma grande empresa alemã, a Arcandor, dona da rede de lojas de departamentos Karstadt e da agência de viagens Thomas Cook, pediu concordata hoje, depois que o governo alemão rejeitou os pedidos de ajuda do grupo. Cerca de 43 mil empregos estão ameaçados.
Uma grande empresa alemã, a Arcandor, dona da rede de lojas de departamentos Karstadt e da agência de viagens Thomas Cook, pediu concordata hoje, depois que o governo alemão rejeitou os pedidos de ajuda do grupo. Cerca de 43 mil empregos estão ameaçados.
Bancos vão devolver US$ 68 bilhões ao Tesouro
O Tesouro dos Estados Unidos autorizou dez grandes bancos do país a pagarem os empréstimos de emergências tomados em outubro do ano passado, no auge da crise, dentro do Programa de Alívio de Ativos Tóxicos (TARP, do inglês) do governo George W. Bush.
Serão cerca de US$ 68 bilhões. O governo americano vai receber dinheiro de bancos como o Goldman Sachs, o J P Morgan Chase e o American Express.
Mas os dois maiores bancos dos EUA, o Bank of America e o Citigroup, não passaram nos chamados testes de estresse e ainda não foram autorizados a saldar a dívida. Cada um recebeu US$ 45 bilhões. O BofA pretende levantar dinheiro no mercado. Já o Citi vai ceder 34% do controle acionário em troca da dívida.
O presidente Barack Obama comentou que "este é um sinal positivo, mas não significa que nossos problemas acabaram. Longe disso."
Serão cerca de US$ 68 bilhões. O governo americano vai receber dinheiro de bancos como o Goldman Sachs, o J P Morgan Chase e o American Express.
Mas os dois maiores bancos dos EUA, o Bank of America e o Citigroup, não passaram nos chamados testes de estresse e ainda não foram autorizados a saldar a dívida. Cada um recebeu US$ 45 bilhões. O BofA pretende levantar dinheiro no mercado. Já o Citi vai ceder 34% do controle acionário em troca da dívida.
O presidente Barack Obama comentou que "este é um sinal positivo, mas não significa que nossos problemas acabaram. Longe disso."
Primeiro preso de Guantânamo vai para os EUA
O primeiro preso sob acusação de terrorismo na base naval americana de Guantânamo, em Cuba, foi levado hoje para julgamento nos Estados Unidos. Na primeira audiência num tribunal federal da Nova York, ele se declarou inocente.
Ahmed Khalfan Ghailani é tanzaniano. Foi denunciado pelos atentados a bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, que mataram 224 pessoas em 7 de agosto de 1998.
Ghailani enfrenta 286 acusações de conspirar com Ossama bin Laden e outros membros da rede terrorista Al Caeda, além de acusações separadas para cada uma das 224 mortes. Ele estava preso há três anos no centro de detenção de Guantânamo.
O governo George W. Bush criou a prisão no início de 2002 para negar aos suspeitos detidos na luta contra o terrorismo os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo. No primeiro dia de governo, ordenou que isso seja feito em um ano. Mas integrantes do governo Bush e até alguns democratas alegam que parte dos 240 suspeitos ainda detidos não pode ser julgada nos EUA sem revelar segredos capazes de comprometer a segurança do país.
A oposição republicana acusa o governo Obama de importar terroristas. O julgamento de Ghailani será o primeiro teste.
Ahmed Khalfan Ghailani é tanzaniano. Foi denunciado pelos atentados a bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, que mataram 224 pessoas em 7 de agosto de 1998.
Ghailani enfrenta 286 acusações de conspirar com Ossama bin Laden e outros membros da rede terrorista Al Caeda, além de acusações separadas para cada uma das 224 mortes. Ele estava preso há três anos no centro de detenção de Guantânamo.
O governo George W. Bush criou a prisão no início de 2002 para negar aos suspeitos detidos na luta contra o terrorismo os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo. No primeiro dia de governo, ordenou que isso seja feito em um ano. Mas integrantes do governo Bush e até alguns democratas alegam que parte dos 240 suspeitos ainda detidos não pode ser julgada nos EUA sem revelar segredos capazes de comprometer a segurança do país.
A oposição republicana acusa o governo Obama de importar terroristas. O julgamento de Ghailani será o primeiro teste.
China, do comunismo ao capitalismo
Querem um bom exemplo da diferença entre capitalismo e comunismo?
Em 1988, visitei a China. O país já tinha iniciado suas reformas econômicas modernizantes, mas ainda era muito fechado. Os estrangeiros eram proibidos de falar com chineses. Só podíamos frequentar hotéis, bares, lojas e restaurantes.
Hoje, os estrangeiros tem plena liberdade para falar com os chineses. Mas eles só estão interessados no nosso dinheiro.
Em 1988, visitei a China. O país já tinha iniciado suas reformas econômicas modernizantes, mas ainda era muito fechado. Os estrangeiros eram proibidos de falar com chineses. Só podíamos frequentar hotéis, bares, lojas e restaurantes.
Hoje, os estrangeiros tem plena liberdade para falar com os chineses. Mas eles só estão interessados no nosso dinheiro.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Suprema Corte suspende venda da Chrysler
A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou hoje os recursos de três fundos de pensão do estado de Indiana, suspendendo temporariamente a venda de parte da fábrica de automóveis Chrysler para a companhia italiana Fiat.
Os fundos de pensão alegam que foram prejudicados com o pedido de concordata da empresa. A Chrysler teria oferecido o mesmo desconto para bancos e fundos, só que os bancos receberam dinheiro público do Programa de Alívio de Ativos Tóxicos e os fundos, não.
Como a decisão da Justiça pode demorar semanas ou até meses, há o temor de que a Fiat abandone o negócio, não deixando outra alternativa à Chrysler além da liquidação judicial.
A Casa Branca, que teria forçado a Chrysler a fazer o acordo com a Fiat, estaria pressionando a Suprema Corte a tomar uma decisão rápida.
Os fundos de pensão alegam que foram prejudicados com o pedido de concordata da empresa. A Chrysler teria oferecido o mesmo desconto para bancos e fundos, só que os bancos receberam dinheiro público do Programa de Alívio de Ativos Tóxicos e os fundos, não.
Como a decisão da Justiça pode demorar semanas ou até meses, há o temor de que a Fiat abandone o negócio, não deixando outra alternativa à Chrysler além da liquidação judicial.
A Casa Branca, que teria forçado a Chrysler a fazer o acordo com a Fiat, estaria pressionando a Suprema Corte a tomar uma decisão rápida.
Obama promete criar 600 mil empregos
Um dia depois de chegar de uma viagem pela Europa e o Oriente Médio, o presidente Barack Obama promete acelerar a liberação de dinheiro público do programa de estímulo econômico de US$ 787 bilhões para gerar ou manter 600 mil empregos nos próximos 100 dias.
Nos próximos dias, devem ser aceleradas as obras de ampliação de 1.129 centros de saúde, recuperar 107 parques nacionais, contratar 5 mil policiais federais e descontaminar 20 áreas poluídas.
Quando lançou o programa de estímulo, Obama prometeu criar ou preservar 3,5 milhões de empregos. Ele afirma já ter gerado 150 mil com seus projetos. Já os críticos alegam que as obras citadas acima não impulsionam a retomada do crescimento econômico.
Nos próximos dias, devem ser aceleradas as obras de ampliação de 1.129 centros de saúde, recuperar 107 parques nacionais, contratar 5 mil policiais federais e descontaminar 20 áreas poluídas.
Quando lançou o programa de estímulo, Obama prometeu criar ou preservar 3,5 milhões de empregos. Ele afirma já ter gerado 150 mil com seus projetos. Já os críticos alegam que as obras citadas acima não impulsionam a retomada do crescimento econômico.
OCDE já vê sinais de recuperação
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) acredita que alguns países já chegaram ao fundo do poço e devem voltar a crescer.
O estudo divulgado hoje na sede da entidade, em Paris, observa uma queda no declínio econômico dos 30 países-membros do grupo, com fortes sinais de uma possível retomada no Canadá, França, Itália e Reino Unido. Já os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha apresentam sinais positivos.
Entre os países em desenvolvimento, só a China e a Índia retomaram o crescimento. O Brasil ainda estaria piorando.
No Japão, o número de falências caiu em abril pela primeira vez em um ano. O saldo de conta corrente do Japão caiu 54,5% em abril, na comparação com abril do ano passado, ficando em US$ 6,4 bilhões. As exportações subiram 7,2%.
Na Alemanha, as encomendas à indústria cresceram 3,7% em março e ficaram estáveis em abril.
O estudo divulgado hoje na sede da entidade, em Paris, observa uma queda no declínio econômico dos 30 países-membros do grupo, com fortes sinais de uma possível retomada no Canadá, França, Itália e Reino Unido. Já os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha apresentam sinais positivos.
Entre os países em desenvolvimento, só a China e a Índia retomaram o crescimento. O Brasil ainda estaria piorando.
No Japão, o número de falências caiu em abril pela primeira vez em um ano. O saldo de conta corrente do Japão caiu 54,5% em abril, na comparação com abril do ano passado, ficando em US$ 6,4 bilhões. As exportações subiram 7,2%.
Na Alemanha, as encomendas à indústria cresceram 3,7% em março e ficaram estáveis em abril.
Coreia do Norte condena jornalistas a 12 anos
Duas jornalistas americanas de origem asiáticas foram condenadas a 12 anos de prisão num campo de trabalhos forçados pela ditadura stalinista da Coreia do Norte.
Euna Lee e Laura Ling foram presas quando faziam uma reportagem na fronteira com a China, para onde milhares de norte-coreanos fugiram nas últimas duas décadas, quando a Coreia do Norte afundou com a crise do comunismo soviético. Pelo menos 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome nesse período.
