O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou hoje sanções contra o ministro do Exterior do Irã, Mohamed Javad Zarif, congelando seus bens e restringindo suas viagens aos Estados Unidos. O chanceler iraniano acaba de realizar uma viagem de uma semana aos EUA em que fez duras críticas à política do presidente Donald Trump em relação a seu país.
Ao sancionar Zarif, o governo americano pune um moderado que foi o principal negociar da República Islâmica para fechar o acordo de 2015 com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar por dez anos a parte militar do programa nuclear iraniano.
Fica mais difícil reabrir as negociações, como gostaria Trump, para incluir também a proibição de desenvolver tecnologia de mísseis e de interferir política e militarmente em outros países do Oriente Médio.
Em tese, a estratégia de pressão máxima adotada pelos EUA visa a trazer o Irã de volta à mesa de negociações. Na prática, enfraquece os setores mais moderados do regime dos aiatolás, enquanto fortalece a Guarda Revolucionária Iraniana, declarada grupo terrorista pelos EUA em abril.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 31 de julho de 2019
Presidente radical do México luta para cumprir promessas
O presidente de esquerda do México luta para realizar programa de reformas radicais sob desconfiança do mercado e a pressão dos Estados Unidos de Donald Trump.
A eleição de Andrés Manuel López Obrador com maioria absoluta, em 1º de julho do ano passado, deveria ser o início de reformas radicais, especialmente depois que seus partidários conquistaram maioria absoluta nas duas casas do Congresso.
López Obrador, também conhecido como AMLO, prometeu realizar a quarta grande transformação da história do México, depois da independência, da Reforma, uma série de mudanças liberais feitas pelo presidente Benito Juárez no século 19, e da Revolução Mexicana de 1910.
Mas, desde a posse, em dezembro, o novo presidente luta para cumprir as promessas da campanha, que incluem o combate à corrupção e à desigualdade social e o fim da guerra contra as drogas deflagrada em 2006 pelo então presidente Felipe Calderón. Meu comentário:
A eleição de Andrés Manuel López Obrador com maioria absoluta, em 1º de julho do ano passado, deveria ser o início de reformas radicais, especialmente depois que seus partidários conquistaram maioria absoluta nas duas casas do Congresso.
López Obrador, também conhecido como AMLO, prometeu realizar a quarta grande transformação da história do México, depois da independência, da Reforma, uma série de mudanças liberais feitas pelo presidente Benito Juárez no século 19, e da Revolução Mexicana de 1910.
Mas, desde a posse, em dezembro, o novo presidente luta para cumprir as promessas da campanha, que incluem o combate à corrupção e à desigualdade social e o fim da guerra contra as drogas deflagrada em 2006 pelo então presidente Felipe Calderón. Meu comentário:
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UE e Eurozona cresceram 0,2% no segundo trimestre de 2019
A União Europeia e a Zona do Euro se desaceleraram no segundo trimeste deste ano, com avanço de apenas 0,2%. Nos primeiros três meses do ano, a UE cresceu 0,5% e a Eurozona 0,4%, de acordo com escritório oficial de estatísticas do bloco europeu, Eurostat. Nos últimos 12 meses, a UE teve uma expansão de 1,3% e a Eurozona de 1,1%.
Os dados apontam para uma queda no crescimento causada por problemas internos, como a saída britânica da UE, e externos, como a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e indicam a necessidade de novas políticas de estímulo, como defende o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
A taxa de desemprego em junho ficou em 7,5% na Eurozona e na UE como um todo em 6,3%. O desemprego é menor na República Tcheca (1,9%) e na Alemanha (3,1%) e maior na Grécia (17,6%) e na Espanha (14%).
A inflação na Zona do Euro caiu de 1,3% em junho para 1,1% ao ano em julho, abaixo da meta do BCE, que é de 2% ao ano.
Os dados apontam para uma queda no crescimento causada por problemas internos, como a saída britânica da UE, e externos, como a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e indicam a necessidade de novas políticas de estímulo, como defende o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
A taxa de desemprego em junho ficou em 7,5% na Eurozona e na UE como um todo em 6,3%. O desemprego é menor na República Tcheca (1,9%) e na Alemanha (3,1%) e maior na Grécia (17,6%) e na Espanha (14%).
A inflação na Zona do Euro caiu de 1,3% em junho para 1,1% ao ano em julho, abaixo da meta do BCE, que é de 2% ao ano.
terça-feira, 30 de julho de 2019
China faz manobras militares e policiais para intimidar Hong Kong
Cerca de 160 mil policiais da China estão treinando na província de Cantão, perto de Hong Kong, onde um movimento pela democracia contesta a autoridade do Partido Comunista chinês sobre o território que tem status de região administrativa especial dentro da República Popular da China.
Oficialmente, o treinamento, com carros blindados e helicópteros, é uma preparação para o aniversário de 70 anos da vitória da revolução comunista, festejada em 1º de outubro. Mas treinamentos desta magnitude são raros.
O local e a escala indicam que pode ser uma preparação para intervir em Hong Kong, onde a população protesta há oito semanas, na pior crise desde que a antiga colônia britânica foi devolvida à China, em 1º de julho de 1997.
As manifestações começaram em protesto contra um projeto de lei para autorizar a extradição de moradores no território para responder a processos na China continental. A medida é vista como uma ameaça aos residentes e à independência judiciária de Hong Kong.
O treinamento da polícia e manobras militares do Exército Popular de Libertação em Zhenjiang, na mesma província de Cantão, iniciadas em 23 de julho, são sinais de preparação das forças de segurança da República Popular da China para intervir no território, onde manifestantes têm enfrentado a polícia em confrontos cada vez mais violentos. Meu comentário:
Oficialmente, o treinamento, com carros blindados e helicópteros, é uma preparação para o aniversário de 70 anos da vitória da revolução comunista, festejada em 1º de outubro. Mas treinamentos desta magnitude são raros.
O local e a escala indicam que pode ser uma preparação para intervir em Hong Kong, onde a população protesta há oito semanas, na pior crise desde que a antiga colônia britânica foi devolvida à China, em 1º de julho de 1997.
As manifestações começaram em protesto contra um projeto de lei para autorizar a extradição de moradores no território para responder a processos na China continental. A medida é vista como uma ameaça aos residentes e à independência judiciária de Hong Kong.
O treinamento da polícia e manobras militares do Exército Popular de Libertação em Zhenjiang, na mesma província de Cantão, iniciadas em 23 de julho, são sinais de preparação das forças de segurança da República Popular da China para intervir no território, onde manifestantes têm enfrentado a polícia em confrontos cada vez mais violentos. Meu comentário:
segunda-feira, 29 de julho de 2019
Trump nomeia deputado subserviente para diretor nacional de Inteligência
O presidente Donald Trump demite o diretor nacional de Inteligência que o contrariou e indica um capacho para ocupar o cargo. Trump anunciou hoje que Dan Coats sai em 15 de agosto. Será substituído pelo deputado John Ratcliffe, do grupo radical de direita Festa do Chá, sem experiência no setor. Sua qualificação é ser um defensor intransigente e incondicional do presidente.
O diretor nacional de inteligência coordena os 17 serviços secretos dos Estados Unidos, inclusive a Agência Central de Inteligência (CIA) e o Birô Federal de Investigações (FBI), a polícia federal americana. Dan Coats, ex-deputado e ex-senador do Partido Republicano, o mesmo de Trump, entrou várias vezes em choque com o presidente.
Coats insistiu na ameaça que a Rússia representa para as eleições e a democracia americana depois da ajuda do Kremlin à vitória do presidente em 2016. Questionou o compromisso da Coreia do Norte de entregar as armas nucleares e afirmou que o Irã estava cumprindo o acordo nuclear negociado pelo governo Barack Obama, que Trump abandonou no ano passado.
Em julho de 2018, em entrevista, ao lado de Vladimir Putin, Trump disse que acreditava no ditador russo, que nega qualquer interferência nas nas eleições americanas. Depois de um encontro com o ditador Kim Jong Un, o presidente assegurou que a ameaça nuclear da Coreia do Norte estava afastada. Coats discordou. Trump chegou a dizer que a comunidade de inteligência é “passiva e ingênua” por minimizar a ameaça do Irã, seu inimigo predileto no Oriente Médio. Meu comentário:
O diretor nacional de inteligência coordena os 17 serviços secretos dos Estados Unidos, inclusive a Agência Central de Inteligência (CIA) e o Birô Federal de Investigações (FBI), a polícia federal americana. Dan Coats, ex-deputado e ex-senador do Partido Republicano, o mesmo de Trump, entrou várias vezes em choque com o presidente.
Coats insistiu na ameaça que a Rússia representa para as eleições e a democracia americana depois da ajuda do Kremlin à vitória do presidente em 2016. Questionou o compromisso da Coreia do Norte de entregar as armas nucleares e afirmou que o Irã estava cumprindo o acordo nuclear negociado pelo governo Barack Obama, que Trump abandonou no ano passado.
Em julho de 2018, em entrevista, ao lado de Vladimir Putin, Trump disse que acreditava no ditador russo, que nega qualquer interferência nas nas eleições americanas. Depois de um encontro com o ditador Kim Jong Un, o presidente assegurou que a ameaça nuclear da Coreia do Norte estava afastada. Coats discordou. Trump chegou a dizer que a comunidade de inteligência é “passiva e ingênua” por minimizar a ameaça do Irã, seu inimigo predileto no Oriente Médio. Meu comentário:
NOTA: em 2 de agosto, Trump retirou a indicação, reconhecendo o despreparo de Ratcliffe para o cargo.
domingo, 28 de julho de 2019
Boko Haram ataca funeral e mata 65 pessoas na Nigéria
Pelo menos 65 pessoas foram mortas no sábado num ataque a um funeral atribuído à milícia terrorista muçulmana Boko Haram no distrito de Nganzai, perto de Maiduguri, capital do estado de Borno, no Nordeste da Nigéria, o país mais populoso da África, dividido entre o Norte majoritariamente muçulmano e o Sul cristão e animista.
O primeiro ataque matou 21 pessoas. Outras 44 morreram quando tentavam fugir do local. Outras dez pessoas saíram feridas. Dez estão em estado grave num hospital da localidade.
Há duas semanas, uma milícia local criada pelos habitantes para se defender do Boko Haram havia matado 11 milicianos do grupo. O chefe do governo local acredita que a ação de ontem foi uma retaliação dos terroristas.
Com a derrota da organização terrorista Estado Islâmico no Iraque e na Síria, o Boko Haram é provavelmente hoje o grupo extremista muçulmano que mais mata no mundo inteiro.
Em dez anos desde que aderiu a luta armada para tentar impor a charia, a lei islâmica, na África Ocidental, o Boko Haram deflagrou uma guerra civil em que cerca de 27 mil pessoas foram mortas, noticiou a televisão árabe especializada em jornalismo Al Jazira.
O primeiro ataque matou 21 pessoas. Outras 44 morreram quando tentavam fugir do local. Outras dez pessoas saíram feridas. Dez estão em estado grave num hospital da localidade.
Há duas semanas, uma milícia local criada pelos habitantes para se defender do Boko Haram havia matado 11 milicianos do grupo. O chefe do governo local acredita que a ação de ontem foi uma retaliação dos terroristas.
Com a derrota da organização terrorista Estado Islâmico no Iraque e na Síria, o Boko Haram é provavelmente hoje o grupo extremista muçulmano que mais mata no mundo inteiro.
Em dez anos desde que aderiu a luta armada para tentar impor a charia, a lei islâmica, na África Ocidental, o Boko Haram deflagrou uma guerra civil em que cerca de 27 mil pessoas foram mortas, noticiou a televisão árabe especializada em jornalismo Al Jazira.
Líder da oposição na Rússia é envenenado na prisão
O principal líder da oposição na Rússia, o advogado e blogueiro anticorrupção Alexei Navalny, foi hospitalizado na manhã deste domingo depois de sofrer uma reação alérgica aguda. Uma médica levantou a suspeita de envenenamento, noticiou o jornal The Moscow Times.
Navalny, de 43 anos, foi preso na quarta-feira passada e condenado a 30 dias de reclusão por violar a lei de manifestações públicas ao convocar um protesto não autorizado para ontem em Moscou. A polícia dissolveu o protesto à força e prendeu 1.373 manifestantes.
Ele está "com o rosto inchado e a pele vermelha", descreveu a porta-voz do líder oposicionista, Kira Yarmich. A médica que suspeita de envenenamento já tratou de Navalny no passado e o viu rapidamente desta vez.
"Não podemos descartar danos por intoxicação na pele e em membranas mucosas por uma substância química desconhecida infligida por uma 'terceira parte'", escreveu no Facebook a média Anastassia Vassilieva.
A manifestação de ontem reuniu cerca de 3,5 mil no centro da capital russa para protestar contra a impugnação das candidaturas de mais de dez líderes da oposição às eleições de 8 de setembro para a Câmara Municipal de Moscou, entre eles, Navalny, Ilya Yashin e Liubol Sobol.
Navalny, de 43 anos, foi preso na quarta-feira passada e condenado a 30 dias de reclusão por violar a lei de manifestações públicas ao convocar um protesto não autorizado para ontem em Moscou. A polícia dissolveu o protesto à força e prendeu 1.373 manifestantes.
Ele está "com o rosto inchado e a pele vermelha", descreveu a porta-voz do líder oposicionista, Kira Yarmich. A médica que suspeita de envenenamento já tratou de Navalny no passado e o viu rapidamente desta vez.
"Não podemos descartar danos por intoxicação na pele e em membranas mucosas por uma substância química desconhecida infligida por uma 'terceira parte'", escreveu no Facebook a média Anastassia Vassilieva.
A manifestação de ontem reuniu cerca de 3,5 mil no centro da capital russa para protestar contra a impugnação das candidaturas de mais de dez líderes da oposição às eleições de 8 de setembro para a Câmara Municipal de Moscou, entre eles, Navalny, Ilya Yashin e Liubol Sobol.
sábado, 27 de julho de 2019
Polícia da Rússia protesto e prende mais de mil em Moscou
Quase 1,4 mil pessoas foram presas hoje na capital da Rússia por participar de uma manifestação não autorizada de oposição ao ditador Vladimir Putin. O protesto tinha o objetivo de garantir a participação de candidatos da oposição nas eleições para a Câmara Municipal de Moscou, em 8 de setembro, depois que mais de dez foram barrados, informou o jornal The Moscow News.
