A Justiça Federal de Nova York sentenciou hoje o traficante mexicano Joaquín El Chapo Guzmán Loera, de 62 anos, à prisão perpétua mais 30 anos e multa de US$ 12,6 bilhões (R$ 47,4 bilhões) por chefiar o Cartel de Sinoloa, responsável por traficar drogas no valor de US$ 12 bilhões, mais de R$ 45 bilhões.
É o fim de uma carreira de 30 anos de tráfico e violência. El Chapo havia sido condenado em 12 de fevereiro por dez acusações, inclusive contrabando de drogas, assassinato e lavagem de dinheiro. Deve cumprir a pena numa prisão de segurança máxima do Colorado conhecida como a Alcatraz das Montanhas Rochosas.
Em 2009, a revista americana Forbes o considerou o 701º homem mis rico do mundo, com fortuna de US$ 1 bilhão (R$ 3,76 bilhões).
Preso em 1993 na Guatemala, El Chapo foi extraditado para o México, onde foi condenado pelo assassinato do bispo católico Juan Jesús Posadas Ocampo. Em 2001, ele fugiu da cadeia escondido embaixo de uma montanha de roupa suja.
Depois de 13 anos, Guzmán foi preso num condomínio à beira-mar em Mazatlán, no estado de Sinaloa, uma praia no Oceano Pacífico, em fevereiro de 2014. El Chapo fugiu de novo em 11 de julho de 2015, dessa vez através de um longo túnel de um quilômetro e meio.
Ele foi recapturado em 8 de janeiro de 2016. Um ano depois, foi extraditado para os Estados Unidos. Sua prisão pouco afetou o Cartel de Sinaloa, hoje controlado por seus filhos, nem o tráfico de drogas.
É mais um sinal do fracasso da guerra do governo mexicano contra as drogas, que pretendia derrotar as máfias do crime organizado "cortando cabeças", tirando de circulação os principais chefões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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