sexta-feira, 5 de julho de 2019

Retomada do emprego reduz chance de corte de juros nos EUA

A economia dos Estados Unidos teve um saldo de 224 mil novos empregos em junho, o melhor resultado em dez meses, quase igual à média do ano passado, superando a expectativa do mercado, que era de 160 mil vagas, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. 

O índice de desemprego subiu de 3,6% para 3,7%, sinal de que há mais americanos procurando emprego. Com menos chance de corte nas taxas básicas de juros na reunião do Conselho da Reserva Federal (Fed) no fim do mês, as bolsas caíram no mundo inteiro, mas uma redução de 0,25 ponto percentual não está totalmente descartada.

Em Nova York, o Índice Dow Jones perdeu 0,16%. As bolsas da Europa já estavam em baixa por causa da forte queda das encomendas à indústria da Alemanha, a maior economia do continente. Com vendas fracas no varejo e o pior desempenho do mercado de trabalho desde 2002, a locomotiva europeia preocupa.

O presidente Donald Trump saudou o resultado, chamando-o de "real e inesperadamente bom", mas voltou a atacar o Fed: "Se tivéssemos um Fed que baixasse as taxas de juros, estaríamos como um foguete. Mas estamos pagando muitos juros desnecessariamente. Não temos um Fed que não sabe o que está fazendo."

Até agora, em 2019, a maior economia do mundo gerou saldos de 172 mil novos postos de trabalho por mês, abaixo da média de 223 mil do ano passado.

Apesar da forte retomada no crescimento do emprego, há sinais de desaceleração. A delegacia regional do Fed em Atlanta, na Geórgia, prevê um crescimento em ritmo de 1,3% ao ano no segundo trimestre, depois de uma expansão de 3,1% nos três primeiros meses do ano.

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