Sem acordo entre a Casa Branca e a oposição republicana, que tem maioria na Câmara dos Estados Unidos, o governo da maior economia do mundo pode ficar sem dinheiro para funcionar daqui a pouco mais de uma hora, quando começa o novo ano fiscal, em 1º de outubro de 2013.
Sob pressão do movimento radical de direita Festa do Chá, os republicanos condicionam a aprovação de um orçamento de emergência para a máquina federal dos EUA não parar ao adiamento da entrada em vigor da reforma de saúde aprovada no primeiro governo Barack Obama.
O presidente fez um último apelo no início da noite. Ele acusou os republicanos de chegarem ao "cúmulo da irresponsabilidade", argumentando que só está pedindo dinheiro para pagar despesas já aprovadas pelo Congresso. Obama advertiu ainda para os riscos de um fechamento do governo e possível calote da dívida pública federal para a recuperação da economia, lembrando que o dólar é moeda de reserva para grande parte do resto do mundo.
Por 54-46, o Senado, dominado pelo Partido Democrata, aprovou uma proposta que mantém o governo funcionando e ignora a decisão da Câmara. Como assessores republicanos disseram que não haverá nova votação na Câmara hoje à noite, não haverá acordo.
Assim, 800 mil dos 3,3 milhões funcionários públicos devem ficar em casa sem receber até o impasse ser resolvido. Os museus federais, parques nacionais e monumentos como a Estátua da Liberdade não vão abrir. Há poucos minutos, o presidente Obama assinou um decreto para garantir o pagamento dos militares e de outros serviços essenciais durante o fechamento do governo federal dos EUA.
Cerca de 44% dos americanos culpam os republicanos pelo impasse e 56% são contra o fechamento do governo, enquanto 33% responsabilizam o presidente e os democratas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Maduro expulsa três diplomatas dos EUA
Em meio a uma crise econômica tão profunda que levou o governo a tomar medidas ridículas como mandar o Exército ocupar uma fábrica de papel higiênico, o presidente Nicolas Maduro expulsou hoje três diplomatas da Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela sob a acusação de conspirar com a oposição para sabotar o sistema elétrico nacional.
Os três diplomatas americanos têm 48 horas para sair da Venezuela, que enfrenta uma crise séria com o colapso da economia chavista e a anarquia gerada pelo "socialismo do século 21".
Se o país que se vangloria de ter as maiores reservas mundiais de petróleo não consegue gerar energia elétrica e precisa do Exército para ter papel higiênico, há algo profundamente errado na Venezuela, e a ideologia, uma herança maldita do caudilho Hugo Chávez, não dá margem de manobra a Maduro.
O regime chavista começa a implodir sob suas próprias contradições.
Os três diplomatas americanos têm 48 horas para sair da Venezuela, que enfrenta uma crise séria com o colapso da economia chavista e a anarquia gerada pelo "socialismo do século 21".
Se o país que se vangloria de ter as maiores reservas mundiais de petróleo não consegue gerar energia elétrica e precisa do Exército para ter papel higiênico, há algo profundamente errado na Venezuela, e a ideologia, uma herança maldita do caudilho Hugo Chávez, não dá margem de manobra a Maduro.
O regime chavista começa a implodir sob suas próprias contradições.
Ministro do Exterior nega que haja guerra civil na Síria
Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, representando o ditador Bachar Assad, o ministro do Exterior da Síria, Walid Muallem, negou que o país esteja em guerra civil, apesar das mais de 110 mil mortes nos últimos dois anos e meio: "É uma guerra contra o terrorismo, e não uma guerra civil".
Para negar legitimidade ao movimento inicialmente pacífico pela democracia, a ditadura de Bachar Assad acusa os oposicionistas de terrorismo. Mas foi sua brutal repressão e a sensação de que a Primavera Árabe acabou na Síria e não foi capaz de democratizar o Oriente Médio que levou a um renascimento do jihadismo, da rede terrorista Al Caeda e de seus seguidores.
Se a democracia não permite a ascensão de um partido islâmico, como indica o golpe militar de 3 de julho de 2013 no Egito, a luta armada volta a ser uma opção para os jovens árabes descontentes. Campos de batalha como a Síria são o terreno favorito para sua "guerra santa".
Para negar legitimidade ao movimento inicialmente pacífico pela democracia, a ditadura de Bachar Assad acusa os oposicionistas de terrorismo. Mas foi sua brutal repressão e a sensação de que a Primavera Árabe acabou na Síria e não foi capaz de democratizar o Oriente Médio que levou a um renascimento do jihadismo, da rede terrorista Al Caeda e de seus seguidores.
Se a democracia não permite a ascensão de um partido islâmico, como indica o golpe militar de 3 de julho de 2013 no Egito, a luta armada volta a ser uma opção para os jovens árabes descontentes. Campos de batalha como a Síria são o terreno favorito para sua "guerra santa".
Chefe da Guarda: Rouhani não deveria atender Obama
Num sinal do conflito interno do regime fundamentalista do Irã em torno das relações com os Estados Unidos, o comandante da Guarda Revolucionária, general Mohamed Ali Jafari, afirmou que o presidente Hassan Rouhani não deveria ter atendido à ligação telefônica do presidente Barack Obama.
Jafari declarou que Rouhani adotou uma posição "firme e apropriada" no discurso perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, e que deveria ter recusado a ligação telefônica assim como se negou a encontrar Obama pessoalmente na sede da ONU.
Como a Guarda Revolucionária controla o programa nuclear do Irã, a declaração indica as dificuldades à frente para que os dois países possam chegar a um acordo. Ao receber hoje o primeiro-ministro de Israel na Casa Branca, Obama repediu: "Concordamos que é imperativo que o Irã não possua armas nucleares".
Obama diz a Israel que Irã não terá arma nuclear
Depois de um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou: "Nós concordamos que é imperativo que o Irã não possua armas nucleares".
Na semana passada, depois da participação do novo presidente iraniano, Hassan Rouhani, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, Obama falou com ele por telefone iniciando um diálogo direto em torno do programa nuclear do Irã. O país sofre fortes sanções internacionais por não parar de enriquecer urânio nem abrir suas instalações nucleares a inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Israel teme que as negociações sejam apenas uma estratégia iraniana para continuar desenvolvendo a bomba para apresentá-la como fato consumado. Rouhani tenta romper o isolamento diplomático, de sérias consequências para a economia do Irã.
Na semana passada, depois da participação do novo presidente iraniano, Hassan Rouhani, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, Obama falou com ele por telefone iniciando um diálogo direto em torno do programa nuclear do Irã. O país sofre fortes sanções internacionais por não parar de enriquecer urânio nem abrir suas instalações nucleares a inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Israel teme que as negociações sejam apenas uma estratégia iraniana para continuar desenvolvendo a bomba para apresentá-la como fato consumado. Rouhani tenta romper o isolamento diplomático, de sérias consequências para a economia do Irã.
Governo dos EUA pode fechar à meia-noite
Por falta de acordo entre a Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos para aprovar o orçamento para o ano fiscal que começa amanhã, a máquina federal do país pode parar. Se isso acontecer 700 mil funcionários públicos serão orientados a ficar em casa e os serviços não emergenciais serão parados.
A oposição republicana, que domina a Câmara, insiste em condicionar a autorização para o governo continuar gastando ao adiamento por pelo menos um ano da entrada em vigor da reforma de saúde aprovada no primeiro governo Barack Obama para garantir a cobertura de cerca de 40 milhões de americanos que não têm seguro-saúde.
Há 17 anos, no governo Bill Clinton (1993-2001), um desacordo entre a Casa Branca e a maioria republicana na Câmara, na época liderada por Newt Gingrich, levou à paralisação temporária da máquina pública dos EUA. A questão agora é o impacto de um fechamento do governo para a recuperação econômica do país.
Até a meia-noite, os negociadores buscam uma solução, mas está difícil chegar a um acordo. Uma batalha maior está marcada para 17 de outubro, quando o Congresso terá de autorizar a elevação do teto da dívida pública dos EUA.
A oposição republicana, que domina a Câmara, insiste em condicionar a autorização para o governo continuar gastando ao adiamento por pelo menos um ano da entrada em vigor da reforma de saúde aprovada no primeiro governo Barack Obama para garantir a cobertura de cerca de 40 milhões de americanos que não têm seguro-saúde.
Há 17 anos, no governo Bill Clinton (1993-2001), um desacordo entre a Casa Branca e a maioria republicana na Câmara, na época liderada por Newt Gingrich, levou à paralisação temporária da máquina pública dos EUA. A questão agora é o impacto de um fechamento do governo para a recuperação econômica do país.
Até a meia-noite, os negociadores buscam uma solução, mas está difícil chegar a um acordo. Uma batalha maior está marcada para 17 de outubro, quando o Congresso terá de autorizar a elevação do teto da dívida pública dos EUA.
Inflação na Eurozona cai para 1,1% ao ano
O índice de crescimento de preços ao consumidor nos 18 países da União Europeia que usam o euro como moeda caiu de 1,3% ao ano em agosto de 2013 para 1,1% em setembro, revelou hoje a agência oficial de estatísticas do bloco, Eurostat.
Esse recuo foi atribuído à queda de 0,9% nos preços da energia. Há um ano, a inflação na Eurozona estava em 0,9%. A meta oficial do Banco Central Europeu é de 2% ao ano.
Esse recuo foi atribuído à queda de 0,9% nos preços da energia. Há um ano, a inflação na Eurozona estava em 0,9%. A meta oficial do Banco Central Europeu é de 2% ao ano.
Produção industrial do Japão caiu 0,7% em agosto
As fábricas do Japão produziram 0,7% a menos em agosto por causa da queda nos setores de veículos e de semicondutores, anunciou hoje o Ministério da Indústria, acrescentando que a tendência é de retomada da "recuperação em ritmo moderado".
Desde o início do ano, a produção industrial japonesa cresceu quase todos os meses, com aumento na confiança do empresariado e desvalorização do iene, a moeda nacional.
Desde o início do ano, a produção industrial japonesa cresceu quase todos os meses, com aumento na confiança do empresariado e desvalorização do iene, a moeda nacional.
Carros-bomba matam pelo menos 54 pessoas em Bagdá
A explosão coordenada de mais de dez bombas matou pelo menos 54 pessoas e feriu outras 120 hoje em bairros majoritariamente xiitas de Bagdá, a capital do Iraque.
Com o envolvimento cada vez maior de extremistas muçulmanos ligados ideologicamente à rede terrorista Al Caeda na guerra civil da Síria, o conflito sectário entre sunitas e xiitas se agravou na própria Síria, no Líbano e no Iraque.
Desde o início do ano, mais de 5 mil pessoas foram mortas pela violência política no Iraque. Nenhum partido sunita apoia a onda de terror d'al Caeda, um sinal de impotência do regime político em conter a violência, observa a televisão pública britânica BBC.
Com o envolvimento cada vez maior de extremistas muçulmanos ligados ideologicamente à rede terrorista Al Caeda na guerra civil da Síria, o conflito sectário entre sunitas e xiitas se agravou na própria Síria, no Líbano e no Iraque.
Desde o início do ano, mais de 5 mil pessoas foram mortas pela violência política no Iraque. Nenhum partido sunita apoia a onda de terror d'al Caeda, um sinal de impotência do regime político em conter a violência, observa a televisão pública britânica BBC.
domingo, 29 de setembro de 2013
Carro-bomba mata 42 em Peshawar
Pelo menos 42 pessoas e outras 75 saíram feridas com a explosão de um carro-bomba com 220 quilos de explosivos no bazar (mercado central) de Peshawar, no Noroeste do Paquistão.
Foi o terceiro atentado violento na cidade em oito dias. No domingo passado, houve o mais violento, um ataque contra uma igreja que deixou 80 mortos. Há dois dias, a explosão de um ônibus com funcionários municipais matou 18 pessoas.
A série de atentados é um sinal do colapso da tentativa de negociar a paz com os Talebã do Paquistão feita pelo primeiro-ministro Nawaz Sharif. Os extremistas muçulmanos exigem a adoção da lei islâmica e a retirada do Exército das regiões tribais do país.
Foi o terceiro atentado violento na cidade em oito dias. No domingo passado, houve o mais violento, um ataque contra uma igreja que deixou 80 mortos. Há dois dias, a explosão de um ônibus com funcionários municipais matou 18 pessoas.
A série de atentados é um sinal do colapso da tentativa de negociar a paz com os Talebã do Paquistão feita pelo primeiro-ministro Nawaz Sharif. Os extremistas muçulmanos exigem a adoção da lei islâmica e a retirada do Exército das regiões tribais do país.
Boko Haram mata 60 estudantes na Nigéria
Cerca de 60 estudantes foram mortos num ataque do grupo terrorista muçulmano Boko Haram (Não à Educação Ocidental) contra uma universidade rural do estado de Yobe, no Nordeste da Nigéria.
Os estudantes foram baleados enquanto dormiam, enquanto outros membros do grupos incendiavam salas de aula. Quatro estados nigerianos estão sob estado de emergência para combater a insurgência do grupo Boko Haram, acusado por cerca de 4 mil mortes desde que aderiu à luta armada para impor a lei islâmica, em 2009.
A universidade rural foi atacada como um símbolo da educação ocidental que o grupo repudia.
Os estudantes foram baleados enquanto dormiam, enquanto outros membros do grupos incendiavam salas de aula. Quatro estados nigerianos estão sob estado de emergência para combater a insurgência do grupo Boko Haram, acusado por cerca de 4 mil mortes desde que aderiu à luta armada para impor a lei islâmica, em 2009.
A universidade rural foi atacada como um símbolo da educação ocidental que o grupo repudia.
Berlusconi quer eleições antecipadas na Itália
Depois de derrubar o governo ao obrigar os cinco ministros de seu partido Povo da Liberdade a pedir demissão ontem, o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi propôs hoje a realização de eleições antecipadas na Itália.
Como as eleições de fevereiro deste ano foram inconclusivas, dando a vitória à esquerda na Câmara e à direita no Senado, o presidente Giorgio Napolitano deve convocar os líderes dos partidos que formam a grande coalizão do primeiro-ministro Enrico Letta para tentar evitar a realização de novas eleições.
A instabilidade crônica da política italiana agrava a crise econômica do país, que praticamente não cresceu no século 21. Amanhã, os investidores estarão atentos à variação nas taxas de juros cobradas para financiar a dívida pública da Itália, uma das maiores do mundo, de quase 200% do produto interno bruto.
Mais uma vez, Berlusconi, condenado com sentença definitiva por fraude e evasão fiscal, ameaçado de perder a cadeira no Senado e a imunidade, resolveu derrubar o governo para tentar salvar a própria pele.
É incrível que um personagem arquicorrupto e venal continue dominando a direita italiana. A Itália não consegue se livrar de Berlusconi. Não admira que o maior partido hoje seja o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo.
Como as eleições de fevereiro deste ano foram inconclusivas, dando a vitória à esquerda na Câmara e à direita no Senado, o presidente Giorgio Napolitano deve convocar os líderes dos partidos que formam a grande coalizão do primeiro-ministro Enrico Letta para tentar evitar a realização de novas eleições.
