O governo de Israel aprovou neste domingo a libertação de 250 palestinos presos. É um gesto de boa vontade com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em meio a tensão e violências crescentes na Faixa de Gaza, que está sob o controle do Movimento de Resistência Islâmicas (Hamas).
A lista dos prisioneiros que serão soltos será elaborada por uma comissão especial, com base no critério de não libertar quem "derramou sangue judeu". Os cidadãos israelenses terão o direito de apresentar objeções aos nomes escolhidos.
Abbas pediu a libertação de prisioneiros ao primeiro-ministro israelense demissionário Ehud Olmert em 17 de novembro
O negociador palestino Saeb Erakat elogiou a decisão israelense e manifestou a esperança da "libertação um dia de todos os prisioneiros palestinos".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 30 de novembro de 2008
Ministro do Interior da Índia renuncia
O ministro do Interior da Índia, Shivraj Patil, apresentou hoje sua renúncia ao primeiro-ministro Manmohan Singh, assumindo a responsabilidade pelas falhas de segurança que permitiram uma onda de ataque de terroristas muçulmanos que paralisou a maior cidade indiana, Mumbai, nos últimos dias.
Para o vice-governador do estado de Maharashtra, R. R. Patil, o objetivo dos extremistas muçulmanos era fazer um 11 de Setembro indiano. "Encontramos munição, bombas e granadas de mão em quantidade. Com base em nossa investigação, acreditamos que queriam matar umas 5 mil pessoas."
Para o vice-governador do estado de Maharashtra, R. R. Patil, o objetivo dos extremistas muçulmanos era fazer um 11 de Setembro indiano. "Encontramos munição, bombas e granadas de mão em quantidade. Com base em nossa investigação, acreditamos que queriam matar umas 5 mil pessoas."
Aznar colaborou com vôos para Guantânamo
O governo do primeiro-ministro conservador José María Aznar autorizou o pouso no país de vôos clandestinos para levar prisioneiros da guerra contra o terror, da milícia afegã dos Talebã e da rede terrorista Al Caeda, para o centro de detenção da base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, revela o jornal espanhol El País neste domingo, 30 de novembro de 2008.
Em 10 de janeiro de 2002, quatro meses depois do ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center e dois meses depois da queda do regime fundamentalista dos Talebã no Afeganistão, a embaixada dos Estados Unidos em Madri comunicou ao governo Aznar que o país levaria presos em vôos de longa distância. Em situação de emergência, poderia ser obrigados a aterrisar em algum avião espanhol. Os EUA se comprometiam a retomar o vôo assim que fosse possível.
Em 10 de janeiro de 2002, quatro meses depois do ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center e dois meses depois da queda do regime fundamentalista dos Talebã no Afeganistão, a embaixada dos Estados Unidos em Madri comunicou ao governo Aznar que o país levaria presos em vôos de longa distância. Em situação de emergência, poderia ser obrigados a aterrisar em algum avião espanhol. Os EUA se comprometiam a retomar o vôo assim que fosse possível.
sábado, 29 de novembro de 2008
Casal Kirchner vive à sombra de Perón
Quando o governo radical de Fernando de la Rúa (1999-2001) desabou sob o colapso da paridade peso-dólar herdada do presidente Carlos Menem (1989-99), o poder foi devolvido ao peronismo, aparentemente o único partido político capaz de governar a Argentina.
O ex-vice-presidente Eduardo Duhalde, que perdera a eleição para De la Rúa, completou um mandato-tampão até 2003, quando Menem fugiu do segundo turno, numa disputa entre peronista e Néstor Kirchner (2003-07) chegou ao poder com a determinação de combater a crise econômica.
Kirchner conseguiu renegocia a dívida externa, retomar o crescimento econômico e eleger sua mulher, Cristina Fernández de Kirchner como sucessora. Mas fustigou empresas privadas, conteve preços artificialmente desestimulando investimentos em setores como energia, e manipulou os índices de inflação.
Além disso, organizou sua base política ao redor do corporativismo peronista, de sua ligação histórica com os sindicatos, e adotou uma política de confrontação permanente, contra seus inimigos políticos, os países vizinhos, empresas privadas.
Neste ano, no governo Cristina Kirchner, houve o longo conflito com o campo em torno do imposto sobre exportações de grãos, fragilizando a Argentina às vésperas do tsuname financeiro global.
Em artigo na edição de hoje do jornal La Nación, o escritor argentino Thomás Eloy Martínez, autor de um livro sobre María Eva Duarte de Perón, a Evita, examina a saga do casal à sombra do general Juan Domingo Perón, de Evita e de María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, derrubada no trágico golpe de 24 de março de 1976.
O ex-vice-presidente Eduardo Duhalde, que perdera a eleição para De la Rúa, completou um mandato-tampão até 2003, quando Menem fugiu do segundo turno, numa disputa entre peronista e Néstor Kirchner (2003-07) chegou ao poder com a determinação de combater a crise econômica.
Kirchner conseguiu renegocia a dívida externa, retomar o crescimento econômico e eleger sua mulher, Cristina Fernández de Kirchner como sucessora. Mas fustigou empresas privadas, conteve preços artificialmente desestimulando investimentos em setores como energia, e manipulou os índices de inflação.
Além disso, organizou sua base política ao redor do corporativismo peronista, de sua ligação histórica com os sindicatos, e adotou uma política de confrontação permanente, contra seus inimigos políticos, os países vizinhos, empresas privadas.
Neste ano, no governo Cristina Kirchner, houve o longo conflito com o campo em torno do imposto sobre exportações de grãos, fragilizando a Argentina às vésperas do tsuname financeiro global.
Em artigo na edição de hoje do jornal La Nación, o escritor argentino Thomás Eloy Martínez, autor de um livro sobre María Eva Duarte de Perón, a Evita, examina a saga do casal à sombra do general Juan Domingo Perón, de Evita e de María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, derrubada no trágico golpe de 24 de março de 1976.
Terror em Mumbai matou 195 pessoas
Os combates cessaram mas a Índia ainda avalia as dimensões morais, políticas e econômicas da onda terrorista de 26 de novembro de 2008 contra sua maior e mais rica cidade, Mumbai, a antiga Bombaim.
Hoje o jornal The New York Times revela que os serviços secretos dos Estados Unidos suspeitam do grupo extremista muçulmano Lashkar-e-Taiba, que luta para que a Caxemira pertença ao Paquistão, ou de outra organização radical islamita envolvida na questão da Caxemira, Jaish-e-Muhammad.
Só um terrorista teria sido capturado vivo, um jovem do Punjab paquistanês. Pelas imagens obtidas, eram todos jovens com pouco mais de vinte anos. Estavam extremamente bem treinados e organizados. Teriam chegado num barco pesqueiro e lanchas rápidas no Sul de Mumbai, atacando em 10 lugares diferentes da cidade, entre eles dois hotéis de luxo, a estação ferroviária central, um hospital, um café e restaurante freqüentado por turistas estrangeiros e um centro cultural judaico.
O serviço de inteligência militar da Índia disse que os terroristas tinham um telefone de satélite e falaram com o líder do grupo Lashkar-e-Taiba.
Se realmente forem de um grupo baseado na Caxemira, a ira da Índia contra o Paquistão tende a aumentar. Em 2004, o então ditador Pervez Musharraf, se comprometera a desmantelar os centros de treinamento de grupos armados irregulares no Paquistão. O presidente Assif Ali Zardari renovou a promessa em discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas deste ano.
A Caxemira é uma questão sagrada na identidade nacional paquistanesa. Com maioria muçulmana, deveria pertencer ao Paquistão. Juntou-se à Índia quando ambos ficaram independentes do Império Britânico, em 1947, por decisão do marajá Hari Singh, governador da região na época. Provocou uma reação imediata do Paquistão e uma guerra entre os dois países.
Eles travariam nova guerra pela Caxemira em 1962 e em 1971, a guerra da independência de Bangladesh, o antigo Paquistão Oriental. Desde que fizeram a bomba atômica, a Índia em 1974 e o Paquistão no ano seguinte com a ajuda da China, houve vários conflitos de fronteiras e há um estado de guerra nas montanhas geladas do Himalaia. Nunca mais houve guerra aberta entre Índia e Paquistão.
Desde 1989, há uma guerrilha muçulmana que luta contra o domínio da Índia sobre a Caxemira, com o apoio paquistanês. Se esses grupos treinaram e armaram os terroristas do ataque a Mumbai, a tensão entre os dois países vai subir muito.
Em maio de 1998, os dois países testaram armas nucleares, entrando definitivamente para o clube atômico. Os Estados Unidos impuseram sanções, mas logo perceberam a importância de fazer uma aliança estratégica e um acordo nuclear com a Índia, uma superpotência econômica e militar em ascensão, além de ser inimiga histórica da China.
Esse acordo recentemente ratificado pelos parlamentos dos EUA e da Índia é mais uma justificativa para que os jihadistas declarem guerra à Índia, sem esquecer do conflito histórico entre hindus e muçulmanos, acirrado pelos governos do partido nacionalista hindu BJP (Partido Bharatiya Janata), que tinha o compromisso eleitoral de detonar a bomba atômica e o cumpriu. Mas o Paquistão fez o mesmo em seguida.
Os atentados de 11 de setembro aproximaram os EUA do Paquistão, país central na guerra contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos. É o único país islâmico com armas nucleares e é vizinho do Afeganistão, onde o regime fundamentalista da milícia dos Talebã (Estudantes) abrigava os centros de treinamento da rede terrorista Al Caeda, com o apoio do serviço secreto paquistanês.
Desde as primeiras reações ao ataque terrorista em Mumbai, o governo indiano apontou para o vizinho e inimigo histórico. Mas o Paquistão é um Estado em virtual colapso. Não consegue controlar todo o seu território.
Em 20 de setembro, o atual governo civil foi alvo do terrorismo islâmico no atentado contra o Hotel Marriott de Islamabad. O presidente é viúvo da principal líder política da história recente do país, Benazir Bhutto, assassinada em um atentado terrorista em 27 de dezembro de 2007.
Se ficar comprovado que foram grupos da Caxemira que atacaram Mumbai, a Índia vai exigir do Paquistão o desmantelamento dos centros de treinamento em território paquistanês. O problema é que, sem condições de retomar a Caxemira à força, o Exército do Paquistão, que é quem detém o poder de fato, apóia esses grupos armados.
É uma jogada do Paquistão para pressionar a Índia a cumprir um antigo compromisso assumido perante as Nações Unidas de realizar um plebiscito na Caxemira, de maioria muçulmana.
As relações indo-paquistanesas viviam seu melhor momento. Há uma semana, o presidente Zardari prometeu não lançar um primeiro ataque nuclear. Isso não interessa aos jihadistas.
Numa tentativa de se eximir de culpa, o Paquistão se ofereceu para mandar o chefe de seu serviço secreto militar participar da investigação. A oposição nacionalista hindu da Índia descreveu a ajuda como uma confissão de culpa.
O frágil governo civil paquistanês quer cooperar na guerra contra o terrorismo internacional, que abre nova frente de luta na Índia, alvo freqüente de atentados, inclusive de extremistas muçulmanos. Mas até agora nenhum tinha tido tamanho impacto, paralisando o centro econômico da Índia por três dias.
A questão é até onde vai o poder civil no Paquistão. Uma ala das Forças Armadas paquistanesas é suspeita de apoiar os Talebã para manter uma zona de influência no Afeganistão. É nessa área que se concentram os líderes em fuga d'al Caeda e dos Talebã, o grande centro de treinamento do jihadismo.
Tanto a Índia quanto os EUA gostariam de aproveitar a oportunidade para dar um xeque-mate no Paquistão e exigir um ataque decisivo contra as bases terroristas instaladas nas regiões tribais do Noroeste do país. Mas precisam evitar o agravamento da caótica situação do único país muçulmano com a bomba atômica, tudo o que os terroristas mais sonham para lançar um atentado ainda maior do que os de 11 de setembro de 2001.
Em entrevista divulgada há dois dias, o lugar-tenente de Ossama ben Laden, o vice-líder d'al Caeda, o médico Ayman al-Zawahiri, considerado o estrategista do grupo, atribuiu a crise financeira global aos atentados de 11 de setembro, a grande glória de sua turma. Os atentados levaram o banco central dos EUA a baixar os juros e dar dinheiro de graça aos bancos e instituições financeiras, o que gerou uma bolha especulativa.
A causa da crise não foi o 11 de Setembro em si, mas os erros de política monetária de Alan Greenspan e sua equipe em decorrência do terror e do estouro da bolha da internet, somados à falta de regulamentação do setor financeiro, que levou as empresas a correrem riscos arrasadores.
Mesmo assim, o discurso delirante e paranóico de Zawahiri indica que o terror busca alvos fracos para matar em massa. Centros financeiros, como Nova Iorque em 2001 e Mumbai em 2008, são alvos preferenciais de sua guerra santa.
Hoje o jornal The New York Times revela que os serviços secretos dos Estados Unidos suspeitam do grupo extremista muçulmano Lashkar-e-Taiba, que luta para que a Caxemira pertença ao Paquistão, ou de outra organização radical islamita envolvida na questão da Caxemira, Jaish-e-Muhammad.
Só um terrorista teria sido capturado vivo, um jovem do Punjab paquistanês. Pelas imagens obtidas, eram todos jovens com pouco mais de vinte anos. Estavam extremamente bem treinados e organizados. Teriam chegado num barco pesqueiro e lanchas rápidas no Sul de Mumbai, atacando em 10 lugares diferentes da cidade, entre eles dois hotéis de luxo, a estação ferroviária central, um hospital, um café e restaurante freqüentado por turistas estrangeiros e um centro cultural judaico.
O serviço de inteligência militar da Índia disse que os terroristas tinham um telefone de satélite e falaram com o líder do grupo Lashkar-e-Taiba.
Se realmente forem de um grupo baseado na Caxemira, a ira da Índia contra o Paquistão tende a aumentar. Em 2004, o então ditador Pervez Musharraf, se comprometera a desmantelar os centros de treinamento de grupos armados irregulares no Paquistão. O presidente Assif Ali Zardari renovou a promessa em discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas deste ano.
A Caxemira é uma questão sagrada na identidade nacional paquistanesa. Com maioria muçulmana, deveria pertencer ao Paquistão. Juntou-se à Índia quando ambos ficaram independentes do Império Britânico, em 1947, por decisão do marajá Hari Singh, governador da região na época. Provocou uma reação imediata do Paquistão e uma guerra entre os dois países.
Eles travariam nova guerra pela Caxemira em 1962 e em 1971, a guerra da independência de Bangladesh, o antigo Paquistão Oriental. Desde que fizeram a bomba atômica, a Índia em 1974 e o Paquistão no ano seguinte com a ajuda da China, houve vários conflitos de fronteiras e há um estado de guerra nas montanhas geladas do Himalaia. Nunca mais houve guerra aberta entre Índia e Paquistão.
Desde 1989, há uma guerrilha muçulmana que luta contra o domínio da Índia sobre a Caxemira, com o apoio paquistanês. Se esses grupos treinaram e armaram os terroristas do ataque a Mumbai, a tensão entre os dois países vai subir muito.
Em maio de 1998, os dois países testaram armas nucleares, entrando definitivamente para o clube atômico. Os Estados Unidos impuseram sanções, mas logo perceberam a importância de fazer uma aliança estratégica e um acordo nuclear com a Índia, uma superpotência econômica e militar em ascensão, além de ser inimiga histórica da China.
Esse acordo recentemente ratificado pelos parlamentos dos EUA e da Índia é mais uma justificativa para que os jihadistas declarem guerra à Índia, sem esquecer do conflito histórico entre hindus e muçulmanos, acirrado pelos governos do partido nacionalista hindu BJP (Partido Bharatiya Janata), que tinha o compromisso eleitoral de detonar a bomba atômica e o cumpriu. Mas o Paquistão fez o mesmo em seguida.
Os atentados de 11 de setembro aproximaram os EUA do Paquistão, país central na guerra contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos. É o único país islâmico com armas nucleares e é vizinho do Afeganistão, onde o regime fundamentalista da milícia dos Talebã (Estudantes) abrigava os centros de treinamento da rede terrorista Al Caeda, com o apoio do serviço secreto paquistanês.
