O Irã anunciou hoje que está regulando suas centrífugas para aumentar a partir de amanhã o teor do urânio enriquecido acima do limite de 3,67% previsto no acordo nuclear assinado em 2015 com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e Alemanha.
É uma tentativa de pressionar a Europa, a China e a Rússia a ajudar o Irã a aliviar o impacto das sanções impostas pelos Estados Unidos desde que o presidente Donald Trump retirou seu país do acordo, em 8 de maio de 2018.
Hoje era o fim do prazo de 60 dias que a República Islâmica deu aos europeus para contornar o problema criado pelas sanções americanas. Extremamente preocupada, a supercomissária europeia para política externa, a ex-chanceler italiana Federica Mogherini, prometeu discutir a questão com a China e a Rússia.
"Apelamos ao Irã para que não tome mais medidas que minem o acordo nuclerar", declarou a porta-voz europeia Maja Kocijancic. "Pedimos encarecidamente ao Irã que pare e reverta todas as atividades inconsistentes com o acordo nuclear."
"É melhor o Irã tomar cuidado", advertiu o presidente Trump.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, prometeu novas medidas de pressão: "A
última expansão do programa nuclear do Irã vai levar a mais isolamento e mais sanções. Armado com bombas atômicas, o regime iraniano seria um perigo ainda maior para o mundo."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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