A instabilidade crônica da política italiana agrava a crise econômica do país, que praticamente não cresceu no século 21. Amanhã, os investidores estarão atentos à variação nas taxas de juros cobradas para financiar a dívida pública da Itália, uma das maiores do mundo, de quase 200% do produto interno bruto.
Mais uma vez, Berlusconi, condenado com sentença definitiva por fraude e evasão fiscal, ameaçado de perder a cadeira no Senado e a imunidade, resolveu derrubar o governo para tentar salvar a própria pele.
É incrível que um personagem arquicorrupto e venal continue dominando a direita italiana. A Itália não consegue se livrar de Berlusconi. Não admira que o maior partido hoje seja o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo.
sábado, 28 de setembro de 2013
Grécia prende líderes da ultradireita
A polícia da Grécia prendeu hoje o líder e mais de dez altos dirigentes e deputados do partido de extrema direita Aurora Dourada.
Nikolaos Mihaloliakos, quatro deputados, um porta-voz e dez outros membros do partido são acusados de formar uma organização criminosa. Dois revólveres não registrados e um fuzil de caça foram apreendidos na casa de Mihaloliakos.
No início da semana, um militante da Aurora Dourada matou um rapper antifascista. O partido surgiu em consequência da pior crise econômica desde que a Grécia entrou para a Comunidade Econômica Europeia, hoje União Europeia, em 1981. Com a crise de sua dívida pública, o país está no sexto ano seguido de recessão.
Nikolaos Mihaloliakos, quatro deputados, um porta-voz e dez outros membros do partido são acusados de formar uma organização criminosa. Dois revólveres não registrados e um fuzil de caça foram apreendidos na casa de Mihaloliakos.
No início da semana, um militante da Aurora Dourada matou um rapper antifascista. O partido surgiu em consequência da pior crise econômica desde que a Grécia entrou para a Comunidade Econômica Europeia, hoje União Europeia, em 1981. Com a crise de sua dívida pública, o país está no sexto ano seguido de recessão.
Partido de Berlusconi deixa governo na Itália
Por causa da condenação que deixou o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi inelegível, os cinco ministros do partido Povo da Liberdade deixaram hoje o governo de coalizão liderado por Enrico Letta, que fica sem maioria no Congresso, devendo cair e convocar eleições antecipadas.
Em consequência de condenação definitiva por fraude e não pagamento de impostos, Berlusconi deve perder a cadeira que conquistou no Senado nas eleições de fevereiro, que deram maioria à esquerda na Câmara, à direita no Senado e a maior votação ao Movimento 5 Estrelas, do humorista Beppe Grillo.
A saída foi a formação de uma grande coalizão liderada por Letta. Em mais um sinal da instabilidade crônica da política italiana, o governo durou apenas cinco meses.
Em consequência de condenação definitiva por fraude e não pagamento de impostos, Berlusconi deve perder a cadeira que conquistou no Senado nas eleições de fevereiro, que deram maioria à esquerda na Câmara, à direita no Senado e a maior votação ao Movimento 5 Estrelas, do humorista Beppe Grillo.
A saída foi a formação de uma grande coalizão liderada por Letta. Em mais um sinal da instabilidade crônica da política italiana, o governo durou apenas cinco meses.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
ONU aprova fim das armas químicas da Síria
Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou há pouco uma resolução autorizando o recolhimento e a destruição das armas químicas do governo da Síria.
A resolução não autoriza o uso da força mesmo que a Síria não cumpra as determinações do Conselho de Segurança. Se a Rússia, que apoia a ditadura de Bachar Assad, ameaçar vetar uma segunda resolução, os Estados Unidos e aliados podem usar a primeira para tentar legitimar o uso da força.
Os inspetores da ONU devem ir aos locais indicados na lista fornecida pelo regime sírio a partir da próxima semana. Todo o arsenal químico da Síria deve ser destruído até a metade do próximo ano.
A resolução não autoriza o uso da força mesmo que a Síria não cumpra as determinações do Conselho de Segurança. Se a Rússia, que apoia a ditadura de Bachar Assad, ameaçar vetar uma segunda resolução, os Estados Unidos e aliados podem usar a primeira para tentar legitimar o uso da força.
Os inspetores da ONU devem ir aos locais indicados na lista fornecida pelo regime sírio a partir da próxima semana. Todo o arsenal químico da Síria deve ser destruído até a metade do próximo ano.
Obama fala com Rouhani e diz acreditar em acordo
Em entrevista coletiva há pouco na Casa Branca, o presidente Barack Obama revelou ter falado ao telefone durante 15 minutos com o novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, reiterando a posição dos Estados Unidos. Obama fez a ressalva de que não há garantia de sucesso nesse diálogo, mas declarou acreditar que é possível um acordo para impedir que o programa nuclear iraniano desenvolva armas atômicas.
Durante sua primeira visita aos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, já que os dois países não mantém relações diplomáticas há 34 anos, Rouhani afirmou que o Irã não intenção de fabricar armas atômicas e não negou o Holocausto dos judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Rouhani presentou-se como um líder pragmático, confiável e aberto ao diálogo, ao contrário de seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, que ameaçava varrer Israel mapa, o que só pode ser feito com armas nucleares.
O diálogo direto está aberto. Na essência, as posições ainda são muito distantes. Os EUA e a Europa exigem que o Irã pare de enriquecer urânio e abra suas instalações sem restrições a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Irã insiste em que não está fazendo a bomba, mas tem direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos, nos termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear.
Desta vez, com o cerco imposto pelas sanções à economia iraniana, o presidente tem o aval do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, que é quem manda de fato na República Islâmica do Irã.
Durante sua primeira visita aos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, já que os dois países não mantém relações diplomáticas há 34 anos, Rouhani afirmou que o Irã não intenção de fabricar armas atômicas e não negou o Holocausto dos judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Rouhani presentou-se como um líder pragmático, confiável e aberto ao diálogo, ao contrário de seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, que ameaçava varrer Israel mapa, o que só pode ser feito com armas nucleares.
O diálogo direto está aberto. Na essência, as posições ainda são muito distantes. Os EUA e a Europa exigem que o Irã pare de enriquecer urânio e abra suas instalações sem restrições a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Irã insiste em que não está fazendo a bomba, mas tem direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos, nos termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear.
Desta vez, com o cerco imposto pelas sanções à economia iraniana, o presidente tem o aval do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, que é quem manda de fato na República Islâmica do Irã.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Reação do Brasil à espionagem é ingênua e inócua
É óbvio que a megaespionagem dos Estados Unidos é ilegal e um desrespeito à soberania nacional do Brasil e de tantos outros países. Mas, entre tantas outras coisas indesejáveis, como a guerra, faz parte do sistema internacional de forma institucionalizada, ainda que clandestina, de fazer política externa pelo menos desde o cardeal de Richelieu, primeiro-ministro da França de 1624 a 1642, que articulou a golpe para a restauração da monarquia em Portugal e o fim do Domínio Espanhol, em 1640.
Todas as potências fazem isso, o que é evidente nas frequentes acusações mútuas entre EUA e China. É uma questão de poder e de capacidade tecnológica. Na ONU, por exemplo, é praxe que os cinco grandes do Conselho de Segurança espionem o gabinete do secretário-geral.
Se o Brasil está sendo espionado, é por que se tornou um país importante e é evidente que a espionagem não se limita ao combate antiterrorismo. Estende-se a outros assuntos de interesse dos EUA, como relações com países inimigos de Washington como o Irã e Cuba e, é claro, a economia.
Sem Forças Armadas poderosas nem armas nucleares, o Brasil é uma potência herbívora. Sua importância deriva do peso de sua economia. Em relação ao grupo de potências econômicas emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a maior preocupação dos EUA é que parem de usar o dólar nas ruas relações comerciais.
São grandes questão que estão em jogo, além do terrorismo, evidentemente. Os terroristas sempre procuram os pontos mais vulneráveis. Se o Brasil não tem problemas com terrorismo, não significa que não possa ser usado para ataques como o de militantes palestinos contra atletas de Israel na Olimpíada de Munique, na Alemanha, em 1972. Ninguém vai baixar a guarda.
Sem Forças Armadas poderosas nem armas nucleares, o Brasil é uma potência herbívora. Sua importância deriva do peso de sua economia. Em relação ao grupo de potências econômicas emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a maior preocupação dos EUA é que parem de usar o dólar nas ruas relações comerciais.
São grandes questão que estão em jogo, além do terrorismo, evidentemente. Os terroristas sempre procuram os pontos mais vulneráveis. Se o Brasil não tem problemas com terrorismo, não significa que não possa ser usado para ataques como o de militantes palestinos contra atletas de Israel na Olimpíada de Munique, na Alemanha, em 1972. Ninguém vai baixar a guarda.
Como se combate a espionagem? Com contraespionagem, mas o governo Dilma Rousseff cortou o orçamento do Ministério da Defesa, ignorando a guerra cibernética. No fundo, é disso que se trata, capacitar o país para enfrentar os desafios do futuro.
É mais fácil discursar ao vento e fazer um discurso inócuo, sem consequências práticas como aquele sobre a Responsabilidade ao Proteger, uma resposta à intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito na Líbia, repudiada por China e Rússia com o apoio do Brasil. Se o Brasil não aceita o direito de intervenção por razões humanitárias, insistindo na solução pacífica de todos os conflitos, a "responsabilidade ao proteger" perde o sentido. Afinal, ninguém está sendo protegido.
Como não há ninguém protegendo a população civil da Síria, onde mais de 100 mil pessoas foram mortas em dois anos e meio, a responsabilidade de proteger está sendo ignorada e o conceito de "responsabilidade ao proteger", como tantas ideias deste governo, não saiu do papel.
A proposta de criar um marco civil internacional para a Internet dentro do sistema ONU, através da União Internacional de Telecomunicações (UIT), já está sendo discutida para tirar o controle da rede dos EUA. Traz o risco de colocar a Internet sob o controle das potências do Conselho de Segurança, inclusive da China e da Rússia, que, como não são democracias, têm interesse em censurar a rede.
Se Dilma quisesse mesmo manifestar sua indignação, além de transferir uma visita de Estado que não resultaria em nenhum acordo importante, poderia ter chamado embaixador em Washington para rebaixar o nível das relações diplomáticas com os EUA e expulsado diplomatas dos EUA.
Se não fez nada disso, nem aumentou a verba do orçamento de Defesa para contraespionagem e guerra cibernática, é claro que Dilma falou para a plateia, para o Terceiro Mundo e para o eleitorado brasileiro, posando como uma mulher forte e decidida, que enfrenta o homem mais poderoso do mundo.
Outros aliados mais importantes dos EUA, como a Alemanha e a França, também foram espionados, inclusive a primeira-ministra Angela Merkel e o presidente François Hollande. Os cidadãos alemães ficaram indignados com a invasão de sua privacidade, no meio de uma campanha eleitoral.
O que fez Merkel? Deu uma resposta tecnológica. Mandou um helicóptero sobrevoar a embaixada dos EUA para tentar detectar equipamentos de escuta telefônica. Deixou claro que a Alemanha tem condições técnicas de entrar nesta guerra.
Hollande também protestou, mas está do lado dos EUA na tentativa de punir a ditadura de Bachar Assad pelo emprego de armas químicas na guerra civil da Síria. Trata o assunto como uma questão de Estado, e não como uma pinimba pessoal.
Assim caminha a Humanidade, mas Brasília só nas próximas eleições. Este é um país governado pelo marketing eleitoral.
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Obama e Rouhani falam mas não avançam
Em mais um gesto para marcar distância de seu antecessor, o novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, reconheceu a existência do Holocausto. Ao falar perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o líder iraniano manifestou interesse em negociar nuclear com o Ocidente, mas nem ele nem o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, avançaram nas questões essenciais.
O Irã está submetido a rigorosas sanções econômicas, políticas e militares por causa da suspeita de que seu programa nuclear esteja desenvolvendo armas atômicas. Ignora a proibição de enriquecer urânio, imposta pelo Conselho de Segurança da ONU, e reluta em abrir suas instalações nucleares a inspeções internacionais, insistindo em que não quer fazer a bomba atômica, mas tem direito de usar tecnologia nuclear para fins pacíficos.
Em entrevista à televisão americana dentro de uma ofensiva de relações públicas para melhorar a imagem do regime fundamentalista iraniano Rouhani disse ser possível chegar a um acordo em três meses.
A delegação iraniana rejeitou um convite para um encontro entre os dois presidentes ou pelo menos um aperto de mão, alegando precisar de mais tempo para uma reunião desta natureza levar a resultados concretos.
Hoje, o secretário de Estado americano, John Kerry, se encontra com o ministro do Exterior iraniano, Javad Zarif. Será o maior encontro de alto nível desde que os dois países romperam relações diplomáticas quando guardas revolucionários tomaram a embaixada americana em Teerã por 444 dias, de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981.
Uma das razões do antiamericano é o folge de 1953 contra o primeiro-ministro nacionalista Mohamed Mossadegh, que estatizara o petróleo iraniano.
Assim, se o presidente do Irã não tem tempo nem para apertar a mão do presidente dos EUA durante a visita a Nova York, é improvável um acordo em aprenas três meses, como sugeriu Rouhani, sem dar sinais de que pode fazer o que as potências ocidentais e as resoluções do Conselho de Segurança exigem: o fim do enriquecimento de urânio e a abertura irrestrita das instalações nucleares iranianas a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O projeto da bomba atômica está sob o controle do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aliatolá Ali Khamenei, e da Guarda Revolucionária. Rouhani precisa mostrar que pode extrair dos EUA e aliados algumas concessões, especialmente o fim das sanções que sufocam a economia do Irã, para ter o aval para negociar de fato. Talvez por isso tenha tanta pressa.
No passado, outro presidente moderado, Mohamed Khatami (1997-2005) tentou uma reaproximação com o Ocidente, mas não teve apoio do Supremo Líder.
O Irã está submetido a rigorosas sanções econômicas, políticas e militares por causa da suspeita de que seu programa nuclear esteja desenvolvendo armas atômicas. Ignora a proibição de enriquecer urânio, imposta pelo Conselho de Segurança da ONU, e reluta em abrir suas instalações nucleares a inspeções internacionais, insistindo em que não quer fazer a bomba atômica, mas tem direito de usar tecnologia nuclear para fins pacíficos.
Em entrevista à televisão americana dentro de uma ofensiva de relações públicas para melhorar a imagem do regime fundamentalista iraniano Rouhani disse ser possível chegar a um acordo em três meses.
A delegação iraniana rejeitou um convite para um encontro entre os dois presidentes ou pelo menos um aperto de mão, alegando precisar de mais tempo para uma reunião desta natureza levar a resultados concretos.
Hoje, o secretário de Estado americano, John Kerry, se encontra com o ministro do Exterior iraniano, Javad Zarif. Será o maior encontro de alto nível desde que os dois países romperam relações diplomáticas quando guardas revolucionários tomaram a embaixada americana em Teerã por 444 dias, de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981.
Uma das razões do antiamericano é o folge de 1953 contra o primeiro-ministro nacionalista Mohamed Mossadegh, que estatizara o petróleo iraniano.