Desde as primeiras reações ao ataque terrorista em Mumbai, o governo indiano apontou para o vizinho e inimigo histórico. Mas o Paquistão é um Estado em virtual colapso. Não consegue controlar todo o seu território.
Em 20 de setembro, o atual governo civil foi alvo do terrorismo islâmico no atentado contra o Hotel Marriott de Islamabad. O presidente é viúvo da principal líder política da história recente do país, Benazir Bhutto, assassinada em um atentado terrorista em 27 de dezembro de 2007.
Se ficar comprovado que foram grupos da Caxemira que atacaram Mumbai, a Índia vai exigir do Paquistão o desmantelamento dos centros de treinamento em território paquistanês. O problema é que, sem condições de retomar a Caxemira à força, o Exército do Paquistão, que é quem detém o poder de fato, apóia esses grupos armados.
É uma jogada do Paquistão para pressionar a Índia a cumprir um antigo compromisso assumido perante as Nações Unidas de realizar um plebiscito na Caxemira, de maioria muçulmana.
As relações indo-paquistanesas viviam seu melhor momento. Há uma semana, o presidente Zardari prometeu não lançar um primeiro ataque nuclear. Isso não interessa aos jihadistas.
Numa tentativa de se eximir de culpa, o Paquistão se ofereceu para mandar o chefe de seu serviço secreto militar participar da investigação. A oposição nacionalista hindu da Índia descreveu a ajuda como uma confissão de culpa.
O frágil governo civil paquistanês quer cooperar na guerra contra o terrorismo internacional, que abre nova frente de luta na Índia, alvo freqüente de atentados, inclusive de extremistas muçulmanos. Mas até agora nenhum tinha tido tamanho impacto, paralisando o centro econômico da Índia por três dias.
A questão é até onde vai o poder civil no Paquistão. Uma ala das Forças Armadas paquistanesas é suspeita de apoiar os Talebã para manter uma zona de influência no Afeganistão. É nessa área que se concentram os líderes em fuga d'al Caeda e dos Talebã, o grande centro de treinamento do jihadismo.
Tanto a Índia quanto os EUA gostariam de aproveitar a oportunidade para dar um xeque-mate no Paquistão e exigir um ataque decisivo contra as bases terroristas instaladas nas regiões tribais do Noroeste do país. Mas precisam evitar o agravamento da caótica situação do único país muçulmano com a bomba atômica, tudo o que os terroristas mais sonham para lançar um atentado ainda maior do que os de 11 de setembro de 2001.
Em entrevista divulgada há dois dias, o lugar-tenente de Ossama ben Laden, o vice-líder d'al Caeda, o médico Ayman al-Zawahiri, considerado o estrategista do grupo, atribuiu a crise financeira global aos atentados de 11 de setembro, a grande glória de sua turma. Os atentados levaram o banco central dos EUA a baixar os juros e dar dinheiro de graça aos bancos e instituições financeiras, o que gerou uma bolha especulativa.
A causa da crise não foi o 11 de Setembro em si, mas os erros de política monetária de Alan Greenspan e sua equipe em decorrência do terror e do estouro da bolha da internet, somados à falta de regulamentação do setor financeiro, que levou as empresas a correrem riscos arrasadores.
Mesmo assim, o discurso delirante e paranóico de Zawahiri indica que o terror busca alvos fracos para matar em massa. Centros financeiros, como Nova Iorque em 2001 e Mumbai em 2008, são alvos preferenciais de sua guerra santa.
Índia anuncia fim da Batalha de Mumbai
Depois de 58 horas, com a morte de três terroristas muçulmanos entrincheirados no Taj Mahal Palace Hotel, a Índia declarou encerrado o combate aos terroristas que atacaram diversos pontos de Mumbai, a antiga Bombaim, centro financeiro do país, na quarta-feira à noite.
Foi o 11 de Setembro da Índia. Pelo menos 160 pessoas morreram, entre elas 22 estrangeiros, e 330 saíram feridas.
A Índia tem um conflito histórico de séculos entre hindus e muçulmanos que se acirrou com o fundamentalismo religioso de ambas as partes, além da questão da Caxemira com o Paquistão.
Há muitos motivos internos e grupos internos que podem estar ligados a essa onda de terror, embora pelo alcance, pelo treinamento e por visar diretamente americanos, britânicos e judeus, pareça uma conspiração internacional com as marcas d'al Caeda.
A Índia tem a maior população muçulmana do mundo, depois da Indonésia e do Paquistão, uma minoria de 150 milhões de pessoas majoritariamente pobres que se sentem excluídas e se sentiram muito mais durante o governo do partido nacionalista hindu, o BJP.
Há dois movimentos históricos dentro do islamismo político. Em 1928, Hassan al-Bana cria a Irmandade Muçulmana com o objetivo de reislamizar a Uma, reconverter o conjunto de todos os muçulmanos ao "verdadeiro Islã".
Nas prisões de Nasser nos anos 50 e 60 Said Kutub, ideólogo do aiatolá Ruhollah Khomeini e da rede terrorista Al Caeda, chegou à conclusão de que é preciso converter ou eliminar todos os infiéis, especialmente nos centros de poder no mundo porque eles impõem os governantes corruptos e infiéis dos países muçulmanos.
O fundamentalismo religioso, seja muçulmano, cristão, judaico ou hindu, é um conflito interno dentro de cada cultura sobre qual é a verdadeira interpretação dos livros sagrados.
O jihadismo, portanto, é uma guerra civil dentro do Islã, uma guerra sobre o que realmente quis dizer o profeta em nome de Deus. Os estrangeiros são alvo por suposta conivência com a grande conspiração judaico-cristã para dominar o mundo muçulmano.
Foi o 11 de Setembro da Índia. Pelo menos 160 pessoas morreram, entre elas 22 estrangeiros, e 330 saíram feridas.
A Índia tem um conflito histórico de séculos entre hindus e muçulmanos que se acirrou com o fundamentalismo religioso de ambas as partes, além da questão da Caxemira com o Paquistão.
Há muitos motivos internos e grupos internos que podem estar ligados a essa onda de terror, embora pelo alcance, pelo treinamento e por visar diretamente americanos, britânicos e judeus, pareça uma conspiração internacional com as marcas d'al Caeda.
A Índia tem a maior população muçulmana do mundo, depois da Indonésia e do Paquistão, uma minoria de 150 milhões de pessoas majoritariamente pobres que se sentem excluídas e se sentiram muito mais durante o governo do partido nacionalista hindu, o BJP.
Há dois movimentos históricos dentro do islamismo político. Em 1928, Hassan al-Bana cria a Irmandade Muçulmana com o objetivo de reislamizar a Uma, reconverter o conjunto de todos os muçulmanos ao "verdadeiro Islã".
Nas prisões de Nasser nos anos 50 e 60 Said Kutub, ideólogo do aiatolá Ruhollah Khomeini e da rede terrorista Al Caeda, chegou à conclusão de que é preciso converter ou eliminar todos os infiéis, especialmente nos centros de poder no mundo porque eles impõem os governantes corruptos e infiéis dos países muçulmanos.
O fundamentalismo religioso, seja muçulmano, cristão, judaico ou hindu, é um conflito interno dentro de cada cultura sobre qual é a verdadeira interpretação dos livros sagrados.
O jihadismo, portanto, é uma guerra civil dentro do Islã, uma guerra sobre o que realmente quis dizer o profeta em nome de Deus. Os estrangeiros são alvo por suposta conivência com a grande conspiração judaico-cristã para dominar o mundo muçulmano.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Bolívia protesta contra os EUA
A Bolívia protesta contra o fim das preferências comerciais para produtos bolivianos nos Estados Unidos. Elas serão suspensas em 15 de novembro, sob a alegação de que o país não faz o suficiente para combater o tráfico de cocaína.
O presidente Evo Morales declarou ontem em La Paz que se trata de revanchismo político do governo americano porque ele optou pelo socialismo.
Há meses, Morales expulsou do país o embaixador dos EUA e os agentes da DEA (Drug Enforcement Agency, Agência de Repressão às Drogas). O presidente começou sua carreira política no sindicato dos produtores de coca e defende o cultivo tradicional da planta na cultura andina.
Desde 1991, a grande maioria dos produtos da Bolívia, Equador, Peru e Colômbia não paga imposto de importação para entrar no mercado americano, o que aumenta sua competitividade. Isso é feito com base numa lei de estímulo para que os países andinos tenham alternativas econômicas à produção de drogas como a cocaína.
Depois da vitória de Barack Obama para presidente, Morales tenta uma reaproximação com os EUA. Mas a expulsão dos agentes da DEA não será esquecida.
O presidente Evo Morales declarou ontem em La Paz que se trata de revanchismo político do governo americano porque ele optou pelo socialismo.
Há meses, Morales expulsou do país o embaixador dos EUA e os agentes da DEA (Drug Enforcement Agency, Agência de Repressão às Drogas). O presidente começou sua carreira política no sindicato dos produtores de coca e defende o cultivo tradicional da planta na cultura andina.
Desde 1991, a grande maioria dos produtos da Bolívia, Equador, Peru e Colômbia não paga imposto de importação para entrar no mercado americano, o que aumenta sua competitividade. Isso é feito com base numa lei de estímulo para que os países andinos tenham alternativas econômicas à produção de drogas como a cocaína.
Depois da vitória de Barack Obama para presidente, Morales tenta uma reaproximação com os EUA. Mas a expulsão dos agentes da DEA não será esquecida.
Japão dá vários sinais de recessão profunda
A produção industrial, o consumo doméstico e as exportações do Japão caíram em outubro, sinais de que a segunda maior economia do mundo pode estar numa recessão longa e profunda.
Com forte queda na fabricação de carros e eletroeletrônicos, a produção da indústria japonesa caiu 3,1% em outubro, na comparação com setembro. Em um ano, o consumo doméstimo caiu 3,8% e as exportações 7,7%, a maior queda em sete anos, anunciou hoje o Banco do Japão.
Os industriais japoneses temem uma contração ainda maior, de 6,4% em novembro e 2,9% em dezembro. No trimestre, a queda pode chegar a 8,6%. Seria a maior da história.
Com forte queda na fabricação de carros e eletroeletrônicos, a produção da indústria japonesa caiu 3,1% em outubro, na comparação com setembro. Em um ano, o consumo doméstimo caiu 3,8% e as exportações 7,7%, a maior queda em sete anos, anunciou hoje o Banco do Japão.
Os industriais japoneses temem uma contração ainda maior, de 6,4% em novembro e 2,9% em dezembro. No trimestre, a queda pode chegar a 8,6%. Seria a maior da história.
Mortos em Mumbai já são 155
As forças de segurança da Índia acreditam que dois a três terroristas ainda resistam no Taj Mahal Palace Hotel, o mais famoso do país.
O total de mortos na onda de ataques lançada há dois dias em Mumbai, o centro financeiro do país, chegou hoje a 155; 22 eram estrangeiros. Outras 327 pessoas saíram feridas.
No início da manhã de hoje, pelo horário indiano, comandos de elite do Exército da Índia assaltaram a Casa Nariman, um centro cultural judaico. Eles não conseguiram impedir que os extremistas muçulmanos matassem cinco reféns, inclusive o rabino americano e sua mulher israelense.
No Hotel Oberoi, a operação antiterrorismo conseguiu resgatar 149 reféns. Trinta e seis cadáveres foram encontrados no Oberoi.
Durante todo o dia, foram ouvidas explosões no imponente hotel Taj Mahal, último foco da resistência.
Em Nova Déli, o ministro do Exterior indiano, Pranab Mukherjee, voltou atribuir a onda de ataques a paquistaneses e rejeitou uma oferta de ajuda do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.
Num sinal de boa vontade, o Paquistão, que enfrenta um sério problema com os jihadistas, prometeu enviar o chefe do seu serviço secreto para colaborar com as investigações da Índia.
Outro ministro indiano declarou que pelo menos dois terroristas presos são britânicos de origem paquistanesa. Mas esta alegação foi contestada.
O total de mortos na onda de ataques lançada há dois dias em Mumbai, o centro financeiro do país, chegou hoje a 155; 22 eram estrangeiros. Outras 327 pessoas saíram feridas.
No início da manhã de hoje, pelo horário indiano, comandos de elite do Exército da Índia assaltaram a Casa Nariman, um centro cultural judaico. Eles não conseguiram impedir que os extremistas muçulmanos matassem cinco reféns, inclusive o rabino americano e sua mulher israelense.
No Hotel Oberoi, a operação antiterrorismo conseguiu resgatar 149 reféns. Trinta e seis cadáveres foram encontrados no Oberoi.
Durante todo o dia, foram ouvidas explosões no imponente hotel Taj Mahal, último foco da resistência.
Em Nova Déli, o ministro do Exterior indiano, Pranab Mukherjee, voltou atribuir a onda de ataques a paquistaneses e rejeitou uma oferta de ajuda do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.
Num sinal de boa vontade, o Paquistão, que enfrenta um sério problema com os jihadistas, prometeu enviar o chefe do seu serviço secreto para colaborar com as investigações da Índia.
Outro ministro indiano declarou que pelo menos dois terroristas presos são britânicos de origem paquistanesa. Mas esta alegação foi contestada.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Total de mortos em Mumbai chega a 125
O total de mortes nos ataques terroristas em Mumbai, a antiga Bombaim, centro econômico da Índia, chegou a 125. Outras 330 pessoas saíram feridas.
Na manhã de hoje, os dois hotéis invadidos ontem por extremistas muçulmanos ainda ardiam em chamas, depois de uma noite de batalhas e tiroteios com o Exército e a polícia da Índia. Os hotéis Oberoi e Taj Mahal Palace, o mais famoso do país, a estação central de trens e o restaurante Leopold Café foram os principais alvos.
Em telefonema a uma televisão indiana, os seqüestradores que tomaram o hotel Oberoi exigiram a libertação de todos os militantes islamitas presos, inclusive os da província da Caxemira, um conflito permanente desde que a Índia e o Paquistão se tornaram independentes do Império Britânico, em 1947: "Libertem todos os mujahedin e os muçulmanos que vivem na Índia não serão molestados".
Este grupo terrorista, até agora desconhecido, se apresentou como os Mujahedin do Decã. Mujhedin significa guerrilheiros muçulmanos.
Na manhã de hoje, os dois hotéis invadidos ontem por extremistas muçulmanos ainda ardiam em chamas, depois de uma noite de batalhas e tiroteios com o Exército e a polícia da Índia. Os hotéis Oberoi e Taj Mahal Palace, o mais famoso do país, a estação central de trens e o restaurante Leopold Café foram os principais alvos.
Em telefonema a uma televisão indiana, os seqüestradores que tomaram o hotel Oberoi exigiram a libertação de todos os militantes islamitas presos, inclusive os da província da Caxemira, um conflito permanente desde que a Índia e o Paquistão se tornaram independentes do Império Britânico, em 1947: "Libertem todos os mujahedin e os muçulmanos que vivem na Índia não serão molestados".
Este grupo terrorista, até agora desconhecido, se apresentou como os Mujahedin do Decã. Mujhedin significa guerrilheiros muçulmanos.
Comandos indianos ainda enfrentam terror
Mais de 24 horas depois de uma onda de atentados terroristas, comandos indianos invadiram hoje os hotéis Taj Mahal Palace e Oberoi, em Mumbai, a maior cidade da Índia. Travaram uma luta quarto por quarto contra terroristas muçulmanos, enquanto outro parte do grupo extremista mantinha pelo menos 10 israelenses reféns num centro cultural judaico.
Agora há pouco, a TV BBC anunciou que começou o assalto ao Centro Judaico. Mais cedo, foi anunciado que comandos de elite de Israel seriam enviados para se juntar às forças do Exército e da polícia da Índia que combatem os extremistas. Estes se identificaram apenas como os Mujahedin do Decã, o que indica que são muçulmanos.
Os comandos indianos desceram de helicóptero no teto do prédio.
Agora há pouco, a TV BBC anunciou que começou o assalto ao Centro Judaico. Mais cedo, foi anunciado que comandos de elite de Israel seriam enviados para se juntar às forças do Exército e da polícia da Índia que combatem os extremistas. Estes se identificaram apenas como os Mujahedin do Decã, o que indica que são muçulmanos.
