Dois terços dos economistas ouvidos numa pesquisa do jornal The Wall St. Journal esperam que o Comitê da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anuncie na próxima quarta-feira, 18 de setembro de 2013, o início da redução de seu programa de compra de títulos no valor de US$ 85 bilhões por mês para colocar mais dinheiro em circulação e assim estimular a economia.
Seria o início do fim de um período de uma política monetária excepcional. Como a taxa básica de juros em praticamente zero adotada para superar a crise se mostrou insuficiente, o Fed passou a comprar papéis no mercado financeiro para aumentar a quantidade de dólares em circulação, na política de "alívio quantitativo".
Essa política causou a valorização de outras moedas, levando o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, a denunciar uma suposta "guerra cambial", como se fosse apenas uma jogada para desvalorizar o dólar e aumentar a competitividade dos produtos americanos.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, um economia especializado na Grande Depressão (1929-39), alegou que era o instrumento de política monetária que lhe restava. A taxa básica de juros já estava zerada.
Com a expectativa do fim dessa oferta de dólares, há um movimento no sentido contrário, de desvalorização de outras moedas em relação ao dólar.
"Os dados sobre mercado de trabalho e o crescimento em geral são suficientemente positivos para que o Fed pelo menos comece o processo na reunião deste mês", aposta o economista Jim O'Sulliven, da empresa High Frequency Economics. "Um relatório sobre emprego mais fraco do que esperado não é suficiente para neutralizar todos os dados positivos".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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