O Conselho dos Guardiães da Revolução da Revolução Islâmica do Irã rejeitou os pedidos para anular a eleição presidencial de 12 de junho de 2009, oficialmente vencida pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.
A televisão estatal declarou hoje que manifestantes presos acusam a imprensa estrangeira. Apesar da repressão, os protestos continuaram ontem à noite e hoje de manhã.
Em mais uma ameaça à oposição, o governo diz que a Justiça dará uma lição nos manifestantes. Uma nova gravação mostra novas imagens que seriam de Neda (2092), a estudante de filosofia morta no sábado, que virou mártir, antes de ser baleada. O regime iraniano estaria cobrando US$ 3 mil de indenização da família de um homem morto nas manifestações.
O candidato derrotado Mehdi Karoubi mantém o desafio aos aiatolás e convoca um dia de luto para quinta-feira em homenagem aos mortos, que já são pelo menos 20.
Na Bélgica, a advogada e ativista dos direitos humanos Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, pediu aos países europeus que rebaixem suas relações diplomáticas com o Irã, removendo os embaixadores e deixando em Teerã apenas encarregados de negócios; a libertação de todos os presos políticos; e a anulação da eleição.
Em Roma, o cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf liderou um protesto de estudantes iranianos.
A União Europeia condenou a violência no Irã. O Reino Unido expulsou diplomatas iranianos, em retaliação pelas acusações do regime fundamentalista do Irã de que estaria por trás das manifestações.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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