Os comandos indianos desceram de helicóptero no teto do prédio.
ArcelorMittal vai demitir 9 mil empregados
A maior companhia siderúrgica do mundo, ArcelorMittal, cortou a produção e vai demitir 9 mil empregados por causa da queda da demanda por aço em função da crise econômica global.
O objetivo é reduzir despesas em US$ 1 bilhão.
Seis mil trabalhadores serão dispensados na Europa e 2,4 mil numa fábrica em Indiana, nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, a ArcelorMittal é dona da antiga Companhia Sigerúrgica de Tubarão (CST), no Espírito Santo.
O objetivo é reduzir despesas em US$ 1 bilhão.
Seis mil trabalhadores serão dispensados na Europa e 2,4 mil numa fábrica em Indiana, nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, a ArcelorMittal é dona da antiga Companhia Sigerúrgica de Tubarão (CST), no Espírito Santo.
Parlamento do Iraque aprova pacto com EUA
Com 149 votos a favor e 35 contra, o Parlamento do Iraque aprovou hoje o pacto de segurança negociado com os Estados Unidos, que prorroga por mais três anos a ocupação militar americana. O prazo final para a retirada é 31 de dezembro de 2011.
A proposta teve o apoio da Aliança Iraque Unido, majoritariamente xiita, da Aliança Curda e também dos sunitas. Foram contra os 30 deputados xiitas ligados ao aiatolá Muktada al-Sader.
Pelo acordo, as tropas americanas param de patrulhar as ruas do Iraque na metade do próximo ano e recuam para bases militares, onde devem continuar treinando as forças de seguranças iraquianas. Os EUA se comprometem a não usar o Iraque como base para atacar países vizinhos, como Síria e Irã.
A proposta teve o apoio da Aliança Iraque Unido, majoritariamente xiita, da Aliança Curda e também dos sunitas. Foram contra os 30 deputados xiitas ligados ao aiatolá Muktada al-Sader.
Pelo acordo, as tropas americanas param de patrulhar as ruas do Iraque na metade do próximo ano e recuam para bases militares, onde devem continuar treinando as forças de seguranças iraquianas. Os EUA se comprometem a não usar o Iraque como base para atacar países vizinhos, como Síria e Irã.
Crescimento da China cai para 8% ao ano
A economia da China se desacelerou bastante em novembro, admitiu hoje o ministro da Reforma e do Desenvolvimento Nacional, Zhang Ping. No último trimestre do ano, a expectativa agora é de um ritmo anual de crescimento de 8% ao ano.
"Em novembro, vários indicadores econômicos estão apresentando declínio acelerado. A produção de algumas empresas encontra dificuldades, especialmente as empresas orientadas para a exportação", reconheceu o ministro do planejamento chinês.
Com a economia rumo à sua pior crise em duas décadas, os comentários de Zhang antecipam que a próxima rodada de divulgação de indicadores econômicos, nas próximas semanas, trará resultados negativos.
Ontem, o Banco da China fez o maior corte de juros em 10 anos. A redução de 1,08 ponto percentual baixou a taxa básica de juros chinesa para 5,58% ao ano.
O regime comunista chinês teme que a crise econômica provoque revolta. Há poucos dias, houve um protesto de motoristas de táxi na província de Cantão, justamente a mais beneficiada pelo milagre econômico chinês, por sua proximidade com Hong Kong.
"Em novembro, vários indicadores econômicos estão apresentando declínio acelerado. A produção de algumas empresas encontra dificuldades, especialmente as empresas orientadas para a exportação", reconheceu o ministro do planejamento chinês.
Com a economia rumo à sua pior crise em duas décadas, os comentários de Zhang antecipam que a próxima rodada de divulgação de indicadores econômicos, nas próximas semanas, trará resultados negativos.
Ontem, o Banco da China fez o maior corte de juros em 10 anos. A redução de 1,08 ponto percentual baixou a taxa básica de juros chinesa para 5,58% ao ano.
O regime comunista chinês teme que a crise econômica provoque revolta. Há poucos dias, houve um protesto de motoristas de táxi na província de Cantão, justamente a mais beneficiada pelo milagre econômico chinês, por sua proximidade com Hong Kong.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Terroristas matam pelo menos 101 em Mumbai
Uma onda de ataques terroristas coordenados, com bombas, granadas e armas automáticas, matou pelo menos 101 pessoas e feriu outras 250 em Mumbai, a maior e mais rica cidade da Índia. Aparentemente, os alvos foram turistas estrangeiros, especialmente americanos e britânicos.
O terror agiu em 16 lugares diferentes, inclusive dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi e o Taj Mahal Palace, um restaurante de luxo, um cinema e a estação ferroviária central da capital econômica da Índia, antes chamada Bombaim.
Pelo menos nove terroristas foram mortos e alguns presos, quando a polícia e o Exército atacaram o Taj Mahal Palace para resgatar cerca de 100 reféns. Na madrugada de hoje, eles foram libertados.
Em mensagens a jornalistas, o até então desconhecido grupo extremista muçulmano Deccan Mujahedin reivindicou a autoria da ação.
Os analistas se perguntam se é uma espécie de franquia da rede terrorista Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden, lançando mais um ataque contra alvos dos Estados Unidos e seus aliados, ou algum grupo paquistanês ligado à disputa entre a Índia e o Paquistão pela região da Caxemira.
Também pode ser uma mistura das duas coisas porque Al Caeda está refugiada na fronteira do Afeganistão com o Noroeste do Paquistão. Está em contato direto com extremistas muçulmanos paquistaneses.
Neste caso, o terrorismo internacional estaria apelando para uma questão nacional para atacar a Índia, a maior democracia do mundo, que acaba de fechar um acordo nuclear com os EUA, o que aumentou o número de inimigos internos contra os americanos.
O terror agiu em 16 lugares diferentes, inclusive dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi e o Taj Mahal Palace, um restaurante de luxo, um cinema e a estação ferroviária central da capital econômica da Índia, antes chamada Bombaim.
Pelo menos nove terroristas foram mortos e alguns presos, quando a polícia e o Exército atacaram o Taj Mahal Palace para resgatar cerca de 100 reféns. Na madrugada de hoje, eles foram libertados.
Em mensagens a jornalistas, o até então desconhecido grupo extremista muçulmano Deccan Mujahedin reivindicou a autoria da ação.
Os analistas se perguntam se é uma espécie de franquia da rede terrorista Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden, lançando mais um ataque contra alvos dos Estados Unidos e seus aliados, ou algum grupo paquistanês ligado à disputa entre a Índia e o Paquistão pela região da Caxemira.
Também pode ser uma mistura das duas coisas porque Al Caeda está refugiada na fronteira do Afeganistão com o Noroeste do Paquistão. Está em contato direto com extremistas muçulmanos paquistaneses.
Neste caso, o terrorismo internacional estaria apelando para uma questão nacional para atacar a Índia, a maior democracia do mundo, que acaba de fechar um acordo nuclear com os EUA, o que aumentou o número de inimigos internos contra os americanos.
Obama chama Volcker para conselho anticrise
Para conter mais uma onda de más notícias sobre a economia dos Estados Unidos, o presidente eleito, Barack Obama, nomeou hoje o ex-presidente do banco central americano Paul Volcker para presidir um conselho de assessoramento contra a crise.
Em mais uma entrevista coletiva, a terceira desta semana em que o presidente eleito anunciou sua equipe econômica numa tentativa de acalmar o mercado, Obama declarou que pretende reunir no conselho especialistas e intelectuais do setor privado, dos sindicatos e da academia na busca de opções para enfrentar a crise.
Obama descreveu Volcker como um dos maiores especialistas em política econômica do mundo.
Na véspera do Dia Nacional de Ação de Graças, a família Obama distribuiu comida para necessitados num banco de alimentos em Chicago.
Em mais uma entrevista coletiva, a terceira desta semana em que o presidente eleito anunciou sua equipe econômica numa tentativa de acalmar o mercado, Obama declarou que pretende reunir no conselho especialistas e intelectuais do setor privado, dos sindicatos e da academia na busca de opções para enfrentar a crise.
Obama descreveu Volcker como um dos maiores especialistas em política econômica do mundo.
Na véspera do Dia Nacional de Ação de Graças, a família Obama distribuiu comida para necessitados num banco de alimentos em Chicago.
CE propõe estímulo de 200 bilhões de euros
Como a Europa ainda não conseguiu apresentar uma resposta coordenada à crise internacional à altura de seu poderio econômico, a Comissão Européia propôs hoje a adoção de um plano de estímulo ao crescimento da ordem de 200 bilhões de euros, cerca de US$ 260 bilhões.
Ao fazer o anúncio na sede da União Européia, em Bruxelas, na Bélgica, o presidente da CE, órgão executivo da UE, José Manuel Durão Barroso, declarou que é apenas uma proposta. Como o orçamento da União é pequeno, 80% do dinheiro teria de vir dos governos dos 27 países-membros.
Vários, como Reino Unido, Espanha, Holanda e Hungria, já anunciaram planos de incentivo da ordem de US$ 130 bilhões, a metade do total proposto pela CE.
O mercado financeiro europeu não se impressionou com a proposta. As principais bolsas do continente caíram, como Londres (-0,4%) e Paris (-1,2%), enquanto Frankfurt ficou estável.
Ao fazer o anúncio na sede da União Européia, em Bruxelas, na Bélgica, o presidente da CE, órgão executivo da UE, José Manuel Durão Barroso, declarou que é apenas uma proposta. Como o orçamento da União é pequeno, 80% do dinheiro teria de vir dos governos dos 27 países-membros.
Vários, como Reino Unido, Espanha, Holanda e Hungria, já anunciaram planos de incentivo da ordem de US$ 130 bilhões, a metade do total proposto pela CE.
O mercado financeiro europeu não se impressionou com a proposta. As principais bolsas do continente caíram, como Londres (-0,4%) e Paris (-1,2%), enquanto Frankfurt ficou estável.
Consumo pessoal cai 1% nos EUA
O consumo pessoal caiu 1% nos Estados Unidos em outubro, em comparação com setembro. Foi a maior queda em sete anos.
As encomendas de bens duráveis à indústria diminuíram 6,2% em outubro nos EUA, duas vezes mais do que esperado, na maior queda em dois anos.
Já a venda de casas novas caiu 5,3% em outubro atingindo o menor nível em 17 anos.
O índice de preços ao consumidor, a inflação no varejo, caiu para 3,2% ao ano. Já núcleo da inflação, excluídos os preços de energia e alimentos, ficou em 2,1%. Está perto da meta perseguida informalmente pela Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA.
As encomendas de bens duráveis à indústria diminuíram 6,2% em outubro nos EUA, duas vezes mais do que esperado, na maior queda em dois anos.
Já a venda de casas novas caiu 5,3% em outubro atingindo o menor nível em 17 anos.
O índice de preços ao consumidor, a inflação no varejo, caiu para 3,2% ao ano. Já núcleo da inflação, excluídos os preços de energia e alimentos, ficou em 2,1%. Está perto da meta perseguida informalmente pela Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA.
China corta taxa de juros para 5,58% ao ano
O Banco da China cortou hoje sua taxa básica de juros pela quarta vez desde setembro. Foi um corte agressivo, de 1,08 ponto percentual. A nova taxa é 5,58% ao ano.
A China é o país que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos. Atraiu capital estrangeiro e se transformou numa fábrica do mundo com um produto interno bruto que deve chegar a pelo menos US$ 3,8 trilhões este ano. Há cinco anos, crescia mais de 10% ao ano. Como dois terços da economia chinesa são comércio exterior, o impacto da crise financeira global é inevitável.
Ontem, o Banco Mundial previu um crescimento de 7,5% em 2009. Em quase todos os países do mundo, este índice seria festejado. A China se acostumou a taxas de expansão elevadas. Seu extraordinário desenvolvimento industrial atraiu uma mão-de-obra que trocou o campo para a cidade e não vai voltar atrás.
O crescimento é a base da estabilidade social mantida com a tradicional linha dura do Partido Comunista. Sem emprego e sem dinheiro, a população já começa a protestar.
A China é o país que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos. Atraiu capital estrangeiro e se transformou numa fábrica do mundo com um produto interno bruto que deve chegar a pelo menos US$ 3,8 trilhões este ano. Há cinco anos, crescia mais de 10% ao ano. Como dois terços da economia chinesa são comércio exterior, o impacto da crise financeira global é inevitável.
Ontem, o Banco Mundial previu um crescimento de 7,5% em 2009. Em quase todos os países do mundo, este índice seria festejado. A China se acostumou a taxas de expansão elevadas. Seu extraordinário desenvolvimento industrial atraiu uma mão-de-obra que trocou o campo para a cidade e não vai voltar atrás.
O crescimento é a base da estabilidade social mantida com a tradicional linha dura do Partido Comunista. Sem emprego e sem dinheiro, a população já começa a protestar.
Obama mantém Gates na chefia do Pentágono
O secretário da Defesa, Robert Gates, deve permanecer no cargo no governo Barack Obama, revelou agora à noite o sítio de internet Politico.com
No início da próxima semana, o presidente eleito dos Estados Unidos deve anunciar as indicações de Gates e da senadora Hillary Clinton para secretária de Estado.
No início da próxima semana, o presidente eleito dos Estados Unidos deve anunciar as indicações de Gates e da senadora Hillary Clinton para secretária de Estado.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Obama promete cortes no orçamento
Ao anunciar hoje à tarde os nomes do diretor e do subdiretor de orçamento de seu futuro governo, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu cortar despesas desnecessárias para não desequilibrar ainda mais as contas públicas.
O diretor do Escritório de Gestão e Orçamento será Peter Orszag, atual chefe do Escritório de Orçamento do Congresso. Robert Nabors será o subdiretor.
Sua primeira tarefa será cumprir uma das promessas de campanha do presidente eleito: revisar todo o orçamento da União para cortar tudo o que for possível.
Para criar 2,5 milhões de empregos e reduzir os impostos para a classe média, declarou Obama, "precisamos eliminar os gastos desnecessários nestes tempos desafiadores. Quando enfrentamos tanto o aumento dos déficits e uma economia que afunda, a reforma do orçamento não é uma opção, é uma necessidade".
Obama acrescentou: "Não podemos manter um sistema que sangra bilhões de dólares do contribuinte em programas que sobreviveram à sua utilidade ou existem apenas por causa de um político, lobista ou grupo de interesse. Simplesmente não podemos mais pagar por isso".
O diretor do Escritório de Gestão e Orçamento será Peter Orszag, atual chefe do Escritório de Orçamento do Congresso. Robert Nabors será o subdiretor.
Sua primeira tarefa será cumprir uma das promessas de campanha do presidente eleito: revisar todo o orçamento da União para cortar tudo o que for possível.
Para criar 2,5 milhões de empregos e reduzir os impostos para a classe média, declarou Obama, "precisamos eliminar os gastos desnecessários nestes tempos desafiadores. Quando enfrentamos tanto o aumento dos déficits e uma economia que afunda, a reforma do orçamento não é uma opção, é uma necessidade".
Obama acrescentou: "Não podemos manter um sistema que sangra bilhões de dólares do contribuinte em programas que sobreviveram à sua utilidade ou existem apenas por causa de um político, lobista ou grupo de interesse. Simplesmente não podemos mais pagar por isso".
OCDE prevê pelo menos um ano de recessão
Em sua última Perspectiva Econômica, divulgada hoje, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê recessão em 21 de seus 30 países-membros, na maioria deles por quatro trimestres consecutivos.
Para o Brasil a OCDE espera um impacto mais forte da crise no próximo ano. Mas o país deve manter o crescimento de 5,8% em 2008, 3% em 2009 e 4,5% em 2010.
Para o Brasil a OCDE espera um impacto mais forte da crise no próximo ano. Mas o país deve manter o crescimento de 5,8% em 2008, 3% em 2009 e 4,5% em 2010.
Tesouro e Fed oferecem mais US$ 800 bilhões
Diante do agravamento da crise no setor financeiro nos Estados Unidos, o Tesouro e a Reserva Federal (Fed, o banco central americano) lançaram hoje dois novos programas para estancar a crise, no valor total de US$ 800 bilhões.
O objetivo é destravar os mercados de crédito.