A manifestação foi convocada pelo advogado e blogueiro anticorrupção Alexei Navalny, hoje o principal líder oposicionista russo, que foi preso na quarta-feira por 30 dias por organizar os protestos. Democrata e nacionalista, ele foi descrito em 2012 pelo jornal americano The Wall Street Journal como o "homem que Putin mais teme".
Além de Navalny, foram proibidos de concorrer, Ilya Yashin, Liubov Sobol e Ivan Jdanov. Diante da falta de candidatos legítimos, a oposição saiu às ruas para lutar pelos princípios básicos da democracia: o direito de votar em quem o represente.
No fim da semana passada, cerca de 22,5 mil pessoas se concentraram no centro de Moscou num protesto autorizado. Foi a maior manifestação dos últimos anos na capital russa. Neste fim de semana, as autoridades decidiram dar um basta no pior estilo autoritário da política do país.
"Tentativas de dar ultimatos e organizar manifestações violentas não vão trazer nada de bom", escreveu na manhã deste sábado no Twitter o prefeito Sergei Sobianov, alinhado com o Kremlin. "A ordem na cidade será garantida de acordo com a lei."
Ontem, a maioria dos candidatos da oposição a vereador em Moscou foi presa. Mesmo assim, cerca de 3,5 mil pessoas participaram do protesto, inclusive 700 jornalistas e blogueiros em luta pela liberdade de expressão.
Antes da hora marcada, 14h em Moscou (8h em Brasília), a polícia isolou a área em frente à Prefeitura Municipal de Moscou e prendeu 200 manifestantes. Até a manhã de domingo, 1.373 oposicionistas foram presos.
A onda de protestos através da Rússia é resultado da crise econômica que diminui a renda e o padrão de vida dos russos, com a forte queda nos preços internacionais do petróleo desde junho de 2014 e as sanções internacionais contra a anexação ilegal da Crimeia, em março do mesmo ano.
Assim, a popularidade de Putin e de seu partido Rússia Unida está em baixa. Não é massacrando a oposição que vai melhorar. Mas o czar da vez não está disposto a tolerar dissidentes.
A manifestação foi convocada pelo advogado e blogueiro anticorrupção Alexei Navalny, hoje o principal líder oposicionista russo, que foi preso na quarta-feira por 30 dias por organizar os protestos. Democrata e nacionalista, ele foi descrito em 2012 pelo jornal americano The Wall Street Journal como o "homem que Putin mais teme".
Além de Navalny, foram proibidos de concorrer, Ilya Yashin, Liubov Sobol e Ivan Jdanov. Diante da falta de candidatos legítimos, a oposição saiu às ruas para lutar pelos princípios básicos da democracia: o direito de votar em quem o represente.
No fim da semana passada, cerca de 22,5 mil pessoas se concentraram no centro de Moscou num protesto autorizado. Foi a maior manifestação dos últimos anos na capital russa. Neste fim de semana, as autoridades decidiram dar um basta no pior estilo autoritário da política do país.
"Tentativas de dar ultimatos e organizar manifestações violentas não vão trazer nada de bom", escreveu na manhã deste sábado no Twitter o prefeito Sergei Sobianov, alinhado com o Kremlin. "A ordem na cidade será garantida de acordo com a lei."
Ontem, a maioria dos candidatos da oposição a vereador em Moscou foi presa. Mesmo assim, cerca de 3,5 mil pessoas participaram do protesto, inclusive 700 jornalistas e blogueiros em luta pela liberdade de expressão.
Antes da hora marcada, 14h em Moscou (8h em Brasília), a polícia isolou a área em frente à Prefeitura Municipal de Moscou e prendeu 200 manifestantes. Até a manhã de domingo, 1.373 oposicionistas foram presos.
A onda de protestos através da Rússia é resultado da crise econômica que diminui a renda e o padrão de vida dos russos, com a forte queda nos preços internacionais do petróleo desde junho de 2014 e as sanções internacionais contra a anexação ilegal da Crimeia, em março do mesmo ano.
Assim, a popularidade de Putin e de seu partido Rússia Unida está em baixa. Não é massacrando a oposição que vai melhorar. Mas o czar da vez não está disposto a tolerar dissidentes.
sexta-feira, 26 de julho de 2019
Irã testa míssil de médio alcance em novo desafio aos EUA
A República Islâmica dobra a aposta. O regime dos aiatolás está certo de que o presidente Donald Trump não quer envolver os Estados Unidos em outra guerra o Oriente Médio antes da reeleição e aumenta as provocações.
Pela primeira vez desde que a confrontação entre os dois países entrou numa perigosa escalada com ataques a navios petroleiros e drones derrubados pelos dois lados, a ditadura teocrática iraniana testou nesta semana um míssil balístico, o Chahab-3, com alcance de mil quilômetros. É o suficiente para atingir a Arábia Saudita e Israel, os dois maiores aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Ao realizar o teste de mísseis, o Irã tem dois objetivos. Por um lado, faz uma nova demonstração de força para os americanos. É parte de sua estratégia agressiva para reagir às sanções impostas por Trump depois de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015 para congelar por dez anos o programa nuclear militar iraniano e assim evitar que o Irã fabrique a bomba atômica.
Por outro lado, aperfeiçoa seu programa de mísseis balísticos.
O recado é claro. Se for atacado, o Irã pode causar danos catastróficos às forças americanas e a aliados dos Estados Unidos na região, causando uma conflagração no Oriente Médio muito maior do que a gerada pela invasão do Iraque em 2003.
Pela primeira vez desde que a confrontação entre os dois países entrou numa perigosa escalada com ataques a navios petroleiros e drones derrubados pelos dois lados, a ditadura teocrática iraniana testou nesta semana um míssil balístico, o Chahab-3, com alcance de mil quilômetros. É o suficiente para atingir a Arábia Saudita e Israel, os dois maiores aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Ao realizar o teste de mísseis, o Irã tem dois objetivos. Por um lado, faz uma nova demonstração de força para os americanos. É parte de sua estratégia agressiva para reagir às sanções impostas por Trump depois de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015 para congelar por dez anos o programa nuclear militar iraniano e assim evitar que o Irã fabrique a bomba atômica.
Por outro lado, aperfeiçoa seu programa de mísseis balísticos.
O recado é claro. Se for atacado, o Irã pode causar danos catastróficos às forças americanas e a aliados dos Estados Unidos na região, causando uma conflagração no Oriente Médio muito maior do que a gerada pela invasão do Iraque em 2003.
Crescimento dos EUA cai para 2,1% ao ano
O ritmo de crescimento da maior economia do mundo baixou de 3,1% ao ano no primeiro trimestre de 2019 para 2,1% ao ano no segundo trimestre. Aumenta assim a chance de um corte na taxa básica de juros de curto prazo na próxima reunião do Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco centraldos Estados Unidos.
A desaceleração foi menor do que prevista. Os gastos dos consumidores (+4,3%) neutralizaram em parte a redução dos investimentos das empresas.
Diante dos novos dados, o presidente Donald Trump voltou a atacar a independência do Fed: "Não foi ruim considerando que temos um peso muito pesado da âncora do Fed ao redor do nosso pescoço. Quase não há inflação. Os EUA estão prontos para voar."
O Partido Democrata criticou os cortes de impostos para ricos e grandes empresas: "Está ficando claro que a lei fiscal de 2017 foi uma bênção para os afortunados e vai tornar mais difícil para o governo federal estimular o crescimento econômico na próxima recessão", declarou a deputada Carolyn Maloney, vice-presidente da Comissão Conjunta de Economia do Congresso.
A expectativa do mercado é de um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual na próxima semana; 83% dos analistas preveem 0,25. Se a economia mantiver o ritmo de crescimento anual acima de 2%, é provável que o Fed não faça mais cortes até o fim do ano.
Com as guerras comerciais com a China e o México, Trump é acusado de ser o responsável pela desaceleração. O presidente sabe que a economia é seu principal argumento na campanha para a reeleição em 2020.
A revisão de dados de anos anteriores concluiu que a economia americana cresceu 2,5% no ano passado e não os 3% anunciados anteriormente pelo Departamento do Comércio. O país cresce desde o fim de 2009. É o maior período de crescimento da história recente dos EUA.
A desaceleração foi menor do que prevista. Os gastos dos consumidores (+4,3%) neutralizaram em parte a redução dos investimentos das empresas.
Diante dos novos dados, o presidente Donald Trump voltou a atacar a independência do Fed: "Não foi ruim considerando que temos um peso muito pesado da âncora do Fed ao redor do nosso pescoço. Quase não há inflação. Os EUA estão prontos para voar."
O Partido Democrata criticou os cortes de impostos para ricos e grandes empresas: "Está ficando claro que a lei fiscal de 2017 foi uma bênção para os afortunados e vai tornar mais difícil para o governo federal estimular o crescimento econômico na próxima recessão", declarou a deputada Carolyn Maloney, vice-presidente da Comissão Conjunta de Economia do Congresso.
A expectativa do mercado é de um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual na próxima semana; 83% dos analistas preveem 0,25. Se a economia mantiver o ritmo de crescimento anual acima de 2%, é provável que o Fed não faça mais cortes até o fim do ano.
Com as guerras comerciais com a China e o México, Trump é acusado de ser o responsável pela desaceleração. O presidente sabe que a economia é seu principal argumento na campanha para a reeleição em 2020.
A revisão de dados de anos anteriores concluiu que a economia americana cresceu 2,5% no ano passado e não os 3% anunciados anteriormente pelo Departamento do Comércio. O país cresce desde o fim de 2009. É o maior período de crescimento da história recente dos EUA.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
Mais de cem imigrantes morrem na pior tragédia do ano no Mediterrâneo
Um navio com cerca de 300 refugiados e imigrantes clandestinos naufragou hoje a nove quilômetros da costa da Líbia quando tentava cruzar o Mar Mediterrâneo para chegar à Europa. Cerca de 150 pessoas estão desaparecidas, provavelmente mortas. Foi a pior tragédia do ano no Mediterrâneo, declarou o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, o diplomata italiano Filippo Grandi.
Outros 137 imigrantes foram resgatados pela Marinha da Líbia e colocados em centros de detenção na cidade de Khoms, situada a 120 quilômetros a leste da capital líbia, Trípoli. Esses centros de detenção são considerados degradantes por organizações não governamentais que tentam ajudar os imigrantes.
A maior parte dos náufragos resgatados era da Eritreia, mas também havia palestinos e sudaneses a bordo, informou o almirante Ayub Kacem, porta-voz da Marinha líbia. A equipe da organização não governamental Médicos sem Fronteiras na Líbia estima que houvesse 400 pessoas a bordo.
No Twitter, o alto comissário da ONU pediu a reinício das patrulhas de salvamento no Mediterrâneo, o fechamento dos centros de detenção de refugiados e imigrantes na Líbia e a abertura de canais para que eles deixem a Líbia com segurança. Meu comentário:
Outros 137 imigrantes foram resgatados pela Marinha da Líbia e colocados em centros de detenção na cidade de Khoms, situada a 120 quilômetros a leste da capital líbia, Trípoli. Esses centros de detenção são considerados degradantes por organizações não governamentais que tentam ajudar os imigrantes.
A maior parte dos náufragos resgatados era da Eritreia, mas também havia palestinos e sudaneses a bordo, informou o almirante Ayub Kacem, porta-voz da Marinha líbia. A equipe da organização não governamental Médicos sem Fronteiras na Líbia estima que houvesse 400 pessoas a bordo.
No Twitter, o alto comissário da ONU pediu a reinício das patrulhas de salvamento no Mediterrâneo, o fechamento dos centros de detenção de refugiados e imigrantes na Líbia e a abertura de canais para que eles deixem a Líbia com segurança. Meu comentário:
NOTA: os dados sobre número de viajantes, mortos e resgatados com vida foram atualizados no texto, mas não vi necessidade de refazer a gravação.
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quarta-feira, 24 de julho de 2019
Rússia nega invasão do espaço aéreo da Coreia do Sul
As primeiras manobras militares aéreas conjuntas da China e da Rússia provocam tensão no Leste da Ásia. A Embaixada da Rússia em Seul negou formalmente hoje a alegação da Coreia do Sul de que um avião de guerra russo tenha invadido seu espaço aéreo, noticiou a agência Reuters.
O governo sul-coreano havia dito que o adido militar russo responsabilizara problemas de funcionamento da aeronave pelo incidente.
A Rússia nega esta versão, enquanto as autoridades militares da Coreia do Sul não acreditam que a invasão tenha sido causada por problemas técnicos. Estão certas de que foi um ato intencional.
Aviões de guerra da China e da Rússia fizeram ontem inúmeras passagens pela zona de identificação de defesa aérea da Coreia do Sul no Mar Amarelo e no Mar do Japão.
A Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos, que mantêm 28,5 mil soldados no país, acusou duas invasões de seu espaço aéreo sobre a ilha Dodko, disputada pela Coreia do Sul e o Japão, que a chama de Takeshima.
O governo sul-coreano havia dito que o adido militar russo responsabilizara problemas de funcionamento da aeronave pelo incidente.
A Rússia nega esta versão, enquanto as autoridades militares da Coreia do Sul não acreditam que a invasão tenha sido causada por problemas técnicos. Estão certas de que foi um ato intencional.
Aviões de guerra da China e da Rússia fizeram ontem inúmeras passagens pela zona de identificação de defesa aérea da Coreia do Sul no Mar Amarelo e no Mar do Japão.
A Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos, que mantêm 28,5 mil soldados no país, acusou duas invasões de seu espaço aéreo sobre a ilha Dodko, disputada pela Coreia do Sul e o Japão, que a chama de Takeshima.
Coreia do Norte faz novo teste de mísseis de curto alcance
A ditadura comunista da Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis balísticos de curto alcance que caíram no Mar do Japão. Foi o primeiro teste de mísseis norte-coreanos desde o encontro do presidente Donald Trump com o ditador Kim Jong Un, em 30 de junho, na zona desmilitarizada entre as duas Coreias.