A agência de notícias oficial do regime comunista declara que "o julgamento confirmou que elas cruzaram a fronteira ilegalmente e cometeram um crime grave contra a nação coreana".
Euna Lee e Laura Ling foram presas quando faziam uma reportagem na fronteira com a China, para onde milhares de norte-coreanos fugiram nas últimas duas décadas, quando a Coreia do Norte afundou com a crise do comunismo soviético. Pelo menos 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome nesse período.
A agência de notícias oficial do regime comunista declara que "o julgamento confirmou que elas cruzaram a fronteira ilegalmente e cometeram um crime grave contra a nação coreana".
domingo, 7 de junho de 2009
China e Japão prometem esforço conjunto
O Japão e a China, a segunda e a terceira maiores economias do mundo, prometeram neste domingo realizar um esforço conjunto pela recuperação mundial.
Durante visita a Pequim do ministro do Exterior japonês, Hirofumi Nakasone, os dois países defenderam a retomada das negociações de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC) e anunciaram a criação de um programa conjunto de ajuda aos países em desenvolvimento.
Durante visita a Pequim do ministro do Exterior japonês, Hirofumi Nakasone, os dois países defenderam a retomada das negociações de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC) e anunciaram a criação de um programa conjunto de ajuda aos países em desenvolvimento.
Centro-direita vence eleições europeias
O bloco de centro-direita venceu as eleições para o Parlamento Europeu, de 736 deputados. Mas a abstenção recorde e o voto de protesto por causa da crise econômica ajudaram a extrema direita, que elegeu eurodeputados na Áustria, Holanda, Hungria e no Reino Unido.
As eleições europeias começaram na quinta-feira na Holanda e no Reino Unido e terminaram neste domingo, quando 19 dos 27 países da União Europeia foram às urnas.
Pelas projeções dos resultados iniciais, a bancada conservadora aumenta às custas do bloco socialista no parlamento da UE. O Partido Popular Europeu, bloco de centro-direita que reúne os países conservadores e democratas-cristãos, terá 264 deputados seguido pelos blocos socialista com 183, liberal com 84 e verde com 50.
Fazem parte do PPE a aliança União Democrata-Cristã-União Social-Cristã da primeira-ministra Angela Merkel, que venceu na Alemanha com 38,5% dos votos, e a União por um Movimento Popular, do presidente Nicolas Sarkozy, na França, também vitoriosa hoje.
O Parlamento Europeu não tem amplos poderes legislativos. É mais uma assembléia de debates. Se o Tratado de Lisboa, que substituiu o fracassado projeto de uma Constituição da Europa, for ratificado, passará a ter competência para revisar determinadas leis comunitárias.
As eleições europeias começaram na quinta-feira na Holanda e no Reino Unido e terminaram neste domingo, quando 19 dos 27 países da União Europeia foram às urnas.
Pelas projeções dos resultados iniciais, a bancada conservadora aumenta às custas do bloco socialista no parlamento da UE. O Partido Popular Europeu, bloco de centro-direita que reúne os países conservadores e democratas-cristãos, terá 264 deputados seguido pelos blocos socialista com 183, liberal com 84 e verde com 50.
Fazem parte do PPE a aliança União Democrata-Cristã-União Social-Cristã da primeira-ministra Angela Merkel, que venceu na Alemanha com 38,5% dos votos, e a União por um Movimento Popular, do presidente Nicolas Sarkozy, na França, também vitoriosa hoje.
O Parlamento Europeu não tem amplos poderes legislativos. É mais uma assembléia de debates. Se o Tratado de Lisboa, que substituiu o fracassado projeto de uma Constituição da Europa, for ratificado, passará a ter competência para revisar determinadas leis comunitárias.
Governo pró-EUA vence eleições no Líbano
Cerca de 54% dos 3,26 milhões de eleitores libaneses votaram neste domingo para eleger uma nova Assembléia Nacional com 128 deputados. Ao contrário das previsões, a aliança governista, apoiada pelos Estados Unidos e a Arábia Saudita, venceu a oposição liderada pela milícia fundamentalista xiita Hesbolá, apoiada pelo Irã e a Síria.
O governo elegeu 71 deputados e a oposição, 57.
Diante da perspectiva de vitória da coligação pró-Síria, o vice-presidente americano, Joe Biden, chegou a ameaçar com o corte da ajuda dos EUA ao Líbano. O resultado é sobretudo uma derrota do Hesbolá, que acreditava ter aumentando seu cacife eleitoral substancialmente ao resistir à ofensiva israelense de 12 de julho a 14 de agosto de 2006 e pretendia ter esse poder legitimado nas urnas.
A coligação vencedora é liderada pelo deputado Saad Hariri, filho do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, assassinado há quatro anos num atentado terrorista atribuído a um dos serviços secretos sírios, e pelo atual primeiro-ministro, Fouad Siniora.
Do outro lado, estão o Hesbolá, chefiado pelo xeque Hassan Nasrallah, a milícia xiita Amal, liderada pelo presidente do parlamento, Nabih Berri, e até mesmo o general cristão Michel Aoun, que foi para o exílio com a derrota na guerra civil libanesa (1975-90) e voltou aliado de seus ex-inimigos.
O governo elegeu 71 deputados e a oposição, 57.
Diante da perspectiva de vitória da coligação pró-Síria, o vice-presidente americano, Joe Biden, chegou a ameaçar com o corte da ajuda dos EUA ao Líbano. O resultado é sobretudo uma derrota do Hesbolá, que acreditava ter aumentando seu cacife eleitoral substancialmente ao resistir à ofensiva israelense de 12 de julho a 14 de agosto de 2006 e pretendia ter esse poder legitimado nas urnas.
A coligação vencedora é liderada pelo deputado Saad Hariri, filho do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, assassinado há quatro anos num atentado terrorista atribuído a um dos serviços secretos sírios, e pelo atual primeiro-ministro, Fouad Siniora.
Do outro lado, estão o Hesbolá, chefiado pelo xeque Hassan Nasrallah, a milícia xiita Amal, liderada pelo presidente do parlamento, Nabih Berri, e até mesmo o general cristão Michel Aoun, que foi para o exílio com a derrota na guerra civil libanesa (1975-90) e voltou aliado de seus ex-inimigos.
sábado, 6 de junho de 2009
Índios peruanos mantém bloqueio de estradas
Um dia depois do conflito em que pelo menos 22 índios e 11 policiais foram mortos, os indígenas mantiveram o bloqueio de um trecho da Estrada Presidente Fernando Belaunde Terry, prometendo lutar contra a exploração dos recursos naturais da Amazônia por empresas estrangeiras.
A violência explodiu quando os policiais tentaram resgatar 38 policiais tomados como reféns pelos índios, com helicópteros, tiros e gás lacrimogênio. O governo decretou toque de recolher noturno na região, mas não impediu que os índios fechassem um trecho da estrada em Yurimáguas, a 1,4 mil quilômetros da capital.
Em Lima, o primeiro-ministro Yehude Simon alegou que o governo não teve alternativa a não ser usar a força para restaurar a ordem.
O líder indígena Luis Huansi respondeu afirmando que tem 8,5 mil homens mobilizados para lutar pelo que os índios consideram suas terras ancestrais, inclusive mulheres, meninos e meninas.
A violência explodiu quando os policiais tentaram resgatar 38 policiais tomados como reféns pelos índios, com helicópteros, tiros e gás lacrimogênio. O governo decretou toque de recolher noturno na região, mas não impediu que os índios fechassem um trecho da estrada em Yurimáguas, a 1,4 mil quilômetros da capital.
Em Lima, o primeiro-ministro Yehude Simon alegou que o governo não teve alternativa a não ser usar a força para restaurar a ordem.
O líder indígena Luis Huansi respondeu afirmando que tem 8,5 mil homens mobilizados para lutar pelo que os índios consideram suas terras ancestrais, inclusive mulheres, meninos e meninas.
Airbus enviou 24 mensagens de problemas
Nos quatro minutos antes de desaparecer dos radares e cair no Oceano Atlântico, o Airbus voo 447 da Air France na rota Rio-Paris mandou 24 mensagens automáticas comunicando problemas técnicos.
Um especialista supôs que o avião tenha sofrido uma pane catastróficas às 23h10, 10 minutos depois de entrar numa zona de turbulência, e caído, enviando os sinais durante a queda, que teria durado ao todo quatro minutos até o Airbus afundar no oceano.
A Marinha do Brasil noticiou hoje a descoberta dos primeiros dois corpos de vítimas da tragédia.
A primeira mensagem indicaria que o leme estava avariado, o que tornaria o avião ingovernável. As autoridades da França negam esta possibilidade.
Há seis dias, os investigadores franceses tentam interpretar a sequência de 24 mensagens automáticas. Elas revelam sucessivas panes nos computadores de bordo. A mais importante é a que mostra que os três sensores de velocidade instalados na fuselagem externa do airbus 330 estimavam três velocidades diferentes em um mesmo momento.
Esta divergência pode ter ocasionado o desligamento de uma série de equipamentos de controle do voo, inclusive o piloto automático.
O responsável pela investigação, Paul Louis Arslanian, revelou que a fabricantes do Airbus recomendou a substituição dos sensores de velocidade nos aviões A330, mas isso ainda não havia sido feito no avião que fazia o voo 447.
Diante da constatação de que o equipamento de bordo sofreu várias panes, neste momento da investigação, a possibilidade de terrorismo passa a ser menos provável.
Depois de 24 anos na chefia do escritório de investigações sobre segurança aeronáutica da França, Arslanian é extremamente prudente. Não descarta nenhuma possibilidade antes do fim da investigação.
