O estresse, a depressão e a ansiedade atingem 615 milhões de pessoas, provocam suicídio e causam um prejuízo anual estimado em US$ 1 trilhão (R$ 3,736 trilhões), revelou um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As doenças crônicas respondem por 86% dos gastos com saúde nos Estados Unidos, de US$ 2,7 trilhões (R$ 10 trilhões) por ano. Muitas são causadas por problemas relacionados ao estresse.
No Reino Unido, são responsáveis por 44% das doenças profissionais e 57% das faltas ao trabalho por razões de saúde, de acordo com as estatísticas oficiais, noticiou o jornal inglês Financial Times.
Mais de 450 pessoas de 43 países foram entrevistas na reportagem. A maioria sentiu falta de apoio, abandono ou discriminação por causa de problemas mentais.
Dois terços acreditam que o trabalho tem um impacto extremamente negativo sobre a saúde e 44% disseram que a saúde mental não é levada a sério na empresa ou organização onde trabalham. A metade declarou não saber aonde ir nem a quem recorrer.
Enquanto as empresas hoje enfrentam a discriminação racial e sexual e o assédio sexual, a saúde mental ainda é um tabu. O problema é realmente grave em setores altamente competitivos como finanças, consultoria e escritórios de advocacia.
"Existe uma cultura profundamente arraigada de que os locais de trabalho são bons", observa Donna Hardaker, especialista em recursos humanos e saúde mental no trabalho na organização beneficente Sutter Health, de Sacramento, na Califórnia. "Os empregados são o problema. Mas os empregadores tem a responsabilidade social de não prejudicar as pessoas que trabalham entre suas paredes."
Se um funcionário tem uma doença grave como câncer ou problemas cardíacos, a normalmente empresa vai oferecer apoio e aceitar o afastamento temporário do trabalho. No caso de problemas mentais, a atitude costuma ser negativa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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