O ritmo de crescimento da maior economia do mundo baixou de 3,1% ao ano no primeiro trimestre de 2019 para 2,1% ao ano no segundo trimestre. Aumenta assim a chance de um corte na taxa básica de juros de curto prazo na próxima reunião do Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco centraldos Estados Unidos.
A desaceleração foi menor do que prevista. Os gastos dos consumidores (+4,3%) neutralizaram em parte a redução dos investimentos das empresas.
Diante dos novos dados, o presidente Donald Trump voltou a atacar a independência do Fed: "Não foi ruim considerando que temos um peso muito pesado da âncora do Fed ao redor do nosso pescoço. Quase não há inflação. Os EUA estão prontos para voar."
O Partido Democrata criticou os cortes de impostos para ricos e grandes empresas: "Está ficando claro que a lei fiscal de 2017 foi uma bênção para os afortunados e vai tornar mais difícil para o governo federal estimular o crescimento econômico na próxima recessão", declarou a deputada Carolyn Maloney, vice-presidente da Comissão Conjunta de Economia do Congresso.
A expectativa do mercado é de um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual na próxima semana; 83% dos analistas preveem 0,25. Se a economia mantiver o ritmo de crescimento anual acima de 2%, é provável que o Fed não faça mais cortes até o fim do ano.
Com as guerras comerciais com a China e o México, Trump é acusado de ser o responsável pela desaceleração. O presidente sabe que a economia é seu principal argumento na campanha para a reeleição em 2020.
A revisão de dados de anos anteriores concluiu que a economia americana cresceu 2,5% no ano passado e não os 3% anunciados anteriormente pelo Departamento do Comércio. O país cresce desde o fim de 2009. É o maior período de crescimento da história recente dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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