Agora, o maior desafio agora é recuperar as caixas pretas onde estão registradas as duas últimas horas de conversas na cabine de pilotagem e mais de mil procedimentos técnicos do avião.
Arslanian deu uma medida da dificuldade desta missão ao mostrar o pequeno sensor de pouco mais de dez centímetros de comprimento que fica colado nas caixas pretas e é responsável por emitir o sinal sonoro que poderá ser identificado na operação de busca.
"É este pequeno objeto que estamos procurando no meio do oceano", mostrou o investigador. Aviões-radares, navios e submarinos da França participam da operação.
Um especialista supôs que o avião tenha sofrido uma pane catastróficas às 23h10, 10 minutos depois de entrar numa zona de turbulência, e caído, enviando os sinais durante a queda, que teria durado ao todo quatro minutos até o Airbus afundar no oceano.
A Marinha do Brasil noticiou hoje a descoberta dos primeiros dois corpos de vítimas da tragédia.
A primeira mensagem indicaria que o leme estava avariado, o que tornaria o avião ingovernável. As autoridades da França negam esta possibilidade.
Há seis dias, os investigadores franceses tentam interpretar a sequência de 24 mensagens automáticas. Elas revelam sucessivas panes nos computadores de bordo. A mais importante é a que mostra que os três sensores de velocidade instalados na fuselagem externa do airbus 330 estimavam três velocidades diferentes em um mesmo momento.
Esta divergência pode ter ocasionado o desligamento de uma série de equipamentos de controle do voo, inclusive o piloto automático.
O responsável pela investigação, Paul Louis Arslanian, revelou que a fabricantes do Airbus recomendou a substituição dos sensores de velocidade nos aviões A330, mas isso ainda não havia sido feito no avião que fazia o voo 447.
Diante da constatação de que o equipamento de bordo sofreu várias panes, neste momento da investigação, a possibilidade de terrorismo passa a ser menos provável.
Depois de 24 anos na chefia do escritório de investigações sobre segurança aeronáutica da França, Arslanian é extremamente prudente. Não descarta nenhuma possibilidade antes do fim da investigação.
Agora, o maior desafio agora é recuperar as caixas pretas onde estão registradas as duas últimas horas de conversas na cabine de pilotagem e mais de mil procedimentos técnicos do avião.
Arslanian deu uma medida da dificuldade desta missão ao mostrar o pequeno sensor de pouco mais de dez centímetros de comprimento que fica colado nas caixas pretas e é responsável por emitir o sinal sonoro que poderá ser identificado na operação de busca.
"É este pequeno objeto que estamos procurando no meio do oceano", mostrou o investigador. Aviões-radares, navios e submarinos da França participam da operação.
Obama fala em paz no Oriente Médio no Dia D
Ao participar da cerimônia de 65 anos da invasão da França pelos aliados na Segunda Guerra Mundial, em Caen, na Normandia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse esperar negociações “sérias e construtivas” sobre a paz no Oriente Médio.
Obama recebeu o apoio do presidente francês Sarkozy, que repudiou os “discursos inflamados” do presidente do Irã contra Israel.
O presidente americano criticou as provocações da Coreia do Norte, considerou “muito perigoso” para o Irã ter a bomba atômica e repetiu a promessa de lutar por um mundo sem armas nucleares.
Em 6 de junho de 1944, o Dia D, os aliados lançaram a maior operação de assalto anfíbio da História contra a Muralha do Atlântico, o sistema de defesa do continente arquitetado pelo marechal-de-campo Erwin von Rommel, um dos melhores oficiais de Hitler. No ponto mais difícil do ataque, pelo menos 3 mil americanos foram mortos na praia rebatizada no plano de ataque como praia de Omaha.
Obama recebeu o apoio do presidente francês Sarkozy, que repudiou os “discursos inflamados” do presidente do Irã contra Israel.
O presidente americano criticou as provocações da Coreia do Norte, considerou “muito perigoso” para o Irã ter a bomba atômica e repetiu a promessa de lutar por um mundo sem armas nucleares.
Em 6 de junho de 1944, o Dia D, os aliados lançaram a maior operação de assalto anfíbio da História contra a Muralha do Atlântico, o sistema de defesa do continente arquitetado pelo marechal-de-campo Erwin von Rommel, um dos melhores oficiais de Hitler. No ponto mais difícil do ataque, pelo menos 3 mil americanos foram mortos na praia rebatizada no plano de ataque como praia de Omaha.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Brown resiste a pressão após derrota eleitoral
Diante de uma enorme pressão para renunciar, em meio a um escândalo de corrupção de gastos de deputados, depois da demissão de vários ministros e de uma derrota esmagadora do Partido Trabalhista nas eleições locais e regionais desta quinta, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou uma reforma ministrerial e prometeu permanecer no cargo "até concluir o trabalho".
É uma indicação de que pretende ficar pelo menos até as próximas eleições gerais, que precisam ser convocadas até junho de 2010. Os analistas apostam que cai antes.
Brown herdou há dois a chefia do governo e a liderança do partido de Tony Blair sem se submeter ao julgamento das urnas para ter legitimidade. Ameaçou convocar eleições, mas recuou e desde então vem caindo nas pesquisas de opinião.
No momento, ele tenta ganhar tempo para que as políticas de combate à crise econômica deem resultado. Quem ainda o apoia defende o primeiro-ministro como a pessoa mais capacitada para enfrentar a recessão mundial. Brown foi ministro das Finanças durante os 10 anos do governo Blair, mas uma de suas promessas foi acabar com os ciclos de euforia e depressão.
Para o eleitorado britânico, ele é pelo menos cúmplice da desregulamentação que aprofundou a crise.
Nesta quinta-feira, nas eleições locais, o Partido Conservador obteve 38% dos votos, os liberais-democratas 28% e os trabalhistas apenas 23%. No sábado, saem os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.
Outra derrota vai aumentar a revolta da bancada contra Brown. Os deputados trabalhistas devem se reunir segunda-feira na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico para analisar a questão.
É uma indicação de que pretende ficar pelo menos até as próximas eleições gerais, que precisam ser convocadas até junho de 2010. Os analistas apostam que cai antes.
Brown herdou há dois a chefia do governo e a liderança do partido de Tony Blair sem se submeter ao julgamento das urnas para ter legitimidade. Ameaçou convocar eleições, mas recuou e desde então vem caindo nas pesquisas de opinião.
No momento, ele tenta ganhar tempo para que as políticas de combate à crise econômica deem resultado. Quem ainda o apoia defende o primeiro-ministro como a pessoa mais capacitada para enfrentar a recessão mundial. Brown foi ministro das Finanças durante os 10 anos do governo Blair, mas uma de suas promessas foi acabar com os ciclos de euforia e depressão.
Para o eleitorado britânico, ele é pelo menos cúmplice da desregulamentação que aprofundou a crise.
Nesta quinta-feira, nas eleições locais, o Partido Conservador obteve 38% dos votos, os liberais-democratas 28% e os trabalhistas apenas 23%. No sábado, saem os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.
Outra derrota vai aumentar a revolta da bancada contra Brown. Os deputados trabalhistas devem se reunir segunda-feira na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico para analisar a questão.
EUA destroem mais 345 mil empregos
A economia dos EUA fechou 345 mil postos de trabalho no mês passado, uma grande redução em relação aos 505 mil de abril e muito menos do que os 525 mil previstos pelos economistas, mas a taxa de desemprego subiu para 9,4%, a mais alta em 26 anos.
Obama visita campo de concentração na Alemanha
Um dia depois de apresentar suas propostas para a paz no Oriente Médio e para um recomeço nas relações dos Estados Unidos com os muçulmanos, o presidente Barack Obama visitou o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha, onde 56 mil pessoas foram mortas, e convidou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a fazer o mesmo para nunca mais negar o Holocausto.
Obama visitou primeiro a catedral de Dresden, uma cidade destruída por bombas incendiárias em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, num ataque considerado criminoso pelos alemães.
Depois de uma reunião de trabalho com a primeira-ministra Angela Merkel, eles foram, em companhia do escritor Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, até Buchenwald, um campo libertado pelos americanos com a participação de um tio-avô do presidente americano.
No discurso, Obama lamentou que ainda hoje haja genocídios, tentativas de exterminar um povo inteiro, e criticou a negação do Holocausto como uma atitude sem sentido, ignorante e odiosa.
Obama visitou primeiro a catedral de Dresden, uma cidade destruída por bombas incendiárias em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, num ataque considerado criminoso pelos alemães.
Depois de uma reunião de trabalho com a primeira-ministra Angela Merkel, eles foram, em companhia do escritor Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, até Buchenwald, um campo libertado pelos americanos com a participação de um tio-avô do presidente americano.
No discurso, Obama lamentou que ainda hoje haja genocídios, tentativas de exterminar um povo inteiro, e criticou a negação do Holocausto como uma atitude sem sentido, ignorante e odiosa.
Polícia enfrenta índios e 33 morrem no Peru
Ao tentar desobstruir uma estrada a força, a polícia do Peru entrou em choque com índios que protestavam contra a concessão de riquezas naturais da Amazônia para exploração por empresas estrangeiras, em Bagua, a 1,4 mil quilômetros de Lima.
Pelo menos nove policiais, dois jornalistas e 20 índios morreram. Alguns jornais peruanos falam em 25 índios mortos. A ministra do Interior, Mercedes Cabanillas, pediu a decretação de toque de recolher na região e acusou o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso de se infiltrar no movimento indígena.
Há meses os índios protestam contra a presença de empresas estrangeiras em suas terras ancestrais. O governo peruano alega que já definiu as áreas indígenas e pretende explorar o resto, a maior área de Floresta Amazônica fora do Brasil.