Com US$ 600 bilhões, o governo americano vai comprar títulos ligados a hipotecas. Serão US$ 100 bilhões para títulos emitidos pelas agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac. Outros US$ 500 bilhões vão comprar papéis lastreados em hipotecas.
Além disso, US$ 200 bilhões serão usados para aumentar o financiamento para o consumo e as pequenas empresas.
O objetivo é destravar os mercados de crédito.
Com US$ 600 bilhões, o governo americano vai comprar títulos ligados a hipotecas. Serão US$ 100 bilhões para títulos emitidos pelas agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac. Outros US$ 500 bilhões vão comprar papéis lastreados em hipotecas.
Além disso, US$ 200 bilhões serão usados para aumentar o financiamento para o consumo e as pequenas empresas.
Preço de casas baixa 17,4% nos EUA
O preço médio das casas em 20 regiões metropolitanas dos Estados Unidos baixou 17,4% em setembro de 2008, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Economia dos EUA encolheu 0,5%
A maior economia do mundo encolheu mais do que estimado inicialmente no terceiro trimestre de 2009. Em vez de 0,3%, contraiu-se em 0,5% em julho, agosto e setembro.
Com queda nas vendas de roupas, comida, móveis, eletrodomésticos e casas, e também nas exportações, o produto interno bruto americano caiu. A tendência é que continue caindo, talvez durante quatro trimestres consecutivos.
Com queda nas vendas de roupas, comida, móveis, eletrodomésticos e casas, e também nas exportações, o produto interno bruto americano caiu. A tendência é que continue caindo, talvez durante quatro trimestres consecutivos.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Obama apresenta equipe econômica
Ao apresentar hoje à tarde sua equipe econômica, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu um forte estímulo para impulsionar a retomada do crescimento econômico e criar 2,5 milhões de empregos como maneira de enfrentar a crise.
Ele não quis falar em números porque os detalhes finais serão preparados pela equipe. Os líderes democratas no Congresso falam em até US$ 700 bilhões em obras públicas de infra-estrutura, modernização tecnológica e desenvolvimento de fontes alternativas de energia.
Como foi antecipado na sexta-feira, o diretor da delegacia regional da Reserva Federal (Fed, o banco central americano) em Nova Iorque, Timothy Geithner, será o próximo secretário do Tesouro.
Geithner, de 47 anos, é funcionário de carreira do Tesouro. Como diretor do Fed com jurisdição sobre Wall Street, trabalha ativamente no combate à crise desde seu começo. Seu nome foi bem recebido pelo mercado financeiro, que teve forte alta na última sexta e nesta segunda-feira.
O ex-secretário do Tesouro no governo Bill Clinton e ex-presidente da Universidade de Harvard Lawrence Summers, de 53 anos, será o principal assessor econômico do presidente, diretor do Conselho Nacional de Economia.
Obama também indicou a professora Christina Romer, da Universidade da Califórnia em Berkeley, como chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca e Melody Barnes, ex-assessora sênior da Comissão de Justiça do Senado e sua assessora política durante a campanha, para chefe do Conselho de Política Interna.
Ele não quis falar em números porque os detalhes finais serão preparados pela equipe. Os líderes democratas no Congresso falam em até US$ 700 bilhões em obras públicas de infra-estrutura, modernização tecnológica e desenvolvimento de fontes alternativas de energia.
Como foi antecipado na sexta-feira, o diretor da delegacia regional da Reserva Federal (Fed, o banco central americano) em Nova Iorque, Timothy Geithner, será o próximo secretário do Tesouro.
Geithner, de 47 anos, é funcionário de carreira do Tesouro. Como diretor do Fed com jurisdição sobre Wall Street, trabalha ativamente no combate à crise desde seu começo. Seu nome foi bem recebido pelo mercado financeiro, que teve forte alta na última sexta e nesta segunda-feira.
O ex-secretário do Tesouro no governo Bill Clinton e ex-presidente da Universidade de Harvard Lawrence Summers, de 53 anos, será o principal assessor econômico do presidente, diretor do Conselho Nacional de Economia.
Obama também indicou a professora Christina Romer, da Universidade da Califórnia em Berkeley, como chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca e Melody Barnes, ex-assessora sênior da Comissão de Justiça do Senado e sua assessora política durante a campanha, para chefe do Conselho de Política Interna.
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Chávez vence eleições mas oposição avança
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, obteve mais uma ampla vitória nas eleições estaduais e municipais do domingo. Seus partidários ganharam em 17 dos 22 estados venezuelanos.
Mas a oposição cresceu. Ganhou em cinco estados importantes e conquistou a prefeitura da capital, cargo mais importante no país, a prefeitura da capital, Caracas.
Antonio José Ledezma teve 52,4% dos votos contra 44,92% para o chavista Aristóbulo Izturiz, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e falou com cooperação com Chávez em tom de desafio: "Uma mensagem para o Presidente da República: você e eu temos muitas diferenças mas neste momento não é pertinente discutir as razões. Eu o convido, Sr. Presidente, a trabalhar junto comigo para resgatar Caracas do caos e da miséria".
Chávez festejou a ampla vitória de seus aliados e pediu aos governadores de oposição, "reconhecendo seu triunfo, espero que me reconheçam como chefe de Estado e respeitem a Constituição".
Mas a oposição cresceu. Ganhou em cinco estados importantes e conquistou a prefeitura da capital, cargo mais importante no país, a prefeitura da capital, Caracas.
Antonio José Ledezma teve 52,4% dos votos contra 44,92% para o chavista Aristóbulo Izturiz, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e falou com cooperação com Chávez em tom de desafio: "Uma mensagem para o Presidente da República: você e eu temos muitas diferenças mas neste momento não é pertinente discutir as razões. Eu o convido, Sr. Presidente, a trabalhar junto comigo para resgatar Caracas do caos e da miséria".
Chávez festejou a ampla vitória de seus aliados e pediu aos governadores de oposição, "reconhecendo seu triunfo, espero que me reconheçam como chefe de Estado e respeitem a Constituição".
Pirataria na África é fruto de anarquia e omissão
Os piratas que atacam perto da costa Nordeste e agora também no Leste da África são produto da total anarquia na Somália, um país que não tem governo desde a queda do ditador Mohammed Siad Barre, em 1991.
A situação era tão grave, com milhões de pessoas ameaçadas de morrer de fome, que, depois de perder a reeleição para Bill Clinton, em dezembro de 1992, o presidente George Bush sr. mandou soldados americanos para a Somália em missão humanitária para proteger a distribuição de alimentos pelas Nações Unidas a populações famintas.
No governo Clinton, o objetivo foi mudado para pacificar o país. Os americanos acabaram entrando na guerra civil somaliana contra o senhor da guerra que dominava a região da capital, Mogadíscio, Mohammed Farah Aidid.
Como ele era líder de um clã, os americanos passaram a ser vistos como inimigos por uma parte da população. Acabaram sendo vítimas de uma embosca na Batalha de Mogadíscio, em 3 e 4 de outubro de 1993. Pelo menos 18 fuzileiros navais dos EUA foram mortos e alguns corpos arrastadas pelas ruas da capital somaliana.
Aquela derrota humilhante de uma força que não tinha os meios necessários para fazer a guerra levou Clinton a retirar os soldados americanos da Somália e a rejeitar o princípio de intervenção militar por razões humanitárias na África.
Quando caiu o governo de Ruanda, em abril de 1994, os EUA vetaram qualquer intervenção do Conselho de Segurança da ONU.
A missão de paz liderada por belgas caiu fora diante de falta de meios para resistir à guerra civil. Ficou só a Operação Turquesa, da França, acusada até hoje pelo novo governo de Ruanda de acobertar a fuga do Exército hutu derrotado e das milícias hutus responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas.
Os hutus em fuga entraram em conflito com os baniamulengues do Congo, que são da etnia tútsi, provocando o início da guerra civil congolesa. Em 1997, caiu o ditador Joseph Mobutu e o Congo, riquíssimo em minerais, virou palco da Primeira Guerra Mundial Africana, envolvendo exércitos de nove países e centenas de grupos irregulares.
Entre 1998 e 2003, estima-se que 5,4 milhões de pessoas morreram no Congo. Em agosto, um general rebelde tútsi que rompeu com o governo central de Kinshasa, começou a atacar o Exército, acusando-o de cumplicidade com a Frente Democrática para a Libertação de Ruanda, que reúne os hutus no exílio no Congo.
A omissão da sociedade internacional depois da humilhação dos americanos na Batalha de Mogadíscio e diante do genocídio em Ruanda abriu espaço para duas situações explosivas que atormentam a África e o resto do mundo hoje.
Na Somália, foi negociado um acordo de paz, mas o governo provisório nunca assumiu o controle do território. Desde 2006, o grupo extremista muçulmano União dos Tribunais Islâmicos controla a maior parcela do território somaliano.
Isso provocou uma intervenção militar da Etiópia, apoiada pelos EUA, para que o país não caia nas mãos de uma milícia alinhada ideologicamente com Al Caeda. Os muçulmanos ameaçam atacar os piratas para libertar o superpetroleiro saudita Sirius Star, um “navio islâmico”, carregado com 2 milhões de barris de petróleo, um quarto da produção diária da Arábia Saudita.
Mas os piratas têm o apoio de senhores da guerra que fornecem armas e os deixam atracar os navios e acomodar os reféns. Nos últimos 12 meses, ganharam US$ 150 milhões.
Lição da História: a África precisa de ajuda da sociedade internacional para resolver seus problemas, muitos herdados do passado colonial, e a omissão só agrava os problemas e aumenta o preço em vidas e dinheiro.
Quando a África do Sul acabou com ditadura da minoria branca, em 1994, o presidente Nelson Mandela prometeu que os direitos humanos seriam uma pedra fundamental na política externa do governo democrático.
Mas o governo sul-africano tem sido tolerante e omisso com o genocídio em Darfur, cometido pelo regime islamita do Sudão, e com as fraudes eleitorais e abusos e poder do ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, para só citar dois casos.
Os militantes indignados dizem que, se a maioria negra da África do Sul ainda estivesse lutando contra o regime segregacionista do apartheid, não teria o apoio do atual governo sul-africano.
A situação era tão grave, com milhões de pessoas ameaçadas de morrer de fome, que, depois de perder a reeleição para Bill Clinton, em dezembro de 1992, o presidente George Bush sr. mandou soldados americanos para a Somália em missão humanitária para proteger a distribuição de alimentos pelas Nações Unidas a populações famintas.
No governo Clinton, o objetivo foi mudado para pacificar o país. Os americanos acabaram entrando na guerra civil somaliana contra o senhor da guerra que dominava a região da capital, Mogadíscio, Mohammed Farah Aidid.
Como ele era líder de um clã, os americanos passaram a ser vistos como inimigos por uma parte da população. Acabaram sendo vítimas de uma embosca na Batalha de Mogadíscio, em 3 e 4 de outubro de 1993. Pelo menos 18 fuzileiros navais dos EUA foram mortos e alguns corpos arrastadas pelas ruas da capital somaliana.
Aquela derrota humilhante de uma força que não tinha os meios necessários para fazer a guerra levou Clinton a retirar os soldados americanos da Somália e a rejeitar o princípio de intervenção militar por razões humanitárias na África.
Quando caiu o governo de Ruanda, em abril de 1994, os EUA vetaram qualquer intervenção do Conselho de Segurança da ONU.
A missão de paz liderada por belgas caiu fora diante de falta de meios para resistir à guerra civil. Ficou só a Operação Turquesa, da França, acusada até hoje pelo novo governo de Ruanda de acobertar a fuga do Exército hutu derrotado e das milícias hutus responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas.
Os hutus em fuga entraram em conflito com os baniamulengues do Congo, que são da etnia tútsi, provocando o início da guerra civil congolesa. Em 1997, caiu o ditador Joseph Mobutu e o Congo, riquíssimo em minerais, virou palco da Primeira Guerra Mundial Africana, envolvendo exércitos de nove países e centenas de grupos irregulares.
Entre 1998 e 2003, estima-se que 5,4 milhões de pessoas morreram no Congo. Em agosto, um general rebelde tútsi que rompeu com o governo central de Kinshasa, começou a atacar o Exército, acusando-o de cumplicidade com a Frente Democrática para a Libertação de Ruanda, que reúne os hutus no exílio no Congo.
A omissão da sociedade internacional depois da humilhação dos americanos na Batalha de Mogadíscio e diante do genocídio em Ruanda abriu espaço para duas situações explosivas que atormentam a África e o resto do mundo hoje.
Na Somália, foi negociado um acordo de paz, mas o governo provisório nunca assumiu o controle do território. Desde 2006, o grupo extremista muçulmano União dos Tribunais Islâmicos controla a maior parcela do território somaliano.
Isso provocou uma intervenção militar da Etiópia, apoiada pelos EUA, para que o país não caia nas mãos de uma milícia alinhada ideologicamente com Al Caeda. Os muçulmanos ameaçam atacar os piratas para libertar o superpetroleiro saudita Sirius Star, um “navio islâmico”, carregado com 2 milhões de barris de petróleo, um quarto da produção diária da Arábia Saudita.
Mas os piratas têm o apoio de senhores da guerra que fornecem armas e os deixam atracar os navios e acomodar os reféns. Nos últimos 12 meses, ganharam US$ 150 milhões.
Lição da História: a África precisa de ajuda da sociedade internacional para resolver seus problemas, muitos herdados do passado colonial, e a omissão só agrava os problemas e aumenta o preço em vidas e dinheiro.
Quando a África do Sul acabou com ditadura da minoria branca, em 1994, o presidente Nelson Mandela prometeu que os direitos humanos seriam uma pedra fundamental na política externa do governo democrático.
Mas o governo sul-africano tem sido tolerante e omisso com o genocídio em Darfur, cometido pelo regime islamita do Sudão, e com as fraudes eleitorais e abusos e poder do ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, para só citar dois casos.
Os militantes indignados dizem que, se a maioria negra da África do Sul ainda estivesse lutando contra o regime segregacionista do apartheid, não teria o apoio do atual governo sul-africano.
Mechal critica silêncio árabe sobre bloqueio a Gaza
Do exílio na Síria, o dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, criticou duramente o silêncio dos países árabes diante do bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza desde 5 de novembro, em retaliação contra ataques de foguetes palestinos contra o território israelense.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza é uma tragédia", protestou Mechal. "É uma vergonha o silêncio sobre o bloqueio criminoso que foi imposto a Gaza. É uma vergonha para os regimes árabes e muçulmanos, e para a comunidade internacional".
Em entrevista em Damasco, ele declarou que não cabe aos países árabes fazer novas propostas de paz a Israel: "É [o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack] Obama que deve oferecer algo aos árabes".
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza é uma tragédia", protestou Mechal. "É uma vergonha o silêncio sobre o bloqueio criminoso que foi imposto a Gaza. É uma vergonha para os regimes árabes e muçulmanos, e para a comunidade internacional".
Em entrevista em Damasco, ele declarou que não cabe aos países árabes fazer novas propostas de paz a Israel: "É [o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack] Obama que deve oferecer algo aos árabes".
domingo, 23 de novembro de 2008
Megaplano China gera risco de corrupção
O megaplano do governo da China de investir US$ 586 bilhões para incentivar o crescimento econômico já está provocando uma corrida de governos municipais e regionais, e agências governamentais, atrás dos fundos públicos.
Já há suspeitas de corrupção e desperdício do dinheiro público, adverte o jornal The Wall Street Journal.
Já há suspeitas de corrupção e desperdício do dinheiro público, adverte o jornal The Wall Street Journal.
EUA e Citigroup fazem plano para salvar o banco
O governos dos Estados Unidos e o Citigroup elaboram um plano para salvar o Citibank que incluiu a criação de uma empresa para ficar com as dívidas incobráveis, um "banco ruim".
Esta empresa podre permitiria ao Citi se livrar dos "ativos tóxicos" que contaminam o balanço do banco, que há três meses era o maior dos EUA.
Esta empresa podre permitiria ao Citi se livrar dos "ativos tóxicos" que contaminam o balanço do banco, que há três meses era o maior dos EUA.