É um sinal de insatisfação do regime stalinista de Pyongyang com a falta de progresso nas negociações e o impacto das sanções impostas pelos Estados Unidos. Os mísseis foram disparados da costa leste da Coreia do Norte e caíram depois de percorrer cerca de 425 quilômetros.
O teste de mísseis acontece uma semana depois da Coreia do Norte advertir que as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul marcadas para o mês que vem prejudicam as negociações de desarmamento nuclear.
Há muitos anos, a ditadura norte-coreana acusa essas manobras de serem um treinamento para invadir o país. A suspensão dos exercícios militares foi um gesto de Trump para aliviar a tensão entre Washington e Pyongyang. Em contrapartida, a Coreia do Norte parou temporariamente os testes nucleares e de mísseis.
Os mísseis de curto alcance não chegam ao território dos Estados Unidos, mas podem atingir países aliados como o Japão e a Coreia do Sul, onde há bases militares americanas. Meu comentário:
É um sinal de insatisfação do regime stalinista de Pyongyang com a falta de progresso nas negociações e o impacto das sanções impostas pelos Estados Unidos. Os mísseis foram disparados da costa leste da Coreia do Norte e caíram depois de percorrer cerca de 425 quilômetros.
O teste de mísseis acontece uma semana depois da Coreia do Norte advertir que as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul marcadas para o mês que vem prejudicam as negociações de desarmamento nuclear.
Há muitos anos, a ditadura norte-coreana acusa essas manobras de serem um treinamento para invadir o país. A suspensão dos exercícios militares foi um gesto de Trump para aliviar a tensão entre Washington e Pyongyang. Em contrapartida, a Coreia do Norte parou temporariamente os testes nucleares e de mísseis.
Os mísseis de curto alcance não chegam ao território dos Estados Unidos, mas podem atingir países aliados como o Japão e a Coreia do Sul, onde há bases militares americanas. Meu comentário:
terça-feira, 23 de julho de 2019
Comédia de erros levou bufão Boris Johnson ao poder no Reino Unido
A vitória de Boris Johnson na disputa pela liderança do Partido Conservador é mais uma desgraça para o Reino Unido. Ele promete tirar o país da União Europeia em 31 de outubro, com ou sem acordo. Sem acordo, será um desastre.
Nesta quarta-feira, o bobo da corte vai ao Palácio de Buckingham e deve ser encarregado pela rainha Elizabeth II de formar o próximo governo do Reino Unido. Pode ser o fim do país na sua forma atual, que existe desde 1922, quando a República da Irlanda se tornou independente.
Se o Reino Unido sair mesmo da União Europeia, a Escócia deve convocar um novo plebiscito sobre a independência para sair do Reino Unido e voltar à Europa.
Depois de uma longa agonia que vem desde que o eleitorado votou por 52% a 48% a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, em 23 de junho de 2016, Johnson foi eleito líder do Partido Conservador para concluir o divórcio com a Europa. O resultado foi anunciado hoje.
O problema é que Boris Johnson é um palhaço e um bufão conhecido como desonesto, mentiroso, preguiçoso e racista. Seu único objetivo na vida é sua própria fama e fortuna. Nem um verdadeiro eurocético ele é.
Antes da campanha para o referendo, Johnson escreveu um texto a favor da permanência na União Europeia e outro a favor da saída. Como grande oportunista, na última hora, decidiu apoiar a saída na esperança de realizar seu maior sonho: virar primeiro-ministro do Reino Unido. Meu comentário:
Nesta quarta-feira, o bobo da corte vai ao Palácio de Buckingham e deve ser encarregado pela rainha Elizabeth II de formar o próximo governo do Reino Unido. Pode ser o fim do país na sua forma atual, que existe desde 1922, quando a República da Irlanda se tornou independente.
Se o Reino Unido sair mesmo da União Europeia, a Escócia deve convocar um novo plebiscito sobre a independência para sair do Reino Unido e voltar à Europa.
Depois de uma longa agonia que vem desde que o eleitorado votou por 52% a 48% a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, em 23 de junho de 2016, Johnson foi eleito líder do Partido Conservador para concluir o divórcio com a Europa. O resultado foi anunciado hoje.
O problema é que Boris Johnson é um palhaço e um bufão conhecido como desonesto, mentiroso, preguiçoso e racista. Seu único objetivo na vida é sua própria fama e fortuna. Nem um verdadeiro eurocético ele é.
Antes da campanha para o referendo, Johnson escreveu um texto a favor da permanência na União Europeia e outro a favor da saída. Como grande oportunista, na última hora, decidiu apoiar a saída na esperança de realizar seu maior sonho: virar primeiro-ministro do Reino Unido. Meu comentário:
Boris Johnson é eleito líder do Partido Conservador britânico
Como previsto pelas pesquisas de opinião, o ex-prefeito de Londres e ex-ministro do Exterior Boris Johnson foi eleito novo líder do Partido Conservador britânico e deve ser nomeado amanhã primeiro-ministro do Reino Unido, noticiou o jornal The Guardian.
Sua vitória foi recebida com ceticismo pelos dirigentes da União Europeia em Bruxelas, que rejeitam seus planos de retirar o país da União Europeia em 31 de outubro com ou sem acordo.
Na votação final entre os filiados ao partido, Johnson obteve 92.153 votos contra 46.656 votos para o ministro da Defesa, Jeremy Hunt. Sua principal tarefa será resolver os problemas criados pela Brexit (saída britânica).
Em Bruxelas, a futura presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da UE, a alemã Ursula von der Leyen, declarou que "há muitas questões difíceis para resolver juntos. "É importante construirmos uma forte relação de trabalho porque temos o dever de entregar algo que seja bom para o povo da Europa e do Reino Unido."
Johnson é hoje o grande palhaço da política britânica, um bufão disposto a fazer qualquer coisa para se tornar chefe de governo. Ele não era a favor da saída da UE. Durante a campanha para o plebiscito de 23 de junho de 2016, chegou a escrever duas declarações. Na última hora, optou pela saída, numa traição ao então primeiro-ministro David Cameron.
Cameron convocou o plebiscito para tentar pacificar o Partido Conservador, dividido em torno da questão da Europa desde a queda da primeira-ministra Margaret Thatcher, em 1990. Acabou dividindo ainda mais o partido e o país, e renunciou ao cargo.
Como na política britânica, há uma regra não escrita de que quem mata o rei não ascende ao trono, Johnson perdeu a disputa pela liderança conservadora em 2016. Venceu a primeira-ministra Theresa May, que ficara ao lado de Cameron, votando pela permanência na UE.
May passou anos negociando um acordo de saída da UE, rejeitado três vezes pela Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico. Sem condições de cumprir a missão mais importante de seu mandato, May caiu, abrindo caminho para o bufão carismático.
Uma saída dura da UE será um desastre para o Reino Unido, com queda de mais de 10% do produto interno bruto em cinco anos, de acordo com estudo do Banco da Inglaterra. Se a Brexit for confirmada, a Escócia deve convocar um novo plebiscito sobre a independência e sair do Reino Unido para voltar à Europa.
Amanhã, May vai apresentar seu pedido de demissão à rainha Elizabeth II. Pouco depois, Johnson vai ao Palácio de Buckingham, onde vai receber a incumbência de formar um novo governo.
Sua vitória foi recebida com ceticismo pelos dirigentes da União Europeia em Bruxelas, que rejeitam seus planos de retirar o país da União Europeia em 31 de outubro com ou sem acordo.
Na votação final entre os filiados ao partido, Johnson obteve 92.153 votos contra 46.656 votos para o ministro da Defesa, Jeremy Hunt. Sua principal tarefa será resolver os problemas criados pela Brexit (saída britânica).
Em Bruxelas, a futura presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da UE, a alemã Ursula von der Leyen, declarou que "há muitas questões difíceis para resolver juntos. "É importante construirmos uma forte relação de trabalho porque temos o dever de entregar algo que seja bom para o povo da Europa e do Reino Unido."
Johnson é hoje o grande palhaço da política britânica, um bufão disposto a fazer qualquer coisa para se tornar chefe de governo. Ele não era a favor da saída da UE. Durante a campanha para o plebiscito de 23 de junho de 2016, chegou a escrever duas declarações. Na última hora, optou pela saída, numa traição ao então primeiro-ministro David Cameron.
Cameron convocou o plebiscito para tentar pacificar o Partido Conservador, dividido em torno da questão da Europa desde a queda da primeira-ministra Margaret Thatcher, em 1990. Acabou dividindo ainda mais o partido e o país, e renunciou ao cargo.
Como na política britânica, há uma regra não escrita de que quem mata o rei não ascende ao trono, Johnson perdeu a disputa pela liderança conservadora em 2016. Venceu a primeira-ministra Theresa May, que ficara ao lado de Cameron, votando pela permanência na UE.
May passou anos negociando um acordo de saída da UE, rejeitado três vezes pela Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico. Sem condições de cumprir a missão mais importante de seu mandato, May caiu, abrindo caminho para o bufão carismático.
Uma saída dura da UE será um desastre para o Reino Unido, com queda de mais de 10% do produto interno bruto em cinco anos, de acordo com estudo do Banco da Inglaterra. Se a Brexit for confirmada, a Escócia deve convocar um novo plebiscito sobre a independência e sair do Reino Unido para voltar à Europa.
Amanhã, May vai apresentar seu pedido de demissão à rainha Elizabeth II. Pouco depois, Johnson vai ao Palácio de Buckingham, onde vai receber a incumbência de formar um novo governo.
segunda-feira, 22 de julho de 2019
Ditadura chinesa manda máfia atacar manifestantes em Hong Kong
A ditadura militar da China manda a tropa de choque da máfia espancar manifestantes em Hong Kong. O regime comunista mostrou mais uma vez sua horrenda face terrorista. Deixa claro que não vai tolerar nenhum movimento pela democracia e a liberdade na antiga colônia britânica.
Ontem à noite, homens mascarados vestidos de branco armados com porretes atacaram e espancaram os manifestantes perto da estação de metrô de Yuen Long. A polícia se omitiu, chegou 35 minutos depois do ataque, em mais um vergonhoso desrespeito aos direitos humanos fundamentais.
Ontem à noite, homens mascarados vestidos de branco armados com porretes atacaram e espancaram os manifestantes perto da estação de metrô de Yuen Long. A polícia se omitiu, chegou 35 minutos depois do ataque, em mais um vergonhoso desrespeito aos direitos humanos fundamentais.
Os agressores eram membros das tríades, as máfias que operam no
território. A polícia não prendem nem perseguiu nenhum dos homens de branco. Ficou
evidente a natureza criminosa da ditadura comunista de Beijim.
Pelo menos 45
pessoas foram feridas. Uma está em estado grave. A polícia demorou a intervir e
a governadora Carrie Lam, totalmente subserviente ao Partido Comunista, culpou
os manifestantes.
A onda de protestos já dura um mês e maio. Começou com
manifestações contra um projeto para permitir a extradição de residentes no
território para a China continental. Depois, passou a exigir a renúncia da
governadora e eleições direta para o cargo e para o Conselho Legislativo de
Hong Kong, o parlamento do território.
A governadora engavetou o projeto sobre
extradição, mas não o retirou definitivamente da pauta. Ninguém acredita que o
regime comunista chinês desista da proposta, que acaba com a independência do
Poder Judiciário no território.
Em linguagem dura, a Câmara de Comércio de Hong
Kong pediu o arquivamento definitivo do projeto para “mostrar boa fé”.
Temendo
uma reação ainda mais dura da China, capaz de minar a autonomia relativa de
Hong Kong, o jornal local The South China Morning Post publicou editorial dizendo
“Basta! Este ciclo de violência tem de acabar”, em que afirma que o problema não
é de Beijim e precisa ser resolvido pelas autoridades de Hong Kong. Meu comentário:
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Partido do presidente Zelensky vence eleições legislativas na Ucrânia
A Ucrânia deu hoje mais um voto de confiança no presidente Volodymyr Zelensky, um humorista eleito em 21 de abril com 73% dos votos. Seu partido Servidor do Povo conquistou 44% dos votos nas eleições parlamentares do domingo, 21 de julho, na maior vitória neste tipo de eleições desde a independência da União Soviética, em 1991.
"Não é apenas um sinal de confiança, é também uma imensa responsabilidade para mim e minha equipe", reconheceu Zelensky.
Com o controle do Conselho Supremo da Ucrânia (Rada), o parlamento unicameral do país, o novo presidente pode iniciar as transformações profundas que prometeu durante a campanha, como um combate efetivo à corrupção, fim da imunidade parlamentar, reforma judiciária, liberalização da economia, governo eletrônico, um alinhamento maior com a União Europeia e uma solução para a guerra civil fomentada pela Rússia no Leste da Ucrânia.
O país adota um sistema de votação distrital misto. A metade das 450 cadeiras do Rada é eleita pelo voto proporcional em listas partidárias e a outra pelo voto distrital. Nos 26 distritos da região da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e nas províncias de Donetsk e Luhansk, na região da vale do Rio Don, dominada por milicianos aliados de Moscou, as eleições foram suspensas.
Assim, só quando a apuração estiver totalmente concluída será possível saber se Zelensky poderá governar sem alianças. Com 44% dos votos apurados, projeta-se uma renovação de 70% do Parlamento.
Se precisar de uma coalizão para ter maioria absoluta, Zelensky pode se aliar à União Pan-Ucraniana Pátria, partido conservador da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, que recebeu até agora 7,4% dos votos, ou à Voz da Ucrânia (Holos), um partido liberal e reformista fundado pelo superastro do rock ucraniano Sviatoslav Vakartchuk, que obteve 6,5% dos sufrágios. Ambos são pró-europeus.
Ao anexar a Crimeia e provocar uma guerra no Leste da Ucrânia para vingar a queda de seu aliado Viktor Yanukovich, o ditador russo Vladimir Putin passou a ser o maior inimigo do povo ucraniano. A Plataforma de Oposição, apoiada pelo Kremlin, está com 11,4% e a Solidariedade Europeia, do ex-presidente Petro Porochenko, com pouco menos de 9%.