No fim do mês passado, os índios ameaçaram ocupar as ruínas da cidade histórica de Machu Picchu, principal atração turística do país. O conflito aconteceu quando a polícia tentou desbloquear uma estrada interrompida pelos índios.
Em Lima, o líder indígena Alberto Pizango acusou o governo peruano de genocídio e a polícia de usar helicópteros para atacar os manifestantes com tiros e bombas de gás.
O presidente Alan García alega que o governo teve de agir com energia para manter a ordem. Ele afirmou que "40 mil nativos não podem impor sua vontade sobre 28 milhões de peruanos" e acusou "falsos líderes e falsos índios" de instigarem a população mais pobre a tomar atitudes violentas e ilegais.
A Comissão de Defesa do Congresso do Peru convocou o primeiro-ministro Yehud Simon e a ministra do Interior para prestarem esclarecimentos sobre a tragédia.
Pelo menos nove policiais, dois jornalistas e 20 índios morreram. Alguns jornais peruanos falam em 25 índios mortos. A ministra do Interior, Mercedes Cabanillas, pediu a decretação de toque de recolher na região e acusou o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso de se infiltrar no movimento indígena.
Há meses os índios protestam contra a presença de empresas estrangeiras em suas terras ancestrais. O governo peruano alega que já definiu as áreas indígenas e pretende explorar o resto, a maior área de Floresta Amazônica fora do Brasil.
No fim do mês passado, os índios ameaçaram ocupar as ruínas da cidade histórica de Machu Picchu, principal atração turística do país. O conflito aconteceu quando a polícia tentou desbloquear uma estrada interrompida pelos índios.
Em Lima, o líder indígena Alberto Pizango acusou o governo peruano de genocídio e a polícia de usar helicópteros para atacar os manifestantes com tiros e bombas de gás.
O presidente Alan García alega que o governo teve de agir com energia para manter a ordem. Ele afirmou que "40 mil nativos não podem impor sua vontade sobre 28 milhões de peruanos" e acusou "falsos líderes e falsos índios" de instigarem a população mais pobre a tomar atitudes violentas e ilegais.
A Comissão de Defesa do Congresso do Peru convocou o primeiro-ministro Yehud Simon e a ministra do Interior para prestarem esclarecimentos sobre a tragédia.
Guatemala: uma beleza trágica
A Guatemala, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em 2 de junho, passa pela maior convulsão política desde o acordo de paz de 1996 entre o governo e a guerrilha de esquerda, que pôs fim a 36 anos de guerra civil. Em 10 de maio, foi assassinado o advogado Rodrigo Rosenberg, que deixou uma gravação em vídeo acusando o presidente Álvaro Colom de ser o mandante de seu assassinato e da mulher dele.
Com 13 milhões de habitantes e PIB de US$ 35 bilhões, a Guatemala, Terra da Serpente Emplumada (Quetzalcoatl, uma divindade), é o país mais populoso, mais rico e mais bonito da América Central. É também o mais trágico, com o total de mortos e desaparecidos numa longa guerra civil estimado em 150 a 200 mil, disparadamente o maior do continente durante a Guerra Fria.
Foi também palco do primeiro golpe de Estado bancado pela CIA (Agência Central de Inteligência), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, durante a Guerra Fria na América Latina. Em 1954, os militares derrubaram o presidente nacionalista Jacobo Arbenz, que desapropriara as plantações de banana da mal afamada United Fruit, a transnacional que tentava transformar o continente em repúblicas de bananas.
Na Colômbia, Jorge Eliecer Gaitán, o candidato presidencial cujo assassinato provocou o Bogotaço, em 1948, era advogado de sindicatos contra a United Fruit. O embargo americano a Cuba foi imposto quando a revolução nacionalizou fazendas da United Fruit. Hoje, ela mudou de nome para Chiquita Brands.
O golpe na Guatemala está contado em Weekend in Guatemala, obra prima de Miguel Angel Astúrias, o grande escritor do país, que ganhou o Nobel de Literatura com ele. Outros sucessos: Senhor Presidente (sobre um ditador) e Hombres de Maíz (sobre a cultura maia).
A guerra civil guatemalteca propriamente dita começa no início dos anos 60 e vai até 1996. Aumenta de intensidade no início dos anos 80, quando quatro grupos rebeldes se unem na União Revolucionária Nacional Guatemalteca. Em 1984, depois de uma sucessão de golpes, foi eleito presidente o democrata-cristão Vinicius Cerezo. Faixa preta de caratê, andava de carro blindado e sobreviveu a quatro tentativas de assassinatos antes de ser presidente.
Como a oligarquia é predominantemente de origem espanhola, num país onde 55% da população é indígena (o maior percentual do continente, depois da Bolívia), os índios foram as grandes vítimas da violenta repressão e dos paramilitares.
Quando estive lá, em 1982, todos os dias havia notícias sobre 20 ou 30 desaparecidos. Um caixeiro-viajante com quem conversava no bar do hotel perguntava: “O que aconteceu com essa gente? Foi sequestrada por um disco voador?” Ele sabia que não.
A Guatemala era o grande centro da civilização maia, que se estendia até o estado de Chiapas e à Península de Iucatã, no Sul do México, e também ao Norte de Honduras. A Pirâmide 4, de Tikal, é a construção mais alta da América pré-colombiana. Não tem a grandiosidade das pirâmides do Sol e da Lua, em Teotihuacán, no México. É vertical, mas é mais alta. Tem 75m e uma corrente pra gente não cair no caminho.
Tikal fica nas terras baixas, região de uma floresta tropical úmida que teria sido superexplorada durante o auge da civilização maia, que entra em declínio a partir de 1.200 dC. Hoje em dia, acredita-se que o colapso da civilização maia se deveu a uma catástrofe ecológica.
Tikal fica no departamento de Flores, que faz fronteira com Belize, um território que a Guatemala reivindica. De um lado da fronteira, “Belize is an independent country”. Do outro, “Belize es Guatemala”.
Os mapas e os símbolos dos partidos políticos reivindicam a soberania sobre a antiga Honduras Britânica, dependente em tudo do antigo Império. Sua majestade está na moeda nacional de Belize, que tem os segundos recifes de corais mais bonitos do mundo, depois da Grande Barreira de Corais, na Austrália.
Quando a Argentina invadiu as Ilhas Malvinas, a Guatemala apoiou porque considera Belize uma questão colonial da mesma natureza. Em retaliação contra os EUA, que apoiaram o Reino Unido, a ditadura militar argentina parou de fazer o jogo sujo do Pentágono na América Central.
Como o Congresso dos EUA tinha proibido ajuda e treinamento a ditaduras sanguinárias latino-americanas, os fascistas argentinos faziam isso. Pararam, apesar do apoio guatemalteco à sua guerra contra Mrs. Thatcher.
No altiplano, fica o lago Atitlán, cercado por vulcões, gelado. Aldous Huxley o considerava o lago mais lindo do mundo, superando o lago de Como, na Itália. Ao redor do lago, há 18 aldeias indígenas, cada uma com seu padrão de artesanato maia característicos.
Outro livro importante para conhecer a Guatemala é o Popol Vuh – Antigas Histórias do Quichê, a bíblia maia.
Os maias eram grandes astrônomos e matemáticos. Chegaram ao conceito de zero e tinham um calendário semelhante ao juliano.
A antiga capital da Capitania Geral da Guatemala, Antigua, foi destruída por um terremoto em 1773, mas suas velhas construções estão preservadas como ruínas, transformando-a numa dos mais impressionantes cidades do período colonial da América Latina.
Com 13 milhões de habitantes e PIB de US$ 35 bilhões, a Guatemala, Terra da Serpente Emplumada (Quetzalcoatl, uma divindade), é o país mais populoso, mais rico e mais bonito da América Central. É também o mais trágico, com o total de mortos e desaparecidos numa longa guerra civil estimado em 150 a 200 mil, disparadamente o maior do continente durante a Guerra Fria.
Foi também palco do primeiro golpe de Estado bancado pela CIA (Agência Central de Inteligência), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, durante a Guerra Fria na América Latina. Em 1954, os militares derrubaram o presidente nacionalista Jacobo Arbenz, que desapropriara as plantações de banana da mal afamada United Fruit, a transnacional que tentava transformar o continente em repúblicas de bananas.
Na Colômbia, Jorge Eliecer Gaitán, o candidato presidencial cujo assassinato provocou o Bogotaço, em 1948, era advogado de sindicatos contra a United Fruit. O embargo americano a Cuba foi imposto quando a revolução nacionalizou fazendas da United Fruit. Hoje, ela mudou de nome para Chiquita Brands.
O golpe na Guatemala está contado em Weekend in Guatemala, obra prima de Miguel Angel Astúrias, o grande escritor do país, que ganhou o Nobel de Literatura com ele. Outros sucessos: Senhor Presidente (sobre um ditador) e Hombres de Maíz (sobre a cultura maia).
A guerra civil guatemalteca propriamente dita começa no início dos anos 60 e vai até 1996. Aumenta de intensidade no início dos anos 80, quando quatro grupos rebeldes se unem na União Revolucionária Nacional Guatemalteca. Em 1984, depois de uma sucessão de golpes, foi eleito presidente o democrata-cristão Vinicius Cerezo. Faixa preta de caratê, andava de carro blindado e sobreviveu a quatro tentativas de assassinatos antes de ser presidente.
Como a oligarquia é predominantemente de origem espanhola, num país onde 55% da população é indígena (o maior percentual do continente, depois da Bolívia), os índios foram as grandes vítimas da violenta repressão e dos paramilitares.
Quando estive lá, em 1982, todos os dias havia notícias sobre 20 ou 30 desaparecidos. Um caixeiro-viajante com quem conversava no bar do hotel perguntava: “O que aconteceu com essa gente? Foi sequestrada por um disco voador?” Ele sabia que não.