Assim, se o presidente do Irã não tem tempo nem para apertar a mão do presidente dos EUA durante a visita a Nova York, é improvável um acordo em aprenas três meses, como sugeriu Rouhani, sem dar sinais de que pode fazer o que as potências ocidentais e as resoluções do Conselho de Segurança exigem: o fim do enriquecimento de urânio e a abertura irrestrita das instalações nucleares iranianas a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O projeto da bomba atômica está sob o controle do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aliatolá Ali Khamenei, e da Guarda Revolucionária. Rouhani precisa mostrar que pode extrair dos EUA e aliados algumas concessões, especialmente o fim das sanções que sufocam a economia do Irã, para ter o aval para negociar de fato. Talvez por isso tenha tanta pressa.
No passado, outro presidente moderado, Mohamed Khatami (1997-2005) tentou uma reaproximação com o Ocidente, mas não teve apoio do Supremo Líder.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Terremoto mata mais de 300 no Paquistão
Um tremor de terra de 7,7 graus na escala aberta de Richter matou pelo menos 327 pessoas e deixou outras 466 feridas ontem no Oeste do Paquistão. Pelo menos 30% das casas do distrito de Awaran foram destruídas.
A força do terremoto fez surgir uma nova ilha perto de Gwadar, na costa paquistanesa.
A força do terremoto fez surgir uma nova ilha perto de Gwadar, na costa paquistanesa.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Presidente do Quênia anuncia fim da operação
O presidente Uhuru Kenyatta anunciou há pouco o fim da operação das forças de segurança para desalojar terroristas que atacaram no sábado um centro comercial de Nairóbi, a capital do Quênia, acrescentando que cinco terroristas foram presos e 11 suspeitos presos. O total de mortos ficou em 72.
No domingo, o grupo extremista muçulmano Al Chababe (Os Jovens), que luta contra o governo provisório somaliano, assumiu a responsabilidade pelo ataque, alegando estar se vingando da atuação de soldados quenianos numa força internacional da paz na vizinha Somália.
No domingo, o grupo extremista muçulmano Al Chababe (Os Jovens), que luta contra o governo provisório somaliano, assumiu a responsabilidade pelo ataque, alegando estar se vingando da atuação de soldados quenianos numa força internacional da paz na vizinha Somália.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Egito coloca Irmandade Muçulmana na ilegalidade
A Justiça do Egito proibiu todas as atividades do mais antigo grupo fundamentalista muçulmano do mundo, a Irmandade Muçulmana, que governava o país até o golpe militar de 3 de julho de 2013 contra o presidente Mohamed Mursi.
A Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, declarou que já sofreu várias tentativas de ilegalizá-la e vai continuar a luta. Desde o golpe centenas de pessoas foram mortas, gerando grande instabilidade.
A Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, declarou que já sofreu várias tentativas de ilegalizá-la e vai continuar a luta. Desde o golpe centenas de pessoas foram mortas, gerando grande instabilidade.
Quênia ataca centro comercial tomado por jihadistas
As forças de segurança do Quênia fizeram nova tentativa hoje de desalojar os terroristas muçulmanos que atacaram no sábado um centro comercial de Nairóbi, a capital do país, e prometem controlar totalmente a situação na noite de hoje. Foram ouvidas várias explosões. Comandos de Israel apoiam as forças quenianas.
Mais de 200 reféns foram libertados. Pelo menos 62 mortes foram confirmadas até agora, mas há desaparecidos, e 175 pessoas saíram feridas. Dez suspeitos de envolvimento no ataque foram presos.
No sábado, a milícia fundamentalista somaliana Al Chababe (Os Jovens), ligada à rede terrorista Al Caeda, reivindicou a responsabilidade pela ação, apresentando-a como uma retaliação à intervenção de soldos quenianos na Somália.
O grupo já havia ameaçado atacar o centro comercial Westgate, muito frequentado por estrangeiros. A sede do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Pnuma) fica em Nairóbi.
O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda, autorizou o retorno ao Quênia do vice-presidente William Ruto, processado pela onda de violência que se seguiu à eleição presidencial de dezembro de 2007.
Mais de 200 reféns foram libertados. Pelo menos 62 mortes foram confirmadas até agora, mas há desaparecidos, e 175 pessoas saíram feridas. Dez suspeitos de envolvimento no ataque foram presos.
No sábado, a milícia fundamentalista somaliana Al Chababe (Os Jovens), ligada à rede terrorista Al Caeda, reivindicou a responsabilidade pela ação, apresentando-a como uma retaliação à intervenção de soldos quenianos na Somália.
O grupo já havia ameaçado atacar o centro comercial Westgate, muito frequentado por estrangeiros. A sede do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Pnuma) fica em Nairóbi.
O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda, autorizou o retorno ao Quênia do vice-presidente William Ruto, processado pela onda de violência que se seguiu à eleição presidencial de dezembro de 2007.
domingo, 22 de setembro de 2013
Maioria dos reféns é libertada em Nairóbi
As forças de segurança do Quênia invadiram hoje um centro comercial de Nairóbi atacado ontem por terroristas muçulmanos da Somália e resgataram a maioria dos reféns, anunciou há pouco o governo queniano. Pelo menos 68 pessoas foram mortas e 175 feridas.
O grupo extremista muçulmano Al Chababe (Os Jovens), da Somália, reivindicou a autoria da pior ação terrorista no Quênia desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos, em agosto de 1998.
O grupo extremista muçulmano Al Chababe (Os Jovens), da Somália, reivindicou a autoria da pior ação terrorista no Quênia desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos, em agosto de 1998.
China condena Bo Xilai à prisão perpétua
Há um ano e meio, ele era a maior estrela em ascensão da linha dura do Partido Comunista da China, saudosa do tempo de Mao Tsé-tung. Hoje, Bo Xilai foi condenado à prisão perpétua por aceitar suborno no valor de US$ 3,6 milhões, desviar US$ 800 mil em dinheiro público e abusar do poder para encobrir o assassinato do empresário britânico Neil Heywood, morto por sua mulher em novembro de 2011.
Foi a queda do poder mais espetacular desde que a Gangue dos Quatro, que incluía a viúva de Mao, Jiang Ching, foi condenada por alta traição, em 1981.
Bo era governador e líder do partido na cidade-estado de Xunquim, onde aplicou os métodos policiais da era maoísta para combater a corrupção e resgatou músicas patrióticas do tempo da Revolução Industrial (1966-76), o período mais conturbado da revolução comunista na China.
Durante todo o processo, Bo desafiou o tribunal, apresentando-se como vítima de perseguição política e de um processo forjado. Ele era membro do Politburo do Comitê Central do PC chinês, de 25 membros, e ambicionava chegar ao Comitê Permanente do Politburo, os agora "sete imperadores" que governam a China, no fim do ano passado.
Foi a queda do poder mais espetacular desde que a Gangue dos Quatro, que incluía a viúva de Mao, Jiang Ching, foi condenada por alta traição, em 1981.
Bo era governador e líder do partido na cidade-estado de Xunquim, onde aplicou os métodos policiais da era maoísta para combater a corrupção e resgatou músicas patrióticas do tempo da Revolução Industrial (1966-76), o período mais conturbado da revolução comunista na China.
Durante todo o processo, Bo desafiou o tribunal, apresentando-se como vítima de perseguição política e de um processo forjado. Ele era membro do Politburo do Comitê Central do PC chinês, de 25 membros, e ambicionava chegar ao Comitê Permanente do Politburo, os agora "sete imperadores" que governam a China, no fim do ano passado.
Terroristas ainda resistem em centro comercial no Quênia
Os sobreviventes de um grupo de 10 a 15 terroristas da milícia fundamentalista somaliana Al Chababe (Os Jovens) entrincheirados num central comercial de Nairóbi ainda resistem ao cerco de soldados e policiais do Quênia e mantêm cerca de 30 pessoas como reféns.
Hoje os soldados quenianos invadiram o centro comercial. Um comando de elite de Israel se associou à operação.
Os extremistas muçulmanos da Somália invadiram o centro de compras ontem. Pelo menos 59 pessoas morreram e 175 foram feridas no ataque do grupo, ligado à rede terrorista Al Caeda, que queria se vingar da intervenção de soldados quenianos na Somália como parte de uma força internacional de paz que desalojou os chababes do porto de Kismayo.
Hoje os soldados quenianos invadiram o centro comercial. Um comando de elite de Israel se associou à operação.
Os extremistas muçulmanos da Somália invadiram o centro de compras ontem. Pelo menos 59 pessoas morreram e 175 foram feridas no ataque do grupo, ligado à rede terrorista Al Caeda, que queria se vingar da intervenção de soldados quenianos na Somália como parte de uma força internacional de paz que desalojou os chababes do porto de Kismayo.
Merkel vence eleições na Alemanha
A conservadora União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, e sua aliada na Baviera, a União Social-Cristã (CSU), ganharam as eleições parlamentares deste domingo na Alemanha com 41,5% dos votos.
Foi o segundo melhor resultado da aliança desde a reunificação do país, em 1990, oito pontos percentuais acima das eleições de 2009. Dá a Merkel um terceiro mandato consecutivo de quatro anos para governar o país mais rico da Europa e liderar a União Europeia, que ainda não saiu da crise econômica.
Em segundo lugar, com 25,7%, ficou o Partido Social-Democrata (SPD), seguido por A Esquerda (8,5%) e Os Verdes (8%). Os liberais-democratas do FDP, aliados de Merkel no atual governo, e o partido antieuropeu Alternativa para a Alemanha (AfD) lutam para chegar aos 5% mínimos para conseguir representação na Câmara Federal.
Com os problemas do FDP, que está com apenas 4,7% dos votos, não está certo se a coligação de centro-direita terá condições de formar o novo governo ou se Merkel terá de se aliar ao SPD, refazendo a grande coalizão que comandou a Alemanha em seu primeiro governo, de 2005 a 2009.
Os sociais-democratas exigem a introdução de um salário mínimo para aderir ao governo. Mas algumas projeções indicam que Merkel poderia ter maioria absoluta sem o FDP. Desde 1945, só o democrata-cristão Konrad Adenauer conseguiu maioria absoluta, em 1957.
Foi o segundo melhor resultado da aliança desde a reunificação do país, em 1990, oito pontos percentuais acima das eleições de 2009. Dá a Merkel um terceiro mandato consecutivo de quatro anos para governar o país mais rico da Europa e liderar a União Europeia, que ainda não saiu da crise econômica.
Em segundo lugar, com 25,7%, ficou o Partido Social-Democrata (SPD), seguido por A Esquerda (8,5%) e Os Verdes (8%). Os liberais-democratas do FDP, aliados de Merkel no atual governo, e o partido antieuropeu Alternativa para a Alemanha (AfD) lutam para chegar aos 5% mínimos para conseguir representação na Câmara Federal.
Com os problemas do FDP, que está com apenas 4,7% dos votos, não está certo se a coligação de centro-direita terá condições de formar o novo governo ou se Merkel terá de se aliar ao SPD, refazendo a grande coalizão que comandou a Alemanha em seu primeiro governo, de 2005 a 2009.
Os sociais-democratas exigem a introdução de um salário mínimo para aderir ao governo. Mas algumas projeções indicam que Merkel poderia ter maioria absoluta sem o FDP. Desde 1945, só o democrata-cristão Konrad Adenauer conseguiu maioria absoluta, em 1957.
sábado, 21 de setembro de 2013
Terroristas da Somália atacaram Nairóbi
Até a madrugada de domingo pela hora local, homens armados resistiam ao cerco de soldados e policiais do Quênia num centro comercial de Nairóbi, a capital do país. Eles foram identificados como terroristas da milícia somaliana Al Chababe, ligada à rede terrorista Al Caeda.
Pelo menos 39 pessoas morreram. Várias pessoas foram tomadas como reféns. A situação ainda é tensa e confusa.
Pelo menos 39 pessoas morreram. Várias pessoas foram tomadas como reféns. A situação ainda é tensa e confusa.
Tiroteio em centro comercial mata 22 no Quênia
Homens armados abriram fogo hoje num centro comercial de Nairóbi, no Quênia, matando pelo menos 22 pessoas. A situação ainda não está sob controle.
A polícia suspeita de terrorismo, mas também acredita na possibilidade de um assato cometido por uma gangue. O Quênia está sob ameaça da milícia fundamentalista muçulmana Al Chebabe (Os Jovens), que luta pelo poder na vizinha Somália, onde o Exército queniano interveio em 2011 como parte de uma força de paz internacional.
Em agosto de 1998, a Embaixada dos Estados Unidos no país foi alvo de um ataque terrorista organizado pela rede terrorista Al Caeda.
A polícia suspeita de terrorismo, mas também acredita na possibilidade de um assato cometido por uma gangue. O Quênia está sob ameaça da milícia fundamentalista muçulmana Al Chebabe (Os Jovens), que luta pelo poder na vizinha Somália, onde o Exército queniano interveio em 2011 como parte de uma força de paz internacional.
Em agosto de 1998, a Embaixada dos Estados Unidos no país foi alvo de um ataque terrorista organizado pela rede terrorista Al Caeda.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Índia aumenta taxa básica de juros
Numa medida surpreendente, o Banco da Reserva da Índia, o banco central do país, elevou hoje sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual para 7,5% ao ano para combater a inflação gerada pela recente desvalorização da rúpia diante do dólar.
O RBI não subia os juros há quase dois anos, desde outubro de 2011.
O RBI não subia os juros há quase dois anos, desde outubro de 2011.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Washington lançou bases da política externa dos EUA
No seu Discurso de Despedida, em 19 de setembro 1796, há exatamente 217 anos, o primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, lançou as bases da política externa americana. É uma de seus bases ideológicas, ao lado da Doutrina Monroe e da tese do Destino Manifesto, que justificou a Marcha para o Oeste e a conquista de grande parte do território do México.
Washington advertiu
que a paz, a independência, a segurança, a liberdade e a prosperidade dependiam
da união entre os estados, criticou o faccionalismo dos partidos políticos,
defendeu a separação dos poderes, o livre comércio e a neutralidade, alertado
os americanos a não se envolver em guerras nem alianças na Europa.
Esse isolacionismo só foi rompido em 1917, quando os EUA entraram na Primeira Guerra Mundial depois de vários ataques de submarinos da Alemanha à navegação e ao comércio no Oceano Atlântico.
Depois da Primeira Guerra Mundial, quando o Senado dos EUA rejeitou a Liga das Nações, o país recuou para seu isolacionismo, que durou até o ataque japonês a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941. Com a vitória na Segunda Guerra Mundial, os EUA se transformaram numa superpotência e projetaram seu poderio militar pelo mundo inteiro durante a Guerra Fria.
Neste momento de crise econômica e declínio da influência nos EUA, a hesitação do governo Barack Obama e do Congresso em relação à guerra civil na Síria sinaliza um recuo.
Kerry alega que ONU provou culpa de Assad
O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou hoje que a investigação das Nações Unidas prova que o governo Bachar Assad é responsável pelo ataque com armas químicas que matou 1.429 pessoas, sendo 426 crianças, em 21 de agosto de 2013, na periferia de Damasco, a capital da Síria.
Kerry citou como provas os dados obtidos por depoimento de testemunhas e sobreviventes, exame de destroços e resto do ataque, fotografias e análise balística da trajetória dos foguetes com armas químicas comprovam a acusação: "Cada detalhe confirma o que já sabíamos e o que dissemos aos Estados Unidos e ao mundo", declarou.
