Amanhã sai o relatório oficial do Departamento do Trabalho sobre o emprego no mês passado. O mercado vê um bom indicador para tentar decifrar se a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, vai anunciar na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro, a redução de seu programa de compra de títulos.
Para combater a crise financeira internacional, depois de baixar sua taxa básica de juros para praticamente zero, o Fed passou a comprar US$ 85 bilhões em títulos para jogar mais dólares em circulação. O aumento da oferta, chamada pelos economistas de "alívio quantitativo", desvalorizou a moeda americanca, provocando a reação do ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, que acusou os EUA de fazerem uma "guerra cambial".
Agora, o movimento é inverso. A maior economia do mundo volta a crescer, e também a Europa. Há um movimento de volta dos dólares para os EUA exacerbado pelo desempenho e as expectativas medíocres da economia brasileira. Isso explica a maior fuga de dólares do Brasil desde a crise da Rússia, em agosto de 1998, que levou à desvalorização do real em janeiro de 1999.
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