A Guarda Revolucionária Iraniana advertiu hoje que não vai tolerar mais manifestações contestando o resultado da eleição presidencial de 12 de junho de 2009. Mas a oposição convocou mais protestos. Pelo menos 10 pessoas foram mortas no fim de semana, elevando para 17 o total de mortos nos protestos contra a reeleição de Ahmadinejad.
Os conflitos continuam nas ruas de Teerã, onde a polícia estaria usando gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes, enquanto o ministro do Exterior voltou a acusar os EUA e o Reino Unido.
Um porta-voz da Guarda admitiu que em pelo menos 50 cidades o total de votos superou o número de eleitores. Pelo menos 457 pessoas foram presas no fim de semana, entre elas 24 jornalistas.
Ao analisar a divisão interna do regime, o jornal The New York Times chama a atenção que a oposição também reivindica lealdade à república islâmica. Um partido ligado ao ex-presidente Rafsanjani, derrotado por Ahmadinejad há quatro anos, propôs a Mussavi a formação de um bloco de oposição para denunciar a “ilegitimidade” do governo.
A União Europeia considerou as mortes de oposicionistas “intolerável”, mas mantém a disposição para o diálogo com Teerã.
Já a Síria pediu ao Ocidente que não interfira no processo eleitoral no Irã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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