A Guatemala era o grande centro da civilização maia, que se estendia até o estado de Chiapas e à Península de Iucatã, no Sul do México, e também ao Norte de Honduras. A Pirâmide 4, de Tikal, é a construção mais alta da América pré-colombiana. Não tem a grandiosidade das pirâmides do Sol e da Lua, em Teotihuacán, no México. É vertical, mas é mais alta. Tem 75m e uma corrente pra gente não cair no caminho.
Tikal fica nas terras baixas, região de uma floresta tropical úmida que teria sido superexplorada durante o auge da civilização maia, que entra em declínio a partir de 1.200 dC. Hoje em dia, acredita-se que o colapso da civilização maia se deveu a uma catástrofe ecológica.
Tikal fica no departamento de Flores, que faz fronteira com Belize, um território que a Guatemala reivindica. De um lado da fronteira, “Belize is an independent country”. Do outro, “Belize es Guatemala”.
Os mapas e os símbolos dos partidos políticos reivindicam a soberania sobre a antiga Honduras Britânica, dependente em tudo do antigo Império. Sua majestade está na moeda nacional de Belize, que tem os segundos recifes de corais mais bonitos do mundo, depois da Grande Barreira de Corais, na Austrália.
Quando a Argentina invadiu as Ilhas Malvinas, a Guatemala apoiou porque considera Belize uma questão colonial da mesma natureza. Em retaliação contra os EUA, que apoiaram o Reino Unido, a ditadura militar argentina parou de fazer o jogo sujo do Pentágono na América Central.
Como o Congresso dos EUA tinha proibido ajuda e treinamento a ditaduras sanguinárias latino-americanas, os fascistas argentinos faziam isso. Pararam, apesar do apoio guatemalteco à sua guerra contra Mrs. Thatcher.
No altiplano, fica o lago Atitlán, cercado por vulcões, gelado. Aldous Huxley o considerava o lago mais lindo do mundo, superando o lago de Como, na Itália. Ao redor do lago, há 18 aldeias indígenas, cada uma com seu padrão de artesanato maia característicos.
Outro livro importante para conhecer a Guatemala é o Popol Vuh – Antigas Histórias do Quichê, a bíblia maia.
Os maias eram grandes astrônomos e matemáticos. Chegaram ao conceito de zero e tinham um calendário semelhante ao juliano.
A antiga capital da Capitania Geral da Guatemala, Antigua, foi destruída por um terremoto em 1773, mas suas velhas construções estão preservadas como ruínas, transformando-a numa dos mais impressionantes cidades do período colonial da América Latina.
El Salvador enfrenta desafios da globalização
O primeiro presidente de esquerda a governar El Salvador, o jornalista Mauricio Funes, da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, que de 1980 a 1992 travou uma guerra civil contra os governos da época, tomou posse no dia 1º de junho, diante da presença do presidente Luiz Inacio Lula da Silva e de outros líderes latino-americanos.
Menor país da América Central (ou do istmo centro-americano, se as ilhas do Caribe foram consideradas parte do subcontinente) e único sem saída para o Atlântico, El Salvador tem a maior densidade populacional. É o segundo país mais industrializado da região, depois da Guatemala.
El Salvador é uma sociedade oligárquica e violenta, como é a regra na América Central, com a exceção da Costa Rica, que tem a melhor distribuição de renda da região e a mais longa tradição democrática da América Latina, que vem desde 1949, quando o coronel José Figueres aboliu as Forças Armadas depois de uma sangrenta guerra civil no ano anterior.
Essa sociedade oligárquica e violenta, com seu profundo fosso social, foi enquadrada na Guerra Fria. As revoluções nas vizinhas Nicarágua e Guatemala, nos anos 70, e a reação dos EUA armando ditaduras sanguinárias, levaram a uma intensificação do confito social, com forte atuação de esquadrões da morte da extrema direita, liderada pelo major Roberto d’Aubuisson.
A guerra civil salvadorenha explode em 24 de março de 1980, quando o arcebispo de San Salvador, dom Oscar Romero, é assassinado durante a missa de domingo. Nos sermões, ele costumava denunciar os esquadrões da morte e as violações dos direitos humanos.
Em 1981, os grupos armados de esquerda se unem na Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional. Mas essa era uma guerra que eles não podiam vencer. Ronald Reagan assumira a presidência dos EUA em janeiro de 1981 prometendo não ceder mais nenhuma polegada de terra do planeta ao Império do Mal, depois da vitória da Revolução Sandinista, na Nicarágua, em 1979, no governo Jimmy Carter.
Honduras foi transformada no porta-aviões dos EUA no que os historiadores chamam de Segunda Guerra Fria, que vai da invasão soviética no Afeganistão, em 1979, até o degelo na era Gorbachev, que assumiu o poder em 1985.
Na América Central, um dos quintais do mundo, a Guerra Fria foi quente. Foram 75 mil mortos em El Salvador, outros 75 mil na Nicarágua e 200 mil na Guatemala, muito mais gente do que na América do Sul, onde a guerra suja matou 30 mil na Argentina, com uma população muito maior.
A rádio rebelde Venceremos dizia: “Se Nicarágua venció, El Salvador vencerá.” Mas a guerrilha não venceu. A FMLN chegou a ocupar 30%-40% do território salvadorenho. Bloqueava a Rodovia Pan-Americana e cobrava pedágio de guerra. Não passei lá, na minha longa viagem pela América Latina, em 1982. Fui até San Pedro de Sula, no Norte de Honduras, e de lá entrei na Guatemala.
Com o degelo na Guerra Fria, houve uma série de negociações e processos de paz apoiados pela ONU, os EUA e a URSS na Guatemala e em El Salvador, na Namíbia, no Marrocos e no Saara ocupado, no Camboja, em Angola e Moçambique.
A guerra civil salvadorenha termina em 1992. Uma comissão concluiu que os militares e paramilitares de direita foram responsáveis por 85% dos crimes, mas foi adotada uma anista ampla, geral e irrestrita.
Ao mesmo tempo, em paz, a América Central perdeu a importância geopolítica dos tempos da Guerra Fria e foi abandonada à sua própria miséria. As promessas de crédito, terra e emprego feitas no acordo de paz foram rapidamente substituídas por políticas de austeridade econômica inspiradas pelo Consenso de Washington. Desde 2001, a economia está dolarizada.
Como é característica dos processos de paz, deles resultam sociedades divididas, com uma casta de jovens endurecidos pela guerra que se acostumaram a viver na luta armada e uma grande quantidade de armas em circulação.
O resultado é o aumento da criminalidade e da violência sem objetivos políticos, com a formação de gangues e um intenso tráfico de armas. As Maras, as gangues que aterrorizam San Salvador, são famosas. Teriam mais de 150 mil membros e tentáculos que vão até os EUA. Confiram no YouTube.
A FMLN já tinha governado a capital, mas só chegou ao poder nacional agora, com o jornalista Mauricio Funes, que não pertenceu à guerrilha e tomou posse na última segunda-feira. Foi repórter durante a guerra civil e depois tinha um programa de televisão. É casado com uma brasileira.
Menor país da América Central (ou do istmo centro-americano, se as ilhas do Caribe foram consideradas parte do subcontinente) e único sem saída para o Atlântico, El Salvador tem a maior densidade populacional. É o segundo país mais industrializado da região, depois da Guatemala.
El Salvador é uma sociedade oligárquica e violenta, como é a regra na América Central, com a exceção da Costa Rica, que tem a melhor distribuição de renda da região e a mais longa tradição democrática da América Latina, que vem desde 1949, quando o coronel José Figueres aboliu as Forças Armadas depois de uma sangrenta guerra civil no ano anterior.
Essa sociedade oligárquica e violenta, com seu profundo fosso social, foi enquadrada na Guerra Fria. As revoluções nas vizinhas Nicarágua e Guatemala, nos anos 70, e a reação dos EUA armando ditaduras sanguinárias, levaram a uma intensificação do confito social, com forte atuação de esquadrões da morte da extrema direita, liderada pelo major Roberto d’Aubuisson.
A guerra civil salvadorenha explode em 24 de março de 1980, quando o arcebispo de San Salvador, dom Oscar Romero, é assassinado durante a missa de domingo. Nos sermões, ele costumava denunciar os esquadrões da morte e as violações dos direitos humanos.
Em 1981, os grupos armados de esquerda se unem na Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional. Mas essa era uma guerra que eles não podiam vencer. Ronald Reagan assumira a presidência dos EUA em janeiro de 1981 prometendo não ceder mais nenhuma polegada de terra do planeta ao Império do Mal, depois da vitória da Revolução Sandinista, na Nicarágua, em 1979, no governo Jimmy Carter.
Honduras foi transformada no porta-aviões dos EUA no que os historiadores chamam de Segunda Guerra Fria, que vai da invasão soviética no Afeganistão, em 1979, até o degelo na era Gorbachev, que assumiu o poder em 1985.
Na América Central, um dos quintais do mundo, a Guerra Fria foi quente. Foram 75 mil mortos em El Salvador, outros 75 mil na Nicarágua e 200 mil na Guatemala, muito mais gente do que na América do Sul, onde a guerra suja matou 30 mil na Argentina, com uma população muito maior.
A rádio rebelde Venceremos dizia: “Se Nicarágua venció, El Salvador vencerá.” Mas a guerrilha não venceu. A FMLN chegou a ocupar 30%-40% do território salvadorenho. Bloqueava a Rodovia Pan-Americana e cobrava pedágio de guerra. Não passei lá, na minha longa viagem pela América Latina, em 1982. Fui até San Pedro de Sula, no Norte de Honduras, e de lá entrei na Guatemala.
Com o degelo na Guerra Fria, houve uma série de negociações e processos de paz apoiados pela ONU, os EUA e a URSS na Guatemala e em El Salvador, na Namíbia, no Marrocos e no Saara ocupado, no Camboja, em Angola e Moçambique.
A guerra civil salvadorenha termina em 1992. Uma comissão concluiu que os militares e paramilitares de direita foram responsáveis por 85% dos crimes, mas foi adotada uma anista ampla, geral e irrestrita.
Ao mesmo tempo, em paz, a América Central perdeu a importância geopolítica dos tempos da Guerra Fria e foi abandonada à sua própria miséria. As promessas de crédito, terra e emprego feitas no acordo de paz foram rapidamente substituídas por políticas de austeridade econômica inspiradas pelo Consenso de Washington. Desde 2001, a economia está dolarizada.
Como é característica dos processos de paz, deles resultam sociedades divididas, com uma casta de jovens endurecidos pela guerra que se acostumaram a viver na luta armada e uma grande quantidade de armas em circulação.
O resultado é o aumento da criminalidade e da violência sem objetivos políticos, com a formação de gangues e um intenso tráfico de armas. As Maras, as gangues que aterrorizam San Salvador, são famosas. Teriam mais de 150 mil membros e tentáculos que vão até os EUA. Confiram no YouTube.
A FMLN já tinha governado a capital, mas só chegou ao poder nacional agora, com o jornalista Mauricio Funes, que não pertenceu à guerrilha e tomou posse na última segunda-feira. Foi repórter durante a guerra civil e depois tinha um programa de televisão. É casado com uma brasileira.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Mais um ministro britânico renuncia
Mais um ministro britânico pediu demissão nesta quinta-feira, aumentando a pressão para que o primeiro-ministro Gordon Brown renuncie ao cargo de chefe de governo do Reino Unido e convoque eleições gerais antecipadas.
A carta-renúncia do ministro do Trabalho e das Pensões, James Purnell está na capa da edição desta sexta-feira, 5 de junho de 2009, do jornal The Times, sob a manchete: "Querido Gordon, eu desisto!"
Até o jornal de esquerda The Guardian, que tradicionalmente apóia o Partido Trabalhista, publicou editorial pedindo que o primeiro-ministro vá embora por "falta de idéias, planos e projetos".
Com a derrota praticamente certa nas eleições de hoje para os governos municipais e o Parlamento Europeu, a pressão pode se tornar insuportável. Com o Partido Trabalhista desprestigiado, os conservadores lideram as pesquisas de opinião com ampla vantagem.
A carta-renúncia do ministro do Trabalho e das Pensões, James Purnell está na capa da edição desta sexta-feira, 5 de junho de 2009, do jornal The Times, sob a manchete: "Querido Gordon, eu desisto!"
Até o jornal de esquerda The Guardian, que tradicionalmente apóia o Partido Trabalhista, publicou editorial pedindo que o primeiro-ministro vá embora por "falta de idéias, planos e projetos".
Com a derrota praticamente certa nas eleições de hoje para os governos municipais e o Parlamento Europeu, a pressão pode se tornar insuportável. Com o Partido Trabalhista desprestigiado, os conservadores lideram as pesquisas de opinião com ampla vantagem.
Eurozona deve perder 4,6% este ano
O Banco Central da Europa (BCE) manteve hoje sua taxa básica de juros inalterada em 1% ao ano e previu uma contração maior das 16 economias dos países que usam o euro como moeda. Eles devem perder entre 4,1% e 5,1% este ano.
Obama propõe recomeço a muçulmanos
Em um discurso histórico na Universidade do Cairo, no Egito, o presidente Barack Obama propôs a árabes e muçulmanos "um recomeço histórico" nas relações com os Estados Unidos, prometendo lutar contra “os estereótipos negativos do Islã” ao mesmo tempo em que apelou aos muçulmanos para que façam o mesmo em relação aos americanos.
Obama voltou a defender uma paz com a criação de um país palestino independente e uma aliança para combater o extremismo muçulmano. Ele citou várias vezes o Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, para argumentar que o objetivo maior de todas as religiões é a paz.
As reações iniciais foram majoritariamente positivas, mas o Supremo Líder da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o discurso não muda nada.
"É fácil ficar apontando o dedo por aí... Palestinos e israelenses podem se acusar. Se vemos o conflito apenas de um lado, ficamos cegos", declarou o presidente dos EUA.
Obama admitiu que há um longo passado de conflitos entre o Ocidente e o Islã, das Cruzadas, na Idade Média, passando pelo colonialismo até a Guerra Fria. A modernidade e a globalização também se apresentam como desafios aos estilos de vida das sociedades muçulmanas, admitiu Obama.
Uma "pequena minoria radical" foi responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 e continua pregando a violência. Isso, acrescentou o presidente, faz O Islã ser visto como antiamericano e contra os direitos humanos. "Enquanto as relações forem alimentadas pelas diferenças, vão estimular os extremistas", argumentou Obama, que não falou em terror nem terrorismo uma única vez.
"Estou um propondo um recomeço com base no interesse e no respeito mútuos", continuou. "Os EUA e o Islã não são incompatíveis. Tem em comum os princípios de justiça, progresso, tolerância e dignidade de todos os seres humanos".
Depois de admitir que "um discurso não pode eliminar anos de desentendimento", o presidente americano afirmou: "Precisamos dizer abertamente o que guardamos no coração".
Em uma das muitas citações do livro sagrado do islamismo, Obama falou: "Está no Corão: tenha consciência de Deus e diga sempre a verdade. É o que vou tentar fazer hoje."
Ele alegou que os interesses comuns são mais poderosos do que as divisões: "Sou um cristão. Meu pai tinha parentes muçulmanos. Morei na Indonésia, um país muçulmano. Quando fazia trabalho comunitário no Sul de Chicago, conheci muita gente que encontrou a paz no Islã".
Foi um discurso com o objetivo claro de colocar o dom da oratória do presidente para conquistar corações e mentes no mundo muçulmano. "A civilização tem uma grande dívida com o Islã. O Islã manteve acesa a luz do conhecimento durante a Idade Média", observou, citando a álgebra, a caligrafia, a pintura, a medicina, a poesia e a música. "O Islã nos mostrou tolerância e igualdade racial".
Num trecho capaz de irritar os conservadores e os fundamentalistas americanos que estão certos de que os EUA são um país cristão, Obama tentou ligar o Islã à História dos EUA desde sua origem: "O Marrocos foi o primeiro país a nos reconhecer. Com ele, o segundo presidente assinou o primeiro acordo internacional dos EUA, em 1796".
Foi depois da primeira intervenção de fuzileiros navais no exterior, para punir piratas que perturbavam o comércio transatlântico. Isso ele não disse. Atrapalharia a mensagem.
Uma nova relação na era pós-Bush precisa ser construída a partir da luta contra "os estereótipos negativos do Islã" nos EUA, sustentou Obama, acrescentando que "os mesmos princípios devem ser aplicados às percepções dos muçulmanos sobre os EUA".
Os EUA tem 7 milhões de muçulmanos, com renda e educação acima da média, disse o presidente americano. "A liberdade nos EUA é inseparável da liberdade religiosa. Há 1,2 mil mesquitas nos EUA. O Islã é parte da América", uma afirmação que irritou os americanos conservadores, que vem seu país como cristão.
Obama admitiu que "palavras não bastam para satisfazer as necessidades dos povos. Mas temos aspirações em comum". observou.
"Aprendemos com a história recente que, quando o sistema financeiro de um país fraqueja, a prosperidade de todos é atingida. Quando uma nova gripe infecta um ser humano, todos estão em risco. Quando uma nação desenvolve armas nucleares, aumenta o risco para todas as nações. Quando inocentes são massacrados na Bósnia e em Darfur, são manchas na consciência coletiva", afirmou.
"Isto é o significado de compartilhar este mundo no século 21. Esta é a nossa responsabilidade uns com os outros. É uma responsabilidade difícil. Porque a história do homem tem sido uma série de tribos e nações tentando subjugar umas às outras para seu próprio benefício. Mas nesta época, estas atitudes são autodestrutivas", ponderou.
Assim, continuou, "não podemos ser prisioneiros do passado". É preciso dividir os frutos do progresso e "não ignorar as fontes de tensão".
Em seguida, Obama listou as tarefas conjuntas que os americanos precisam fazer com os muçulmanos para construir uma nova relação e um mundo melhor:
"A primeira questão que temos de enfrentar é o extremismo violento em todas as duas formas. Como eu disse em Ankara, os EUA não estão - e nunca estarão - em guerra contra o Islã. Vamos, entretanto, enfrentar sem trégua extremistas violentos que são uma grave ameaça à nossa segurança. Porque rejeitamos o que as pessoas de todas as fés rejeitam: a matança de homens, mulheres e crianças inocentes. Meu primeiro dever como presidente é proteger a vida do povo americano."
Obama defendeu a guerra no Afeganistão como necessária para combater os responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os EUA: a rede terrorista Al Caeda e o regime da milícia fundamentalista dos Talebã, que governava o país na época. Mas afirmou que não pretende manter forças nem bases permanentemente no Afeganistão.
Para lutar esta guerra, a guerra de Obama, os EUA articularam uma aliança de 46 países.
Mais uma vez, o presidente americano tentou conquistar os corações e as mentes de seu público-alvo assinalando que a maioria dos mortos pelo terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos, o jihadismo, são muçulmanos: "Suas ações são inconciliáveis com os direitos humanos, o progresso das nações e o Islã. O Sagrado Corão ensina que quem mata um inocente é como se tivesse matado toda a humanidade; e quando se salva uma pessoa, salva-se toda a humanidade.
"A fé duradoura de mais de um bilhão de pessoas é muito maior do que o ódio estreito de uns poucos. O Islã não parte do problema no combate à violência extremista. É uma parte importante na promoção da paz", sentenciou Obama.
Como a força bruta sozinha não vai resolver os problemas do Afeganistão nem do Paquistão, o presidente lembrou que os EUA estão investindo US$ 1,5 bilhão por ano nos próximos cinco anos para reconstruir escolas, estradas e hospitais paquistaneses, além de centenas de milhares de dólares para refugiados, e US$ 2,8 bilhões no desenvolvimento afegãos.
Depois de dizer que a invasão do Iraque foi uma escolha e não uma necessidade do governo Bush, Obama admitiu acreditar que o povo iraquiano viva melhor hoje do que sob a ditadura de Saddam Hussein. E tirou uma lição da guerra de Bush, citando Thomas Jefferson, um dos fundadores dos EUA: "Espero que a nossa sabedoria cresça com o nosso poder e nos ensine que quanto menos usarmos nosso poder maiores seremos".
Ele resumiu as responsabilidades dos EUA no Iraque a duas: ajudar os iraquianos a construir um futuro melhor e deixar o Iraque para os iraquianos.
Ao mesmo tempo em que considera intolerável a violência extremista, continuou Obama, sem citar as palavras terror e terrorismo uma só vez, prometeu não violar os princípios de liberdade e democracia dos EUA, proibindo a tortura e ordenando o fechamento do centro de detenção de suspeitos na base naval americana de Guantânamo, em Cuba.
A segunda grande fonte de tensão entre o Ocidente e o Islã é, para o presidente dos EUA, o conflito árabe-israelense, especialmente a questão palestina. Depois de repetir que a aliança EUA-Israel é "inquebrantável", Obama recordou que a origem do Estado judaico é "uma história trágica que não pode ser negada: 6 milhões de judeus foram mortos, mais do que a atual população do Estado de Israel."
Em um recado ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto e ameaça "varrer Israel do mapa", alegou que "negar este fato não tem fundamento, é ignorante e odioso".
Por outro lado, reconheceu que os palestinos - muçulmanos e cristãos - sofrem há seis décadas, desde a criação de Israel, em 1948, e mais ainda com a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
"Eles aguentam as humilhações diárias - grandes e pequenas - que vem com a ocupação. Então, não deve haver dúvida: a situação do povo palestino é intolerável", avaliou Obama, em outra declaração critica pela oposição republicana.
"São dois povos com aspirações legítimas. Se virmos o conflito de apenas um lado, ficamos cegos. Tempos de contemplar as aspirações dos dois lados porque a paz e a segurança são do interesse de todos."
O novo presidente dos EUA aposta na fórmula de dois países independentes, um árabe e outro judaico, convivendo pacificamente no território histórico da Palestina. Para chegar lá, Obama pediu aos palestinos que renunciem à violência, lembrando que os negros americanos e sul-africanos não se libertaram pela violência, e a Israel que suspenda a colonização dos territórios árabes ocupados.
A terceira fonte de tensão citada por Obama é a proliferação de armas nucleares. Ele admitiu que os EUA e o Irã tem uma história conturbada pelo menos desde o apoio americano ao golpe militar de 1953 contra o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, que nacionalizara o petróleo iraniano.
Desde a revolução islâmica de 1979, os EUA e seus interesses foram alvo da revolta dos iranianos com o passado de exploração colonialista.
Como em relação aos outros conflitos do Oriente Médio, o presidente propôs que os iranianos olhem para o futuro - e renovou sua proposta de um mundo sem armas nucleares. A idéia me parece bastante inverossímil, mas tem sido esgrimida na tentativa de convencer o Irã e a Coreia do Norte a desmilitarizarem seus programas nucleares. Outra é a promessa de energia nuclear para fins pacíficos.
O quarto foco de tensão é a democracia. Mais uma vez, o recado foi direto: "Nenhum sistema de governo pode ou deve ser imposto a outra nação. Os EUA não pretendem saber o que é melhor para outros povos."
Mesmo assim, defendeu o princípio básico de que os governos devem refletir o desejo do povo, o direito de se expressar e ter alguma influência no governo de seu país, confiança na lei e nas autoridades judiciais e transparência, argumentando que são direitos humanos e não apenas idéias americanas.
"Não há uma fórmula simples para realizar essas promessas. Mas está claro que governos que protegem estes direitos são mais estáveis, bem-sucedidos e seguros. Suprimir idéias nunca consegue acabar com elas. Os governos devem governar através do consenso, e não da coerção. Devem colocar os interesses do povo acima do seu próprio partido".
A quinta fonte de tensão, prosseguiu Obama, é a liberdade religiosa: "O Islã tem uma tradição de tolerância. Vimos na história da Andaluzia e Córdoba durante a Inquisição. Eu mesmo aprendi isso na minha infância na Indonésia, onde cristãos devotos podiam exercer sua fé num país majoritariamente muçulmano. As pessoas devem ter liberdade para escolher sua fé".
Após defender a tolerância religiosa, o presidente americano observou que, "entre alguns muçulmanos, há uma tendência perturbadora de medir a própria fé pela rejeição de outras. A fé deve nos unir."
O sexto ponto foi os direitos das mulheres: “Negar educação é negar direitos iguais. Os países onde as mulheres são educadas tem mais chances de prosperar. Nossas filhas podem contribuir tanto quanto nossos filhos. Eu respeito as mulheres que preferem levar estilo de vida tradicionais, Mas deve ser sua escolha.”
Por fim, Obama afirmou que a paz depende do desenvolvimento econômico que satisfaça as necessidades básicas dos povos. Ele admitiu que a globalização é contraditória. Traz riqueza e oportunidades, mas também miséria e desemprego. Reduz o controle sobre a economia e a política, afetando as identidades nacionais.
“A televisão e a Internet trazem conhecimento e informação, mas também uma sexualidade ofensiva e uma violência sem sentido. Em todas as nações, a mudança provoca medo.”
Mas o progresso não pode ser negado, e países como o Japão e a Coreia do Sul passaram por um desenvolvimento extraordinário sem comprometer suas culturas e identidades.
O caminho para o desenvolvimento é, para Obama, o investimento em “educação e inovação, as moedas do século 21”, e os muçulmanos tem investido pouco nestas areas.
Obama prometeu lançar um fundo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países muçulmanos com o objetivo de “desenvolver novas fontes de energia, criar empregos verdes, digitalizar arquivos, purificar água e cultivar a terra.
Para concluir, pediu um esforço conjunto para criar “um mundo onde os extremistas não ameacem nossos povos e as tropas americanas tenham voltado para casa, um mundo onde israelenses e palestinos tenham seus próprios países, um mundo onde a energia nuclear seja usada para fins pacíficos, um mundo onde os governos sirvam seus cidadãos e os direitos de todos os filhos de Deus sejam respeitados."
Obama voltou a defender uma paz com a criação de um país palestino independente e uma aliança para combater o extremismo muçulmano. Ele citou várias vezes o Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, para argumentar que o objetivo maior de todas as religiões é a paz.
As reações iniciais foram majoritariamente positivas, mas o Supremo Líder da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o discurso não muda nada.
"É fácil ficar apontando o dedo por aí... Palestinos e israelenses podem se acusar. Se vemos o conflito apenas de um lado, ficamos cegos", declarou o presidente dos EUA.
Obama admitiu que há um longo passado de conflitos entre o Ocidente e o Islã, das Cruzadas, na Idade Média, passando pelo colonialismo até a Guerra Fria. A modernidade e a globalização também se apresentam como desafios aos estilos de vida das sociedades muçulmanas, admitiu Obama.
Uma "pequena minoria radical" foi responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 e continua pregando a violência. Isso, acrescentou o presidente, faz O Islã ser visto como antiamericano e contra os direitos humanos. "Enquanto as relações forem alimentadas pelas diferenças, vão estimular os extremistas", argumentou Obama, que não falou em terror nem terrorismo uma única vez.
"Estou um propondo um recomeço com base no interesse e no respeito mútuos", continuou. "Os EUA e o Islã não são incompatíveis. Tem em comum os princípios de justiça, progresso, tolerância e dignidade de todos os seres humanos".
Depois de admitir que "um discurso não pode eliminar anos de desentendimento", o presidente americano afirmou: "Precisamos dizer abertamente o que guardamos no coração".
Em uma das muitas citações do livro sagrado do islamismo, Obama falou: "Está no Corão: tenha consciência de Deus e diga sempre a verdade. É o que vou tentar fazer hoje."
Ele alegou que os interesses comuns são mais poderosos do que as divisões: "Sou um cristão. Meu pai tinha parentes muçulmanos. Morei na Indonésia, um país muçulmano. Quando fazia trabalho comunitário no Sul de Chicago, conheci muita gente que encontrou a paz no Islã".
Foi um discurso com o objetivo claro de colocar o dom da oratória do presidente para conquistar corações e mentes no mundo muçulmano. "A civilização tem uma grande dívida com o Islã. O Islã manteve acesa a luz do conhecimento durante a Idade Média", observou, citando a álgebra, a caligrafia, a pintura, a medicina, a poesia e a música. "O Islã nos mostrou tolerância e igualdade racial".
Num trecho capaz de irritar os conservadores e os fundamentalistas americanos que estão certos de que os EUA são um país cristão, Obama tentou ligar o Islã à História dos EUA desde sua origem: "O Marrocos foi o primeiro país a nos reconhecer. Com ele, o segundo presidente assinou o primeiro acordo internacional dos EUA, em 1796".
Foi depois da primeira intervenção de fuzileiros navais no exterior, para punir piratas que perturbavam o comércio transatlântico. Isso ele não disse. Atrapalharia a mensagem.