Summers será assessor econômico da Casa Branca
Mais um nome está praticamente confirmado na equipe econômica do governo Barack Obama, que deve ser anunciada amanhã pelo presidente eleito dos Estados Unidos: o ex-secretário do Tesouro e ex-presidente da Universidade de Harvard Lawrence Summers deve ser o principal assessor econômico da Casa Branca.
Summers era um dos nomes mais cotados para secretário do Tesouro. Ao que tudo indica, esse cargo será do diretor da delegacia regional da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, em Nova Iorque, Timothy Geithner, conforme anteciparam na sexta-feira a rede de televisão NBC e o jornal The Wall Street Journal.
Summers era um dos nomes mais cotados para secretário do Tesouro. Ao que tudo indica, esse cargo será do diretor da delegacia regional da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, em Nova Iorque, Timothy Geithner, conforme anteciparam na sexta-feira a rede de televisão NBC e o jornal The Wall Street Journal.
Embraer contrata aviônica israelense
A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) contratou o grupo israelense especializado em aviônica Elbit Systems para aperfeiçoar os equipamentos eletrônicos da frota de aviões de combate AMX A-1A da Força Aérea Brasileira (FAB).
O contrato visa a equipar o avião com um novo computador e processador para missões de combate, um painel uma tela colorida de 10 polegadas e um mapa digitalizado, um visor montado no capacete, um sistema de gestão da munição e outros instrumentos não-revelados.
O contrato visa a equipar o avião com um novo computador e processador para missões de combate, um painel uma tela colorida de 10 polegadas e um mapa digitalizado, um visor montado no capacete, um sistema de gestão da munição e outros instrumentos não-revelados.
sábado, 22 de novembro de 2008
Piratas somalianos ganharam US$ 150 milhões
Mais de US$ 150 milhões de dólares em resgate de navios seqüestrados foram pagos aos piratas da Somália que atacam no Golfo de Áden e perto da costa da África, afirmou ontem o ministro do Exterior do Quênia, Moses Wetangula.
Com tanto dinheiro, uma região da costa norte do país vive um enriquecimento súbito, com carros importados de último tipo e até mesmo restaurantes para atender aos tripulantes dos mais de 30 navios que permanecem capturados.
O seqüestro do superpetroleiro saudita Sirius Star, com 2 milhões de barris de petróleo, pelo qual os piratas estão pedindo US$ 25 bilhões, atraiu a atenção internacional para o problema da pirataria na costa de um país que vive sob anarquia desde 1991, quando caiu o ditador Mohamed Siad Barre.
Desde então, o poder na Somália é disputados por senhores da guerra tribais. Nos últimos anos, surgiu um grupo fundamentalismo muçulmano forte, a União dos Tribunais Islâmicos, que praticamente tomou o poder do governo provisório criado após um longo e delicado acordo de paz.
Há dois anos, diante do colapso do governo provisório, o Exército da Etiópia invadiu a Somália com o apoio dos Estados Unidos para combater os extremistas muçulmanos. Estes controlam a maior parcela do território, mas não a capital, Mogadíscio, e Baidoa, onde sobrevive o governo provisório.
Agora, a UTI promete combater os piratas, que teriam tomado um navio "islâmico", carregado do petróleo saudita. Mas há senhores da guerra que fornecem armas e dão proteção aos piratas.
O seqüestro do superpetroleiro provocou uma reação internacional contra a pirataria. As águas da região, única saída para quem entra pelo Canal de Suez, e a costa Nordeste da África estão cheias de navios de guerra. Os piratas podem esperar chumbo grosso.
Com tanto dinheiro, uma região da costa norte do país vive um enriquecimento súbito, com carros importados de último tipo e até mesmo restaurantes para atender aos tripulantes dos mais de 30 navios que permanecem capturados.
O seqüestro do superpetroleiro saudita Sirius Star, com 2 milhões de barris de petróleo, pelo qual os piratas estão pedindo US$ 25 bilhões, atraiu a atenção internacional para o problema da pirataria na costa de um país que vive sob anarquia desde 1991, quando caiu o ditador Mohamed Siad Barre.
Desde então, o poder na Somália é disputados por senhores da guerra tribais. Nos últimos anos, surgiu um grupo fundamentalismo muçulmano forte, a União dos Tribunais Islâmicos, que praticamente tomou o poder do governo provisório criado após um longo e delicado acordo de paz.
Há dois anos, diante do colapso do governo provisório, o Exército da Etiópia invadiu a Somália com o apoio dos Estados Unidos para combater os extremistas muçulmanos. Estes controlam a maior parcela do território, mas não a capital, Mogadíscio, e Baidoa, onde sobrevive o governo provisório.
Agora, a UTI promete combater os piratas, que teriam tomado um navio "islâmico", carregado do petróleo saudita. Mas há senhores da guerra que fornecem armas e dão proteção aos piratas.
O seqüestro do superpetroleiro provocou uma reação internacional contra a pirataria. As águas da região, única saída para quem entra pelo Canal de Suez, e a costa Nordeste da África estão cheias de navios de guerra. Os piratas podem esperar chumbo grosso.
Obama planeja criar 2,5 milhões de empregos
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende criar 2,5 milhões de empregos com um programa de obras públicas para reconstruir estradas e pontes, modernizar escolas e desenvolver fontes alternativas de energia.
Em seu programa semanal de rádio, divulgado via Internet, Obama declarou que "não são apenas passos para nos tirar desta crise imediata. São investimentos de longo prazo no futuro de nossa economia ignorados há muito tempo".
A equipe econômica do presidente eleito, que deve ser anunciada na segunda-feira, vai preparar os detalhes do plano. Obama quer aplicar uma série de medidas de impacto no início do governo para recuperar a economia.
"Se não formos rápidos e ousados, a maioria dos especialistas acredita que vamos perder milhões de empregos no próximo ano", afirmou Obama.
"Vamos botar as pessoas no trabalho reconstruindo nossas estradas e pontes deterioradas, modernizando as escolas que estão falhando na educação de nossos filhos, construindo fazendas de energia dos ventos, coletores de energia solar e outras tecnologias de energias alternativas que nos libertem da dependência do petróleo importado e nos mantenham competitivos nos anos à frente."
Em seu programa semanal de rádio, divulgado via Internet, Obama declarou que "não são apenas passos para nos tirar desta crise imediata. São investimentos de longo prazo no futuro de nossa economia ignorados há muito tempo".
A equipe econômica do presidente eleito, que deve ser anunciada na segunda-feira, vai preparar os detalhes do plano. Obama quer aplicar uma série de medidas de impacto no início do governo para recuperar a economia.
"Se não formos rápidos e ousados, a maioria dos especialistas acredita que vamos perder milhões de empregos no próximo ano", afirmou Obama.
"Vamos botar as pessoas no trabalho reconstruindo nossas estradas e pontes deterioradas, modernizando as escolas que estão falhando na educação de nossos filhos, construindo fazendas de energia dos ventos, coletores de energia solar e outras tecnologias de energias alternativas que nos libertem da dependência do petróleo importado e nos mantenham competitivos nos anos à frente."
Martine Aubry é primeira líder socialista francesa
Por apenas 42 votos, a ex-ministra Martine Aubry derrotou a ex-candidata presidencial Ségolène Royal no segundo turno da eleição para a liderança do Partido Socialista da França. Será a primeira mulher a dirigir o maior partido da esquerda francesa.
Os partidários de Ségolène exigem uma terceira votação.
"Perderemos todos, se não nos unirmos", disse Aubry, numa breve declaração.
O tom dos royalistas é bem diferente: "Estamos decididos a não deixar que nos roubem esta vitória", declarou Manuel Valls.
Filha de Jacques Delors, ex-ministro das Finanças da França e ex-presidente da Comissão Européia, Martine Aubry é prefeita de Lille, no Norte da França.
Ela estudou na Escola Nacional de Administração onde se formam as elites políticas e empresariais francesas. Foi ministra do Trabalho no governo Edith Cresson; e ministra do Emprego e da Solidariedade no governo Lionel Jospin.
Como ministra de Jospin, propôs e conseguiu a aprovação no ano 2000 da jornada semanal de trabalho de 35 horas, que o atual presidente Nicolas Sarkozy praticamente acabou.
Os partidários de Ségolène exigem uma terceira votação.
"Perderemos todos, se não nos unirmos", disse Aubry, numa breve declaração.
O tom dos royalistas é bem diferente: "Estamos decididos a não deixar que nos roubem esta vitória", declarou Manuel Valls.
Filha de Jacques Delors, ex-ministro das Finanças da França e ex-presidente da Comissão Européia, Martine Aubry é prefeita de Lille, no Norte da França.
Ela estudou na Escola Nacional de Administração onde se formam as elites políticas e empresariais francesas. Foi ministra do Trabalho no governo Edith Cresson; e ministra do Emprego e da Solidariedade no governo Lionel Jospin.
Como ministra de Jospin, propôs e conseguiu a aprovação no ano 2000 da jornada semanal de trabalho de 35 horas, que o atual presidente Nicolas Sarkozy praticamente acabou.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Citi perdeu 50% do valor em uma semana
O Citigroup, que era o maior banco dos Estados Unidos depois da crise, perdeu quase 90% do valor desde o início do ano e metade só nesta semana.
Embora os executivos do banco digam que a empresa é saudável, o centro financeiro de Nova Iorque parece ter condenado a empresa que já foi um símbolo do capitalismo americano.
Com as sucessivas quedas nos preços de suas ações, o Citi passou a valer cerca de US$ 25 bilhões, a mesma quantia que recebeu do Tesouro americano para se recapitalizar.
Embora os executivos do banco digam que a empresa é saudável, o centro financeiro de Nova Iorque parece ter condenado a empresa que já foi um símbolo do capitalismo americano.
Com as sucessivas quedas nos preços de suas ações, o Citi passou a valer cerca de US$ 25 bilhões, a mesma quantia que recebeu do Tesouro americano para se recapitalizar.
Geithner deve ser secretário do Tesouro
O presidente eleito Barack Obama deve nomear na segunda-feira sua equipe econômica. A imprensa americana antecipou hoje que o secretário do Tesouro deve ser Timothy Geithner, diretor da delegacia regional da Reserva Federal (Fed) em Nova Iorque.
Neste cargo, Geithner acompanhou de perto a crise financeira em Wall St.
Neste cargo, Geithner acompanhou de perto a crise financeira em Wall St.
EUA prevêem mundo multipolar em 2025
A atual crise financeira global, iniciada nos EUA, vai acelerar o declínio relativo dos EUA e favorecer a ascensão da China e da Índia como superpotências do século 21, diz um relatório dos serviços de informações dos EUA.
Sua conclusão, mais ou menos óbvia desde o início do século, é que lá por 2025 teremos um mundo multipolar em que “os EUA serão o ator mais importante, mas menos dominante”.
O relatório Tendências Globais para 2025 prevê ainda maior instabilidade política e guerras por recursos naturais escassos, como água.
Sua conclusão, mais ou menos óbvia desde o início do século, é que lá por 2025 teremos um mundo multipolar em que “os EUA serão o ator mais importante, mas menos dominante”.
O relatório Tendências Globais para 2025 prevê ainda maior instabilidade política e guerras por recursos naturais escassos, como água.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
ONU reforça missão de paz no Congo
As Nações Unidas decidiram reforçar com 3 mil soldados sua força de paz na República Democrática do Congo, a maior do mundo, que terá 20 mil homens.
Bolsas desabam no mundo inteiro
A rejeição do Congresso dos Estados Unidos ao pedido de US$ 25 bilhões das fábricas de automóveis e o agravamento dos problemas dos bancos derrubaram as bolsas hoje no mundo inteiro.
Na Ásia, a queda foi forte, de 6,9% em Tóquio, 4% em Hong Kong e 6,7% em Seul, que baixou pela oitava sessão seguida.
Na Europa, Londres perdeu 3,3%, Frankfurt 3,1% e Paris 3,5%
Em Nova Iorque, a crise automobilística e a queda de 40% das ações do Citigroup nesta semana levaram o Índice Dow Jones a perder 5,6%. A bolsa Nasdaq, de ações de empresas de alta tecnologia, perdeu 5,1%.
Na Ásia, a queda foi forte, de 6,9% em Tóquio, 4% em Hong Kong e 6,7% em Seul, que baixou pela oitava sessão seguida.
Na Europa, Londres perdeu 3,3%, Frankfurt 3,1% e Paris 3,5%
Em Nova Iorque, a crise automobilística e a queda de 40% das ações do Citigroup nesta semana levaram o Índice Dow Jones a perder 5,6%. A bolsa Nasdaq, de ações de empresas de alta tecnologia, perdeu 5,1%.
Desemprego cresce na China e nos EUA
O desemprego na China chegou a 4%. Atinge principalmente os trabalhadores migrantes que saíram do campo para a cidade em busca de uma vida melhor.
As autoridades chinesas afirmam que a estabilidade no emprego é a prioridade número um do país. Já temem distúrbios sociais por causa do desemprego. Pelo menos em uma cidade do interior, populares cercaram e atacaram policiais.
As autoridades chinesas afirmam que a estabilidade no emprego é a prioridade número um do país. Já temem distúrbios sociais por causa do desemprego. Pelo menos em uma cidade do interior, populares cercaram e atacaram policiais.
UE reforma política agrícola comum
Depois de anos de negociações e de uma última reunião de 18 horas, o Conselho de Ministros da Agricultura da União Européia anunciou a reforma da política agrícola comum, com cortes nos subsídios agrícolas.
A política agrícola comum foi introduzida em 1962 e gasta cerca de metade do orçamento comunitário. São cerca de 50 bilhões de euros, aproximadamente R$ 150 bilhões, por ano.
Há anos, alguns países lutam contra essas subvenções, mas enfrentam resistência dos agricultores, sobretudo na França.
Na manhã de hoje, a comissária européia de agricultura anunciou as mudanças, que serão aplicadas já no próximo ano.
Para quem ganha mais de 300 mil euros por ano, o corte será de 14%. Para quem ganha entre 100 e 300 mil euros, será de 10%. Os subsídios à produção de leite sobem inicialmente, mas serão totalmente eliminados até 2015.
Os subsídios agrícolas dos países ricos foram a principal causa do colapso das negociações de liberalização comercial da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A política agrícola comum foi introduzida em 1962 e gasta cerca de metade do orçamento comunitário. São cerca de 50 bilhões de euros, aproximadamente R$ 150 bilhões, por ano.
Há anos, alguns países lutam contra essas subvenções, mas enfrentam resistência dos agricultores, sobretudo na França.
Na manhã de hoje, a comissária européia de agricultura anunciou as mudanças, que serão aplicadas já no próximo ano.
Para quem ganha mais de 300 mil euros por ano, o corte será de 14%. Para quem ganha entre 100 e 300 mil euros, será de 10%. Os subsídios à produção de leite sobem inicialmente, mas serão totalmente eliminados até 2015.
Os subsídios agrícolas dos países ricos foram a principal causa do colapso das negociações de liberalização comercial da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Governadora do Arizona será ministra de Obama
A governadora do Arizona, Janet Napolitano, deve ser a ministra da Segurança Interna do governo Barack Obama, revelaram altos integrantes do Partido Democrata dos Estados Unidos.
Antes de ser governadora, ela era procuradora-geral do Arizona, que faz fronteira com o México. Como ministra, Janet será responsável pelo patrulhamento de fronteiras, combate a catástrofes naturais e ao terrorismo.
Janet Napolitano foi a primeira governadora a pedir a ajuda da Guarda Nacional para cuidar da fronteira.
Antes de ser governadora, ela era procuradora-geral do Arizona, que faz fronteira com o México. Como ministra, Janet será responsável pelo patrulhamento de fronteiras, combate a catástrofes naturais e ao terrorismo.
Janet Napolitano foi a primeira governadora a pedir a ajuda da Guarda Nacional para cuidar da fronteira.
Al Caeda acusa Obama de traição e servilismo
Em gravação de som distribuída via Internet, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, lugar-tenente de Ossama ben Laden na rede terrorista Al Caeda, acusou ontem o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, de traição por ter um pai negro e muçulmano e ter se transformando num "negro servil" que estaria fazendo o jogo dos brancos americanos.
Zawahiri advertiu Obama para não enviar mais soldados para o Afeganistão, sob pena de sofrer uma humilhante derrota, como aconteceu com a União Soviética nos anos 80, quando os mujahedin (guerrilheiros muçulmanos) tinham o apoio dos EUA, da China, da Arábia Saudita e do Paquistão.
Zawahiri advertiu Obama para não enviar mais soldados para o Afeganistão, sob pena de sofrer uma humilhante derrota, como aconteceu com a União Soviética nos anos 80, quando os mujahedin (guerrilheiros muçulmanos) tinham o apoio dos EUA, da China, da Arábia Saudita e do Paquistão.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Espanha faz transplante revolucionário
Em um avanço revolucionário da ciência, uma mulher de 30 anos recebeu há cinco meses em Barcelona o primeiro transplante de um órgão completo feito a partir de células-tronco do paciente, o que elimina o risco de rejeição.
Há cinco meses, a colombiana Claudia Castillo não conseguia subir uma escada por falta de ar. Depois de uma tuberculose, ela ficou com uma obstrução nas vias respiratórias. Precisava de um transplante.
Os médicos do Hospital de Clínicas de Barcelona usaram uma técnica revolucionária. Eles pegaram a traquéia de um doador morto e usaram substâncias químicas e enzimas para remover todas as células do doador. Deixaram apenas a cartilagem formada pela proteína fibrosa colágeno.
Com células-tronco tiradas da medula óssea de Claudia e a ajuda de um biorreator, os médicos reconstruíram o órgão. Em quatro dias, o pedaço de traquéia estava pronto para ser consertar o brônquio esquerdo da paciente.
Em entrevista coletiva, o chefe da equipe médica, Paolo Macchiarini, admitiu que teve muito medo porque só tinha feito a experiência em porcos. Mas logo Claudia começou a se sentir bem. Dias depois, voltou para casa.
A equipe do Hospital de Clínicas de Barcelona filmou toda a operação, mas só agora, quatro meses depois da operação, tendo certeza da plena recuperação da paciente, os médicos anunciaram
Há cinco meses, a colombiana Claudia Castillo não conseguia subir uma escada por falta de ar. Depois de uma tuberculose, ela ficou com uma obstrução nas vias respiratórias. Precisava de um transplante.
Os médicos do Hospital de Clínicas de Barcelona usaram uma técnica revolucionária. Eles pegaram a traquéia de um doador morto e usaram substâncias químicas e enzimas para remover todas as células do doador. Deixaram apenas a cartilagem formada pela proteína fibrosa colágeno.
Com células-tronco tiradas da medula óssea de Claudia e a ajuda de um biorreator, os médicos reconstruíram o órgão. Em quatro dias, o pedaço de traquéia estava pronto para ser consertar o brônquio esquerdo da paciente.
Em entrevista coletiva, o chefe da equipe médica, Paolo Macchiarini, admitiu que teve muito medo porque só tinha feito a experiência em porcos. Mas logo Claudia começou a se sentir bem. Dias depois, voltou para casa.
A equipe do Hospital de Clínicas de Barcelona filmou toda a operação, mas só agora, quatro meses depois da operação, tendo certeza da plena recuperação da paciente, os médicos anunciaram
Bolsas de valores caem no mundo inteiro
A ameaça de uma recessão longa e a crise da indústria automobilística dos Estados Unidos derrubaram a maioria das bolsas de valores do mundo hoje.
Em um dia de poucos negócios na Ásia, pesaram a valorização do iene japonês e o risco de colapso da indústria automobilística americana.
Tóquio caiu 0,7% e Hong Kong 0,8%. Xangai subiu 6,1% por causa da queda nos preços do petróleo abaixo de US$ 54 por barril, e da expectativa de que a China aumente as reservas em ouro e dê novas licenças para a telefonia celular de terceira geração.
Na Europa, o mercado operou em baixa, puxado por ações de bancos, companhias de petróleo e da indústria química. O grupo alemão Basf anunciou o fechamento de 80 fábricas no exterior e o corte na produção de outras 100. As ações do banco Santander caíram quase 10%.
A Bolsa de Londres perdeu 4,8%, Frankfurt 4% e Paris 4,9%.
Nos EUA, o medo de uma recessão longa e profunda, prevista na ata do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, derrubou as bolsas de Nova Iorque. O índice Dow Jones caiu 5,1% e a Nasdaq, das empresas de alta tecnologia 6,5%.
Em um dia de poucos negócios na Ásia, pesaram a valorização do iene japonês e o risco de colapso da indústria automobilística americana.
Tóquio caiu 0,7% e Hong Kong 0,8%. Xangai subiu 6,1% por causa da queda nos preços do petróleo abaixo de US$ 54 por barril, e da expectativa de que a China aumente as reservas em ouro e dê novas licenças para a telefonia celular de terceira geração.
Na Europa, o mercado operou em baixa, puxado por ações de bancos, companhias de petróleo e da indústria química. O grupo alemão Basf anunciou o fechamento de 80 fábricas no exterior e o corte na produção de outras 100. As ações do banco Santander caíram quase 10%.
A Bolsa de Londres perdeu 4,8%, Frankfurt 4% e Paris 4,9%.
Nos EUA, o medo de uma recessão longa e profunda, prevista na ata do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, derrubou as bolsas de Nova Iorque. O índice Dow Jones caiu 5,1% e a Nasdaq, das empresas de alta tecnologia 6,5%.
Construção de casas novas cai 4,5% nos EUA
Em mais um sinal de que a crise no setor habitacional nos Estados Unidos ainda não chegou ao fundo do poço, a construção de casas novas diminuiu 4,5% em outubro, depois de ter caído 3% em setembro.
O agravamento da crise financeira global, iniciada no mercado de crédito hipotecário americano, pesou ainda mais sobre o deprimido mercado imobiliário dos EUA.
Sem crédito, ninguém constrói nem compra casa.
No ritmo atual, em um ano seriam construídas 791 mil casas. Em setembro, o ritmo de construção de casas novas projetava um total anual de 828 mil unidades habitacionais.
De setembro para 2007 para setembro de 2008, a queda na construção de casas foi de 33,1%.
O agravamento da crise financeira global, iniciada no mercado de crédito hipotecário americano, pesou ainda mais sobre o deprimido mercado imobiliário dos EUA.
Sem crédito, ninguém constrói nem compra casa.
No ritmo atual, em um ano seriam construídas 791 mil casas. Em setembro, o ritmo de construção de casas novas projetava um total anual de 828 mil unidades habitacionais.
De setembro para 2007 para setembro de 2008, a queda na construção de casas foi de 33,1%.
EUA tiveram deflação de 1% em outubro
O índice de preços ao consumidor caiu 1% em outubro nos Estados Unidos, com redução nos preços do petróleo, de carros, hotéis e passagens aéreas, entre outros itens. Foi a maior queda desde fevereiro de 1947, quando o Departamento do Trabalho começou a calcular o índice.
A baixa do núcleo do índice, excluídos os preços de energia e alimentos, de apenas 0,1%, foi a primeira queda em 26 anos.
A taxa anual de inflação nos EUA caiu para 3,7% ao ano e o núcleo para 2,2% ao ano.
Há um risco de deflação e de uma recessão longa, de cerca de um ano, como admite a ata da última reunião do Comite de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA. Mas um dos diretores do Fed declarou que o risco de deflação não é tão grande.
Com a vertiginosa queda nos preços do petróleo, do recorde de US$ 147,50 por barril em julho de 2009 para menos de US$ 54 hoje, é normal uma queda em outros preços da economia que dependem do custo do petróleo.
Então, esta deflação não significa que os EUA estejam entrando num cenário japonês, com estagnação e deflação. Assim que os americanos tenham alguma confiança no futuro, voltarão a consumir. Tem uma cultura mais consumista.
A baixa do núcleo do índice, excluídos os preços de energia e alimentos, de apenas 0,1%, foi a primeira queda em 26 anos.
A taxa anual de inflação nos EUA caiu para 3,7% ao ano e o núcleo para 2,2% ao ano.
Há um risco de deflação e de uma recessão longa, de cerca de um ano, como admite a ata da última reunião do Comite de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA. Mas um dos diretores do Fed declarou que o risco de deflação não é tão grande.
Com a vertiginosa queda nos preços do petróleo, do recorde de US$ 147,50 por barril em julho de 2009 para menos de US$ 54 hoje, é normal uma queda em outros preços da economia que dependem do custo do petróleo.
Então, esta deflação não significa que os EUA estejam entrando num cenário japonês, com estagnação e deflação. Assim que os americanos tenham alguma confiança no futuro, voltarão a consumir. Tem uma cultura mais consumista.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Assessores de Obama querem grande plano
Os ex-secretários do Tesouro dos Estados Unidos Robert Rubin e Lawrence Summers defendem um grande plano de estímulo fiscal com obras e gastos públicos para revigorar a maior economia do mundo.
Seria algo entre US$ 500 bilhões e US$ 700 bilhões.
É mais ou menos o que propôs o economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia 2008, algo em torno de 4% do produto interno bruto americano.
Seria algo entre US$ 500 bilhões e US$ 700 bilhões.
É mais ou menos o que propôs o economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia 2008, algo em torno de 4% do produto interno bruto americano.
Três Irmãs de Detroit pressionam o Congresso
As três grandes empresas fabricantes de automóveis dos Estados Unidos - a General Motors, a Ford e a Chrysler - estão pressionando o Congresso a aprovar uma ajuda de emergência de US$ 25 bilhões para o setor.
Sem caixa nem crédito, valendo menos do que a brasileira Natura, a GM não chegaria ao fim do ano. O banco Goldman Sachs parou de avaliar os papéis da GM e disse que a empresa precisa de US$ 22 bilhões para não quebrar.
Há forte resistência no governo George W. Bush. O argumento é que o governo decidiu salvas os bancos e instituições financeiras para evitar o colapso do setor, que destruiria depósitos, poupanças e investimentos. Uma falência na indústria automobilística não teria o mesmo efeito sobre o sistema econômico.
Mas o presidente eleito, Barack Obama, não quer assumir o governo, em 20 de janeiro de 2009, com um colapso da indústria que já foi o orgulho dos EUA. Obama defende uma ajuda condicionada a um programa de modernização tecnológica que aumente a eficiência e reduza a poluição dos automóveis.
Uma possibilidade para o futuro seria o carro elétrico, sem emissão de gases que provocam o aquecimento global. A GM compete com a japonesa Toyota pelo posto de maior fabricante mundial de automóveis. Esta concorrência se estende ao desenvolvimento do carro elétrico. O modelo da GM, o Volt, é considerado mais promissor.
Hoje e nos próximos dias, os representantes das Três Irmãs de Detroit tentarão convencer deputados e senadores de que são grandes demais para quebrar.
Sem caixa nem crédito, valendo menos do que a brasileira Natura, a GM não chegaria ao fim do ano. O banco Goldman Sachs parou de avaliar os papéis da GM e disse que a empresa precisa de US$ 22 bilhões para não quebrar.
Há forte resistência no governo George W. Bush. O argumento é que o governo decidiu salvas os bancos e instituições financeiras para evitar o colapso do setor, que destruiria depósitos, poupanças e investimentos. Uma falência na indústria automobilística não teria o mesmo efeito sobre o sistema econômico.
Mas o presidente eleito, Barack Obama, não quer assumir o governo, em 20 de janeiro de 2009, com um colapso da indústria que já foi o orgulho dos EUA. Obama defende uma ajuda condicionada a um programa de modernização tecnológica que aumente a eficiência e reduza a poluição dos automóveis.
Uma possibilidade para o futuro seria o carro elétrico, sem emissão de gases que provocam o aquecimento global. A GM compete com a japonesa Toyota pelo posto de maior fabricante mundial de automóveis. Esta concorrência se estende ao desenvolvimento do carro elétrico. O modelo da GM, o Volt, é considerado mais promissor.
Hoje e nos próximos dias, os representantes das Três Irmãs de Detroit tentarão convencer deputados e senadores de que são grandes demais para quebrar.
Paulson admite que seu plano não basta
Em depoimento na Comissão de Bancos do Senado, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, afirmou que o plano de estabilização financeira de US$ 700 bilhões está dando resultado mas é insuficiente para recuperar a economia americana: apaga o incêndio mas não reconstrói a casa.
O secretário declarou que fez o plano para ancorar o sistema financeiro americano, essencial para uma economia sadia, não como estímulo para o crescimento. São coisas diferentes, indicou Paulson.
Como o Tesouro empenhou até agora US$ 290 bilhões dos US$ 700 bilhões de dólares aprovados pelo Congresso na Lei de Estabilização Financeira, há sugestões de que Paulson pretende deixar boa parte do dinheiro para seu sucessor no governo Barack Obama. Os bancos levaram US$ 250 bilhões e a seguradora AIG mais US$ 40 bilhões.
O secretário declarou que fez o plano para ancorar o sistema financeiro americano, essencial para uma economia sadia, não como estímulo para o crescimento. São coisas diferentes, indicou Paulson.
Como o Tesouro empenhou até agora US$ 290 bilhões dos US$ 700 bilhões de dólares aprovados pelo Congresso na Lei de Estabilização Financeira, há sugestões de que Paulson pretende deixar boa parte do dinheiro para seu sucessor no governo Barack Obama. Os bancos levaram US$ 250 bilhões e a seguradora AIG mais US$ 40 bilhões.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Piratas seqüestram superpetroleiro saudita
Um dos maiores navios do mundo, o superpetroleiro saudita Sirius Star, foi seqüestrado por piratas somalianos no Oceano Índico perto da costa do Quênia e estaria sendo levado para a Somália.
O navio de bandeira liberiana tem 25 tripulantes e transporte 2 milhões de barris de petróleo, cerca de 25% da produção diária da Arábia Saudita.
Cerca de 200 navios foram capturados neste ano por piratas somalianos, inclusive um navio carregado de armas fabricadas na China.
O navio de bandeira liberiana tem 25 tripulantes e transporte 2 milhões de barris de petróleo, cerca de 25% da produção diária da Arábia Saudita.
Cerca de 200 navios foram capturados neste ano por piratas somalianos, inclusive um navio carregado de armas fabricadas na China.
Indústria britânica prevê recessão profunda
A Confederação da Indústria Britânica (CBI, do inglês) previu hoje uma recessão longa e profunda no Reino Unido, com queda de até 1,7% do produto interno bruto em 2009. Seria o pior desempenho da economia do país em 30 anos.
Há apenas dois meses, os economistas da confederação industrial britânica esperavam crescimento de 0,3% no próximo ano.
Em outra previsão sombria, a CBI estima que o total de desempregados vai chegar a 2,9 milhões em 2010, 9% da força de trabalho britânica.
Com esta contração da economia e a ameaça de deflação (queda de preços), o Banco da Inglaterra teria condições de baixar ainda mais sua taxa básica de juros. Depois do surpreendente corte de 1,5 ponto percentual para os atuais 3% ao ano, a menor taxa desde 1956, a CBI acredita que o banco possa reduzir os juros a até 1,5% ao ano.
"Desde que nossa última perspectiva tinha sido publicada, em setembro, o sistema bancário está sob imensa tensão, o que fez a confiança de empresas e consumidores desabar", comentou John Cridland, subdiretor-geral da CBI.
"Dadas a velocidade e a força com que a crise atingiu a economia, reavaliamos e reduzimos nossas expectativas para o crescimento econômico do Reino Unido. Mas a velocidade e a natureza global desta crisis torna impossível olhar muito à frente com qualquer certeza", acrescentou.
"O que está claro é que a recessão curta e suave que esperávamos há alguns meses parece agora que será mais profunda e mais longa. Uma conseqüência indesejada será uma significativa perda de empregos, muitos em setores relativamente isolados até agora."
Há apenas dois meses, os economistas da confederação industrial britânica esperavam crescimento de 0,3% no próximo ano.
Em outra previsão sombria, a CBI estima que o total de desempregados vai chegar a 2,9 milhões em 2010, 9% da força de trabalho britânica.
Com esta contração da economia e a ameaça de deflação (queda de preços), o Banco da Inglaterra teria condições de baixar ainda mais sua taxa básica de juros. Depois do surpreendente corte de 1,5 ponto percentual para os atuais 3% ao ano, a menor taxa desde 1956, a CBI acredita que o banco possa reduzir os juros a até 1,5% ao ano.
"Desde que nossa última perspectiva tinha sido publicada, em setembro, o sistema bancário está sob imensa tensão, o que fez a confiança de empresas e consumidores desabar", comentou John Cridland, subdiretor-geral da CBI.
"Dadas a velocidade e a força com que a crise atingiu a economia, reavaliamos e reduzimos nossas expectativas para o crescimento econômico do Reino Unido. Mas a velocidade e a natureza global desta crisis torna impossível olhar muito à frente com qualquer certeza", acrescentou.
"O que está claro é que a recessão curta e suave que esperávamos há alguns meses parece agora que será mais profunda e mais longa. Uma conseqüência indesejada será uma significativa perda de empregos, muitos em setores relativamente isolados até agora."
Banco da França prevê contração
A França é a única das grandes economias européias que evitou a recessão até agora, graças a um crescimento de 0,1% no trimestre passado. Mas o Banco da França prevê uma redução de 0,5% no produto interno bruto francês neste fim de ano.
Confira na sondagem conjuntural mensal do banco.
Confira na sondagem conjuntural mensal do banco.
Citigroup anuncia mais 50 mil demissões
Durante atingido pela crise financeira, o Citigroup, que era o maior banco dos Estados Unidos antes do agravamento da situação, há dois meses, anunciou hoje a demissão de mais 50 mil funcionários.
Desde o início do ano, o Citi já demitiu 73 mil funcionários.
Desde o início do ano, o Citi já demitiu 73 mil funcionários.
Japão entra oficialmente em recessão
Por causa de uma forte queda nas exportações para os Estados Unidos e a Europa, pela primeira vez em sete anos, o Japão entra oficialmente em recessão.
A segunda maior economia do mundo encolheu 0,1% no terceiro trimestre de 2009, depois de uma queda no produto interno bruto de 0,9% no segundo. Isso projeta uma redução em um ano de 0,4% do produto interno bruto japonês.
A segunda maior economia do mundo encolheu 0,1% no terceiro trimestre de 2009, depois de uma queda no produto interno bruto de 0,9% no segundo. Isso projeta uma redução em um ano de 0,4% do produto interno bruto japonês.
domingo, 16 de novembro de 2008
Rebelde insiste em negociar com governo congolês
O líder rebelde Laurent Nkunda aceitou hoje o plano de paz das Nações Unidas para acabar com o conflito no Leste da República Democrática do Congo, mas insistiu em negociar diretamente com o presidente Joseph Kabila, que até agora resiste.
Nkunda recebeu o enviado especial das Nações Unidas, o ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, pacificador da guerra civil de Biafra (1967-70), em seu refúgio na província de Kivu do Norte, perto das fronteiras com Ruanda e Uganda.
Nkunda recebeu o enviado especial das Nações Unidas, o ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, pacificador da guerra civil de Biafra (1967-70), em seu refúgio na província de Kivu do Norte, perto das fronteiras com Ruanda e Uganda.
Israel ameaça invadir a Faixa de Gaza
O primeiro-ministro Ehud Olmert deu um ultimato ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que domina a Faixa de Gaza há um ano e cinco meses, e mandou preparar uma invasão em grande escala da Faixa de Gaza, se os ataques de foguetes contra Israel não cessarem.
Um bombardeio aéreo israelense na Faixa de Gaza matou quatro militantes palestinos que se preparavam para lançar um foguete contra Israel, mas outros ataques conseguiram o território israelense.
A situação em Gaza é dramática. Desde 5 de novembro, Israel bloqueia o território palestino em retaliação aos ataques de foguetes do Hamas e de outros grupos radicais palestinos.
Na semana passada, chegou a haver um apagão por falta de combustível. Aí Israel libertou a passagem de alguns caminhões-tanques. Mas a própria agência das Nações Unidas para socorrer os refugiados palestinos está sem alimentos para distribuir.
Quase 80% dos 1,5 milhão de palestinos da Faixa de Gaza recebem ajuda de alimentos da ONU.
Um bombardeio aéreo israelense na Faixa de Gaza matou quatro militantes palestinos que se preparavam para lançar um foguete contra Israel, mas outros ataques conseguiram o território israelense.
A situação em Gaza é dramática. Desde 5 de novembro, Israel bloqueia o território palestino em retaliação aos ataques de foguetes do Hamas e de outros grupos radicais palestinos.
Na semana passada, chegou a haver um apagão por falta de combustível. Aí Israel libertou a passagem de alguns caminhões-tanques. Mas a própria agência das Nações Unidas para socorrer os refugiados palestinos está sem alimentos para distribuir.
Quase 80% dos 1,5 milhão de palestinos da Faixa de Gaza recebem ajuda de alimentos da ONU.
EUA saem do Iraque até o final de 2011
O governo do Iraque aprovou hoje um pacto de segurança com os Estados Unidos que prorroga por três anos a permanência no país das forças de ocupação americanas.
Pela primeira vez desde a invasão de março de 2003, há uma data marcada para os americanos saírem do Iraque: 31 de dezembro de 2011. Mas o acordo ainda precisa ser confirmado pelo Parlamento do Iraque, onde haverá resistência.
A partir de junho do próximo ano, os soldados americanos param de fazer patrulhamento em cidades iraquianas. Devem ficar nas suas bases, treinando as forças de segurança do Iraque.
Os soldados e agentes privados de segurança americanos perdem a total imunidade que gozavam até agora. Mas só poderão ser julgados
Uma das promessas do presidente eleito, Barack Obama, é retirar as tropas americanas de combate do Iraque em até 16 meses de governo. Como a posse é em 20 de janeiro, o prazo-limite seria maio de 2009.
Pela primeira vez desde a invasão de março de 2003, há uma data marcada para os americanos saírem do Iraque: 31 de dezembro de 2011. Mas o acordo ainda precisa ser confirmado pelo Parlamento do Iraque, onde haverá resistência.
A partir de junho do próximo ano, os soldados americanos param de fazer patrulhamento em cidades iraquianas. Devem ficar nas suas bases, treinando as forças de segurança do Iraque.
Os soldados e agentes privados de segurança americanos perdem a total imunidade que gozavam até agora. Mas só poderão ser julgados
Uma das promessas do presidente eleito, Barack Obama, é retirar as tropas americanas de combate do Iraque em até 16 meses de governo. Como a posse é em 20 de janeiro, o prazo-limite seria maio de 2009.
sábado, 15 de novembro de 2008
Mediador encontra rebelde no Congo
Depois de se reunir com o presidente Joseph Kabila, o mediador designado pelas Nações Unidas para negociar a paz no Congo foi hoje para a cidade de Goma, no Leste do país, atrás do líder rebelde, general Laurent Nkunda.
O ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, pacificador da guerra civil de Biafra (1967-70), quer saber quais as exigências de Nkunda. Kabila aceitou negociar sem precondições.
O ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, pacificador da guerra civil de Biafra (1967-70), quer saber quais as exigências de Nkunda. Kabila aceitou negociar sem precondições.
Incêndio ameaça energia de Los Angeles
Um novo incêndio selvagem atinge o vale de São Fernando e ameaça uma usina responsável pelo fornecimento de energia elétrica para Los Angeles, a segunda maior cidade dos Estados Unidos.
Desde quinta-feira, pelo menos 165 mansões foram destruídas em Montecito, perto de Santa Bárbara. Outras 10 mil casas estão ameaçadas. Mais de mil hectares foram arrasados pelas chamas. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, decretou estado de emergência na região.
Hoje, um novo foco de incêndio irrompeu em Sylmar, uma cidade-satélite de Los Angeles situada no Vale de São Fernando. Pelo menos 10 casas foram destruídas. Cerca de 10 mil pessoas tiveram de fugir de casa.
Desde quinta-feira, pelo menos 165 mansões foram destruídas em Montecito, perto de Santa Bárbara. Outras 10 mil casas estão ameaçadas. Mais de mil hectares foram arrasados pelas chamas. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, decretou estado de emergência na região.
Hoje, um novo foco de incêndio irrompeu em Sylmar, uma cidade-satélite de Los Angeles situada no Vale de São Fernando. Pelo menos 10 casas foram destruídas. Cerca de 10 mil pessoas tiveram de fugir de casa.
Obama pede estímulo à economia dos EUA
Em um programa de rádio colocado em vídeo na Internet, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, fez novo apelo hoje ao Congresso para que faça um plano de estímulo econômico.
O economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia deste ano, defende um programa de gastos públicos de US$ 600 bilhões, cerca de 4% de tudo o que o país produz num ano.
O economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia deste ano, defende um programa de gastos públicos de US$ 600 bilhões, cerca de 4% de tudo o que o país produz num ano.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Hillary pode ser secretária de Estado
Depois de um duro enfrentamento durante as eleições primárias, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton pode ser indicada secretária de Estado pelo rival, o presidente eleito Barack Obama, revelou a rede de televisão americana CNN.
Hillary foi na quinta-feira à noite a Chicago, onde fica o escritório do presidente eleito. Ela não confirmou nem desmentiu, mas seu sorriso sugere que ela pode ser a futura chefe da diplomacia americana.
Para os analistas políticos, é um sinal de que Obama fará um governo moderado e centrista. Hillary não pertence à ala mais radical do Partido Democrata.
Hillary foi na quinta-feira à noite a Chicago, onde fica o escritório do presidente eleito. Ela não confirmou nem desmentiu, mas seu sorriso sugere que ela pode ser a futura chefe da diplomacia americana.
Para os analistas políticos, é um sinal de que Obama fará um governo moderado e centrista. Hillary não pertence à ala mais radical do Partido Democrata.
Safra de trigo argentina será pior em 10 anos
A Argentina deve colher 40% menos trigo do que no ano passado.
Pela estimativa da Bolsa de Comércio de Rosário, com cerca de 10 milhões de toneladas, será a pior em 10 anos.
O problema foi atribuído a uma seca histórica na principal região produtora, a intervenção governamental para tentar segurar os preços diante da inflação mundial nos preços dos alimentos, e o longo conflito entre o governo e os produtores rurais revoltados com o aumento do imposto sobre exportações de grãos.
Pela estimativa da Bolsa de Comércio de Rosário, com cerca de 10 milhões de toneladas, será a pior em 10 anos.
O problema foi atribuído a uma seca histórica na principal região produtora, a intervenção governamental para tentar segurar os preços diante da inflação mundial nos preços dos alimentos, e o longo conflito entre o governo e os produtores rurais revoltados com o aumento do imposto sobre exportações de grãos.
Reunião do G-20 tem expectativas reduzidas
Os líderes dos 20 países mais ricos do mundo (G-20) se reúnem hoje e amanhã em Washington com dois objetivos: impedir o agravamento da atual crise para evitar uma depressão e reformar o sistema financeiro internacional para impedir que a falta de regulamentação cause novas crises.
Ainda há grandes divergências sobre como regulamentar o mercado financeiro global. A Europa quer impor uma regulamentação internacional, como defenderam hoje a primeira-ministra Angela Merkel e o ministro das Finanças da Alemanha, Peer Steinbruck.
Uma das propostas, revelada hoje pelo jornal The Washington Post, prevê a criação de um colegiado de supervisores para fiscalizar as 30 maiores instituições financeiras internacionais.
Existe um consenso em torno da necessidade do aumento de transparência das transações financeiras e maior coordenação dos órgãos reguladores.
O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, por exemplo, quer aumentar o controle sobre as agências de classificação de risco. Mas o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, não vai, o que de certa forma esvazia a reunião.
Ontem, o atual presidente, George W. Bush, fez uma firme defesa do livre mercado e falou em coordenação dos órgãos reguladores nacionais. Isso indica que os EUA dificilmente aceitarão um controle externo sobre o sistema financeiro americano, apesar de sua responsabilidade pela crise financeira global.
Por outro lado, é evidente o aumento do poder das grandes economias emergentes como China, Índia e Brasil.
De imediato, os líderes mundiais precisam resolver a crise atual. É provável que decidam baixar ainda mais as taxas básicas de juros e fazer um esforço coordenado com dinheiro público para retomar o crescimento econômico.
Ainda há grandes divergências sobre como regulamentar o mercado financeiro global. A Europa quer impor uma regulamentação internacional, como defenderam hoje a primeira-ministra Angela Merkel e o ministro das Finanças da Alemanha, Peer Steinbruck.
Uma das propostas, revelada hoje pelo jornal The Washington Post, prevê a criação de um colegiado de supervisores para fiscalizar as 30 maiores instituições financeiras internacionais.
Existe um consenso em torno da necessidade do aumento de transparência das transações financeiras e maior coordenação dos órgãos reguladores.
O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, por exemplo, quer aumentar o controle sobre as agências de classificação de risco. Mas o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, não vai, o que de certa forma esvazia a reunião.
Ontem, o atual presidente, George W. Bush, fez uma firme defesa do livre mercado e falou em coordenação dos órgãos reguladores nacionais. Isso indica que os EUA dificilmente aceitarão um controle externo sobre o sistema financeiro americano, apesar de sua responsabilidade pela crise financeira global.
Por outro lado, é evidente o aumento do poder das grandes economias emergentes como China, Índia e Brasil.
De imediato, os líderes mundiais precisam resolver a crise atual. É provável que decidam baixar ainda mais as taxas básicas de juros e fazer um esforço coordenado com dinheiro público para retomar o crescimento econômico.
Vendas no varejo tem queda recorde nos EUA
As vendas no varejo caíram 2,8% em outubro. Foi o quarto mês seguido de queda e o pior resultado desde que o Departamento do Comércio começou a calcular o índice, em 1992.
Os economistas esperavam uma redução de 2,1%. Em 12 meses, a queda chega a 4,1%. Mas o índice de confiança do consumidor calculado pela Universidade de Michigan melhorou em relação a outubro.
Os economistas esperavam uma redução de 2,1%. Em 12 meses, a queda chega a 4,1%. Mas o índice de confiança do consumidor calculado pela Universidade de Michigan melhorou em relação a outubro.
Eurozona entra em recessão
Pela primeira vez desde a introdução da moeda comum européia, em 1999, o conjunto dos 15 países que adotaram o euro tiveram crescimento negativo em dois trimestres consecutivos, o que caracteriza uma recessão.
A economia da zona do euro encolheu 0,2% no terceiro trimestre, mesmo ritmo de queda do trimestre anterior.
Ontem, a Alemanha reconheceu oficialmente que está em recessão, depois de uma queda de 0,5% no produto interno bruto no terceiro trimestre.
Hoje, foi vez da Itália. A mais estagnada das grandes economias européias perdeu 0,5% no terceiro trimestre. Também está em recessão.
Mas a França escapou. Contrariando todas as previsões, inclusive do instituto oficial de estatística, a economia francesa cresceu 0,1%, evitando a recessão.
A economia da zona do euro encolheu 0,2% no terceiro trimestre, mesmo ritmo de queda do trimestre anterior.
Ontem, a Alemanha reconheceu oficialmente que está em recessão, depois de uma queda de 0,5% no produto interno bruto no terceiro trimestre.
Hoje, foi vez da Itália. A mais estagnada das grandes economias européias perdeu 0,5% no terceiro trimestre. Também está em recessão.
Mas a França escapou. Contrariando todas as previsões, inclusive do instituto oficial de estatística, a economia francesa cresceu 0,1%, evitando a recessão.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Transplante de medula óssea cura aidético
Um paciente de aids que recebeu um transplante de medula óssea de um doador com uma resistência natural ao vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês) não teve nenhum sintoma da doença nos últimos dois anos, revelaram hoje dois médicos do hospital Charite, em Berlim.
Os doutores Gero Hutter e Thomas Schneider escolheram um doador com a resistência genética. Ele tem um gene que sofreu uma mutação que afeta um receptor - o CCR5 - usado pelo vírus da aids para infectar as células.
Ao relatar o caso, Hutter observou que, embora não tenha sido achado nenhum traço do vírus no paciente, de 42 anos, isso não significa que o HIV não esteja lá.
Hutter comentou ainda que o transplante de medula jamais vai se tornar o procedimento padrão para tratar a aids porque o paciente precisa ter sua medula completamente destruída antes de receber o transplante. No caso, o doente tinha também leucemia. Por isso, fez transplante de medula óssea.