A prioridade do novo governo é negociar um cessar-fogo definitivo no Leste da Ucrânia. Não será fácil. Putin e o nacionalismo russo consideram a Ucrânia uma parte histórica da Rússia. Na semana passada, o Kremlin anunciou a concessão de passaportes russos para os habitantes das províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk, que estão sob controle de aliados do Kremlin.
"Não é apenas um sinal de confiança, é também uma imensa responsabilidade para mim e minha equipe", reconheceu Zelensky.
Com o controle do Conselho Supremo da Ucrânia (Rada), o parlamento unicameral do país, o novo presidente pode iniciar as transformações profundas que prometeu durante a campanha, como um combate efetivo à corrupção, fim da imunidade parlamentar, reforma judiciária, liberalização da economia, governo eletrônico, um alinhamento maior com a União Europeia e uma solução para a guerra civil fomentada pela Rússia no Leste da Ucrânia.
O país adota um sistema de votação distrital misto. A metade das 450 cadeiras do Rada é eleita pelo voto proporcional em listas partidárias e a outra pelo voto distrital. Nos 26 distritos da região da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e nas províncias de Donetsk e Luhansk, na região da vale do Rio Don, dominada por milicianos aliados de Moscou, as eleições foram suspensas.
Assim, só quando a apuração estiver totalmente concluída será possível saber se Zelensky poderá governar sem alianças. Com 44% dos votos apurados, projeta-se uma renovação de 70% do Parlamento.
Se precisar de uma coalizão para ter maioria absoluta, Zelensky pode se aliar à União Pan-Ucraniana Pátria, partido conservador da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, que recebeu até agora 7,4% dos votos, ou à Voz da Ucrânia (Holos), um partido liberal e reformista fundado pelo superastro do rock ucraniano Sviatoslav Vakartchuk, que obteve 6,5% dos sufrágios. Ambos são pró-europeus.
Ao anexar a Crimeia e provocar uma guerra no Leste da Ucrânia para vingar a queda de seu aliado Viktor Yanukovich, o ditador russo Vladimir Putin passou a ser o maior inimigo do povo ucraniano. A Plataforma de Oposição, apoiada pelo Kremlin, está com 11,4% e a Solidariedade Europeia, do ex-presidente Petro Porochenko, com pouco menos de 9%.
A prioridade do novo governo é negociar um cessar-fogo definitivo no Leste da Ucrânia. Não será fácil. Putin e o nacionalismo russo consideram a Ucrânia uma parte histórica da Rússia. Na semana passada, o Kremlin anunciou a concessão de passaportes russos para os habitantes das províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk, que estão sob controle de aliados do Kremlin.
domingo, 21 de julho de 2019
Abe vence eleição mas sem maioria para mudar Constituição do Japão
O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou hoje a vitória do Partido Liberal-Democrata (PLD) nas eleições para o Senado do Japão. O resultado garante que Abe será o primeiro-ministro a ficar mais tempo no poder em seu país, mas ele não terá a maioria de dois terços necessária para reformar a Constituição, informou a televisão estatal NHK com base em pesquisa de boca de urna.
Depois de ser visto como o país do futuro nos anos 1980s, o Japão enfrenta uma longa estagnação da economia, risco de deflação, envelhecimento da população, tensão com os vizinhos China, Coreia do Norte e Coreia do Sul e até mesmo com os aliados Estados Unidos, com o imprevisível presidente Donald Trump na Casa Branca.
Abe quer mudar a Constituição pacifista de 1947, imposta pelos EUA depois de forçar a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial explodindo bombas atômicas em Hiroxima e Nagasake. Esta Constituição proíbe o Japão de projetar seu poderio militar além de suas fronteiras, que incluem o mar territorial.
Assim, o Japão só pode enviar suas Forças Armadas ao exterior em missões de paz oficiais das Nações Unidas. Depois do trauma da guerra, a população japonesa parece satisfeita com o pacifismo.
Há 12 anos, em 2007, Abe foi obrigado a renunciar depois de uma derrota eleitoral do PLD. Voltou ao poder em 2012 e daqui a quatro meses será o primeiro-ministro a governar o Japão por mais tempo. Hoje, tentou minimizar a falta de maioria qualificada: "A questão não é conquistar uma maioria de dois terços. É se podemos ou não ter uma coalizão de governo estável."
O objetivo de Abe é tornar o Japão um país normal, responsável por sua própria defesa. Com base em tratado assinado em 1951, os EUA são encarregados da segurança e defesa do Japão. Diante do unilateralismo de Trump, até os aliados europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) duvidam se os EUA vão à guerra para defendê-los.
Desde sua fundação, em 1955, o PLD domina amplamente a política japonesa. Só perdeu o poder em dois períodos, cerca de um ano entre 1993 e 1994 e de 2009 a 2012. Apesar da corrupção, é visto como o país que fez do Japão uma grande potência econômica, hoje a terceira maior economia do mundo, com uma produção anual de US$ 5 trilhões.
Depois de ser visto como o país do futuro nos anos 1980s, o Japão enfrenta uma longa estagnação da economia, risco de deflação, envelhecimento da população, tensão com os vizinhos China, Coreia do Norte e Coreia do Sul e até mesmo com os aliados Estados Unidos, com o imprevisível presidente Donald Trump na Casa Branca.
Abe quer mudar a Constituição pacifista de 1947, imposta pelos EUA depois de forçar a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial explodindo bombas atômicas em Hiroxima e Nagasake. Esta Constituição proíbe o Japão de projetar seu poderio militar além de suas fronteiras, que incluem o mar territorial.
Assim, o Japão só pode enviar suas Forças Armadas ao exterior em missões de paz oficiais das Nações Unidas. Depois do trauma da guerra, a população japonesa parece satisfeita com o pacifismo.
Há 12 anos, em 2007, Abe foi obrigado a renunciar depois de uma derrota eleitoral do PLD. Voltou ao poder em 2012 e daqui a quatro meses será o primeiro-ministro a governar o Japão por mais tempo. Hoje, tentou minimizar a falta de maioria qualificada: "A questão não é conquistar uma maioria de dois terços. É se podemos ou não ter uma coalizão de governo estável."
O objetivo de Abe é tornar o Japão um país normal, responsável por sua própria defesa. Com base em tratado assinado em 1951, os EUA são encarregados da segurança e defesa do Japão. Diante do unilateralismo de Trump, até os aliados europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) duvidam se os EUA vão à guerra para defendê-los.
Desde sua fundação, em 1955, o PLD domina amplamente a política japonesa. Só perdeu o poder em dois períodos, cerca de um ano entre 1993 e 1994 e de 2009 a 2012. Apesar da corrupção, é visto como o país que fez do Japão uma grande potência econômica, hoje a terceira maior economia do mundo, com uma produção anual de US$ 5 trilhões.
sábado, 20 de julho de 2019
Alemanha, França e Reino Unido exigem liberação de petroleiro tomado pelo Irã
O Irã anunciou hoje a abertura de um inquérito sobre o navio petroleiro britânico capturado ontem pela Guarda Revolucionária Iraniana sob a acusação de usar a rota errada para entrar no Golfo Pérsico e bater num barco pesqueiro, "violando o código marítimo internacional".
A Alemanha, a França e o Reino Unido exigem a libertação imediata do Stena Impero, um navio-tanque de 183 metros de comprimento. O governo britânico notificou hoje Conselho de Segurança das Nações Unidas alegando que o petroleiro foi tomado em águas territoriais de Omã.
Agora, o petroleiro britânico está ancorado no porto de Porto Abás, no Sul do Irã. "Conforme a lei, depois de um acidente é preciso abrir um inquérito", afirmou o diretor-geral da Organização Marítima e Portuária da Província de Hormozgã.
A captura foi uma retaliação da República Islâmica. Em 4 de julho, a Marinha Real britânica tomou um navio-tanque do Irã no Estreito de Gibraltar com destino à Síria, que está sob sanções da União Europeia por causa da guerra civil.
Dias atrás, a Guarda Revolucionária tentou abordar outro petroleiro britânico, mas esse estava sob escolta da Marinha Real. Analistas militares criticaram as autoridades britânicas por deixar o navio navegar sem proteção depois das ameaças iranianas.
No Twitter, sem esconder o cinismo, o ministro do Exterior do Irã, Mohamed Javad Zarif, chamou de pirataria a captura do petroleiro iraniano e descreveu a ação da Guarda Revolucionária Iraniana como uma proteção às normas do direito marítimo internacional.
Zarif estava hoje na Venezuela, onde denunciou o "terrorismo econômico" dos Estados Unidos. A ditadura de Nicolás Maduro também está sob sanções impostas pelo governo Donald Trump.
Sob pressão das sanções, o Irã realiza uma série de atos de provocação. Até agora, o conflito, agravado nos últimos três meses, era entre os Estados Unidos e o Irã porque Trump abandonou o acordo nuclear assinado em 2015 pelo governo Barack Obama para congelar o programa nuclear militar iraniano.
A União Europeia tentava aliviar as sanções criando um sistema de pagamentos fora da órbita do dólar para pagar fazer negócios com o Irã. Mas as empresas europeias temem ser excluídas do mercado americano e do mercado do dólar.
Ao entrar em conflito com um país europeu que não abandonou o acordo nuclear, o Irã derruba uma ponte que poderia usar para sair do isolamento e joga Reino Unido, França e Alemanha nas mãos dos EUA.
A Alemanha, a França e o Reino Unido exigem a libertação imediata do Stena Impero, um navio-tanque de 183 metros de comprimento. O governo britânico notificou hoje Conselho de Segurança das Nações Unidas alegando que o petroleiro foi tomado em águas territoriais de Omã.
Agora, o petroleiro britânico está ancorado no porto de Porto Abás, no Sul do Irã. "Conforme a lei, depois de um acidente é preciso abrir um inquérito", afirmou o diretor-geral da Organização Marítima e Portuária da Província de Hormozgã.
A captura foi uma retaliação da República Islâmica. Em 4 de julho, a Marinha Real britânica tomou um navio-tanque do Irã no Estreito de Gibraltar com destino à Síria, que está sob sanções da União Europeia por causa da guerra civil.
Dias atrás, a Guarda Revolucionária tentou abordar outro petroleiro britânico, mas esse estava sob escolta da Marinha Real. Analistas militares criticaram as autoridades britânicas por deixar o navio navegar sem proteção depois das ameaças iranianas.
No Twitter, sem esconder o cinismo, o ministro do Exterior do Irã, Mohamed Javad Zarif, chamou de pirataria a captura do petroleiro iraniano e descreveu a ação da Guarda Revolucionária Iraniana como uma proteção às normas do direito marítimo internacional.
Zarif estava hoje na Venezuela, onde denunciou o "terrorismo econômico" dos Estados Unidos. A ditadura de Nicolás Maduro também está sob sanções impostas pelo governo Donald Trump.
Sob pressão das sanções, o Irã realiza uma série de atos de provocação. Até agora, o conflito, agravado nos últimos três meses, era entre os Estados Unidos e o Irã porque Trump abandonou o acordo nuclear assinado em 2015 pelo governo Barack Obama para congelar o programa nuclear militar iraniano.
A União Europeia tentava aliviar as sanções criando um sistema de pagamentos fora da órbita do dólar para pagar fazer negócios com o Irã. Mas as empresas europeias temem ser excluídas do mercado americano e do mercado do dólar.
Ao entrar em conflito com um país europeu que não abandonou o acordo nuclear, o Irã derruba uma ponte que poderia usar para sair do isolamento e joga Reino Unido, França e Alemanha nas mãos dos EUA.
sexta-feira, 19 de julho de 2019
Chegada do homem à Lua marcou vitória dos EUA na corrida espacial
A União Soviética saiu na frente. Em 4 de outubro de 1957, lançou o Sputnik, primeiro satélite artificial da Terra. O bip-bip que os americanos ouviram naquele dia representava uma ameaça. Se o inimigo podia lançar uma aeronave, poderia mandar um foguete com uma bomba atômica até o território dos Estados Unidos.
Trinta dias depois, os soviéticos enviaram o primeiro ser vivo ao espaço. A cachorra Laika morreu entre cinco e sete horas depois do lançamento, talvez por superaquecimento, num problema de controle térmico da nave.
Em 12 de abril de 1961, os soviéticos enviaram o primeiro homem ao espaço. O agente vermelho Yuri Gagarin de uma volta no planeta e revelou: “A Terra é azul”.
O desafio soviético em plena Guerra Fria levou o presidente John Kennedy a prometer que antes do final dos anos 1960s os Estados Unidos mandariam um homem à Lua. Em discurso em Houston, no Texas, em 12 de setembro de 1962, Kennedy declarou: “Escolhemos ir à Lua não porque seja fácil, mas porque é difícil.” Meu comentário:
Trinta dias depois, os soviéticos enviaram o primeiro ser vivo ao espaço. A cachorra Laika morreu entre cinco e sete horas depois do lançamento, talvez por superaquecimento, num problema de controle térmico da nave.
Em 12 de abril de 1961, os soviéticos enviaram o primeiro homem ao espaço. O agente vermelho Yuri Gagarin de uma volta no planeta e revelou: “A Terra é azul”.
O desafio soviético em plena Guerra Fria levou o presidente John Kennedy a prometer que antes do final dos anos 1960s os Estados Unidos mandariam um homem à Lua. Em discurso em Houston, no Texas, em 12 de setembro de 1962, Kennedy declarou: “Escolhemos ir à Lua não porque seja fácil, mas porque é difícil.” Meu comentário:
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Irã captura um navio petroleiro britânico no Golfo Pérsico
Em mais uma confrontação que aumenta o risco de guerra no Oriente Médio, o Irã capturou um navio-tanque do Reino Unido hoje no Golfo Pérsico. O ministro do Exterior britânico, Jeremy Hunt, declarou que o Irã teria apreendido outro petroleiro, disse estar "extremamente preocupado" e que estava trabalhando "pela rápida liberação dos dois navios".
A República Islâmica alegou que o petroleiro Stena Impero "violou regulamentações internacionais" e negou que um segundo petroleiro tenha sido tomado. Teria sido apenas "advertido pelas Forças Armadas iranianas e a respeitar as regulamentações ambientais e as precauções de segurança".
