Ao defender sua decisão de bombardear a Síria para punir a ditadura de Bachar Assad pelo uso de armas químicas na guerra civil do país, o presidente Barack Obama afirmou que não foi ele, mas a sociedade internacional, que estabeleceu uma linha vermelha contra esse tipo de armamento.
Em agosto de 2012, o presidente dos Estados Unidos advertira que o uso ou movimentação de armas químicas pelo território sírio seria o limite além do qual a Síria estaria sujeita a uma intervenção militar internacional.
Se houve um consenso, alegou Obama, é preciso agir para manter a credibilidade da Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sua Destruição, assinada por 165 países, que entrou em vigor em 1997, lembrando que mais de 400 crianças foram mortas no ataque contra a periferia de Damasco, em 21 de agosto de 2013.
Pelo segundo dia seguido, os secretários de Estado, John Kerry, e da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, defendeu no Congresso a decisão de Obama de atacar a Síria, que será submetida à aprovação da Câmara e do Senado na próxima semana.
"Este é um daqueles momentos decisivos da História como em Munique", alegou Kerry há pouco, comparando a situação com a conferência em que a França e a Grã-Bretanha cederam a Tcheco-Eslováquia a Hitler, em 1939, na esperança de evitar o início da Segunda Guerra Mundial. Citou ainda um navio com refugiados judeus que não foram aceitos na Flórida e terminaram morrendo em câmaras de gás.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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