Por imposição russa, a investigação da ONU não apontou culpados, apenas descreveu os fatos, mas o foguete saiu de uma área controlada pelo governo para atacar uma área de onde o regime tentava desalojar os rebeldes.
O chefe da diplomacia dos EUA desmente assim a alegação feita ontem pela Rússia de que foram os rebeldes que usaram as armas proibidas por uma convenção internacional, de acordo com provas supostamente obtidas pelo regime sírio. E acrescentou: "O Conselho de Segurança da ONU precisa agir na próxima semana".
Em entrevista à televisão americana Fox News, Assad acusou os rebeldes do uso de armas químicas. Sob pressão de um bombardeio dos EUA e aliados, o ditador da Síria admitiu entregar suas armas químicas. Precisa apresentar uma lista até sábado, mas alega ser necessário pelo menos um ano para destruí-las.
No Conselho de Segurança, a Rússia rejeitou um anteprojeto de resolução apresentado pela França para legalizar a remoção e a destruição das armas químicas da Síria. A Rússia se nega a aceitar cláusulas admitindo o uso da força caso o regime sírio não cumpra a promessa de se desfazer das armas.
A situação está num impasse, mas o governo Barack Obama reafirma a decisão de atacar militarmente a Síria se as tentativas diplomáticas fracassarem.
Kerry citou como provas os dados obtidos por depoimento de testemunhas e sobreviventes, exame de destroços e resto do ataque, fotografias e análise balística da trajetória dos foguetes com armas químicas comprovam a acusação: "Cada detalhe confirma o que já sabíamos e o que dissemos aos Estados Unidos e ao mundo", declarou.
Por imposição russa, a investigação da ONU não apontou culpados, apenas descreveu os fatos, mas o foguete saiu de uma área controlada pelo governo para atacar uma área de onde o regime tentava desalojar os rebeldes.
O chefe da diplomacia dos EUA desmente assim a alegação feita ontem pela Rússia de que foram os rebeldes que usaram as armas proibidas por uma convenção internacional, de acordo com provas supostamente obtidas pelo regime sírio. E acrescentou: "O Conselho de Segurança da ONU precisa agir na próxima semana".
Em entrevista à televisão americana Fox News, Assad acusou os rebeldes do uso de armas químicas. Sob pressão de um bombardeio dos EUA e aliados, o ditador da Síria admitiu entregar suas armas químicas. Precisa apresentar uma lista até sábado, mas alega ser necessário pelo menos um ano para destruí-las.
No Conselho de Segurança, a Rússia rejeitou um anteprojeto de resolução apresentado pela França para legalizar a remoção e a destruição das armas químicas da Síria. A Rússia se nega a aceitar cláusulas admitindo o uso da força caso o regime sírio não cumpra a promessa de se desfazer das armas.
A situação está num impasse, mas o governo Barack Obama reafirma a decisão de atacar militarmente a Síria se as tentativas diplomáticas fracassarem.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Fed mantém programa de compra de títulos
Ao contrário da expectativa da maioria dos economistas, o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, decidiu hoje manter sem alterações seu programa de compra de títulos no mercado financeiro no valor de US$ 85 bilhões por mês para jogar mais dinheiro em circulação e assim estimular a economia.
Os economistas esperavam uma redução gradual de US$ 15 bilhões por mês até a extinção do programa de "alívio quantitativo".
Os economistas esperavam uma redução gradual de US$ 15 bilhões por mês até a extinção do programa de "alívio quantitativo".
Grande Palais faz retrospectiva de Braque
O Museu do Grand Palais, em Paris, apresenta a partir de hoje a primeira retrospectiva do pintor cubista Georges Braque em quase 40 anos.
Todas as fases da carreira artística do cofundador do cubismo com Pablo Picasso estão representadas na mostra. Ao todo, são 220 obras, emprestadas por museus a coleções do mundo inteiro.
A exposição vai até 6 de janeiro de 2014.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
FGV seleciona pesquisadores
A Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPDOC) selecionará até quatro pesquisadores recém-doutores para seu Programa de Formação de Quadros Profissionais.
O Programa consiste em um estágio de pós-doutorado com duração de um ano (janeiro a dezembro de 2014) e participação nas atividades de pesquisa, documentação e ensino desenvolvidas pelo CPDOC.
Os selecionados receberão bolsa de pesquisa da FGV no valor mensal de R$ 6.000, que é incompatível com outras bolsas, atividades remuneradas ou vínculo empregatício. Candidatos estrangeiros deverão ter situação legal que permita o recebimento da bolsa, quando do início do estágio.
As inscrições estarão abertas de 10 a 30 de setembro de 2013 através do Portal CPDOC: http://cpdoc.fgv.br/selecaoRDs2013
A divulgação do resultado final será feita a partir do dia 7 de novembro de 2013.
Dilma joga para a plateia ao esnobar Obama
Em protesto contra a espionagem, a presidente Dilma Rousseff acaba de confirmar que cancelou a visita de Estado que faria aos Estados Unidos na viagem que fará para fazer o discurso inaugural da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 24 de setembro de 2013. É uma jogada eleitoreira.
Dilma precisaria ser muito ingênua para não saber que a espionagem faz parte das relações internacionais há séculos. Espiona quem pode, que tem capacidade tecnológica para descobrir segregos políticos, militares e econômica.
A Alemanha e o México também não gostaram da revelação da megaespionagem americana, mas não fizeram o mesmo estardalhaço, o que indica que os marqueteiros do Planalto pretendem explorar eleitoralmente o duelo com os EUA.
De resto, como comentou um diplomata brasileiro, "o mundo de Dilma é o Brasil". A presidente não tem a menor noção do que acontece lá fora e de seu impacto sobre o país.
Ao mesmo tempo em que esnoba os EUA, em vez de aproveitar a oportunidade para obter concessões em assuntos de interesse do Brasil, o governo prepara bondades para agradar o companheiro Evo Morales, insatisfeito com a fuga espetacular o senador Roger Pinto Molina, acusado de vários crimes na Bolívia.
Sob Morales, a Bolívia expropriou, invadiu e ocupou militarmente a Petrobrás na Bolívia. Por causa do asilo oferecido ao senador na Embaixada do Brasil em La Paz, revistou o avião do ministro Celso Amorim e se negou a dar o salvo-conduto previsto na legislação internacional sobre asilo político.
Quem violou mais a soberania brasileira: a Bolívia ou os EUA? Os dois casos mostram claramente de que lado o governo brasileiro quer ficar, da demagogia e do populismo.
Dilma precisaria ser muito ingênua para não saber que a espionagem faz parte das relações internacionais há séculos. Espiona quem pode, que tem capacidade tecnológica para descobrir segregos políticos, militares e econômica.
A Alemanha e o México também não gostaram da revelação da megaespionagem americana, mas não fizeram o mesmo estardalhaço, o que indica que os marqueteiros do Planalto pretendem explorar eleitoralmente o duelo com os EUA.
De resto, como comentou um diplomata brasileiro, "o mundo de Dilma é o Brasil". A presidente não tem a menor noção do que acontece lá fora e de seu impacto sobre o país.
Ao mesmo tempo em que esnoba os EUA, em vez de aproveitar a oportunidade para obter concessões em assuntos de interesse do Brasil, o governo prepara bondades para agradar o companheiro Evo Morales, insatisfeito com a fuga espetacular o senador Roger Pinto Molina, acusado de vários crimes na Bolívia.
Sob Morales, a Bolívia expropriou, invadiu e ocupou militarmente a Petrobrás na Bolívia. Por causa do asilo oferecido ao senador na Embaixada do Brasil em La Paz, revistou o avião do ministro Celso Amorim e se negou a dar o salvo-conduto previsto na legislação internacional sobre asilo político.
Quem violou mais a soberania brasileira: a Bolívia ou os EUA? Os dois casos mostram claramente de que lado o governo brasileiro quer ficar, da demagogia e do populismo.
Atirador tinha oito sanções disciplinares na Marinha
O atirador de 34 anos que matou 12 pessoas ontem ao atacar a tiros a sede do comando da Marinha dos Estados Unidos, em Washington, tinha sofrido oito sanções disciplinares antes de deixar a força, procurou tratamento para doentes mentais e tinha antecedentes criminais. Mesmo assim, possuía um cartão que lhe permitia entrar e sair da base que atacou.
Hoje o dono da empresa para quem Aaron Alexis trabalhava como técnico de informática declarou que não o teria contratado se soubesse de seus problemas. Thomas Hoshko, diretor-geral da empresa The Experts disse ter ficado perturbado ao saber que Alexis atirou contra o pneu de um trabalhador da construção civil, em 2004, e no teto de seu próprio apartamento em Fort Worth, em 2010.
Hoje o dono da empresa para quem Aaron Alexis trabalhava como técnico de informática declarou que não o teria contratado se soubesse de seus problemas. Thomas Hoshko, diretor-geral da empresa The Experts disse ter ficado perturbado ao saber que Alexis atirou contra o pneu de um trabalhador da construção civil, em 2004, e no teto de seu próprio apartamento em Fort Worth, em 2010.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Atirador mata 12 em base naval em Washington
Pelo menos 13 pessoas foram mortas a tiros hoje num quartel da Marinha dos Estados Unidos em Washington, inclusive o atirador que iniciou o tiroteio. A polícia suspeita que possa haver mais dois.
O atirador morto é um ex-funcionário civil que teria sido demitido pela Marinha, identificado como Aaron Alexis, de 34 anos.
O atirador morto é um ex-funcionário civil que teria sido demitido pela Marinha, identificado como Aaron Alexis, de 34 anos.
ONU confirma uso de armas químicas na Síria
Uma comissão de investigação das Nações Unidas concluiu haver "provas claras e convincentes" de que o gás sarin foi usado como arma química num ataque à periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013, na guerra civil da Síria.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, foi um "crime de guerra". Na sexta-feira, talvez intencionalmente ou talvez sem perceber que as câmeras estavam ligadas, Ban acusou o regime sírio de cometer "crimes contra a humanidade" sem relacionar a frase com a investigação.
Por pressão da Rússia, a ONU não pode apontar responsáveis pelo ataque, que os EUA, a França e o Reino Unido atribuem à ditadura de Bachar Assad.
O governo sírio acusa os rebeldes, que chama de "terroristas", e alega que as armas químicas podem ter vindo do vizinho Iraque.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, foi um "crime de guerra". Na sexta-feira, talvez intencionalmente ou talvez sem perceber que as câmeras estavam ligadas, Ban acusou o regime sírio de cometer "crimes contra a humanidade" sem relacionar a frase com a investigação.
Por pressão da Rússia, a ONU não pode apontar responsáveis pelo ataque, que os EUA, a França e o Reino Unido atribuem à ditadura de Bachar Assad.
O governo sírio acusa os rebeldes, que chama de "terroristas", e alega que as armas químicas podem ter vindo do vizinho Iraque.
domingo, 15 de setembro de 2013
Larry Summers retirada candidatura à presidência do Fed
O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Lawrence Summers retirou sua candidatura à Presidência da Reserva Federal (Fed), o banco central do país, informaram há pouco os jornais The New York Times, The Washington Post e The Wall St. Journal.
Summers estava sob pressão por causa das medidas desregulamentadoras do mercado financeiro, especialmente dos contratos de derivativos, tomadas como chefe do Tesouro no segundo governo Bill Clinton, de 1999 a 2001, consideradas parcialmente responsáveis pela crise financeira de 2008, que ainda não terminou.
Pelo menos três dos 12 senadores do Partido Democrata na Comissão de Bancos do Senado lhe negaram apoio. Em entrevistas nos últimos anos, Summers reconheceu o erro.
A favorita agora é Janet Yellen, vice-presidente do Fed.
Summers estava sob pressão por causa das medidas desregulamentadoras do mercado financeiro, especialmente dos contratos de derivativos, tomadas como chefe do Tesouro no segundo governo Bill Clinton, de 1999 a 2001, consideradas parcialmente responsáveis pela crise financeira de 2008, que ainda não terminou.
Pelo menos três dos 12 senadores do Partido Democrata na Comissão de Bancos do Senado lhe negaram apoio. Em entrevistas nos últimos anos, Summers reconheceu o erro.
A favorita agora é Janet Yellen, vice-presidente do Fed.
Índia testa míssil nuclear de longo alcance
A Índia testou com sucesso hoje o míssil balístico intercontinental Agni-5. Com alcance de 5,5 a 5,8 km, é o míssil indiano de mais longo alcance. Foi o segundo teste do Agni-5 em um ano e meio.
O míssil Agni-5 foi desenvolvido em quatro anos a partir de 2007 como um aperfeiçoamento do míssil Agni-3. Tem três estágios, 17 metros de comprimentos e 2 m de diâmetro. Pode levar uma ogiva nuclear de até uma tonelada. Deve estar em condições operacionais depois do quarto ou quinto teste, em 2014 ou 2015.
O míssil Agni-5 foi desenvolvido em quatro anos a partir de 2007 como um aperfeiçoamento do míssil Agni-3. Tem três estágios, 17 metros de comprimentos e 2 m de diâmetro. Pode levar uma ogiva nuclear de até uma tonelada. Deve estar em condições operacionais depois do quarto ou quinto teste, em 2014 ou 2015.
Síria aceita acordo entre EUA e Rússia
O governo da Síria concorda com o acordo anunciado ontem em Genebra, na Suíça, entre os Estados Unidos e a Rússia para acabar com o arsenal de armas químicas do país, declarou hoje o ministro da Reconciliação, Ali Haidar, à agência de notícias russa RIA Novosti.
Haidar atribuiu o acerto aos russos, minimizando a importância da ameaça dos EUA de bombardear a Síria como punição contra o ataque de armas químicas contra a periferia de Damasco que matou 1.429 pessoas em 21 de agosto de 2013.
Na verdade, foi o medo de um ataque americano que levou o ditador Bachar Assad a admitir que tinha armas proibidas e aceitar entregá-las às Nações Unidas para destruição. Ainda não se sabe se está blefando, mas o presidente Barack Obama promete pagar para ver.
O presidente Vladimir Putin, que também pode estar blefando para proteger o aliado, usa a crise para tentar apresentar a Rússia como uma superpotência capaz de desafiar os EUA e assim aplacar a oposição interna e desviar a atenção para os problemas econômicos do país.
Em declarações à TV Al Arabiya, da Arábia Saudita, os rebeldes pediram à sociedade internacional que proíba a ditadura de Assad de atacá-los com mísseis balísticos e a Força Aérea.
Haidar atribuiu o acerto aos russos, minimizando a importância da ameaça dos EUA de bombardear a Síria como punição contra o ataque de armas químicas contra a periferia de Damasco que matou 1.429 pessoas em 21 de agosto de 2013.
Na verdade, foi o medo de um ataque americano que levou o ditador Bachar Assad a admitir que tinha armas proibidas e aceitar entregá-las às Nações Unidas para destruição. Ainda não se sabe se está blefando, mas o presidente Barack Obama promete pagar para ver.
O presidente Vladimir Putin, que também pode estar blefando para proteger o aliado, usa a crise para tentar apresentar a Rússia como uma superpotência capaz de desafiar os EUA e assim aplacar a oposição interna e desviar a atenção para os problemas econômicos do país.