O Stena Impero foi apreendido por poluir as águas do Golfo Pérsico e entrar no Estreito de Ormuz numa rota usada pelos navios para sair
Não há cidadãos britânicos em nenhum dos dois petroleiros. Os 23 tripulantes do navio detido são indianos, russos, letões e filipinos. Em nota, a empresa Norbulk Shipping UK contou que o segundo navio "foi abordado por homens armados", mas depois foi liberado para seguir viagem.
Em 4 de julho, a Marinha Real britânica apreendeu um navio-tanque iraniano perto do Estreito de Gibraltar, que fica na entrada do Mar Mediterrâneo, sob a alegação de que levava petróleo para a Síria. Este país aliado do Irã está sob sanções da União Europeia por causa da guerra civil.
Desde então, a ditadura teocrática iraniana busca a retaliação. Antes disso, em maio e junho, houve ataques a seis petroleiros no Golfo Pérsico, no Estreito de Ormuz e no Golfo de Omã, a reação do Irã às sanções impostas pelos Estados Unidos para tentar impedir o país persa de exportar petróleo.
O presidente Donald Trump retirou, em maio do ano passado, os EUA de um acordo internacional para congelar o programa nuclear militar do Irã por dez anos e reimpôs duras sanções econômicas ao regime dos aiatolás. Esta política de "pressão máxima" visa a forçar o Irã a negociar outro acordo que inclua, além das armas atômicas, a proibição de desenvolver mísseis de médio e longo alcances e de interferir em outros países do Oriente Médio.
Com o estrangulamento da economia iraniana, que pode ter perda de 6% do produto interno bruto e inflação de 50% neste ano, e a série de incidentes no Golfo Pérsico, aumenta o risco de uma guerra deflagrada por erro ou acidente.
Se os EUA bombardearem o Irã e o regime resistir e sobreviver, com certeza, a República Islâmica vai fazer a bomba atômica. A herança maldita de Trump pode ser um Irã com armas nucleares.
A República Islâmica alegou que o petroleiro Stena Impero "violou regulamentações internacionais" e negou que um segundo petroleiro tenha sido tomado. Teria sido apenas "advertido pelas Forças Armadas iranianas e a respeitar as regulamentações ambientais e as precauções de segurança".
O Stena Impero foi apreendido por poluir as águas do Golfo Pérsico e entrar no Estreito de Ormuz numa rota usada pelos navios para sair
Não há cidadãos britânicos em nenhum dos dois petroleiros. Os 23 tripulantes do navio detido são indianos, russos, letões e filipinos. Em nota, a empresa Norbulk Shipping UK contou que o segundo navio "foi abordado por homens armados", mas depois foi liberado para seguir viagem.
Em 4 de julho, a Marinha Real britânica apreendeu um navio-tanque iraniano perto do Estreito de Gibraltar, que fica na entrada do Mar Mediterrâneo, sob a alegação de que levava petróleo para a Síria. Este país aliado do Irã está sob sanções da União Europeia por causa da guerra civil.
Desde então, a ditadura teocrática iraniana busca a retaliação. Antes disso, em maio e junho, houve ataques a seis petroleiros no Golfo Pérsico, no Estreito de Ormuz e no Golfo de Omã, a reação do Irã às sanções impostas pelos Estados Unidos para tentar impedir o país persa de exportar petróleo.
O presidente Donald Trump retirou, em maio do ano passado, os EUA de um acordo internacional para congelar o programa nuclear militar do Irã por dez anos e reimpôs duras sanções econômicas ao regime dos aiatolás. Esta política de "pressão máxima" visa a forçar o Irã a negociar outro acordo que inclua, além das armas atômicas, a proibição de desenvolver mísseis de médio e longo alcances e de interferir em outros países do Oriente Médio.
Com o estrangulamento da economia iraniana, que pode ter perda de 6% do produto interno bruto e inflação de 50% neste ano, e a série de incidentes no Golfo Pérsico, aumenta o risco de uma guerra deflagrada por erro ou acidente.
Se os EUA bombardearem o Irã e o regime resistir e sobreviver, com certeza, a República Islâmica vai fazer a bomba atômica. A herança maldita de Trump pode ser um Irã com armas nucleares.
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quinta-feira, 18 de julho de 2019
EUA derrubam drone iraniano e Irã admite captura de petroleiro
O presidente Donald Trump anunciou hoje que os Estados Unidos derrubaram um drone iraniano hoje no Estreito de Ormuz, na entrada do Golfo Pérsico. O Irã nega, mas revela que a Guarda Revolucionária Iraniana capturou um navio petroleiro na região. E o ministro do Exterior iraniano propõem inspeções mais rigorosas às instalações nucleares do país em troca das sanções impostas pelo governo americano.
Trump descreveu a aproximação do drone de um navio de guerra americano como “a última de muitas ações hostis e provocações do Irã. O Departamento da Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono, afirmou que o navio USS Boxer estava em águas internacionais e reagiu quando a aeronave não tripulada se aproximou a uma distância perigosa.
Um barco iraniano chegou a menos de 500 metros do USS Boxer. Quando o drone ficou entre os dois, foi abatido.
Para aumentar ainda mais a pressão sobre o Irã, o Pentágono anunciou hoje o envio de 500 soldados americanos para a Arábia Saudita.
Também hoje, a televisão iraniana mostrou imagem de um navio-tanque estrangeiro capturado há quatro dias pela Guarda Revolucionária, sob a alegação de estar contrabandeando 1 milhão de litros de petróleo.
Aparentemente o Irã quer retaliar a recente apreensão de um petroleiro iraniano pela Marinha Real britânica perto do Estreito de Gibraltar, na entrada do Mar Mediterrâneo. O navio vinha do Oceano Atlântico com destino à Síria.Diante do aumento da tensão no Oriente Médio, o preço do barril de petróleo subiu pouco mais de 1%. Meu comentário:
Trump descreveu a aproximação do drone de um navio de guerra americano como “a última de muitas ações hostis e provocações do Irã. O Departamento da Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono, afirmou que o navio USS Boxer estava em águas internacionais e reagiu quando a aeronave não tripulada se aproximou a uma distância perigosa.
Um barco iraniano chegou a menos de 500 metros do USS Boxer. Quando o drone ficou entre os dois, foi abatido.
Para aumentar ainda mais a pressão sobre o Irã, o Pentágono anunciou hoje o envio de 500 soldados americanos para a Arábia Saudita.
Também hoje, a televisão iraniana mostrou imagem de um navio-tanque estrangeiro capturado há quatro dias pela Guarda Revolucionária, sob a alegação de estar contrabandeando 1 milhão de litros de petróleo.
Aparentemente o Irã quer retaliar a recente apreensão de um petroleiro iraniano pela Marinha Real britânica perto do Estreito de Gibraltar, na entrada do Mar Mediterrâneo. O navio vinha do Oceano Atlântico com destino à Síria.Diante do aumento da tensão no Oriente Médio, o preço do barril de petróleo subiu pouco mais de 1%. Meu comentário:
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quarta-feira, 17 de julho de 2019
EUA estão despreparados para enfrentar guerras híbridas
Os Estados Unidos precisam mobilizar todos os recursos para travar as guerras híbridas ou em "zonas cinzentas", o padrão de conflito do século 21, adverte um ensaio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington.
A guerra híbrida ou em zona cinzenta é o tipo de conflito que não chega a uma guerra aberta. É usada especialmente pela Rússia. Inclui terrorismo, ataques por forças aliadas, guerra cibernética, desinformação, interferência política ou qualquer tática assimétrica destinada a provocar confusão e assediar o inimigo sem chegar a uma guerra aberta.
A guerra híbrida ou em zona cinzenta é o tipo de conflito que não chega a uma guerra aberta. É usada especialmente pela Rússia. Inclui terrorismo, ataques por forças aliadas, guerra cibernética, desinformação, interferência política ou qualquer tática assimétrica destinada a provocar confusão e assediar o inimigo sem chegar a uma guerra aberta.
Como os Estados Unidos são de longe a maior potência militar do
planeta, sem condições de vencer uma guerra aberta, os rivais usam uma série de
instrumentos indiretos e não militares para fustigar a superpotência.
Para conter esses inimigos em potencial, os
Estados Unidos precisam fortalecer suas alianças, desprezadas pelo unilateralismo
de Trump, estabelecer uma política de dissuasão de ataques cibernéticos em
coordenação com os aliados e usar seu poder econômico.
Os Estados Unidos também
precisam fortalecer as instituições democráticas para garantir o apoio da opinião
pública na retaguarda, incluindo estudos de mídia e interpretação de notícias
como “elemento central” da educação pública para se proteger das notícias
falsas e da desinformação nas redes sociais. Meu comentário:
OMS declara emergência por epidemia de ebola no Congo
A Organização Mundial da Saúde, órgão das Nações Unidas, considerou hoje a epidemia de ebola na República Democrática do Congo uma "emergência de saúde pública de preocupação internacional", noticiou a Agência France Presse (AFP).
A decisão foi tomada dois dias depois que o vírus chegou a Goma, a primeira grande cidade atingida, que fica na fronteira com Ruanda e é um entroncamento importante da África Central.
A declaração permite à OMS alocar recursos e fundos adicionais para evitar uma propagação ainda maior da doença transmitida pelos líquidos e secreções do corpo, causa uma febre hemorrágica e pode levar à morte.
Mais de 1,6 mil pessoas morreram nesta que é a segunda pior epidemia de ebola registrada até hoje. A maior começou na Guiné, um país da África Ocidental, em dezembro de 2013, logo atingiu também a Libéria e Serra Leoa, e foi considerada sob controle em dezembro de 2015 depois de contaminar quase 27 mil pessoas e matar pouco mais de 11 mil.
A epidemia atual surgiu no Congo em agosto de 2018 no Nordeste do Congo, onde o país faz fronteira com Ruanda e Uganda. O Congo ainda não se recuperou da chamada Primeira Guerra Mundial Africana (1997-2002), em que se estima que cinco milhões de pessoas morreram em combate, de fome ou por doenças provocadas pelo conflito.
Por causa de problemas logísticos e de ataques de milícias locais contra médicos e agentes de saúde, o desafio de conter a epidemia de ebola no Congo será maior do que na África Ocidental.
A decisão foi tomada dois dias depois que o vírus chegou a Goma, a primeira grande cidade atingida, que fica na fronteira com Ruanda e é um entroncamento importante da África Central.
A declaração permite à OMS alocar recursos e fundos adicionais para evitar uma propagação ainda maior da doença transmitida pelos líquidos e secreções do corpo, causa uma febre hemorrágica e pode levar à morte.
Mais de 1,6 mil pessoas morreram nesta que é a segunda pior epidemia de ebola registrada até hoje. A maior começou na Guiné, um país da África Ocidental, em dezembro de 2013, logo atingiu também a Libéria e Serra Leoa, e foi considerada sob controle em dezembro de 2015 depois de contaminar quase 27 mil pessoas e matar pouco mais de 11 mil.
A epidemia atual surgiu no Congo em agosto de 2018 no Nordeste do Congo, onde o país faz fronteira com Ruanda e Uganda. O Congo ainda não se recuperou da chamada Primeira Guerra Mundial Africana (1997-2002), em que se estima que cinco milhões de pessoas morreram em combate, de fome ou por doenças provocadas pelo conflito.
Por causa de problemas logísticos e de ataques de milícias locais contra médicos e agentes de saúde, o desafio de conter a epidemia de ebola no Congo será maior do que na África Ocidental.
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Traficante El Chapo pega prisão perpétua mais 30 anos nos EUA
A Justiça Federal de Nova York sentenciou hoje o traficante mexicano Joaquín El Chapo Guzmán Loera, de 62 anos, à prisão perpétua mais 30 anos e multa de US$ 12,6 bilhões (R$ 47,4 bilhões) por chefiar o Cartel de Sinoloa, responsável por traficar drogas no valor de US$ 12 bilhões, mais de R$ 45 bilhões.
É o fim de uma carreira de 30 anos de tráfico e violência. El Chapo havia sido condenado em 12 de fevereiro por dez acusações, inclusive contrabando de drogas, assassinato e lavagem de dinheiro. Deve cumprir a pena numa prisão de segurança máxima do Colorado conhecida como a Alcatraz das Montanhas Rochosas.
Em 2009, a revista americana Forbes o considerou o 701º homem mis rico do mundo, com fortuna de US$ 1 bilhão (R$ 3,76 bilhões).
Preso em 1993 na Guatemala, El Chapo foi extraditado para o México, onde foi condenado pelo assassinato do bispo católico Juan Jesús Posadas Ocampo. Em 2001, ele fugiu da cadeia escondido embaixo de uma montanha de roupa suja.
Depois de 13 anos, Guzmán foi preso num condomínio à beira-mar em Mazatlán, no estado de Sinaloa, uma praia no Oceano Pacífico, em fevereiro de 2014. El Chapo fugiu de novo em 11 de julho de 2015, dessa vez através de um longo túnel de um quilômetro e meio.
Ele foi recapturado em 8 de janeiro de 2016. Um ano depois, foi extraditado para os Estados Unidos. Sua prisão pouco afetou o Cartel de Sinaloa, hoje controlado por seus filhos, nem o tráfico de drogas.
É mais um sinal do fracasso da guerra do governo mexicano contra as drogas, que pretendia derrotar as máfias do crime organizado "cortando cabeças", tirando de circulação os principais chefões.
É o fim de uma carreira de 30 anos de tráfico e violência. El Chapo havia sido condenado em 12 de fevereiro por dez acusações, inclusive contrabando de drogas, assassinato e lavagem de dinheiro. Deve cumprir a pena numa prisão de segurança máxima do Colorado conhecida como a Alcatraz das Montanhas Rochosas.
Em 2009, a revista americana Forbes o considerou o 701º homem mis rico do mundo, com fortuna de US$ 1 bilhão (R$ 3,76 bilhões).
Preso em 1993 na Guatemala, El Chapo foi extraditado para o México, onde foi condenado pelo assassinato do bispo católico Juan Jesús Posadas Ocampo. Em 2001, ele fugiu da cadeia escondido embaixo de uma montanha de roupa suja.
