A Agência Internacional de Energia Atômica encontrou traços de material radioativo numa instalação nuclear descoberta pelo Mossad, o serviço de espionagem de Israel, uma violação do acordo de 2015, noticiou hoje o Canal 13 da televisão israelense. A agência das Nações Unidas não divulgou a informação.
O primeiro-ministro de
Israel, Benjamin Netanyahu, revelou a existência de uma instalação nuclear em
Turcuzabade em discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro do ano passado.
Fiscais da Agência Internacional de Energia Atômica inspecionaram o local em
abril. Havia uma expectativa de que contassem o que viram em junho, mas não
mencionaram a central de Turcuzabade.
Como a fiscalização
demorou, havia o temor de que a República Islâmica houvesse limpado o sítio,
eliminando indícios comprometedores. Em ocasiões anteriores, o regime teocrático
iraniano deixou vestígios. Se a notícia for confirmada, dará razão aos Estados
Unidos, que no governo Donald Trump rompeu o acordo nuclear de 2015 e impôs sanções
severas que estão sufocando a economia iraniana.
O produto interno bruto
caiu 6% e a inflação passa de 50% ao ano. Em reação, o Irã ameaçou fechar o
Estreito de Ormuz, entrada do Golfo Pérsico, por onde passa um quinto do petróleo
exportado no mundo, atacou seis navios petroleiros em maio e junho, e derrubou
uma aeronave não tripulada dos Estados Unidos.
Além do mais, o Irã
voltou a enriquecer urânio, o estoque de urânio enriquecido passa do limite de
300 quilos estabelecido pelo acordo e o teor do urânio enriquecido passou dos
3,67% autorizados pelo acordo. Está em 4,5% e o governo iraniano anunciou a
intenção de chegar a 20%, o teor usado em equipamentos de medicina nuclear.
Para ser usado como
explosivo em armas atômicas, o urânio precisa ser enriquecido a 90%. O Irã
ainda estaria longe de fabricar uma bomba, mas poderia fazer isso em um ano,
estimam os especialistas. Com 250 quilos de urânio enriquecido a 20%, o Irã
pode produzir 25 quilos de urânio enriquecido a 90%, suficiente para fabricar a
bomba nuclear. Meu comentário:
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