Uma nova relação na era pós-Bush precisa ser construída a partir da luta contra "os estereótipos negativos do Islã" nos EUA, sustentou Obama, acrescentando que "os mesmos princípios devem ser aplicados às percepções dos muçulmanos sobre os EUA".
Os EUA tem 7 milhões de muçulmanos, com renda e educação acima da média, disse o presidente americano. "A liberdade nos EUA é inseparável da liberdade religiosa. Há 1,2 mil mesquitas nos EUA. O Islã é parte da América", uma afirmação que irritou os americanos conservadores, que vem seu país como cristão.
Obama admitiu que "palavras não bastam para satisfazer as necessidades dos povos. Mas temos aspirações em comum". observou.
"Aprendemos com a história recente que, quando o sistema financeiro de um país fraqueja, a prosperidade de todos é atingida. Quando uma nova gripe infecta um ser humano, todos estão em risco. Quando uma nação desenvolve armas nucleares, aumenta o risco para todas as nações. Quando inocentes são massacrados na Bósnia e em Darfur, são manchas na consciência coletiva", afirmou.
"Isto é o significado de compartilhar este mundo no século 21. Esta é a nossa responsabilidade uns com os outros. É uma responsabilidade difícil. Porque a história do homem tem sido uma série de tribos e nações tentando subjugar umas às outras para seu próprio benefício. Mas nesta época, estas atitudes são autodestrutivas", ponderou.
Assim, continuou, "não podemos ser prisioneiros do passado". É preciso dividir os frutos do progresso e "não ignorar as fontes de tensão".
Em seguida, Obama listou as tarefas conjuntas que os americanos precisam fazer com os muçulmanos para construir uma nova relação e um mundo melhor:
"A primeira questão que temos de enfrentar é o extremismo violento em todas as duas formas. Como eu disse em Ankara, os EUA não estão - e nunca estarão - em guerra contra o Islã. Vamos, entretanto, enfrentar sem trégua extremistas violentos que são uma grave ameaça à nossa segurança. Porque rejeitamos o que as pessoas de todas as fés rejeitam: a matança de homens, mulheres e crianças inocentes. Meu primeiro dever como presidente é proteger a vida do povo americano."
Obama defendeu a guerra no Afeganistão como necessária para combater os responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os EUA: a rede terrorista Al Caeda e o regime da milícia fundamentalista dos Talebã, que governava o país na época. Mas afirmou que não pretende manter forças nem bases permanentemente no Afeganistão.
Para lutar esta guerra, a guerra de Obama, os EUA articularam uma aliança de 46 países.
Mais uma vez, o presidente americano tentou conquistar os corações e as mentes de seu público-alvo assinalando que a maioria dos mortos pelo terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos, o jihadismo, são muçulmanos: "Suas ações são inconciliáveis com os direitos humanos, o progresso das nações e o Islã. O Sagrado Corão ensina que quem mata um inocente é como se tivesse matado toda a humanidade; e quando se salva uma pessoa, salva-se toda a humanidade.
"A fé duradoura de mais de um bilhão de pessoas é muito maior do que o ódio estreito de uns poucos. O Islã não parte do problema no combate à violência extremista. É uma parte importante na promoção da paz", sentenciou Obama.
Como a força bruta sozinha não vai resolver os problemas do Afeganistão nem do Paquistão, o presidente lembrou que os EUA estão investindo US$ 1,5 bilhão por ano nos próximos cinco anos para reconstruir escolas, estradas e hospitais paquistaneses, além de centenas de milhares de dólares para refugiados, e US$ 2,8 bilhões no desenvolvimento afegãos.
Depois de dizer que a invasão do Iraque foi uma escolha e não uma necessidade do governo Bush, Obama admitiu acreditar que o povo iraquiano viva melhor hoje do que sob a ditadura de Saddam Hussein. E tirou uma lição da guerra de Bush, citando Thomas Jefferson, um dos fundadores dos EUA: "Espero que a nossa sabedoria cresça com o nosso poder e nos ensine que quanto menos usarmos nosso poder maiores seremos".
Ele resumiu as responsabilidades dos EUA no Iraque a duas: ajudar os iraquianos a construir um futuro melhor e deixar o Iraque para os iraquianos.
Ao mesmo tempo em que considera intolerável a violência extremista, continuou Obama, sem citar as palavras terror e terrorismo uma só vez, prometeu não violar os princípios de liberdade e democracia dos EUA, proibindo a tortura e ordenando o fechamento do centro de detenção de suspeitos na base naval americana de Guantânamo, em Cuba.
A segunda grande fonte de tensão entre o Ocidente e o Islã é, para o presidente dos EUA, o conflito árabe-israelense, especialmente a questão palestina. Depois de repetir que a aliança EUA-Israel é "inquebrantável", Obama recordou que a origem do Estado judaico é "uma história trágica que não pode ser negada: 6 milhões de judeus foram mortos, mais do que a atual população do Estado de Israel."
Em um recado ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto e ameaça "varrer Israel do mapa", alegou que "negar este fato não tem fundamento, é ignorante e odioso".
Por outro lado, reconheceu que os palestinos - muçulmanos e cristãos - sofrem há seis décadas, desde a criação de Israel, em 1948, e mais ainda com a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
"Eles aguentam as humilhações diárias - grandes e pequenas - que vem com a ocupação. Então, não deve haver dúvida: a situação do povo palestino é intolerável", avaliou Obama, em outra declaração critica pela oposição republicana.
"São dois povos com aspirações legítimas. Se virmos o conflito de apenas um lado, ficamos cegos. Tempos de contemplar as aspirações dos dois lados porque a paz e a segurança são do interesse de todos."
O novo presidente dos EUA aposta na fórmula de dois países independentes, um árabe e outro judaico, convivendo pacificamente no território histórico da Palestina. Para chegar lá, Obama pediu aos palestinos que renunciem à violência, lembrando que os negros americanos e sul-africanos não se libertaram pela violência, e a Israel que suspenda a colonização dos territórios árabes ocupados.
A terceira fonte de tensão citada por Obama é a proliferação de armas nucleares. Ele admitiu que os EUA e o Irã tem uma história conturbada pelo menos desde o apoio americano ao golpe militar de 1953 contra o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, que nacionalizara o petróleo iraniano.
Desde a revolução islâmica de 1979, os EUA e seus interesses foram alvo da revolta dos iranianos com o passado de exploração colonialista.
Como em relação aos outros conflitos do Oriente Médio, o presidente propôs que os iranianos olhem para o futuro - e renovou sua proposta de um mundo sem armas nucleares. A idéia me parece bastante inverossímil, mas tem sido esgrimida na tentativa de convencer o Irã e a Coreia do Norte a desmilitarizarem seus programas nucleares. Outra é a promessa de energia nuclear para fins pacíficos.
O quarto foco de tensão é a democracia. Mais uma vez, o recado foi direto: "Nenhum sistema de governo pode ou deve ser imposto a outra nação. Os EUA não pretendem saber o que é melhor para outros povos."
Mesmo assim, defendeu o princípio básico de que os governos devem refletir o desejo do povo, o direito de se expressar e ter alguma influência no governo de seu país, confiança na lei e nas autoridades judiciais e transparência, argumentando que são direitos humanos e não apenas idéias americanas.
"Não há uma fórmula simples para realizar essas promessas. Mas está claro que governos que protegem estes direitos são mais estáveis, bem-sucedidos e seguros. Suprimir idéias nunca consegue acabar com elas. Os governos devem governar através do consenso, e não da coerção. Devem colocar os interesses do povo acima do seu próprio partido".
A quinta fonte de tensão, prosseguiu Obama, é a liberdade religiosa: "O Islã tem uma tradição de tolerância. Vimos na história da Andaluzia e Córdoba durante a Inquisição. Eu mesmo aprendi isso na minha infância na Indonésia, onde cristãos devotos podiam exercer sua fé num país majoritariamente muçulmano. As pessoas devem ter liberdade para escolher sua fé".
Após defender a tolerância religiosa, o presidente americano observou que, "entre alguns muçulmanos, há uma tendência perturbadora de medir a própria fé pela rejeição de outras. A fé deve nos unir."
O sexto ponto foi os direitos das mulheres: “Negar educação é negar direitos iguais. Os países onde as mulheres são educadas tem mais chances de prosperar. Nossas filhas podem contribuir tanto quanto nossos filhos. Eu respeito as mulheres que preferem levar estilo de vida tradicionais, Mas deve ser sua escolha.”
Por fim, Obama afirmou que a paz depende do desenvolvimento econômico que satisfaça as necessidades básicas dos povos. Ele admitiu que a globalização é contraditória. Traz riqueza e oportunidades, mas também miséria e desemprego. Reduz o controle sobre a economia e a política, afetando as identidades nacionais.
“A televisão e a Internet trazem conhecimento e informação, mas também uma sexualidade ofensiva e uma violência sem sentido. Em todas as nações, a mudança provoca medo.”
Mas o progresso não pode ser negado, e países como o Japão e a Coreia do Sul passaram por um desenvolvimento extraordinário sem comprometer suas culturas e identidades.
O caminho para o desenvolvimento é, para Obama, o investimento em “educação e inovação, as moedas do século 21”, e os muçulmanos tem investido pouco nestas areas.
Obama prometeu lançar um fundo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países muçulmanos com o objetivo de “desenvolver novas fontes de energia, criar empregos verdes, digitalizar arquivos, purificar água e cultivar a terra.
Para concluir, pediu um esforço conjunto para criar “um mundo onde os extremistas não ameacem nossos povos e as tropas americanas tenham voltado para casa, um mundo onde israelenses e palestinos tenham seus próprios países, um mundo onde a energia nuclear seja usada para fins pacíficos, um mundo onde os governos sirvam seus cidadãos e os direitos de todos os filhos de Deus sejam respeitados."
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