Depois de 13 anos, Guzmán foi preso num condomínio à beira-mar em Mazatlán, no estado de Sinaloa, uma praia no Oceano Pacífico, em fevereiro de 2014. El Chapo fugiu de novo em 11 de julho de 2015, dessa vez através de um longo túnel de um quilômetro e meio.
Ele foi recapturado em 8 de janeiro de 2016. Um ano depois, foi extraditado para os Estados Unidos. Sua prisão pouco afetou o Cartel de Sinaloa, hoje controlado por seus filhos, nem o tráfico de drogas.
É mais um sinal do fracasso da guerra do governo mexicano contra as drogas, que pretendia derrotar as máfias do crime organizado "cortando cabeças", tirando de circulação os principais chefões.
terça-feira, 16 de julho de 2019
Parlamento Europeu aprova nova presidente da Comissão Europeia
Por 383 a 327, apenas nove votos a mais do que necessário, o Parlamento Europeu aprovou hoje a indicação da ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, para ser a próxima presidente da Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), por um período de cinco anos, a partir de outubro. Será a primeira mulher a ocupar o cargo.
Aliada da chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, na União Democrata-Cristão (CDU), Von der Leyen é conservadora. Enfrentou forte resistência das bancadas de centro-esquerda (socialista, social-democrata e verdes) no Parlamento Europeu.
Filha de um embaixador alemão junto à UE, Ernst Albrecht, Ursula Gertrud Albrecht, seu nome de soltleira, nasceu em Ixelles, na Grande Bruxelas, em 8 de outubro de 1958. Aos 13 anos, voltou para a Alemanha, onde o pai foi governador da Baixa Saxônia.
Ursula Albrecht, estudou economia na Universidade de Göttingen, na Alemanha. No auge do terrorismo de grupos de extrema esquerda, o pai esteve sob ameaça da Facção do Exército Vermelho.
Em 1978, ela foi para o Reino Unido, onde viveu mais de um ano com o nome falso de Rose Laden, sobrenome da família de uma bisavó americana com origem no condado de Northampton, na Inglaterra, e estudou na London School of Economics.
Londres foi para ela "a epítome da modernidade: liberdade, alegria de viver e de experimentar tudo". Deu-lhe "a liberdade interior que tenho até hoje".
De volta à Alemanha em 1979, Ursula Albrecht se casou em 1986 com Heiko von der Leyen, de uma família aristocrática, comerciante de seda no tempo da Liga Hanseática. Ela mudou de carreira e estudou medicina na Universidade de Hanôver, onde concluiu o doutorado em 1991. Acusada de plágio, a Comissão de Ensino Superior da Alemanha encontrou apenas três erros graves em sua tese.
Filiada à CDU desde 1990, Ursula von der Lyen foi eleita em 2003 deputada na assembleia legislativa estadual da Baixa Saxônia. Foi ministra do Trabalho do governo Merkel antes de se tornar a primeira mulher a comandar o Ministério da Defesa.
Sua nomeação foi fruto de um acordo entre as duas potências que formam o eixo central da UE: Alemanha e França. Em troca, a ex-ministra das Finanças francesa Christine Lagarde, hoje diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), será presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Desde a Crise do Euro, a UE enfrenta a pior crise de sua história, com a decisão do Reino Unido de deixar o bloco, a crise dos refugiados e a volta de um ultranacionalismo de extrema direita que lembra a ascensão do fascismo nos anos 1930s e gostaria de implodir o projeto de integração da Europa.
Aliada da chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, na União Democrata-Cristão (CDU), Von der Leyen é conservadora. Enfrentou forte resistência das bancadas de centro-esquerda (socialista, social-democrata e verdes) no Parlamento Europeu.
Filha de um embaixador alemão junto à UE, Ernst Albrecht, Ursula Gertrud Albrecht, seu nome de soltleira, nasceu em Ixelles, na Grande Bruxelas, em 8 de outubro de 1958. Aos 13 anos, voltou para a Alemanha, onde o pai foi governador da Baixa Saxônia.
Ursula Albrecht, estudou economia na Universidade de Göttingen, na Alemanha. No auge do terrorismo de grupos de extrema esquerda, o pai esteve sob ameaça da Facção do Exército Vermelho.
Em 1978, ela foi para o Reino Unido, onde viveu mais de um ano com o nome falso de Rose Laden, sobrenome da família de uma bisavó americana com origem no condado de Northampton, na Inglaterra, e estudou na London School of Economics.
Londres foi para ela "a epítome da modernidade: liberdade, alegria de viver e de experimentar tudo". Deu-lhe "a liberdade interior que tenho até hoje".
De volta à Alemanha em 1979, Ursula Albrecht se casou em 1986 com Heiko von der Leyen, de uma família aristocrática, comerciante de seda no tempo da Liga Hanseática. Ela mudou de carreira e estudou medicina na Universidade de Hanôver, onde concluiu o doutorado em 1991. Acusada de plágio, a Comissão de Ensino Superior da Alemanha encontrou apenas três erros graves em sua tese.
Filiada à CDU desde 1990, Ursula von der Lyen foi eleita em 2003 deputada na assembleia legislativa estadual da Baixa Saxônia. Foi ministra do Trabalho do governo Merkel antes de se tornar a primeira mulher a comandar o Ministério da Defesa.
Sua nomeação foi fruto de um acordo entre as duas potências que formam o eixo central da UE: Alemanha e França. Em troca, a ex-ministra das Finanças francesa Christine Lagarde, hoje diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), será presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Desde a Crise do Euro, a UE enfrenta a pior crise de sua história, com a decisão do Reino Unido de deixar o bloco, a crise dos refugiados e a volta de um ultranacionalismo de extrema direita que lembra a ascensão do fascismo nos anos 1930s e gostaria de implodir o projeto de integração da Europa.
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Documento revela presença de armas nucleares dos EUA na Europa
Um documento divulgado por engano mostrou que os Estados Unidos mantêm 150 armas nucleares na Europa, em países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental. E a Coreia do Norte ameaça reiniciar os testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
A ditadura comunista da Coreia do Norte advertiu hoje que as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul prejudicam as negociações de desarmamento – e indicou que pode responder retomando os testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
Em nota, o Ministério do Exterior norte-coreano acusou os Estados Unidos de violar o espírito das negociações iniciadas em 12 de junho do ano passado em Cingapura entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong Un.
Depois daquele encontro, Trump suspendeu as manobras para não provocar o regime stalinista de Pyongyang, que parou de testar bombas atômicas e mísseis capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos.
O último teste nuclear norte-coreano foi realizado em setembro de 2017 e o último teste de mísseis de longo alcance, capazes de atingir os Estados Unidos, foi em novembro de 2017, quando Kim e Trump trocavam ameaças de começar uma guerra nuclear. Meu comentário:
A ditadura comunista da Coreia do Norte advertiu hoje que as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul prejudicam as negociações de desarmamento – e indicou que pode responder retomando os testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
Em nota, o Ministério do Exterior norte-coreano acusou os Estados Unidos de violar o espírito das negociações iniciadas em 12 de junho do ano passado em Cingapura entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong Un.
Depois daquele encontro, Trump suspendeu as manobras para não provocar o regime stalinista de Pyongyang, que parou de testar bombas atômicas e mísseis capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos.
O último teste nuclear norte-coreano foi realizado em setembro de 2017 e o último teste de mísseis de longo alcance, capazes de atingir os Estados Unidos, foi em novembro de 2017, quando Kim e Trump trocavam ameaças de começar uma guerra nuclear. Meu comentário:
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Tribunal Constitucional da Guatemala veta acordo sobre imigração com EUA
O Tribunal Constitucional da Guatemala proibiu o presidente Jimmy Morales de assinar um acordo sobre imigração com os Estados Unidos chamado de "terceiro país seguro" para obrigar os refugiados a pedir asilo no primeiro país de trânsito. É mais uma jogada do presidente Donald Trump para tentar conter o fluxo migratório para os EUA.
Trump quer que os hondurenhos e salvadorenhos peçam asilo na Guatemala e que os guatemaltecos peçam asilo no México. Assim, só os mexicanos poderiam chegar até a fronteira dos EUA. Hoje, a maioria vem do Triângulo do Norte da América Central, da Guatemala, de Honduras e de El Salvador.
A designação da Guatemala como país um "terceiro país seguro" é impopular no país, que como o México sofre grande pressão do presidente americano. Trump está em campanha para a reeleição em 2020 e manipula o fantasma da imigração ilegal, um de seus temas favoritos para mobilizar o eleitorado branco sem curso superior.
O México está sob a ameaça permanente de um tarifaço de Trump, que não parece realmente interessado em resolver o problema da imigração, mas, sim, de usar a questão para manipular o eleitorado.
Em Honduras, há uma onda de protestos contra o presidente conservador Juan Orlando Hernández para marcar o aniversário de dez anos do golpe militar contra o presidente José Manuel Zelaya, em 28 de junho. Em dois de junho, manifestantes tocaram fogo em 62 caminhões e contêineres que iam para Porto Castela, noticiou o jornal hondurenho La Prensa.
Antes, em 31 de maio, os manifestantes queimaram pneus diante da entrada do setor de vistos da Embaixada dos EUA em Tegucigalpa. O incêndio chamuscou o muro externo da representação americana, mas logo foi apagado e não causou grandes danos.
As manifestações recomeçaram em 5 de junho em várias cidades hondurenhas, principalmente em Tegucigalpa e San Pedro Sula, a capital e o principal centro econômico do país. Em 2011, San Pedro Sula era responsável por dois terços do produto interno bruto de Honduras, estimado em US$ 45 bilhões.
No meio do fogo cruzado de gangues do tráfico de drogas para os EUA que o Estado hondurenho não tem poder para enfrentar, em 2015, San Pedro Sula foi considerada a cidade mais violenta do mundo, com um índice de homicídios de 187 para cada 100 mil habitantes.
Com crises econômica, política e de segurança pública, a tendência é que mais imigrantes saiam do país para tentar a sorte nos EUA.
Para ajudar a Guatemala, Honduras e El Salvador a enfrentar seus problemas, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou por unanimidade um projeto bipartidário para dar uma ajuda de US$ 577 milhões, informou o jornal guatemalteco Prensa Libre.
Trump quer que os hondurenhos e salvadorenhos peçam asilo na Guatemala e que os guatemaltecos peçam asilo no México. Assim, só os mexicanos poderiam chegar até a fronteira dos EUA. Hoje, a maioria vem do Triângulo do Norte da América Central, da Guatemala, de Honduras e de El Salvador.
A designação da Guatemala como país um "terceiro país seguro" é impopular no país, que como o México sofre grande pressão do presidente americano. Trump está em campanha para a reeleição em 2020 e manipula o fantasma da imigração ilegal, um de seus temas favoritos para mobilizar o eleitorado branco sem curso superior.
O México está sob a ameaça permanente de um tarifaço de Trump, que não parece realmente interessado em resolver o problema da imigração, mas, sim, de usar a questão para manipular o eleitorado.
Em Honduras, há uma onda de protestos contra o presidente conservador Juan Orlando Hernández para marcar o aniversário de dez anos do golpe militar contra o presidente José Manuel Zelaya, em 28 de junho. Em dois de junho, manifestantes tocaram fogo em 62 caminhões e contêineres que iam para Porto Castela, noticiou o jornal hondurenho La Prensa.
Antes, em 31 de maio, os manifestantes queimaram pneus diante da entrada do setor de vistos da Embaixada dos EUA em Tegucigalpa. O incêndio chamuscou o muro externo da representação americana, mas logo foi apagado e não causou grandes danos.
As manifestações recomeçaram em 5 de junho em várias cidades hondurenhas, principalmente em Tegucigalpa e San Pedro Sula, a capital e o principal centro econômico do país. Em 2011, San Pedro Sula era responsável por dois terços do produto interno bruto de Honduras, estimado em US$ 45 bilhões.
No meio do fogo cruzado de gangues do tráfico de drogas para os EUA que o Estado hondurenho não tem poder para enfrentar, em 2015, San Pedro Sula foi considerada a cidade mais violenta do mundo, com um índice de homicídios de 187 para cada 100 mil habitantes.
Com crises econômica, política e de segurança pública, a tendência é que mais imigrantes saiam do país para tentar a sorte nos EUA.
Para ajudar a Guatemala, Honduras e El Salvador a enfrentar seus problemas, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou por unanimidade um projeto bipartidário para dar uma ajuda de US$ 577 milhões, informou o jornal guatemalteco Prensa Libre.
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segunda-feira, 15 de julho de 2019
Sociedade civil luta pela democracia liberal na Europa Central e Oriental
A defesa do liberalismo político vem de onde não se esperava: 30 anos depois da queda do Muro de Berlim e do fim do comunismo, uma nova revolução defende a democracia e a liberdade na Europa Central e Oriental. Movimentos da sociedade civil rejeitam a volta do autoritarismo.
Mesmo quando fracassarem, esses grupos se tornarão uma força política que os governos da região terão de levar em conta. Ao mesmo tempo, a emergência de novas forças de oposição vai contribuir para a instabilidade política crescente e o risco político na região.
Na República Tcheca, na Eslováquia, na Romênia e na Albânia, multidões estão saindo às ruas para exigir transparência dos governos, observa a empresa de consultoria e análise estratégica americana Stratfor.
Os resultados ainda são poucos. Os governos, especialmente da Hungria e da Polônia, adotaram discursos e política ultranacionalistas, de extrema direita, atacam a independência do Poder Judiciário e as liberdades públicas.
A União Europeia advertiu a Hungria, a Polônia e a Romênia a respeitar as liberdades democráticas, a parar de sufocar a mídia crítica aos governos, e a respeitar a independência do Judiciário – e ameaçou tomar medidas punitivas.
