O primeiro preso sob acusação de terrorismo na base naval americana de Guantânamo, em Cuba, foi levado hoje para julgamento nos Estados Unidos. Na primeira audiência num tribunal federal da Nova York, ele se declarou inocente.
Ahmed Khalfan Ghailani é tanzaniano. Foi denunciado pelos atentados a bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, que mataram 224 pessoas em 7 de agosto de 1998.
Ghailani enfrenta 286 acusações de conspirar com Ossama bin Laden e outros membros da rede terrorista Al Caeda, além de acusações separadas para cada uma das 224 mortes. Ele estava preso há três anos no centro de detenção de Guantânamo.
O governo George W. Bush criou a prisão no início de 2002 para negar aos suspeitos detidos na luta contra o terrorismo os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo. No primeiro dia de governo, ordenou que isso seja feito em um ano. Mas integrantes do governo Bush e até alguns democratas alegam que parte dos 240 suspeitos ainda detidos não pode ser julgada nos EUA sem revelar segredos capazes de comprometer a segurança do país.
A oposição republicana acusa o governo Obama de importar terroristas. O julgamento de Ghailani será o primeiro teste.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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