Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, representando o ditador Bachar Assad, o ministro do Exterior da Síria, Walid Muallem, negou que o país esteja em guerra civil, apesar das mais de 110 mil mortes nos últimos dois anos e meio: "É uma guerra contra o terrorismo, e não uma guerra civil".
Para negar legitimidade ao movimento inicialmente pacífico pela democracia, a ditadura de Bachar Assad acusa os oposicionistas de terrorismo. Mas foi sua brutal repressão e a sensação de que a Primavera Árabe acabou na Síria e não foi capaz de democratizar o Oriente Médio que levou a um renascimento do jihadismo, da rede terrorista Al Caeda e de seus seguidores.
Se a democracia não permite a ascensão de um partido islâmico, como indica o golpe militar de 3 de julho de 2013 no Egito, a luta armada volta a ser uma opção para os jovens árabes descontentes. Campos de batalha como a Síria são o terreno favorito para sua "guerra santa".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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