Em declarações à TV Al Arabiya, da Arábia Saudita, os rebeldes pediram à sociedade internacional que proíba a ditadura de Assad de atacá-los com mísseis balísticos e a Força Aérea.
Japão desliga último reator nuclear em funcionamento
O Japão está desligando seu último reator nuclear operacional, localizado na usina de Ohi, para manutenção, informou hoje a televisão pública britânica BBC. Ela para de produzir energia elétrica na manhã de segunda-feira, que já começou no Japão.
Sem as 54 usinas nucleares que funcionavam em 11 de março de 2011, quando um terremoto seguido de maremoto causou um acidente na central atômica de Fukushima, o Japão é obrigado a importar mais energia.
A alta nos preços da eletricidade ameaça o programa de recuperação da economia do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Sem as 54 usinas nucleares que funcionavam em 11 de março de 2011, quando um terremoto seguido de maremoto causou um acidente na central atômica de Fukushima, o Japão é obrigado a importar mais energia.
A alta nos preços da eletricidade ameaça o programa de recuperação da economia do primeiro-ministro Shinzo Abe.
sábado, 14 de setembro de 2013
Economistas dos EUA esperam anúncio do Fed no dia 18
Dois terços dos economistas ouvidos numa pesquisa do jornal The Wall St. Journal esperam que o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anuncie na próxima quarta-feira, 18 de setembro de 2013, o início da redução de seu programa de compra de títulos no valor de US$ 85 bilhões por mês para colocar mais dinheiro em circulação e assim estimular a economia.
Seria o início do fim de um período de uma política monetária excepcional. Como a taxa básica de juros em praticamente zero adotada para superar a crise se mostrou insuficiente, o Fed passou a comprar papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dólares em circulação, na política de "alívio quantitativo".
Essa política causou a valorização de outras moedas, levando o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, a denunciar uma suposta "guerra cambial", como se fosse apenas uma jogada para desvalorizar o dólar e aumentar a competitividade dos produtos americanos.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, um economia especializado na Grande Depressão (1929-39), alegou que era o instrumento de política monetária que lhe restava. A taxa básica de juros já estava zerada.
Com a expectativa do fim dessa oferta de dólares, há um movimento no sentido contrário, de desvalorização de outras moedas em relação ao dólar.
"Os dados sobre mercado de trabalho e o crescimento em geral são suficientemente positivos para que o Fed pelo menos comece o processo na reunião deste mês", aposta o economista Jim O'Sulliven, da empresa High Frequency Economics. "Um relatório sobre emprego mais fraco do que esperado não é suficiente para neutralizar todos os dados positivos".
Seria o início do fim de um período de uma política monetária excepcional. Como a taxa básica de juros em praticamente zero adotada para superar a crise se mostrou insuficiente, o Fed passou a comprar papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dólares em circulação, na política de "alívio quantitativo".
Essa política causou a valorização de outras moedas, levando o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, a denunciar uma suposta "guerra cambial", como se fosse apenas uma jogada para desvalorizar o dólar e aumentar a competitividade dos produtos americanos.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, um economia especializado na Grande Depressão (1929-39), alegou que era o instrumento de política monetária que lhe restava. A taxa básica de juros já estava zerada.
Com a expectativa do fim dessa oferta de dólares, há um movimento no sentido contrário, de desvalorização de outras moedas em relação ao dólar.
"Os dados sobre mercado de trabalho e o crescimento em geral são suficientemente positivos para que o Fed pelo menos comece o processo na reunião deste mês", aposta o economista Jim O'Sulliven, da empresa High Frequency Economics. "Um relatório sobre emprego mais fraco do que esperado não é suficiente para neutralizar todos os dados positivos".
Suco de laranja ajuda a prevenir o câncer
O suco de laranja tem muitos resultados positivos no combate ao câncer, especialmente por causa da grande quantidade de antioxidantes nos flavonoides hesperitina e naringinina, concluíram Silvia Isabel Rech Frank, Temenouga Nikolava Gucheva, João Henrique Pêgas Henriques e Daniel Prá, pesquisadores da universidades do Rio Grande do Sul..
Em artigo publicado na revista Nutrition and Cancer, os cientistas afirmam estar provado que o suco de laranja reduz o risco de leucemia em crianças e atua na prevenção de cânceres do fígado, intestino grosso e seios. O efeito depende da qualidade do solo, clima, maturação da laranja e condições de armazenagem depois da colheita.
Para os pesquisadores, "o suco de laranja contribui para a prevenção química em todos os estágios do câncer" por causa de sua ação antioxidante, antimutagênica, antigenotóxica, antimicrobiana e antiviral.
Em artigo publicado na revista Nutrition and Cancer, os cientistas afirmam estar provado que o suco de laranja reduz o risco de leucemia em crianças e atua na prevenção de cânceres do fígado, intestino grosso e seios. O efeito depende da qualidade do solo, clima, maturação da laranja e condições de armazenagem depois da colheita.
Para os pesquisadores, "o suco de laranja contribui para a prevenção química em todos os estágios do câncer" por causa de sua ação antioxidante, antimutagênica, antigenotóxica, antimicrobiana e antiviral.
EUA e Rússia anunciam acordo sobre armas da Síria
O secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, anunciaram hoje em Genebra, na Suíça, um acordo para acabar com armas químicas da Síria e evitar um bombardeio dos Estados Unidos para punir a ditadura de Bachar Assad pelo ataque com substâncias proibidas na periferia de Damasco, em 21 de agosto de 2013.
Dentro de uma semana, o governo sírio deve apresentar um inventário completo de seu arsenal químico. Em novembro, inspetores das Nações Unidas devem iniciar o trabalho na Síria, que deve terminar no primeiro semestre de 2014.
Para formalizar o acordo, uma resolução sobre o desarmamento deve ser apresentada ao Conselho de Segurança da ONU com base no Capítulo 7 da Carta da ONU, que permite o uso da força se não for cumprida.
Na segunda-feira, uma comissão da ONU apresenta o relatório sobre a investigação do ataque de 21 de agosto. Já se sabe que vai confirmar o uso de armas químicas. Em princípio, não deve apontar culpados. Mas, em uma declaração que não se tem certeza se foi intencional ou se ele acreditava não estar sendo gravado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, disse que "o governo sírio cometeu muito crimes contra a humanidade" que um dia terão de ser punidos.
Dentro de uma semana, o governo sírio deve apresentar um inventário completo de seu arsenal químico. Em novembro, inspetores das Nações Unidas devem iniciar o trabalho na Síria, que deve terminar no primeiro semestre de 2014.
Para formalizar o acordo, uma resolução sobre o desarmamento deve ser apresentada ao Conselho de Segurança da ONU com base no Capítulo 7 da Carta da ONU, que permite o uso da força se não for cumprida.
Na segunda-feira, uma comissão da ONU apresenta o relatório sobre a investigação do ataque de 21 de agosto. Já se sabe que vai confirmar o uso de armas químicas. Em princípio, não deve apontar culpados. Mas, em uma declaração que não se tem certeza se foi intencional ou se ele acreditava não estar sendo gravado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, disse que "o governo sírio cometeu muito crimes contra a humanidade" que um dia terão de ser punidos.
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sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Senadora quer encolher bancos dos EUA
Em discurso para marcar os cinco anos do colapso do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, que agravou a crise financeira internacional, a senadora Elizabeth Warren renovou seu apelo para recriar a Lei Glass-Steagal e limitar o tamanho dos bancos dos Estados Unidos, cujos depósitos são garantidos pelo governo federal.
A senadora democrata pelo estado de Massachusetts alertou que os quatro maiores bancos dos EUA cresceram 30% desde o colapso financeiro, aumentando o risco de se tornarem "grandes demais para falir" sem causar grandes danos ao sistema e à economia como um todo.
"É hora de desmontar os mastodontes", advertiu Elizabeth Warren. "Os grandes bancos continuarão sendo grandes, mas não grandes demais para falir ou, pela mesma razão, grandes demais para gerenciar, grandes demais para serem regulamentados, grandes demais para serem processados e para irem para a cadeia".
A Lei Glass-Steagal foi aprovada em 1933, durante a Grande Depressão (1929-39), para separar as atividades de bancos comerciais de bancos de investimentos, e revogada em 1999, numa desregulamentação que contribuiu para a Grande Recessão de 2008-9.
Por esse motivo, a senadora faz campanha contra a indicação do então secretário do Tesouro, Larry Summers, para próximo presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA.
A senadora democrata pelo estado de Massachusetts alertou que os quatro maiores bancos dos EUA cresceram 30% desde o colapso financeiro, aumentando o risco de se tornarem "grandes demais para falir" sem causar grandes danos ao sistema e à economia como um todo.
"É hora de desmontar os mastodontes", advertiu Elizabeth Warren. "Os grandes bancos continuarão sendo grandes, mas não grandes demais para falir ou, pela mesma razão, grandes demais para gerenciar, grandes demais para serem regulamentados, grandes demais para serem processados e para irem para a cadeia".
A Lei Glass-Steagal foi aprovada em 1933, durante a Grande Depressão (1929-39), para separar as atividades de bancos comerciais de bancos de investimentos, e revogada em 1999, numa desregulamentação que contribuiu para a Grande Recessão de 2008-9.
Por esse motivo, a senadora faz campanha contra a indicação do então secretário do Tesouro, Larry Summers, para próximo presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA.
Assad está escondendo armas químicas
Uma unidade do Exército da Síria encarregada das armas químicas da ditadura de Bachar Assad está distribuindo-as por 50 locais diferentes, informou hoje o jornal americano The Wall St. Journal, citando como fontes serviços secretos ocidentais e de Israel. É uma tentativa de dificultar uma possível ação militar liderada pelos Estados Unidos para desarmar o regime.
Há pouco, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, confirmou que a investigação feita pela ONU vai confirmar o uso de armas químicas na periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013. Em princípio, por pressão da Rússia, o relatório, a ser divulgado na próxima semana, não deve apontar responsáveis.
Sem ligar explicitamente o ataque químico ao regime, Ban acrescentou que o governo Assad "cometeu vários crimes contra a humanidade e um dia será responsabilizado por isso.
Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as evidências apontam responsabilidade dos rebeldes, negando o que se sabe até agora.
Há pouco, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, confirmou que a investigação feita pela ONU vai confirmar o uso de armas químicas na periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013. Em princípio, por pressão da Rússia, o relatório, a ser divulgado na próxima semana, não deve apontar responsáveis.
Sem ligar explicitamente o ataque químico ao regime, Ban acrescentou que o governo Assad "cometeu vários crimes contra a humanidade e um dia será responsabilizado por isso.
Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as evidências apontam responsabilidade dos rebeldes, negando o que se sabe até agora.
Índia condena quatro à morte por estupro e morte
Quatro homens denunciados pelo estupro e morte de uma estudante de 23 anos dentro de um ônibus em Nova Déli, a capital da Índia, em 16 de dezembro de 2002, foram sentenciados à pena de morte hoje.
Na decisão, o juiz Yogesh Khanna descreveu o crime como assassinato "a sangue frio": "Todos estes atos foram feitos de maneira premeditada". A defesa de Mukesh Singh, Vinay Sharma, Pawan Gupta, e Akshay Kumar Singh alega que a Justiça agiu sob pressão política e pretende recorrer contra as penas de mortes.
O julgamento tem um significado especial. A mulher foi atacada com uma barra de metal, estuprada repetidas vezes e jogada na sarjeta nua e sangrando. Mais tarde, ela morreu em consequência dos ferimentos. O crime bárbaro gerou um movimento para acabar com a violência contra a mulher, endêmica na Índia mesmo nas grandes cidades. No interior, a possibilidade de uma mulher ser penalizada em vez do agressor em casos de abuso sexual é ainda maior.
Na decisão, o juiz Yogesh Khanna descreveu o crime como assassinato "a sangue frio": "Todos estes atos foram feitos de maneira premeditada". A defesa de Mukesh Singh, Vinay Sharma, Pawan Gupta, e Akshay Kumar Singh alega que a Justiça agiu sob pressão política e pretende recorrer contra as penas de mortes.
O julgamento tem um significado especial. A mulher foi atacada com uma barra de metal, estuprada repetidas vezes e jogada na sarjeta nua e sangrando. Mais tarde, ela morreu em consequência dos ferimentos. O crime bárbaro gerou um movimento para acabar com a violência contra a mulher, endêmica na Índia mesmo nas grandes cidades. No interior, a possibilidade de uma mulher ser penalizada em vez do agressor em casos de abuso sexual é ainda maior.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Ditadura militar do Egito prorroga estado de emergência
O governo militar que tomou o poder no Egito no golpe de Estado de 3 de julho de 2013 anunciou hoje a prorrogação do estado de emergência decretado para conter violentos conflitos de rua por mais dois meses.
Assad exige fim de ameaça para entregar armas
Em tom de desafio, o ditador Bachar Assad, reassegurado pelo adiamento do bombardeio dos Estados Unidos à Síria diante da iniciativa diplomática da Rússia, admitiu pela primeira vez que seu regime tem armas químicas, mas exigiu o fim da ameaça de uso da força para entregar suas armas químicas para destruição pelas Nações Unidas.
Durante entrevista à televisão russa, Assad reafirmou a disposição de seu governo de assinar a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Fabricação, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sua Destruição. Isso lhe daria 30 dias para revelar onde estão as armas proibidas.
"Isso não vai acontecer unilateralmente", advertiu Assad. "Os EUA precisam parar de ameaçar a Síria".
Neste momento, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, acabam de dar entrevista coletiva em que os EUA advertiram que a negociação "não é um jogo" e que "deve haver consequências" se o acordo não for cumprido.
Lavrov alegou que a posição política da Rússia estava claramente exposta em artigo do presidente Vladimir Putin publicado ontem no jornal The New York Times, alegando que ignorar o Conselho de Segurança levaria a ONU ao mesmo destino da Liga das Nações, extinta depois de não conseguir evitar a Segunda Guerra Mundial.
Durante entrevista à televisão russa, Assad reafirmou a disposição de seu governo de assinar a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Fabricação, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sua Destruição. Isso lhe daria 30 dias para revelar onde estão as armas proibidas.
"Isso não vai acontecer unilateralmente", advertiu Assad. "Os EUA precisam parar de ameaçar a Síria".
Neste momento, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, acabam de dar entrevista coletiva em que os EUA advertiram que a negociação "não é um jogo" e que "deve haver consequências" se o acordo não for cumprido.
Lavrov alegou que a posição política da Rússia estava claramente exposta em artigo do presidente Vladimir Putin publicado ontem no jornal The New York Times, alegando que ignorar o Conselho de Segurança levaria a ONU ao mesmo destino da Liga das Nações, extinta depois de não conseguir evitar a Segunda Guerra Mundial.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Presidente do Chile pede reconciliação 40 anos após golpe
No aniversário de 40 anos do golpe que derrubou o presidente socialista Salvador Allende e levou o ditador Augusto Pinochet ao poder, o presidente Sebastián Piñera pediu desculpas ao povo do Chile e defendeu a reconciliação nacional. Mas a memória do golpe está viva na eleição presidencial de 17 de novembro.
