Sob pressão dos tarifaços do presidente Donald Trump, a China, segunda maior economia do mundo, cresceu no segundo semestre de 2019 num ritmo anual de 6,2%. É o mais fraco desde o início dos anos 1990s.
A última taxa anual inferior foi 3,9% em 1990. A taxa para o trimestre é a menor desde que a pesquisa começou, há 27 anos. Caiu em relação aos 6,4% ao ano do primeiro trimestre, que já estavam abaixo dos 6,6% do ano passado como um todo.
As negociações entre os Estados Unidos e a China tiveram seu pior momento em maio, quando Trump impôs tarifa de 25% sobre exportações chinesas no valor de US$ 200 bilhões anuais. O clima melhorou quando o presidente americano se encontrou com o ditador Xi Jinping durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20), em Osaka, no Japão, em 28 e 29 de junho.
Com medo de que a guerra comercial prejudique o que é hoje o maior parque industrial do mundo, o governo chinês ampliou o crédito e adotou medidas para estimular o investimento. A indústria manufatureira cresceu em ritmo anual de 6,3% em junho, superando os 5% de maio.
Em dólar, o valor das exportações recuou 1,3% em junho. O investimento em propriedades imóveis avançou em ritmo de 10,9% ao ano no primeiro semestre, caindo em comparação com maio, quando estava em 11,2%.
As vendas no varejo subiram num ritmo anual de 9,8% em junho, superando os 8,6% de maio. É sinal de que o consumo interno é robusto. A inflação está sob controle. Em junho, foi de 2,7%.
Os analistas entendem que o governo chinês não vai correr o risco de uma desaceleração maior. Quer manter a taxa de crescimento no fim do ano em 6%. Com certeza, vai adotar novas medidas de estímulo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário