Há um ano e meio, ele era a maior estrela em ascensão da linha dura do Partido Comunista da China, saudosa do tempo de Mao Tsé-tung. Hoje, Bo Xilai foi condenado à prisão perpétua por aceitar suborno no valor de US$ 3,6 milhões, desviar US$ 800 mil em dinheiro público e abusar do poder para encobrir o assassinato do empresário britânico Neil Heywood, morto por sua mulher em novembro de 2011.
Foi a queda do poder mais espetacular desde que a Gangue dos Quatro, que incluía a viúva de Mao, Jiang Ching, foi condenada por alta traição, em 1981.
Bo era governador e líder do partido na cidade-estado de Xunquim, onde aplicou os métodos policiais da era maoísta para combater a corrupção e resgatou músicas patrióticas do tempo da Revolução Industrial (1966-76), o período mais conturbado da revolução comunista na China.
Durante todo o processo, Bo desafiou o tribunal, apresentando-se como vítima de perseguição política e de um processo forjado. Ele era membro do Politburo do Comitê Central do PC chinês, de 25 membros, e ambicionava chegar ao Comitê Permanente do Politburo, os agora "sete imperadores" que governam a China, no fim do ano passado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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