Piñera, o homem mais rico do Chile, foi o primeiro presidente de direita a chegar democraticamente ao Palácio de La Moneda, bombardeado em 11 de setembro de 1973, desde 1958.
Sua sucessão está sendo disputada pela ex-presidente socialista Michelle Bachelet, representando a Nova Maioria, a coligação que derrotou Pinochet num plebiscito em 1988, abrindo o caminho para o fim do regime militar. O pai, general-brigadeiro Alberto Bachelet, foi preso, acusado de traição e morto pela ditadura.
A maior adversária será Evelyn Matthei, filha do general-brigadeiro Fernando Matthei, que foi ministro da Saúde, comandante da Força Aérea, membro da junta militar e suspeito da morte do general Bachelet. Evelyn, que tinha 19 anos no dia do golpe, alega não ter nenhuma responsabilidade pelo que aconteceu naquela época. As pesquisas indicam a vitória da ex-presidente.
Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta, haverá um segundo turno entre os dois mais votados em 15 de dezembro. A eleição presidencial em dois turnos foi adotada em quase toda a América Latina tendo em vista o golpe militar no Chile.
Allende foi eleito em 1970 com apenas 35% dos votos. Sem maioria no Congresso e com forte oposição das classes dominantes, seu governo teve poucas chances de sucesso. Pelo menos 3.105 pessoas foram mortas e centenas de milhares torturadas pela ditadura militar chilena, que acabou em março de 1990, com a posse do democrata-cristão Patricio Aylwin.
Piñera, o homem mais rico do Chile, foi o primeiro presidente de direita a chegar democraticamente ao Palácio de La Moneda, bombardeado em 11 de setembro de 1973, desde 1958.
Sua sucessão está sendo disputada pela ex-presidente socialista Michelle Bachelet, representando a Nova Maioria, a coligação que derrotou Pinochet num plebiscito em 1988, abrindo o caminho para o fim do regime militar. O pai, general-brigadeiro Alberto Bachelet, foi preso, acusado de traição e morto pela ditadura.
A maior adversária será Evelyn Matthei, filha do general-brigadeiro Fernando Matthei, que foi ministro da Saúde, comandante da Força Aérea, membro da junta militar e suspeito da morte do general Bachelet. Evelyn, que tinha 19 anos no dia do golpe, alega não ter nenhuma responsabilidade pelo que aconteceu naquela época. As pesquisas indicam a vitória da ex-presidente.
Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta, haverá um segundo turno entre os dois mais votados em 15 de dezembro. A eleição presidencial em dois turnos foi adotada em quase toda a América Latina tendo em vista o golpe militar no Chile.
Allende foi eleito em 1970 com apenas 35% dos votos. Sem maioria no Congresso e com forte oposição das classes dominantes, seu governo teve poucas chances de sucesso. Pelo menos 3.105 pessoas foram mortas e centenas de milhares torturadas pela ditadura militar chilena, que acabou em março de 1990, com a posse do democrata-cristão Patricio Aylwin.
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Venezuela deixa Corte de Direitos Humanos da OEA
A Venezuela deixou a Corte Interamericana de Direitos Humanos ontem, um dia depois que o candidato derrotado na eleição presidencial de abril, Henrique Capriles, apresentar ao tribunal alegações de fraude eleitoral.
O presidente Nicolás Maduro, herdeiro político do finado caudilho Hugo Chávez, acusou o tribunal, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, de ser um instrumento de controle dos Estados Unidos sobre o continente.
O presidente Nicolás Maduro, herdeiro político do finado caudilho Hugo Chávez, acusou o tribunal, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, de ser um instrumento de controle dos Estados Unidos sobre o continente.
Coreia do Norte retoma cooperação industrial com Sul
O regime comunista da Coreia do Norte anunciou hoje ter chegado a um acordo com a Coreia do Sul para reabrir o complexo industrial de Kaesong, principal projeto de cooperação entre os dois países divididos pela Guerra Fria, onde companhias sul-coreanas empregam 53 mil norte-coreanos.
A Península Coreana viveu momentos de grande tensão no início do ano com o terceiro teste nuclear norte-coreano, realizado em fevereiro de 2013, e de manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul consideradas pelo Norte uma ameaça de agressão.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte faz uma chantagem nuclear, ameaçando fazer a bomba atômica para depois prometer não fazê-lo em troca de ajuda em energia e alimentos para aliviar a crise econômica interna. Nesse período, anunciou 34 acordos e depois recuou.
A Península Coreana viveu momentos de grande tensão no início do ano com o terceiro teste nuclear norte-coreano, realizado em fevereiro de 2013, e de manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul consideradas pelo Norte uma ameaça de agressão.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte faz uma chantagem nuclear, ameaçando fazer a bomba atômica para depois prometer não fazê-lo em troca de ajuda em energia e alimentos para aliviar a crise econômica interna. Nesse período, anunciou 34 acordos e depois recuou.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Obama defende uso da força mas dá tempo à diplomacia
Em uma tentativa de convencer o Congresso dos Estados Unidos a autorizar uma ação militar para punir a Síria pelo uso de armas químicas, o presidente Barack Obama alegou que o mundo não pode ficar indiferente diante de uma violação das leis de guerra como a ocorrida na Síria em 21 de agosto de 2013.
Obama prometeu dar tempo à iniciativa diplomática da Rússia para que o regime de Bachar Assad entregue as armas proibidas para destruição sob o controle das Nações Unidas, mas não retirou a ameaça de usar a força. Na sua opinião, foi o risco de um bombardeio que levou a ditadura síria a admitir que tem armas químicas e declarar que vai se livrar delas.
Uma pesquisa da televisão americana CNN indicou que o eleitorado considerou o pronunciamento confuso. Mais de 60% dos EUA são contra um ataque à Síria.
Confira a íntegra do discurso do presidente dos EUA no jornal The Washington Post.
Obama prometeu dar tempo à iniciativa diplomática da Rússia para que o regime de Bachar Assad entregue as armas proibidas para destruição sob o controle das Nações Unidas, mas não retirou a ameaça de usar a força. Na sua opinião, foi o risco de um bombardeio que levou a ditadura síria a admitir que tem armas químicas e declarar que vai se livrar delas.
Uma pesquisa da televisão americana CNN indicou que o eleitorado considerou o pronunciamento confuso. Mais de 60% dos EUA são contra um ataque à Síria.
Confira a íntegra do discurso do presidente dos EUA no jornal The Washington Post.
Síria quer assinar convenção que proíbe armas químicas
Depois de reconhecer pela primeira vez que fabrica e possui armas químicas, a Síria prometeu hoje assinar a Convenção Internacional sobre Proibição do Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sua Destruição.
Uma reunião das cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) foi convocada e desmarcada pela Rússia. Moscou rejeita um anteprojeto de resolução apresentado pela França culpando a ditadura de Bachar Assad pelo ataque químico de 21 de agosto na periferia de Damasco e exige que os Estados Unidos retirem a ameaça de uso da força.
O presidente Barack Obama faz um pronunciamento daqui a pouco ao povo americano. Deve reafirmar sua decisão de bombardear a Síria se não houver um acordo para acabar com o arsenal de armas químicas do país, que está há dois anos e meio numa guerra civil em que mais de 100 mil pessoas foram mortas.
A Convenção sobre Armas Químicas, de 1993, entrou em vigor em 1997, depois de ser ratificada por 65 países. Até hoje, 189 países-membros da ONU aderiram. São exceções: Angola, Coreia do Norte, Egito, Síria e Sudão do Sul. Israel e Mianmar não ratificaram a convenção.
Uma reunião das cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) foi convocada e desmarcada pela Rússia. Moscou rejeita um anteprojeto de resolução apresentado pela França culpando a ditadura de Bachar Assad pelo ataque químico de 21 de agosto na periferia de Damasco e exige que os Estados Unidos retirem a ameaça de uso da força.
O presidente Barack Obama faz um pronunciamento daqui a pouco ao povo americano. Deve reafirmar sua decisão de bombardear a Síria se não houver um acordo para acabar com o arsenal de armas químicas do país, que está há dois anos e meio numa guerra civil em que mais de 100 mil pessoas foram mortas.
A Convenção sobre Armas Químicas, de 1993, entrou em vigor em 1997, depois de ser ratificada por 65 países. Até hoje, 189 países-membros da ONU aderiram. São exceções: Angola, Coreia do Norte, Egito, Síria e Sudão do Sul. Israel e Mianmar não ratificaram a convenção.
Alcoa, HP e BofA saem do Índice Dow Jones
A mineradora Aluminium Company of America (Alcoa), a companhia de informática Hewlett-Packard e o banco Bank of America vão deixar na próxima semana de fazer parte do Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, na maior reformulação do índice em uma década, informa o jornal The Wall St. Journal.
Depois de 54 anos, a Alcoa será substituída pela fábrica de material esportivo Nike. O cartão de crédito Visa entra no lugar da HP, que fazia parte do índice desde 1997, e o grupo Goldman Sachs ocupa a vaga do Bank of America, que ficou cinco anos entre as chamadas blue chips, as vedetes da Bolsa de NY.
Depois de 54 anos, a Alcoa será substituída pela fábrica de material esportivo Nike. O cartão de crédito Visa entra no lugar da HP, que fazia parte do índice desde 1997, e o grupo Goldman Sachs ocupa a vaga do Bank of America, que ficou cinco anos entre as chamadas blue chips, as vedetes da Bolsa de NY.
Rússia rejeita anteprojeto de resolução da França
A Rússia considerou inaceitável o texto apresentado pela França do Conselho de Segurança das Nações Unidas para forçar a Síria a entregar suas armas químicas e evitar um bombardeio punitivo dos Estados Unidos contra a ditadura de Bachar Assad.
O governo russo aproveitou a declaração do secretário de Estado americano, John Kerry, de que o ataque seria evitado se Assad entregasse o arsenal de armas químicas para propor um acordo. Mas o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, não aceita o trecho da resolução que atribui "às autoridades sírias a responsabilidade por um possível uso de armas químicas" nem que ela se baseie no Capítulo 7 da Carta da ONU, que autoriza o uso da força.
Pela primeira vez, a Síria admitiu ter armas químicas e prometeu se livrar delas, entregando-as à ONU para destruição. Só que a Rússia exige que os EUA retirem a ameaça de uso da força para concordar com a resolução.
Com a rejeição da proposta francesa, aumenta a suspeita de que a Rússia queira ganhar tempo, em vez de buscar uma solução definitiva capaz de iniciar uma negociação de paz na Síria.
O governo russo aproveitou a declaração do secretário de Estado americano, John Kerry, de que o ataque seria evitado se Assad entregasse o arsenal de armas químicas para propor um acordo. Mas o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, não aceita o trecho da resolução que atribui "às autoridades sírias a responsabilidade por um possível uso de armas químicas" nem que ela se baseie no Capítulo 7 da Carta da ONU, que autoriza o uso da força.
Pela primeira vez, a Síria admitiu ter armas químicas e prometeu se livrar delas, entregando-as à ONU para destruição. Só que a Rússia exige que os EUA retirem a ameaça de uso da força para concordar com a resolução.
Com a rejeição da proposta francesa, aumenta a suspeita de que a Rússia queira ganhar tempo, em vez de buscar uma solução definitiva capaz de iniciar uma negociação de paz na Síria.
França propõe resolução sobre Síria à ONU
A França vai fazer circular entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas um anteprojeto de resolução para forçar a Síria a entregar suas armas químicas para destruição sob supervisão internacional, de acordo com proposta feita ontem pela Rússia para evitar um bombardeio punitivo dos Estados Unidos contra a ditadura de Bachar Assad, revelou hoje o ministro do Exterior francês, Laurent Fabius.
O anteprojeto francês tem base no Capítulo 7 da Carta da ONU, que autoriza o uso da força. Será discutido, só devendo ser colocado em votação se houver expectativa de aprovação. A Rússia, principal aliada internacional do regime sírio, apresentou a proposta ontem, depois que o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que a única maneira de evitar um ataque americano seria a entrega das armas.
A China, outra grande potência que até agora vinha vetando, como a Rússia, qualquer tentativa de condenar a Síria no Conselho de Segurança, declarou ser a favor da proposta, enquanto o Senado dos EUA adiou a votação para autorizar o presidente Barack Obama a usar a força para dar uma chance à diplomacia.
Obama faz pronunciamento hoje à noite ao povo americano. Ao admitir que o ataque pode ser suspenso, o presidente americano defendeu a decisão de usar a força, alegando que o governo sírio só cedeu sob a ameaça de um bombardeio.
O anteprojeto francês tem base no Capítulo 7 da Carta da ONU, que autoriza o uso da força. Será discutido, só devendo ser colocado em votação se houver expectativa de aprovação. A Rússia, principal aliada internacional do regime sírio, apresentou a proposta ontem, depois que o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que a única maneira de evitar um ataque americano seria a entrega das armas.
A China, outra grande potência que até agora vinha vetando, como a Rússia, qualquer tentativa de condenar a Síria no Conselho de Segurança, declarou ser a favor da proposta, enquanto o Senado dos EUA adiou a votação para autorizar o presidente Barack Obama a usar a força para dar uma chance à diplomacia.
Obama faz pronunciamento hoje à noite ao povo americano. Ao admitir que o ataque pode ser suspenso, o presidente americano defendeu a decisão de usar a força, alegando que o governo sírio só cedeu sob a ameaça de um bombardeio.
PIB da Itália recuou 0,3% no segundo trimestre
O produto interno bruto da Itália encolheu mais do que estimado inicialmente no segundo trimestre de 2013. Em vez de 0,2%, 0,3% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, a economia italiana recuou 2,1%.
É o oitavo trimestre consecutivo de contração do terceiro país mais rico da Zona do Euro. O governo espera uma recuperação até o fim do ano.
É o oitavo trimestre consecutivo de contração do terceiro país mais rico da Zona do Euro. O governo espera uma recuperação até o fim do ano.
Indústria da China cresce 10,4% num ano
Num sinal de recuperação da segunda maior economia do mundo, a produção industrial da China registrou alta de 10,4% em agosto de 2013 na comparação com agosto do ano passado, numa aceleração do crescimento em relação aos 9,7% de julho.
O resultado foi o melhor desde março de 2012, superando as expectativas dos analistas, informou a televisão americana especializada em notícias econômicas CNBC.
A inflação chinesa está em 2,6%, um nível considerado bom para a economia. O crescimento de 7,2% nas exportações levou ao maior saldo comercial desde 2008. O investimento em capital fixo avançou 20,3% num ano depois de uma alta de 20,1% no primeiro semestre.
O resultado foi o melhor desde março de 2012, superando as expectativas dos analistas, informou a televisão americana especializada em notícias econômicas CNBC.
A inflação chinesa está em 2,6%, um nível considerado bom para a economia. O crescimento de 7,2% nas exportações levou ao maior saldo comercial desde 2008. O investimento em capital fixo avançou 20,3% num ano depois de uma alta de 20,1% no primeiro semestre.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Obama admite suspender ataque se Síria entregar armas
O presidente Barack Obama considerou positiva a proposta da Rússia para que os Estados Unidos suspendam o ataque punitivo à Síria se a ditadura de Bachar Assad concordar em entregar suas armas químicas às Nações Unidas.
