Em mais um desafio ao regime dos aiatolás, dezenas de milhares de partidários convocados pelo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, principal candidato da oposição na eleição presidencial de 12 de junho de 2009, voltaram a protestar hoje em Teerã contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. O ex-primeiro-ministro pediu manifestações pacíficas em memória dos mortos.
A milícia governamental Basij atacou ontem dormitórios da Universidade de Teerã. Um procurador regional advertiu que “alguns elementos” da oposição “controlada do exterior” pode pegar pena de morte com base na lei islâmica.
Em Israel, o ministro da Defesa, Ehud Barak voltou a dizer que o país tem de tomar uma decisão rapidamente e que “todas as opções estão na mesa”, linguagem diplomática para admitir o uso da força. O chefe do serviço secreto israelense previu no parlamento que os protestos devem ser esvaziados em alguns dias e que não deve haver revolução no Irã.
A seleção de futebol do Irã chegou a entrar em campo com alguns jogadores com uma fita verde, cor da oposição, no pulso. No intervalo, foram obrigados a tirá-las.
O presidente Barack Obama declarou que não quer interferir porque, na sua opinião, seria contraproducente, dado o histórico de desconfiança entre os Estados Unidos e o Irã. Mas o Departamento de Estado americano pediu ao sítio de Internet Twitter que evitasse uma parada no serviço por razões técnicas no fim de semana para que pudesse ser usado na mobilização da oposição iraniana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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