Enquanto a União Europeia se preocupa, a sociedade civil luta para garantir as conquistas das revoluções liberais que abriram a Cortina de Ferro e derrubaram o comunismo em 1989. Será um elemento importante para evitar o aprofundamento do fosso entre as Europas Ocidental e Oriental. Meu comentário:
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Trump faz ataque racista contra deputadas da esquerda democrata
Em mais um de seus tuítes raivosos, o presidente Donald Trump mandou quatro deputadas federais da ala mais à esquerda da oposição democrata "voltem aos lugares totalmente quebrados e infestados pelo crime de onde vieram e ajudem a melhorar a situação".
Três nasceram nos Estados Unidos e a outra é uma refugiada da Somália que vive no país desde a adolescência e recebeu a cidadania americana. Mais uma vez, o presidente está sendo acusado de racismo, noticia o jornal inglês The Guardian.
Trump não citou os nomes das quatro deputadas. Falou no esquadrão, como é chamado o grupo formado pelas jovens radicais eleitas em novembro do ano passado, quando o Partido Democrata reconquistou a maioria na Câmara dos Representantes com aumento da presença feminina. É esquadrão por causa de sua combatividade.
Alexandria Ocasio Cortez, filha de porto-riquenhos, foi eleita por Nova York; Ayanna Pressley, de origem africano, por Massachusetts; Rashida Tlaib, filha de imigrantes palestinos, por Michigan; e Ilhan Omar, a somaliana naturalizada americana, por Minnesota.
"O país de onde eu veio e ao qual jurei lealdade é os EUA", respondeu AOC, como é conhecida a deputada mais jovem e mais popular da nova Câmara. Tlaib declarou que Trump "precisa ser impedido" num processo de impeachment.
Omar descreveu Trump como "o pior, mais corrupto e mais inepto presidente que já vimos", enquanto Pressley foi direta: "Isto parece com racismo. Nós parecemos a democracia."
Em campanha para disputar mais uma vez a candidatura democrata à Casa Branca, o senador Bernie Sanders não perdeu a oportunidade para atacar Trump: "Quando eu chamo o presidente de racista, é disto que estou falando."
O presidente voltou ao Twitter para contra-atacar: "Tão triste ver os democratas ficaram ao lado de pessoas que falam tão mal do nosso país e que, além do mais, odeiam Israel com uma paixão verdadeira e sem limites. Quando confrontados, eles chamam seus adversários, inclusive Pelosi, de racista."
A deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara, tenta controlar o ímpeto das deputadas mais radicais, que Trump usa como fantasmas para apresentar o Partido Democrata como radical de esquerda e socialista. Ela denunciou o tuitaço como "comentários xenofóbicos para dividir a nação". Ele queria explorar o conflito interno da oposição. Acabou provocando a união dos democratas.
"Sua linguagem desagradável e as coisas que dizem sobre os EUA não podem passar sem um desafio. Se o Partido Democrata quer continuar a desculpar este comportamento vergonhoso, então vamos nos ver nas urnas em 2020", arrematou o presidente.
Trump entrou na política acusando o presidente Barack Obama de não ter nascido nos EUA. Lançou sua candidatura à Casa Branca, em junho de 2016, chamando os mexicanos de assassinos, traficantes, ladrões e estupradores.
Ao discutir a reforma da imigração com deputados e senadores democratas, perguntou "por que temos de receber gente de países que são buracos de merda?", como Nigéria e Haiti, e "por que não recebemos mais gente da Noruega?"
Quando os neonazistas marcharam em Charlottesville, na Virgínia, em 12 de agosto de 2017, na manifestação União da Direita, para impedir a remoção da estátua do comandante militar do Sul escravocrata na Guerra Civil (1861-65), Trump afirmou que "havia gente boa dos dois lados".
Três nasceram nos Estados Unidos e a outra é uma refugiada da Somália que vive no país desde a adolescência e recebeu a cidadania americana. Mais uma vez, o presidente está sendo acusado de racismo, noticia o jornal inglês The Guardian.
Trump não citou os nomes das quatro deputadas. Falou no esquadrão, como é chamado o grupo formado pelas jovens radicais eleitas em novembro do ano passado, quando o Partido Democrata reconquistou a maioria na Câmara dos Representantes com aumento da presença feminina. É esquadrão por causa de sua combatividade.
Alexandria Ocasio Cortez, filha de porto-riquenhos, foi eleita por Nova York; Ayanna Pressley, de origem africano, por Massachusetts; Rashida Tlaib, filha de imigrantes palestinos, por Michigan; e Ilhan Omar, a somaliana naturalizada americana, por Minnesota.
"O país de onde eu veio e ao qual jurei lealdade é os EUA", respondeu AOC, como é conhecida a deputada mais jovem e mais popular da nova Câmara. Tlaib declarou que Trump "precisa ser impedido" num processo de impeachment.
Omar descreveu Trump como "o pior, mais corrupto e mais inepto presidente que já vimos", enquanto Pressley foi direta: "Isto parece com racismo. Nós parecemos a democracia."
Em campanha para disputar mais uma vez a candidatura democrata à Casa Branca, o senador Bernie Sanders não perdeu a oportunidade para atacar Trump: "Quando eu chamo o presidente de racista, é disto que estou falando."
O presidente voltou ao Twitter para contra-atacar: "Tão triste ver os democratas ficaram ao lado de pessoas que falam tão mal do nosso país e que, além do mais, odeiam Israel com uma paixão verdadeira e sem limites. Quando confrontados, eles chamam seus adversários, inclusive Pelosi, de racista."
A deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara, tenta controlar o ímpeto das deputadas mais radicais, que Trump usa como fantasmas para apresentar o Partido Democrata como radical de esquerda e socialista. Ela denunciou o tuitaço como "comentários xenofóbicos para dividir a nação". Ele queria explorar o conflito interno da oposição. Acabou provocando a união dos democratas.
"Sua linguagem desagradável e as coisas que dizem sobre os EUA não podem passar sem um desafio. Se o Partido Democrata quer continuar a desculpar este comportamento vergonhoso, então vamos nos ver nas urnas em 2020", arrematou o presidente.
Trump entrou na política acusando o presidente Barack Obama de não ter nascido nos EUA. Lançou sua candidatura à Casa Branca, em junho de 2016, chamando os mexicanos de assassinos, traficantes, ladrões e estupradores.
Ao discutir a reforma da imigração com deputados e senadores democratas, perguntou "por que temos de receber gente de países que são buracos de merda?", como Nigéria e Haiti, e "por que não recebemos mais gente da Noruega?"
Quando os neonazistas marcharam em Charlottesville, na Virgínia, em 12 de agosto de 2017, na manifestação União da Direita, para impedir a remoção da estátua do comandante militar do Sul escravocrata na Guerra Civil (1861-65), Trump afirmou que "havia gente boa dos dois lados".
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Irã admite negociar se EUA suspenderem sanções
A República Islâmica do Irã está disposta a negociar com os Estados Unidos, se as sanções econômicas impostas pelo governo Donald Trump forem suspensas, declarou ontem o presidente Hassan Rouhani em pronunciamento na televisão iraniana.
"Nós sempre acreditamos em negociações", afirmou Rouhani. "Se suspenderem as sanções, acabarem com a pressão econômica e voltarem ao acordo, estamos dispostos a conversar com os EUA, agora e em qualquer lugar."
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, desprezou a proposta iraniana, alegando que é o mesmo que ofereceram ao governo Barack Obama. Mas as grandes nações da Europa estão preocupadas.
Em uma declaração conjunta no domingo, a Alemanha, a França e o Reino Unido fizeram um apelo à calma. Querem reduzir a tensão no Oriente Médio e preservar o acordo nuclear assinado em 2015, no governo Obama, pelas grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia), a Alemanha e o Irã para congelar o programa nuclear militar iraniano por dez anos. Os grandes países da Europa disseram que isso "depende do pleno respeito pelo Irã de suas obrigações."
Na semana passada, a ditadura teocrática iraniana anunciou a decisão de enriquecer urânio acima do limite permitido pelo acordo. A Marinha britânica apreendeu um navio petroleiro iraniano com destino à Síria por força das sanções da União Europeia contra o regime de Bachar Assad por causa da guerra civil.
Dias depois, barcos e lanchas da Guarda Revolucionária Iraniana tentaram impedir a passagem de um petroleiro britânico pelo Estreito de Ormuz, na entrada do Golfo Pérsico, e foram repelidos por uma fragata da Marinha Real que escoltava o navio-tanque.
O conflito entre EUA e Irã tem origem no golpe de Estado de 1953 articulado pela CIA (Agência Central de Inteligência) contra o primeiro-ministro Mohamed Mossadegh, que nacionalizara o petróleo. Ascendeu ao poder o xá Reza Pahlevi, aliado de Washington.
Em fevereiro de 1979, uma revolução que começou com greves no setor de petróleo acabou entregando o poder ao clero muçulmano xiita e ao aiatolá Ruhollah Khomeini. Em novembro daquele ano, guardas revolucionários ocuparam a embaixada americana em Teerã e tomaram reféns.
Desde então, as relações entre os dois países estão rompidas. Mesmo assim, o governo Barack Obama negociou junto com as outras e o Irã um acordo assinado em 2015 para congelar o aspecto militar do programa nuclear iraniano por 10 anos.
Trump retirou os EUA do acordo e meses depois impôs duras sanções com o objetivo de impedir o regime dos aiatolás de exportar petróleo para sufocar a economia iraniana, numa verdadeira guerra econômica. A inflação ronda os 50% ao ano e o produto interno bruto do Irã deve cair 6% neste ano.
Ontem, o jornal inglês Mail on Sunday divulgou novos documentos sigilosos observações do embaixador Ken Darroch sobre o governo Trump. O abandono do acordo nuclear com o Irã foi descrito pelo embaixador como "vandalismo diplomático" por "razões ideológicas ou personalistas", porque era um acordo negociado por Obama.
"Nós sempre acreditamos em negociações", afirmou Rouhani. "Se suspenderem as sanções, acabarem com a pressão econômica e voltarem ao acordo, estamos dispostos a conversar com os EUA, agora e em qualquer lugar."
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, desprezou a proposta iraniana, alegando que é o mesmo que ofereceram ao governo Barack Obama. Mas as grandes nações da Europa estão preocupadas.
Em uma declaração conjunta no domingo, a Alemanha, a França e o Reino Unido fizeram um apelo à calma. Querem reduzir a tensão no Oriente Médio e preservar o acordo nuclear assinado em 2015, no governo Obama, pelas grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia), a Alemanha e o Irã para congelar o programa nuclear militar iraniano por dez anos. Os grandes países da Europa disseram que isso "depende do pleno respeito pelo Irã de suas obrigações."
Na semana passada, a ditadura teocrática iraniana anunciou a decisão de enriquecer urânio acima do limite permitido pelo acordo. A Marinha britânica apreendeu um navio petroleiro iraniano com destino à Síria por força das sanções da União Europeia contra o regime de Bachar Assad por causa da guerra civil.
Dias depois, barcos e lanchas da Guarda Revolucionária Iraniana tentaram impedir a passagem de um petroleiro britânico pelo Estreito de Ormuz, na entrada do Golfo Pérsico, e foram repelidos por uma fragata da Marinha Real que escoltava o navio-tanque.
O conflito entre EUA e Irã tem origem no golpe de Estado de 1953 articulado pela CIA (Agência Central de Inteligência) contra o primeiro-ministro Mohamed Mossadegh, que nacionalizara o petróleo. Ascendeu ao poder o xá Reza Pahlevi, aliado de Washington.
Em fevereiro de 1979, uma revolução que começou com greves no setor de petróleo acabou entregando o poder ao clero muçulmano xiita e ao aiatolá Ruhollah Khomeini. Em novembro daquele ano, guardas revolucionários ocuparam a embaixada americana em Teerã e tomaram reféns.
Desde então, as relações entre os dois países estão rompidas. Mesmo assim, o governo Barack Obama negociou junto com as outras e o Irã um acordo assinado em 2015 para congelar o aspecto militar do programa nuclear iraniano por 10 anos.
Trump retirou os EUA do acordo e meses depois impôs duras sanções com o objetivo de impedir o regime dos aiatolás de exportar petróleo para sufocar a economia iraniana, numa verdadeira guerra econômica. A inflação ronda os 50% ao ano e o produto interno bruto do Irã deve cair 6% neste ano.
Ontem, o jornal inglês Mail on Sunday divulgou novos documentos sigilosos observações do embaixador Ken Darroch sobre o governo Trump. O abandono do acordo nuclear com o Irã foi descrito pelo embaixador como "vandalismo diplomático" por "razões ideológicas ou personalistas", porque era um acordo negociado por Obama.
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China cresce menos por causa da guerra comercial de Trump
Sob pressão dos tarifaços do presidente Donald Trump, a China, segunda maior economia do mundo, cresceu no segundo semestre de 2019 num ritmo anual de 6,2%. É o mais fraco desde o início dos anos 1990s.
A última taxa anual inferior foi 3,9% em 1990. A taxa para o trimestre é a menor desde que a pesquisa começou, há 27 anos. Caiu em relação aos 6,4% ao ano do primeiro trimestre, que já estavam abaixo dos 6,6% do ano passado como um todo.
As negociações entre os Estados Unidos e a China tiveram seu pior momento em maio, quando Trump impôs tarifa de 25% sobre exportações chinesas no valor de US$ 200 bilhões anuais. O clima melhorou quando o presidente americano se encontrou com o ditador Xi Jinping durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20), em Osaka, no Japão, em 28 e 29 de junho.
Com medo de que a guerra comercial prejudique o que é hoje o maior parque industrial do mundo, o governo chinês ampliou o crédito e adotou medidas para estimular o investimento. A indústria manufatureira cresceu em ritmo anual de 6,3% em junho, superando os 5% de maio.
Em dólar, o valor das exportações recuou 1,3% em junho. O investimento em propriedades imóveis avançou em ritmo de 10,9% ao ano no primeiro semestre, caindo em comparação com maio, quando estava em 11,2%.
As vendas no varejo subiram num ritmo anual de 9,8% em junho, superando os 8,6% de maio. É sinal de que o consumo interno é robusto. A inflação está sob controle. Em junho, foi de 2,7%.
Os analistas entendem que o governo chinês não vai correr o risco de uma desaceleração maior. Quer manter a taxa de crescimento no fim do ano em 6%. Com certeza, vai adotar novas medidas de estímulo.