Em entrevista em Londres hoje pela manhã, o secretário de Estado americano, John Kerry, admitiu que a maneira de evitar o bombardeio seria a Síria abrir mão de suas armas químicas, colocando-as sob supervisão internacional.
Pouco depois, o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, entrou em contato com o regime de Assad para levar adiante a proposta e o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, ficou de apresentar a solução ao Conselho de Segurança.
À tarde, em entrevista à rede de televisão americana NBC, Obama considerou a proposta um "avanço significativo", mas manifestou dúvidas quanto ao real compromisso do governo sírio de se desfazer das armas: "Vamos ver. John Kerry vai falar com seu colega russo. Vamos ver até onde estas propostas são sérias".
Rússia quer armas químicas sírias sobre controle internacional
Numa tentativa de evitar um bombardeio punitivo dos Estados Unidos, o ministro do Exterior da Síria, Walid al-Mouallen, concordou há pouco com uma proposta da Rússia para que todas as armas químicas sírias sejam colocadas sob controle internacional.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, pode levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU.
Na manhã de hoje, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou em Londres que o ditador sírio, Bachar Assad, poderá evitar o ataque se "entregar todas as suas armas químicas à comunidade internacional dentro de uma semana", mas manifestou dúvidas de que queira e possa fazê-lo.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, pode levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU.
Na manhã de hoje, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou em Londres que o ditador sírio, Bachar Assad, poderá evitar o ataque se "entregar todas as suas armas químicas à comunidade internacional dentro de uma semana", mas manifestou dúvidas de que queira e possa fazê-lo.
Japão revisa para cima crescimento do segundo trimestre
O governo do Japão revisou hoje para cima o crescimento do país no segundo trimestre de 2013, que passou de 0,6% na primeira estimativa para 0,9% ou 3,8% ao ano na taxa anualizada.
A revisão levou em conta dados melhores sobre investimento público e privado, aumentando a chance de que o primeiro-ministro Shinzo Abe aumente o imposto sobre vendas para equilibrar as contas públicas. O Japão tem a maior dívida entre os países ricos, estimada em 230% do produto interno bruto.
Candidato de Putin ganha eleição para prefeito de Moscou
O candidato do Kremlin, Sergei Sobianin, foi eleito ontem prefeito de Moscou em primeiro turno, com 53% dos votos, batendo o líder oposicionista Alexei Navalny, que obteve 27% dos votos, considerado um resultado excelente para um oposicionista russo. Ele foi preso durante a campanha e agora deve voltar a acertar contas com a Justiça da Rússia, num processo que denuncia como político.
Navalny foi libertado e autorizado a fazer campanha. Talvez o presidente Vladimir Putin tenha considerado melhor derrotá-lo nas urnas do que transformá-lo num possível mártir do autoritarismo do regime. Afinal, na Rússia, o candidato do governo ganha sempre.
Navalny foi libertado e autorizado a fazer campanha. Talvez o presidente Vladimir Putin tenha considerado melhor derrotá-lo nas urnas do que transformá-lo num possível mártir do autoritarismo do regime. Afinal, na Rússia, o candidato do governo ganha sempre.
domingo, 8 de setembro de 2013
Assad nega prova conclusivas de ataque químico
Em uma tentativa de evitar um bombardeio punitivo dos Estados Unidos, o ditador Bachar Assad afirmou, em entrevista à rede de televisão americana CBS, não haver provas conclusivas de que seu governo tenha usado armas químicas na guerra civil da Síria.
No sábado, a agência de notícias americana Associated Press (AP) distribuiu um texto analítico alegando que o governo Obama não apresentou provas definitivas, levando a Síria e a Rússia a sugerir que o ataque químico de 21 de agosto de 2013 contra a periferia de Damasco tenha sido feito por rebeldes. Ninguém convenceu até agora, concluiu a AP.
Na Alemanha, o serviço secreto levantou a possibilidade de que forças do regime sírio tenham usado gás sarin sem a autorização de Assad.
No sábado, a agência de notícias americana Associated Press (AP) distribuiu um texto analítico alegando que o governo Obama não apresentou provas definitivas, levando a Síria e a Rússia a sugerir que o ataque químico de 21 de agosto de 2013 contra a periferia de Damasco tenha sido feito por rebeldes. Ninguém convenceu até agora, concluiu a AP.
Na Alemanha, o serviço secreto levantou a possibilidade de que forças do regime sírio tenham usado gás sarin sem a autorização de Assad.
sábado, 7 de setembro de 2013
Obama alega que Síria não é Iraque nem Afeganistão
Ao defender sua decisão de ataque à Síria hoje no pronunciamento que faz todos os sábados no rádio e na Internet, o presidente Barack Obama afirmou que "este não vai ser um novo Iraque ou Afeganistão".
"Qualquer ação será limitada no tempo e no alcance, designada para deter o governo sírio, impedindo-o de atacar seu próprio povo com gás e degradar sua capacidade de fazer isso", acrescentou o presidente dos Estados Unidos. "Sei que o povo americano está cansado depois de uma década de guerra, mesmo que a Guerra do Iraque tenha acabado e que a Guerra do Afeganistão esteja no fim. Esta é a razão pela qual não vamos colocar nossas tropas no meio da guerra dos outros".
Em várias cidades dos EUA e da Europa, houve protestos hoje contra uma intervenção militar na Síria.
"Qualquer ação será limitada no tempo e no alcance, designada para deter o governo sírio, impedindo-o de atacar seu próprio povo com gás e degradar sua capacidade de fazer isso", acrescentou o presidente dos Estados Unidos. "Sei que o povo americano está cansado depois de uma década de guerra, mesmo que a Guerra do Iraque tenha acabado e que a Guerra do Afeganistão esteja no fim. Esta é a razão pela qual não vamos colocar nossas tropas no meio da guerra dos outros".
Em várias cidades dos EUA e da Europa, houve protestos hoje contra uma intervenção militar na Síria.
UE confirma uso de armas químicas na Síria
Os ministros do Exterior dos 28 países da União Europeia tiveram acesso a dados que confirmam o uso de armas químicas pela ditadura de Bachar Assad num ataque à periferia de Damasco em 21 de agosto de 2013, afirmou hoje a comissária de comércio exterior do bloco, lady Catherine Ashton.
A UE defendeu uma resposta "clara e forte" contra o regime sírio, mas não aprovou a decisão dos Estados Unidos de bombardear a Síria num ataque punitivo.
A UE defendeu uma resposta "clara e forte" contra o regime sírio, mas não aprovou a decisão dos Estados Unidos de bombardear a Síria num ataque punitivo.
Oposição conservadora vence eleições na Austrália
A coalizão conservadora do Partido Liberal Australiano e do Partido Nacional Australiano ganhou as eleições parlamentares na Austrália disputadas em 7 de setembro de 2013. O primeiro-ministro trabalhista Kevin Rudd reconheceu a derrota em telefonema para cumprimentar o vencedor, o liberal Tony Abbott, que será o próximo chefe de governo.
"A Austrália está aberta para negócios sob nova direção", declarou Abbott, prometendo mudanças como um superavit nas contas públicas.
Os trabalhistas estavam no poder desde 2007. Com suas políticas de estímulo à economia, a Austrália foi um dos poucos países ricos que conseguiram evitar a recessão na crise internacional de 2008-9, mas a luta interna do partido pelo poder entre Rudd e a ex-primeira-ministra Julia Gillard, que se alternaram no cargo sem eleições nacionais, irritou os eleitores.
Graças ao extraordinário desenvolvimento da China nas últimas décadas, grande compradora dos produtos primários australianos, o país cresce sem parar há 22 anos. Com um produto interno bruto, a Austrália tem a 12ª maior economia do mundo. É considerado o segundo melhor para se viver pelo Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas.
"A Austrália está aberta para negócios sob nova direção", declarou Abbott, prometendo mudanças como um superavit nas contas públicas.
Os trabalhistas estavam no poder desde 2007. Com suas políticas de estímulo à economia, a Austrália foi um dos poucos países ricos que conseguiram evitar a recessão na crise internacional de 2008-9, mas a luta interna do partido pelo poder entre Rudd e a ex-primeira-ministra Julia Gillard, que se alternaram no cargo sem eleições nacionais, irritou os eleitores.
Graças ao extraordinário desenvolvimento da China nas últimas décadas, grande compradora dos produtos primários australianos, o país cresce sem parar há 22 anos. Com um produto interno bruto, a Austrália tem a 12ª maior economia do mundo. É considerado o segundo melhor para se viver pelo Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas.
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Holanda admite culpa por três mortes em Srebrenica
O Supremo Tribunal de Justiça da Holanda reconheceu a responsabilidade do país pelas mortes de três muçulmanos da Bósnia-Herzegovina que trabalhavam para a força de paz das Nações Unidas e receberam ordens de deixar a sede da ONU em Srebrenica quando os sérvios tomaram a cidade e massacraram toda a população masculina adulta, cerca de 8 mil homens, em 11 de julho de 1995, informou a televisão pública britânica BBC.
As Mães de Srebrenica afirmaram que "a Holanda é responsável por todas as mortes".
Centenas de homens buscaram refúgio na sede da ONU quando as forças sérvias, comandadas pelo general Ratko Mladic, ocuparam Sarajevo, que tinha sido declarada "zona de segurança".
As Mães de Srebrenica afirmaram que "a Holanda é responsável por todas as mortes".
Centenas de homens buscaram refúgio na sede da ONU quando as forças sérvias, comandadas pelo general Ratko Mladic, ocuparam Sarajevo, que tinha sido declarada "zona de segurança".
Talebã matam escritora no Afeganistão
Na madrugada de ontem, terroristas da Milícia dos Talebã (Estudantes) mataram uma escritora indiana que escreveu seus memórias sobre o casamento com um afegão, transformado em filme na Índia com o nome de Fuga do Afeganistão.
Os terroristas amarraram e vendaram Sushmita Banerjee dentro da casa dela, a arrastaram até a rua e a balearam pelo menos 15 vezes. Foi mais um de uma onda de ataques contra mulheres de destaque no Afeganistão.
"Era uma mulher polida e bem-educada", lamentou Zafar Khan, parente da autora.
Os terroristas amarraram e vendaram Sushmita Banerjee dentro da casa dela, a arrastaram até a rua e a balearam pelo menos 15 vezes. Foi mais um de uma onda de ataques contra mulheres de destaque no Afeganistão.
"Era uma mulher polida e bem-educada", lamentou Zafar Khan, parente da autora.
Milhares morrem de fome em prisões norte-coreanas
Mais de 20 mil pessoas podem ter morrido de fome ou doenças num campo de prisioneiros na Coreia do Norte. Um relatório recente do comitê de direitos humanos do país criticou a péssima situação das colônias penais norte-coreanas quando o atual líder, Kim Jong Un herdou o poder com a morte do pai, em dezembro de 2011.
No Campo nº 22 da ditadura stalianista de Pionguiangue, na província de Hamyong do Norte, no Nordeste do país, a população diminuiu tão drasticamente meses antes dele ser fechado que despertou suspeitas. O número de presos caiu rapidamente de 30 mil para 3 mil.
No Campo nº 22 da ditadura stalianista de Pionguiangue, na província de Hamyong do Norte, no Nordeste do país, a população diminuiu tão drasticamente meses antes dele ser fechado que despertou suspeitas. O número de presos caiu rapidamente de 30 mil para 3 mil.
EUA desaponta ao gerar 169 mil empregos em agosto
O saldo entre empregos gerados e fechados no mês de agosto nos Estados Unidos ficou em 169 mil, bem abaixo dos 185 mil esperados pelo mercado, indicou hoje o relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho. Os números de junho e julho foram revisados para baixo, com menos 74 mil vagas do que anunciado inicialmente.
Em outra pesquisa, a taxa de desemprego caiu para de 7,4% para 7,3% porque cerca de 300 mil pessoas desistiram de procurar emprego. A participação no mercado de trabalho é a menor percentualmente desde 1978.
Esses dados podem adiar a decisão do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) de reduzir seu programa de compra de títulos para estimular a economia, o chamado "alívio quantitativo", que implica a impressão em massa de dólares. Os analistas acreditavam que a medida pudesse ser anunciada já na reunião do Fed marcada para 17 e 18 de setembro de 2013. Agora, pode ser adiada.
No ano passado, o presidente do Fed prometeu manter a compra de US$ 85 bilhões em títulos por mês para retirar papéis do mercado e jogar mais dinheiro vivo em circulação até que o índice de desemprego baixe para 6,5%.
Em outra pesquisa, a taxa de desemprego caiu para de 7,4% para 7,3% porque cerca de 300 mil pessoas desistiram de procurar emprego. A participação no mercado de trabalho é a menor percentualmente desde 1978.
Esses dados podem adiar a decisão do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) de reduzir seu programa de compra de títulos para estimular a economia, o chamado "alívio quantitativo", que implica a impressão em massa de dólares. Os analistas acreditavam que a medida pudesse ser anunciada já na reunião do Fed marcada para 17 e 18 de setembro de 2013. Agora, pode ser adiada.
No ano passado, o presidente do Fed prometeu manter a compra de US$ 85 bilhões em títulos por mês para retirar papéis do mercado e jogar mais dinheiro vivo em circulação até que o índice de desemprego baixe para 6,5%.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Setor privado gerou 176 mil empregos nos EUA
As empresas privadas criaram 176 mil empregos a mais do que fecharam em agosto nos Estados Unidos, estimou hoje a empresa de consulta ADP, maior processadora de folhas de pagamento do país, em relatório feito em conjunto com a Moody's Analytics. Economistas ouvidos pela agência Reuters esperavam, em média, um saldo de 180 mil vagas.
Amanhã sai o relatório oficial do Departamento do Trabalho sobre o emprego no mês passado. O mercado vê um bom indicador para tentar decifrar se a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, vai anunciar na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro, a redução de seu programa de compra de títulos.
Para combater a crise financeira internacional, depois de baixar sua taxa básica de juros para praticamente zero, o Fed passou a comprar US$ 85 bilhões em títulos para jogar mais dólares em circulação. O aumento da oferta, chamada pelos economistas de "alívio quantitativo", desvalorizou a moeda americanca, provocando a reação do ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, que acusou os EUA de fazerem uma "guerra cambial".
Agora, o movimento é inverso. A maior economia do mundo volta a crescer, e também a Europa. Há um movimento de volta dos dólares para os EUA exacerbado pelo desempenho e as expectativas medíocres da economia brasileira. Isso explica a maior fuga de dólares do Brasil desde a crise da Rússia, em agosto de 1998, que levou à desvalorização do real em janeiro de 1999.
Ministro do Interior do Egito sobrevive a atentado
Um atentado a bomba tentou matar hoje o ministro do Exterior do Egito, Mohamed Ibrahim. Ele escapou ileso, mas 21 pessoas saíram feridas, inclusive seis seguranças.
A bomba estava escondida numa motocicleta, por isso não era muito grande. Pelas características do ataque, os analistas preveem mais atentados do gênero, a não ser que a célula responsável seja desmantelada.
