Uma grande massa de manifestantes tomou ontem mais uma vez as ruas de Hong Kong para protestar contra o domínio crescente da China, no 22º aniversário da devolução da antiga colônia britânica. Alguns jovens mais exaltados invadiram a sede do Conselho Legislativo e foram dispersados pela polícia com cassetetes e bombas de gás lacrimogênio.
No acordo com o Reino Unido, o regime comunista chinês prometeu manter as liberdades democráticas em Hong Kong durante pelo menos 50 anos dentro da fórmula "um país, dois sistemas". Um projeto de lei para autorizar a extradição de cidadãos de Hong Kong para responder a processo na China causou a mobilização popular e a violência policial agravou a situação.
Sob pressão das ruas, a governadora Carrie Lam, subserviente ao governo central de Beijim, suspendeu a tramitação da proposta. Os manifestantes exigem que arquive definitivamente. É difícil imaginar que o ditador, chinês, Xi Jinping, aceite. A democracia ocidental é um de seus grandes fantasmas.
A violência dos protestos pode desmobilizar os manifestantes pacíficos e justificar atitudes ainda mais duras da polícia.
Hong Kong luta pela democracia na China. Será uma longa luta. A mídia oficial do Partido Comunista está pedindo "tolerância zero".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário