A Rússia considerou inaceitável o texto apresentado pela França do Conselho de Segurança das Nações Unidas para forçar a Síria a entregar suas armas químicas e evitar um bombardeio punitivo dos Estados Unidos contra a ditadura de Bachar Assad.
O governo russo aproveitou a declaração do secretário de Estado americano, John Kerry, de que o ataque seria evitado se Assad entregasse o arsenal de armas químicas para propor um acordo. Mas o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, não aceita o trecho da resolução que atribui "às autoridades sírias a responsabilidade por um possível uso de armas químicas" nem que ela se baseie no Capítulo 7 da Carta da ONU, que autoriza o uso da força.
Pela primeira vez, a Síria admitiu ter armas químicas e prometeu se livrar delas, entregando-as à ONU para destruição. Só que a Rússia exige que os EUA retirem a ameaça de uso da força para concordar com a resolução.
Com a rejeição da proposta francesa, aumenta a suspeita de que a Rússia queira ganhar tempo, em vez de buscar uma solução definitiva capaz de iniciar uma negociação de paz na Síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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