Sem acordo entre a Casa Branca e a oposição republicana, que tem maioria na Câmara dos Estados Unidos, o governo da maior economia do mundo pode ficar sem dinheiro para funcionar daqui a pouco mais de uma hora, quando começa o novo ano fiscal, em 1º de outubro de 2013.
Sob pressão do movimento radical de direita Festa do Chá, os republicanos condicionam a aprovação de um orçamento de emergência para a máquina federal dos EUA não parar ao adiamento da entrada em vigor da reforma de saúde aprovada no primeiro governo Barack Obama.
O presidente fez um último apelo no início da noite. Ele acusou os republicanos de chegarem ao "cúmulo da irresponsabilidade", argumentando que só está pedindo dinheiro para pagar despesas já aprovadas pelo Congresso. Obama advertiu ainda para os riscos de um fechamento do governo e possível calote da dívida pública federal para a recuperação da economia, lembrando que o dólar é moeda de reserva para grande parte do resto do mundo.
Por 54-46, o Senado, dominado pelo Partido Democrata, aprovou uma proposta que mantém o governo funcionando e ignora a decisão da Câmara. Como assessores republicanos disseram que não haverá nova votação na Câmara hoje à noite, não haverá acordo.
Assim, 800 mil dos 3,3 milhões funcionários públicos devem ficar em casa sem receber até o impasse ser resolvido. Os museus federais, parques nacionais e monumentos como a Estátua da Liberdade não vão abrir. Há poucos minutos, o presidente Obama assinou um decreto para garantir o pagamento dos militares e de outros serviços essenciais durante o fechamento do governo federal dos EUA.
Cerca de 44% dos americanos culpam os republicanos pelo impasse e 56% são contra o fechamento do governo, enquanto 33% responsabilizam o presidente e os democratas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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