A última taxa anual inferior foi 3,9% em 1990. A taxa para o trimestre é a menor desde que a pesquisa começou, há 27 anos. Caiu em relação aos 6,4% ao ano do primeiro trimestre, que já estavam abaixo dos 6,6% do ano passado como um todo.
As negociações entre os Estados Unidos e a China tiveram seu pior momento em maio, quando Trump impôs tarifa de 25% sobre exportações chinesas no valor de US$ 200 bilhões anuais. O clima melhorou quando o presidente americano se encontrou com o ditador Xi Jinping durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20), em Osaka, no Japão, em 28 e 29 de junho.
Com medo de que a guerra comercial prejudique o que é hoje o maior parque industrial do mundo, o governo chinês ampliou o crédito e adotou medidas para estimular o investimento. A indústria manufatureira cresceu em ritmo anual de 6,3% em junho, superando os 5% de maio.
Em dólar, o valor das exportações recuou 1,3% em junho. O investimento em propriedades imóveis avançou em ritmo de 10,9% ao ano no primeiro semestre, caindo em comparação com maio, quando estava em 11,2%.
As vendas no varejo subiram num ritmo anual de 9,8% em junho, superando os 8,6% de maio. É sinal de que o consumo interno é robusto. A inflação está sob controle. Em junho, foi de 2,7%.
Os analistas entendem que o governo chinês não vai correr o risco de uma desaceleração maior. Quer manter a taxa de crescimento no fim do ano em 6%. Com certeza, vai adotar novas medidas de estímulo.
domingo, 14 de julho de 2019
Depressão e ansiedade custam US$ 1 trilhão por ano
O estresse, a depressão e a ansiedade atingem 615 milhões de pessoas, provocam suicídio e causam um prejuízo anual estimado em US$ 1 trilhão (R$ 3,736 trilhões), revelou um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As doenças crônicas respondem por 86% dos gastos com saúde nos Estados Unidos, de US$ 2,7 trilhões (R$ 10 trilhões) por ano. Muitas são causadas por problemas relacionados ao estresse.
No Reino Unido, são responsáveis por 44% das doenças profissionais e 57% das faltas ao trabalho por razões de saúde, de acordo com as estatísticas oficiais, noticiou o jornal inglês Financial Times.
Mais de 450 pessoas de 43 países foram entrevistas na reportagem. A maioria sentiu falta de apoio, abandono ou discriminação por causa de problemas mentais.
Dois terços acreditam que o trabalho tem um impacto extremamente negativo sobre a saúde e 44% disseram que a saúde mental não é levada a sério na empresa ou organização onde trabalham. A metade declarou não saber aonde ir nem a quem recorrer.
Enquanto as empresas hoje enfrentam a discriminação racial e sexual e o assédio sexual, a saúde mental ainda é um tabu. O problema é realmente grave em setores altamente competitivos como finanças, consultoria e escritórios de advocacia.
"Existe uma cultura profundamente arraigada de que os locais de trabalho são bons", observa Donna Hardaker, especialista em recursos humanos e saúde mental no trabalho na organização beneficente Sutter Health, de Sacramento, na Califórnia. "Os empregados são o problema. Mas os empregadores tem a responsabilidade social de não prejudicar as pessoas que trabalham entre suas paredes."
Se um funcionário tem uma doença grave como câncer ou problemas cardíacos, a normalmente empresa vai oferecer apoio e aceitar o afastamento temporário do trabalho. No caso de problemas mentais, a atitude costuma ser negativa.
As doenças crônicas respondem por 86% dos gastos com saúde nos Estados Unidos, de US$ 2,7 trilhões (R$ 10 trilhões) por ano. Muitas são causadas por problemas relacionados ao estresse.
No Reino Unido, são responsáveis por 44% das doenças profissionais e 57% das faltas ao trabalho por razões de saúde, de acordo com as estatísticas oficiais, noticiou o jornal inglês Financial Times.
Mais de 450 pessoas de 43 países foram entrevistas na reportagem. A maioria sentiu falta de apoio, abandono ou discriminação por causa de problemas mentais.
Dois terços acreditam que o trabalho tem um impacto extremamente negativo sobre a saúde e 44% disseram que a saúde mental não é levada a sério na empresa ou organização onde trabalham. A metade declarou não saber aonde ir nem a quem recorrer.
Enquanto as empresas hoje enfrentam a discriminação racial e sexual e o assédio sexual, a saúde mental ainda é um tabu. O problema é realmente grave em setores altamente competitivos como finanças, consultoria e escritórios de advocacia.
"Existe uma cultura profundamente arraigada de que os locais de trabalho são bons", observa Donna Hardaker, especialista em recursos humanos e saúde mental no trabalho na organização beneficente Sutter Health, de Sacramento, na Califórnia. "Os empregados são o problema. Mas os empregadores tem a responsabilidade social de não prejudicar as pessoas que trabalham entre suas paredes."
Se um funcionário tem uma doença grave como câncer ou problemas cardíacos, a normalmente empresa vai oferecer apoio e aceitar o afastamento temporário do trabalho. No caso de problemas mentais, a atitude costuma ser negativa.
sábado, 13 de julho de 2019
Terroristas muçulmanos matam 26 pessoas em hotel na Somália
A milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude) explodiu um carro-bomba diante de um hotel no porto de Kismayo, no Sul da Somália. Em seguida, tomou o edifício por mais de 14 horas e matou 26 pessoas antes que as forças de segurança assumissem o controle da situação, noticiou hoje a agência Associated Press (AP).
Entre os mortos, há dois americanos, um britânico, um político local e um jornalista somaliano naturalizado canadense.
O grupo jihadista, ligado à rede terrorista Al Caeda, tenta derrubar o governo provisório da Somália reconhecido pelas Nações Unidas. É mais um golpe nos esforços do governo para realizar em 2020 as primeiras eleições diretas em 50 anos. Antes disso, estavam marcadas eleições regionais neste verão no Hemisfério Norte.
Em 2012, o Exército do Quênia expulsou Al Chababe de Kismayo, mas a milícia continua sendo uma grande ameaça à segurança, com ataques na Somália e no vizinho Quênia.
A Somália vive em estado de anarquia, sem um governo que controle o território nacional, desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.
Entre os mortos, há dois americanos, um britânico, um político local e um jornalista somaliano naturalizado canadense.
O grupo jihadista, ligado à rede terrorista Al Caeda, tenta derrubar o governo provisório da Somália reconhecido pelas Nações Unidas. É mais um golpe nos esforços do governo para realizar em 2020 as primeiras eleições diretas em 50 anos. Antes disso, estavam marcadas eleições regionais neste verão no Hemisfério Norte.
Em 2012, o Exército do Quênia expulsou Al Chababe de Kismayo, mas a milícia continua sendo uma grande ameaça à segurança, com ataques na Somália e no vizinho Quênia.
A Somália vive em estado de anarquia, sem um governo que controle o território nacional, desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
França aprova imposto digital e EUA reagem
A União Europeia pode ser o próximo alvo das guerras comerciais do presidente Donald Trump. A França aprovou nesta semana um imposto sobre serviços digitais que atinge as megaempresas americanas da Internet.
A economia digital revolucionou a maneira como bens e serviços são comprados e se movem através das fronteiras. Isto é ainda mais evidente no setor de serviços, onde megaempresas dos Estados Unidos como Amazon, Apple, Google e Microsoft têm um acesso sem precedentes a dados de pessoas e empresas do mundo inteiro.
A economia digital revolucionou a maneira como bens e serviços são comprados e se movem através das fronteiras. Isto é ainda mais evidente no setor de serviços, onde megaempresas dos Estados Unidos como Amazon, Apple, Google e Microsoft têm um acesso sem precedentes a dados de pessoas e empresas do mundo inteiro.
Este oligopólio e o
poder de mercado das gigantes da Internet dificulta a cobrança de impostos.
Agora, a França aprovou uma lei para taxar as megaempresas digitais.
O projeto foi aprovado
pela Assembleia Nacional na semana passada e pelo Senado da França em 11 de
julho. Para serem taxadas, as empresas precisam ter um faturamento global de
pelo menos 750 milhões de euros, cerca de 3 bilhões 160 milhões de reais, e na
França de pelo menos 25 milhões de euros, cerca de 105 milhões de reais.
Com estes limites, só
companhias americanas têm de pagar o imposto digital. Nenhuma empresa francesa
e europeia será taxada. Por isso, o governo Donald Trump vê uma discriminação.
Em 10 de julho, o Escritório
de Representação Comercial dos EUA anunciou a abertura de uma
investigação, a pedido do presidente, sobre o imposto digital da França com
base na Seção 301 da Lei de Comércio americana.
A lei autoriza o
presidente americano a tomar medidas, inclusive de retaliação, para acabar com
atos, políticas e práticas de governos estrangeiros que violem acordos de comércio
internacional ou sejam injustificadas, não razoáveis ou discriminatórias e imponha
ônus ou restrições ao comércio dos EUA. Meu comentário:
Nos EUA, a Comissão Federal de Comércio multou o Facebook em US$ 5 bilhões, cerca de R$ 18,7 bilhões, por violação de privacidade ao vender seus dados para a empresa Cambridge Analytica durante a campanha eleitoral de Donald Trump.
Em suas contradições, ao comentar as processos europeus contra megaempresas americanas por monopólio, Trump observou no passado que caberia ao governo dos EUA fazer isso. O presidente suspeita das megaempresas da Internet por acreditar que são liberais, a favor do Partido Democrata.
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Trump desiste da questão sobre cidadania no Censo dos EUA
Num recuo, depois de perder na Suprema Corte e insistir no assunto, o presidente Donald Trump anunciou ontem que desistiu de incluir uma pergunta sobre nacionalidade no Censo de 2020 nos Estados Unidos. Ele determinou que os dados sobre cidadania sejam compilados com base nos documentos e registros do governo federal.
Ao rejeitar a inclusão da pergunta "você é cidadão?", o presidente da Suprema Corte, ministro John Roberts, declarou que o presidente pode fazer isso, mas precisa justificar. A justificativa inicial era que o Departamento da Justiça precisava dos dados para aplicar a Lei do Direito de Voto.
O verdadeiro objetivo ao compilar esses dados é eliminar quem não tem cidadania americana do cálculo da população para o fim de redesenhar os distritos eleitorais, um antigo sonho do Partido Republicano.
Os imigrantes ilegais costumam viver em grandes cidades e em bairros onde a maioria vota no Partido Democrata. A lei manda contar toda a população.
Trump já está em campanha para a reeleição em 2020. A demonização dos imigrantes é um elemento central do discurso do presidente para mobilizar seu eleitorado. Assim, os imigrantes intimidados tendem a não responder ao Censo.
Se parte da população não é contada, será sub-representada nas assembleias legislativas estaduais e na Câmara dos Representantes, em Washington. É isto que o presidente e seu partido querem.
Ao rejeitar a inclusão da pergunta "você é cidadão?", o presidente da Suprema Corte, ministro John Roberts, declarou que o presidente pode fazer isso, mas precisa justificar. A justificativa inicial era que o Departamento da Justiça precisava dos dados para aplicar a Lei do Direito de Voto.
O verdadeiro objetivo ao compilar esses dados é eliminar quem não tem cidadania americana do cálculo da população para o fim de redesenhar os distritos eleitorais, um antigo sonho do Partido Republicano.
Os imigrantes ilegais costumam viver em grandes cidades e em bairros onde a maioria vota no Partido Democrata. A lei manda contar toda a população.
Trump já está em campanha para a reeleição em 2020. A demonização dos imigrantes é um elemento central do discurso do presidente para mobilizar seu eleitorado. Assim, os imigrantes intimidados tendem a não responder ao Censo.
Se parte da população não é contada, será sub-representada nas assembleias legislativas estaduais e na Câmara dos Representantes, em Washington. É isto que o presidente e seu partido querem.
quinta-feira, 11 de julho de 2019
AIEA iencontra material radioativo em instalação nuclear clandestina do Irã
A Agência Internacional de Energia Atômica encontrou traços de material radioativo numa instalação nuclear descoberta pelo Mossad, o serviço de espionagem de Israel, uma violação do acordo de 2015, noticiou hoje o Canal 13 da televisão israelense. A agência das Nações Unidas não divulgou a informação.
O primeiro-ministro de
Israel, Benjamin Netanyahu, revelou a existência de uma instalação nuclear em
Turcuzabade em discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro do ano passado.
Fiscais da Agência Internacional de Energia Atômica inspecionaram o local em
abril. Havia uma expectativa de que contassem o que viram em junho, mas não
mencionaram a central de Turcuzabade.
Como a fiscalização
demorou, havia o temor de que a República Islâmica houvesse limpado o sítio,
eliminando indícios comprometedores. Em ocasiões anteriores, o regime teocrático
iraniano deixou vestígios. Se a notícia for confirmada, dará razão aos Estados
Unidos, que no governo Donald Trump rompeu o acordo nuclear de 2015 e impôs sanções
severas que estão sufocando a economia iraniana.
O produto interno bruto
caiu 6% e a inflação passa de 50% ao ano. Em reação, o Irã ameaçou fechar o
Estreito de Ormuz, entrada do Golfo Pérsico, por onde passa um quinto do petróleo
exportado no mundo, atacou seis navios petroleiros em maio e junho, e derrubou
uma aeronave não tripulada dos Estados Unidos.
Além do mais, o Irã
voltou a enriquecer urânio, o estoque de urânio enriquecido passa do limite de
300 quilos estabelecido pelo acordo e o teor do urânio enriquecido passou dos
3,67% autorizados pelo acordo. Está em 4,5% e o governo iraniano anunciou a
intenção de chegar a 20%, o teor usado em equipamentos de medicina nuclear.
Para ser usado como
explosivo em armas atômicas, o urânio precisa ser enriquecido a 90%. O Irã
ainda estaria longe de fabricar uma bomba, mas poderia fazer isso em um ano,
estimam os especialistas. Com 250 quilos de urânio enriquecido a 20%, o Irã
pode produzir 25 quilos de urânio enriquecido a 90%, suficiente para fabricar a
bomba nuclear. Meu comentário:
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