O governo da Síria concorda com o acordo anunciado ontem em Genebra, na Suíça, entre os Estados Unidos e a Rússia para acabar com o arsenal de armas químicas do país, declarou hoje o ministro da Reconciliação, Ali Haidar, à agência de notícias russa RIA Novosti.
Haidar atribuiu o acerto aos russos, minimizando a importância da ameaça dos EUA de bombardear a Síria como punição contra o ataque de armas químicas contra a periferia de Damasco que matou 1.429 pessoas em 21 de agosto de 2013.
Na verdade, foi o medo de um ataque americano que levou o ditador Bachar Assad a admitir que tinha armas proibidas e aceitar entregá-las às Nações Unidas para destruição. Ainda não se sabe se está blefando, mas o presidente Barack Obama promete pagar para ver.
O presidente Vladimir Putin, que também pode estar blefando para proteger o aliado, usa a crise para tentar apresentar a Rússia como uma superpotência capaz de desafiar os EUA e assim aplacar a oposição interna e desviar a atenção para os problemas econômicos do país.
Em declarações à TV Al Arabiya, da Arábia Saudita, os rebeldes pediram à sociedade internacional que proíba a ditadura de Assad de atacá-los com mísseis balísticos e a Força Aérea.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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