A bomba estava escondida numa motocicleta, por isso não era muito grande. Pelas características do ataque, os analistas preveem mais atentados do gênero, a não ser que a célula responsável seja desmantelada.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Apagão deixa 70% da Venezuela no escuro
Um problema na rede nacional de transmissão de energia elétrica causou um apagão que deixou 70% da Venezuela sem eletricidade por mais de três horas na tarde de ontem. O metrô de Caracas foi afetado e o trânsito na capital venezuelana ficou caótico.
Sem apresentar qualquer prova, o presidente Nicolás Maduro acusou a oposição de sabotagem: "Tudo indica que a extrema direita retomou seu plano de fazer um ataque elétrico contra o país", tuitou o sucessor de Hugo Chávez, citado pela televisão pública britânica BBC.
Em pronunciamento na televisão estatal, o presidente denunciou o apagão como "parte de uma guerra de baixa intensidade" contra a Venezuela, "uma loucura de mentes distorcidas e desesperadas", e ordenou o Exército a "proteger todo o país".
No fim de 2010, o agora falecido Chávez baixou um decreto declarando "emergência elétrica" para ajudar o governo a enfrentar as quedas de energia, inexplicáveis, a não ser por incompetência, num dos países com as maiores reservas mundiais de petróleo.
Sem apresentar qualquer prova, o presidente Nicolás Maduro acusou a oposição de sabotagem: "Tudo indica que a extrema direita retomou seu plano de fazer um ataque elétrico contra o país", tuitou o sucessor de Hugo Chávez, citado pela televisão pública britânica BBC.
Em pronunciamento na televisão estatal, o presidente denunciou o apagão como "parte de uma guerra de baixa intensidade" contra a Venezuela, "uma loucura de mentes distorcidas e desesperadas", e ordenou o Exército a "proteger todo o país".
No fim de 2010, o agora falecido Chávez baixou um decreto declarando "emergência elétrica" para ajudar o governo a enfrentar as quedas de energia, inexplicáveis, a não ser por incompetência, num dos países com as maiores reservas mundiais de petróleo.
Obama: mundo criou linha vermelha contra armas químicas
Ao defender sua decisão de bombardear a Síria para punir a ditadura de Bachar Assad pelo uso de armas químicas na guerra civil do país, o presidente Barack Obama afirmou que não foi ele, mas a sociedade internacional, que estabeleceu uma linha vermelha contra esse tipo de armamento.
Em agosto de 2012, o presidente dos Estados Unidos advertira que o uso ou movimentação de armas químicas pelo território sírio seria o limite além do qual a Síria estaria sujeita a uma intervenção militar internacional.
Se houve um consenso, alegou Obama, é preciso agir para manter a credibilidade da Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sua Destruição, assinada por 165 países, que entrou em vigor em 1997, lembrando que mais de 400 crianças foram mortas no ataque contra a periferia de Damasco, em 21 de agosto de 2013.
Pelo segundo dia seguido, os secretários de Estado, John Kerry, e da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, defendeu no Congresso a decisão de Obama de atacar a Síria, que será submetida à aprovação da Câmara e do Senado na próxima semana.
"Este é um daqueles momentos decisivos da História como em Munique", alegou Kerry há pouco, comparando a situação com a conferência em que a França e a Grã-Bretanha cederam a Tcheco-Eslováquia a Hitler, em 1939, na esperança de evitar o início da Segunda Guerra Mundial. Citou ainda um navio com refugiados judeus que não foram aceitos na Flórida e terminaram morrendo em câmaras de gás.
Em agosto de 2012, o presidente dos Estados Unidos advertira que o uso ou movimentação de armas químicas pelo território sírio seria o limite além do qual a Síria estaria sujeita a uma intervenção militar internacional.
Se houve um consenso, alegou Obama, é preciso agir para manter a credibilidade da Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sua Destruição, assinada por 165 países, que entrou em vigor em 1997, lembrando que mais de 400 crianças foram mortas no ataque contra a periferia de Damasco, em 21 de agosto de 2013.
Pelo segundo dia seguido, os secretários de Estado, John Kerry, e da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, defendeu no Congresso a decisão de Obama de atacar a Síria, que será submetida à aprovação da Câmara e do Senado na próxima semana.
"Este é um daqueles momentos decisivos da História como em Munique", alegou Kerry há pouco, comparando a situação com a conferência em que a França e a Grã-Bretanha cederam a Tcheco-Eslováquia a Hitler, em 1939, na esperança de evitar o início da Segunda Guerra Mundial. Citou ainda um navio com refugiados judeus que não foram aceitos na Flórida e terminaram morrendo em câmaras de gás.
Ex-ministro da Defesa foge da Síria para Turquia
O general Ali Habib, ex-ministro da Defesa da Síria, fugiu ontem à noite para a Turquia, informou hoje um líder do Conselho Nacional Sírio. Um oficial do Exército da Síria Livre disse que a defecção parece ter sido coordenada pelos Estados Unidos.
A Turquia não confirmou a notícia, e a televisão estatal sírio afirmou que ele está em casa.
A Turquia não confirmou a notícia, e a televisão estatal sírio afirmou que ele está em casa.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Egito fecha Al Jazira e outras três televisões
A Justiça do Egito fechou hoje o canal da rede de televisão árabe especializada em notícias Al Jazira no país e mais três emissoras de televisão, todas ligadas a movimentos fundamentalistas muçulmanos.
Presidente da Câmara apoia ataque dos EUA à Síria
Na saída de uma reunião na Casa Branca nesta terça-feira, o presidente da Câmara, deputado John Boehner, principal líder da oposição republicana no Congresso dos Estados Unidos, declarou apoio à decisão do presidente Barack Obama de bombardear a Síria para punir a ditadura de Bachar Assad por usar armas químicas na guerra civil do país.
O líder da maioria republicana na Câmara, deputado Eric Cantor, também vai "votar para dar ao presidente dos EUA a opção de usar a força militar contra a Síria". A líder da minoria democrata, deputada Nancy Pelosi, justificou o apoio alegando que o regime sírio violou as normas da sociedade civilizada e "só os EUA têm capacidade para parar Assad".
Obama anunciou a decisão na sexta-feira passada, mas pediu a aprovação do Congresso para dar legitimidade à ação depois que o Parlamento Britânico negou autorização ao primeiro-ministro David Cameron para participar do ataque. Como o Congresso dos EUA está em recesso e só volta na próxima segunda-feira, 9 de setembro de 2013, a Síria ganhou mais uma semana para se preparar.
A aprovação de Boehner e Cantor, e a ação decidida do senador John McCain, ex-veterano da Guerra do Vietnã que perdeu a eleição presidencial para Obama em 2008, são importantes para evitar que a ala mais isolacionista do Partido Republicano rejeite o ataque à Líbia. Na opinião de McCain, isto equivaleria a abdicar de ser uma grande potência.
McCain defende um ataque mais robusto para "degradar a capacidade ofensiva" da Síria.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton também deu apoio a Obama para "uma resposta forte e focada contra o horrível uso de armas químicas pelo regime de Assad".
O líder da maioria republicana na Câmara, deputado Eric Cantor, também vai "votar para dar ao presidente dos EUA a opção de usar a força militar contra a Síria". A líder da minoria democrata, deputada Nancy Pelosi, justificou o apoio alegando que o regime sírio violou as normas da sociedade civilizada e "só os EUA têm capacidade para parar Assad".
Obama anunciou a decisão na sexta-feira passada, mas pediu a aprovação do Congresso para dar legitimidade à ação depois que o Parlamento Britânico negou autorização ao primeiro-ministro David Cameron para participar do ataque. Como o Congresso dos EUA está em recesso e só volta na próxima segunda-feira, 9 de setembro de 2013, a Síria ganhou mais uma semana para se preparar.
A aprovação de Boehner e Cantor, e a ação decidida do senador John McCain, ex-veterano da Guerra do Vietnã que perdeu a eleição presidencial para Obama em 2008, são importantes para evitar que a ala mais isolacionista do Partido Republicano rejeite o ataque à Líbia. Na opinião de McCain, isto equivaleria a abdicar de ser uma grande potência.
McCain defende um ataque mais robusto para "degradar a capacidade ofensiva" da Síria.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton também deu apoio a Obama para "uma resposta forte e focada contra o horrível uso de armas químicas pelo regime de Assad".
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Assad: Oriente Médio é barril de pólvora prestes a explodir
Numa tentativa de convencer a França a não participar de um bombardeio dos Estados Unidos para punir a Síria pelo uso de armas químicas, o ditador Bachar Assad declarou ao jornal francês Le Figaro que o Oriente Médio é um "barril de pólvora" que vai explodir se houver um ataque americano.
A Assembleia Nacional da França, outro país que pretende punir o ditador sírio Bachar Assad por usar armas químicas contra seu próprio povo, discute na quarta-feira a participação francesa na operação.
A Assembleia Nacional da França, outro país que pretende punir o ditador sírio Bachar Assad por usar armas químicas contra seu próprio povo, discute na quarta-feira a participação francesa na operação.
Síria apela à ONU contra ataque dos EUA
O embaixador sírio nas Nações Unidas, Bachar Jaafari, apelou hoje ao "secretário-geral da ONU para que assuma sua responsabilidade para prevenir a agressão contra a Síria e apresentar propostas para uma solução política da crise". Duas propostas anteriores que incluíam cessar fogo, um diálogo nacional, eleições e facilitação da ajuda humanitária foram rejeitadas pela ditadura síria.
Jaafari rejeitou as acusações do secretário de Estado americano, John Kerry, que identificou o gás sarin como a substância neurotóxica das armas químicas usadas em 21 de agosto na periferia de Damasco, dizendo serem "histórias antigas fabricadas por terroristas".
Jaafari rejeitou as acusações do secretário de Estado americano, John Kerry, que identificou o gás sarin como a substância neurotóxica das armas químicas usadas em 21 de agosto na periferia de Damasco, dizendo serem "histórias antigas fabricadas por terroristas".
ONU: 7 milhões fugiram da guerra na Síria
Cerca de 7 milhões de pessoas, quase um terço da população da Síria, tiveram de fugir de casa nos dois anos e meio de guerra civil, declarou o chefe da agência das Nações Unidas para refugiados, Tarik Kurdi. Dois milhões saíram do país e 5 milhões se deslocaram internamente.
Até agora, a ajuda internacional foi "uma gota d'água num mar de necessidades humanitárias". Menos de um terço do dinheiro necessário foi dado pelos países doadores.
Como o presidente Barack Obama decidiu punir a Síria por um ataque com armas químicas com mais de 1,4 mil mortos, mas quer a autorização do Congresso, que volta do recesso parlamentar em 9 de setembro, o regime de Bachar Assad tem pelo menos uma semana para se preparar para o bombardeio de mísseis e mobilizar a opinião pública internacional.
Até agora, a ajuda internacional foi "uma gota d'água num mar de necessidades humanitárias". Menos de um terço do dinheiro necessário foi dado pelos países doadores.
Como o presidente Barack Obama decidiu punir a Síria por um ataque com armas químicas com mais de 1,4 mil mortos, mas quer a autorização do Congresso, que volta do recesso parlamentar em 9 de setembro, o regime de Bachar Assad tem pelo menos uma semana para se preparar para o bombardeio de mísseis e mobilizar a opinião pública internacional.
domingo, 1 de setembro de 2013
EUA acusam Síria de usar gás sarin contra civis
O gás sarin foi o agente neurotóxico usado nas armas químicas usadas pelo governo na guerra civil da Síria em 21 de agosto de 2013, afirmou hoje o secretário de Estado americano, John Kerry, citando resultados de exames de laboratório na tentativa de convencer o Congresso dos Estados Unidos a autorizar o presidente Barack Obama a intervir militarmente.
As amostras examinadas são de pele e cabelos dos funcionários dos serviços de emergência que socorreram as vítimas do ataque ocorrido na periferia de Damasco, a capital síria, informa o jornal americano The Washington Post.
Pelos relatórios dos serviços secretos dos EUA, 1.429 pessoas morreram no ataque, inclusive 426 crianças. Foi o pior ataque com armas químicas no mundo inteiro desde que o então ditador iraquiano Saddam Hussein atacou a cidade de Halabja, a Hiroxima curda.
Como havia advertido o ditador Bachar Assad há um ano de que o uso de armas químicas seria uma "linha vermelha" que o regime sírio poderia, na sexta-feira, o presidente Obama anunciou que deve fazer um ataque "limitado" contra a Síria para punir o governo, se obtiver a aprovação do Congresso.
Na prática, a grande preocupação dos EUA é com a produção e tráfico de armas de destruição em massa que possam cair nas mãos de terroristas. O governo americano acredita que a única maneira de realizar um atentado mais mortífero do que os de 11 de setembro de 2001 é com armas químicas, biológicas ou nucleares. Há uma obsessão pelo seu controle que justifica tudo, até mesmo a espionagem eletrônica via Internet.
Para controlar o arsenal de armas químicas da Síria caso o país caia na anarquia, seria necessária uma invasão com soldados por terra, o que foi descartado pelo presidente Obama. Se for preciso, Israel, que também é um provável alvo de quem possa tomar as armas químicas, está pronto para intervir.
Nem os EUA nem Israel querem derrubar Assad neste momento, temendo que grupos jihadistas tenham participação importante no futuro da Síria. A maior interessada é a Arábia Saudita, dentro de sua disputa com o Irã pela liderança do Oriente Médio.
Ao bombardear Assad, os EUA podem ajudar os sauditas e extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda. Os rebeldes sírios já se preparam para entrar nas áreas bombardeadas pelos EUA.
As amostras examinadas são de pele e cabelos dos funcionários dos serviços de emergência que socorreram as vítimas do ataque ocorrido na periferia de Damasco, a capital síria, informa o jornal americano The Washington Post.
Pelos relatórios dos serviços secretos dos EUA, 1.429 pessoas morreram no ataque, inclusive 426 crianças. Foi o pior ataque com armas químicas no mundo inteiro desde que o então ditador iraquiano Saddam Hussein atacou a cidade de Halabja, a Hiroxima curda.
Como havia advertido o ditador Bachar Assad há um ano de que o uso de armas químicas seria uma "linha vermelha" que o regime sírio poderia, na sexta-feira, o presidente Obama anunciou que deve fazer um ataque "limitado" contra a Síria para punir o governo, se obtiver a aprovação do Congresso.
Na prática, a grande preocupação dos EUA é com a produção e tráfico de armas de destruição em massa que possam cair nas mãos de terroristas. O governo americano acredita que a única maneira de realizar um atentado mais mortífero do que os de 11 de setembro de 2001 é com armas químicas, biológicas ou nucleares. Há uma obsessão pelo seu controle que justifica tudo, até mesmo a espionagem eletrônica via Internet.
Para controlar o arsenal de armas químicas da Síria caso o país caia na anarquia, seria necessária uma invasão com soldados por terra, o que foi descartado pelo presidente Obama. Se for preciso, Israel, que também é um provável alvo de quem possa tomar as armas químicas, está pronto para intervir.
Nem os EUA nem Israel querem derrubar Assad neste momento, temendo que grupos jihadistas tenham participação importante no futuro da Síria. A maior interessada é a Arábia Saudita, dentro de sua disputa com o Irã pela liderança do Oriente Médio.
Ao bombardear Assad, os EUA podem ajudar os sauditas e extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda. Os rebeldes sírios já se preparam para entrar nas áreas bombardeadas pelos EUA.
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