A aids não tem cura. É tratada hoje com um coquetel de drogas anti-retrovirais capazes de controlar a doença, reduzindo a carga viral, às vezes para níveis não-detectáveis. Mas o vírus continua lá e pode voltar, se o tratamento for suspenso.
Os doutores Gero Hutter e Thomas Schneider escolheram um doador com a resistência genética. Ele tem um gene que sofreu uma mutação que afeta um receptor - o CCR5 - usado pelo vírus da aids para infectar as células.
Ao relatar o caso, Hutter observou que, embora não tenha sido achado nenhum traço do vírus no paciente, de 42 anos, isso não significa que o HIV não esteja lá.
Hutter comentou ainda que o transplante de medula jamais vai se tornar o procedimento padrão para tratar a aids porque o paciente precisa ter sua medula completamente destruída antes de receber o transplante. No caso, o doente tinha também leucemia. Por isso, fez transplante de medula óssea.
A aids não tem cura. É tratada hoje com um coquetel de drogas anti-retrovirais capazes de controlar a doença, reduzindo a carga viral, às vezes para níveis não-detectáveis. Mas o vírus continua lá e pode voltar, se o tratamento for suspenso.
OCDE prevê recessão nos países ricos em 2009
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 30 países desenvolvidos, previu hoje uma recessão nos países ricos em 2009.
O produto interno bruto dos Estados Unidos deve cair 0,9%, o da Europa 0,5% e o do Japão 0,1%.
Para combater a crise, a OCDE propõe um forte estímulo fiscal. Isso significa usar dinheiro público para incentivar o crescimento econômico.
O produto interno bruto dos Estados Unidos deve cair 0,9%, o da Europa 0,5% e o do Japão 0,1%.
Para combater a crise, a OCDE propõe um forte estímulo fiscal. Isso significa usar dinheiro público para incentivar o crescimento econômico.
Alemanha entra oficialmente em recessão
Maior exportadora mundial de produtos industriais, a Alemanha sofre o impacto da crise financeira global. A terceira maior economia do mundo e a maior da Europa não teve bolha especulativa no setor imobiliário nem têm consumidores muito endividados com os cartões de crédito. Mas desde hoje está oficialmente em recessão.
A economia alemã encolheu 0,5% no terceiro trimestre do ano, depois de diminuir 0,4% no segundo. Dois trimestres seguidos de crescimento negativo ou decrescimento econômico caracterizam uma recessão.
Há alguns meses, os alemães pareciam convencidos de que sua economia conseguiria driblar a crise. Mas a expectativa se deteriorou rapidamente. Com a retração do mercado americano, os chineses vão comprar menos máquinas industriais alemãs e o mundo inteiro está comprando menos automóveis.
A economia alemã encolheu 0,5% no terceiro trimestre do ano, depois de diminuir 0,4% no segundo. Dois trimestres seguidos de crescimento negativo ou decrescimento econômico caracterizam uma recessão.
Há alguns meses, os alemães pareciam convencidos de que sua economia conseguiria driblar a crise. Mas a expectativa se deteriorou rapidamente. Com a retração do mercado americano, os chineses vão comprar menos máquinas industriais alemãs e o mundo inteiro está comprando menos automóveis.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Banco da Inglaterra prevê recessão forte
Ao apresentar o último relatório trimestral sobre a inflação no Reino Unido, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, previu hoje de manhã uma "contração nítida" da economia britânica em 2009, com risco de deflação.
É um sinal de que o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra pode reduzir a taxa básica de juros abaixo dos atuais 3% ao ano.
O desemprego no Reino Unido chegou ao nível mais alto desde o fim de 1997. Cerca de 1,825 milhão de britânicos estão desempregrados.
Quando o banco cortou a taxa em 1,5 ponto percentual, de 4,5% para 3% ao ano, o mercado desabou. A impressão nesses casos é que as autoridades monetárias sabem algo sinistro que o mercado ainda ignora. Mas os nove membros do comitê que fixa a taxa de juros concluíram que o risco é de recessão e deflação, e não de inflação.
A deflação é o contrário da inflação, uma queda de preços que desestimula a produção e o consumo. O produtor não tem estímulo para produzir se os preços estão caindo mas não de seus custos. Se o preço pode cair ainda mais, o consumidor adia a decisão de compra.
É um sinal de que o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra pode reduzir a taxa básica de juros abaixo dos atuais 3% ao ano.
O desemprego no Reino Unido chegou ao nível mais alto desde o fim de 1997. Cerca de 1,825 milhão de britânicos estão desempregrados.
Quando o banco cortou a taxa em 1,5 ponto percentual, de 4,5% para 3% ao ano, o mercado desabou. A impressão nesses casos é que as autoridades monetárias sabem algo sinistro que o mercado ainda ignora. Mas os nove membros do comitê que fixa a taxa de juros concluíram que o risco é de recessão e deflação, e não de inflação.
A deflação é o contrário da inflação, uma queda de preços que desestimula a produção e o consumo. O produtor não tem estímulo para produzir se os preços estão caindo mas não de seus custos. Se o preço pode cair ainda mais, o consumidor adia a decisão de compra.
Tesouro pára de comprar papéis podres
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, sinalizou claramente hoje uma mudança no plano de US$ 700 bilhões para salvar a economia americana.
Em vez de comprar papéis pobres, as dívidas incobráveis em poder de instituições financeiras, vai usar o dinheiro para capitalizar empresas, inclusive as não-financeiras, mas não a indústria automobilística.
Paulson declarou que a situação da indústria automobilística está em estudo. Qualquer plano para recuperá-la terá de pensar em longo prazo, acrescentou. Só que a General Motors, que já foi a maior empresa do mundo, pode não chegar ao fim do ano.
O presidente eleito, Barack Obama, defende um apoio para a modernização tecnológica da indústria automobilística, que chamou de "espinha dorsal" do setor manufatureiro americano, e a fábricação de carros mais eficientes, que gastem menos energia e poluam menos.
A mudança de planos de Paulson aprofundou a queda na Bolsa de Nova Iorque. Foi mais um dia de perdas para o mercado, com a exceção da Bolsa de Xangai, na China, que subiu 1,5%, na contramão do resto do mundo.
No resto da Ásia, pesaram as quedas nas ações dos setores imobiliário, em Hong Kong, que perdeu 0,7%, e de petróleo na Bolsa de Tóquio, que caiu 1,3%.
Na Europa, o Banco da Inglaterra previu uma "forte contração" em 2009, com risco de deflação. O desemprego no Reino Unido chegou ao nível mais alto em 11 anos. Há 1,825 milhão de desempregados. A Alemanha, maior economia do continente, deve ficar estagnada no próximo ano.
Com a ameaça de uma recessão longa e profunda nos países ricos, estendendo-se por todo o ano de 2009, a Bolsa de Londres caiu 1,8%, Frankfurt 3% e Paris 3,1%. As maiores perdas incluíram os setores financeiro e varejista.
Nos Estados Unidos, a mão pesada do Tesouro, ao promover um desvio de rota, levantou a suspeita de que o governo americano está perdido no combate à crise.
O secretário Paulson fez questão de dizer que a economia está se estabilizando. Depois de tantas trapalhadas, o mercado desconfia.
A expectativa de uma recessão prolongada, capaz de ameaçar de falência megaempresas como a GM, derrubou a Bolsa de Nova Iorque. O índice Dow Jones perdeu 4,7%, o mais amplo S&P500 e a Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, mais de 5%.
Em vez de comprar papéis pobres, as dívidas incobráveis em poder de instituições financeiras, vai usar o dinheiro para capitalizar empresas, inclusive as não-financeiras, mas não a indústria automobilística.
Paulson declarou que a situação da indústria automobilística está em estudo. Qualquer plano para recuperá-la terá de pensar em longo prazo, acrescentou. Só que a General Motors, que já foi a maior empresa do mundo, pode não chegar ao fim do ano.
O presidente eleito, Barack Obama, defende um apoio para a modernização tecnológica da indústria automobilística, que chamou de "espinha dorsal" do setor manufatureiro americano, e a fábricação de carros mais eficientes, que gastem menos energia e poluam menos.
A mudança de planos de Paulson aprofundou a queda na Bolsa de Nova Iorque. Foi mais um dia de perdas para o mercado, com a exceção da Bolsa de Xangai, na China, que subiu 1,5%, na contramão do resto do mundo.
No resto da Ásia, pesaram as quedas nas ações dos setores imobiliário, em Hong Kong, que perdeu 0,7%, e de petróleo na Bolsa de Tóquio, que caiu 1,3%.
Na Europa, o Banco da Inglaterra previu uma "forte contração" em 2009, com risco de deflação. O desemprego no Reino Unido chegou ao nível mais alto em 11 anos. Há 1,825 milhão de desempregados. A Alemanha, maior economia do continente, deve ficar estagnada no próximo ano.
Com a ameaça de uma recessão longa e profunda nos países ricos, estendendo-se por todo o ano de 2009, a Bolsa de Londres caiu 1,8%, Frankfurt 3% e Paris 3,1%. As maiores perdas incluíram os setores financeiro e varejista.
Nos Estados Unidos, a mão pesada do Tesouro, ao promover um desvio de rota, levantou a suspeita de que o governo americano está perdido no combate à crise.
O secretário Paulson fez questão de dizer que a economia está se estabilizando. Depois de tantas trapalhadas, o mercado desconfia.
A expectativa de uma recessão prolongada, capaz de ameaçar de falência megaempresas como a GM, derrubou a Bolsa de Nova Iorque. O índice Dow Jones perdeu 4,7%, o mais amplo S&P500 e a Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, mais de 5%.
ONU pede aumento da força de paz no Congo
O secretário-geral Ban Ki Moon fez um apelo hoje aos países-membros das Nações Unidas para que enviem pelo menos mais 3 mil soldados para reforçar a força de paz da ONU no Leste da República Democrática do Congo.
Depois de uma noite de combates que deixaram vários mortos, o primeiro vôo com ajuda americano chegou hoje à cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no Leste da República Democrática do Congo. O representante americano entregou os suprimentos ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que tem mais experiência para atuar numa das regiões mais perigosas do mundo.
Os corpos de rebeldes e soldados congoleses ficaram jogados ao longo das estradas. Há três meses, o Congresso Nacional de Defesa do Povo, liderado pelo general congolês renegado Laurent Nkunda, ataca o Exército do Congo e milícias aliadas que acusa de serem responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas em 1994 na vizinha Ruanda, como a Frente Democrática pela Libertação de Ruanda.
Cerca de 250 mil pessoas estão em fuga por causa desde reinício da guerra civil congolesa, também conhecida como a Primeira Guerra Mundial Africana, porque envolveu nove países e centenas de grupos irregulares, com um total de mortos estimado em 5,4 milhões, incluindo os casos de fome e doenças provocadas pela guerra.
Depois de uma noite de combates que deixaram vários mortos, o primeiro vôo com ajuda americano chegou hoje à cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no Leste da República Democrática do Congo. O representante americano entregou os suprimentos ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que tem mais experiência para atuar numa das regiões mais perigosas do mundo.
Os corpos de rebeldes e soldados congoleses ficaram jogados ao longo das estradas. Há três meses, o Congresso Nacional de Defesa do Povo, liderado pelo general congolês renegado Laurent Nkunda, ataca o Exército do Congo e milícias aliadas que acusa de serem responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas em 1994 na vizinha Ruanda, como a Frente Democrática pela Libertação de Ruanda.
Cerca de 250 mil pessoas estão em fuga por causa desde reinício da guerra civil congolesa, também conhecida como a Primeira Guerra Mundial Africana, porque envolveu nove países e centenas de grupos irregulares, com um total de mortos estimado em 5,4 milhões, incluindo os casos de fome e doenças provocadas pela guerra.
Fumo deve matar 100 milhões e chineses
Com 1,3 bilhão de habitantes, a China tem a maior população do mundo e também o maior contingente de fumantes. Até 2050, 100 milhões de chineses podem morrer de doenças ligadas ao fumo.
A Organização Mundial do Comércio estima em cerca de 350 milhões o total de chineses fumantes. Um de cada três cigarros é aceso na China.
Diante do risco para a saúde, o governo chinês iniciou uma campanha antitabagismo. Os hospitais públicos estão instalando clínicas para ajudar os chineses a se livrar do vício. A primeira condição é querer parar de fumar. E aí está o problema. Só 5% dos fumantes chineses quer largar o cigarro.
A Organização Mundial do Comércio estima em cerca de 350 milhões o total de chineses fumantes. Um de cada três cigarros é aceso na China.
Diante do risco para a saúde, o governo chinês iniciou uma campanha antitabagismo. Os hospitais públicos estão instalando clínicas para ajudar os chineses a se livrar do vício. A primeira condição é querer parar de fumar. E aí está o problema. Só 5% dos fumantes chineses quer largar o cigarro.
Consumo no varejo sobe 22% na China
Na contramão da crise financeira internacional, as vendas no varejo na China cresceram 22% em outubro, em comparação com o mesmo mês no ano passado. As vendas subiram para US$ 148 bilhões. Em setembro, tinham crescido 23,2% em relação a 2007.
A alta está perto do ritmo mais forte dos últimos nove anos. É um indicador de que talvez o consumo doméstico faça a quarta maior economia do mundo não cair em recessão.
Depois de crescer cinco anos a taxas superiores a 10%, a economia chinesa caiu para um ritmo de 9% ao ano no trimestre passado, um sintoma de contágio da crise financeira global.
O governo comunista chinês anunciou um plano de investimentos de US$ 586 bilhões para estimular o crescimento econômico com obras de infra-estrutura e a reconstrução das áreas abaladas pelo terremoto de 12 de maio de 2008 na província de Sichuã, no Sul da China.
Na Bolsa de Xangai, a única que subiu hoje entre as mais importantes do mundo, com alta de 1,5%, ganharam as ações da Volkswagen e da General Motors. As vendas de automóveis na China aumentaram 19,6% em outubro em comparação com o ano passado.
A alta está perto do ritmo mais forte dos últimos nove anos. É um indicador de que talvez o consumo doméstico faça a quarta maior economia do mundo não cair em recessão.
Depois de crescer cinco anos a taxas superiores a 10%, a economia chinesa caiu para um ritmo de 9% ao ano no trimestre passado, um sintoma de contágio da crise financeira global.
O governo comunista chinês anunciou um plano de investimentos de US$ 586 bilhões para estimular o crescimento econômico com obras de infra-estrutura e a reconstrução das áreas abaladas pelo terremoto de 12 de maio de 2008 na província de Sichuã, no Sul da China.
Na Bolsa de Xangai, a única que subiu hoje entre as mais importantes do mundo, com alta de 1,5%, ganharam as ações da Volkswagen e da General Motors. As vendas de automóveis na China aumentaram 19,6% em outubro em comparação com o ano passado.
Barriga aumenta risco de morte prematura
Uma barriga grande pode dobrar o risco de morrer prematuramente mesmo que o índice de massa corporal esteja dentro do que se considera normal, conclui um novo estudo feito com 350 mil pessoas na Europa e publicada hoje na prestigiada revista médica americana New England Journal of Medicine.
A pesquisa aponta fortes indícios de que armazenar um excesso de gordura ao redor da cintura é um risco significativo para a saúde, mesmo para quem não é obeso nem tem excesso de peso.
Ao fazer os exames no paciente, os médicos devem medir a cintura e os quadris, assim como o índice de massa corporal, sugerem os pesquisadores do Imperial College, de Londres, e o Instituto de Nutrição Humana de Potsdam, na Alemanha, entre outras instituições de pesquisa européias.
A cada 5 centímetros a mais de cintura, o risco aumenta 17% para os homens e 13% para as mulheres.
A pesquisa aponta fortes indícios de que armazenar um excesso de gordura ao redor da cintura é um risco significativo para a saúde, mesmo para quem não é obeso nem tem excesso de peso.
Ao fazer os exames no paciente, os médicos devem medir a cintura e os quadris, assim como o índice de massa corporal, sugerem os pesquisadores do Imperial College, de Londres, e o Instituto de Nutrição Humana de Potsdam, na Alemanha, entre outras instituições de pesquisa européias.
A cada 5 centímetros a mais de cintura, o risco aumenta 17% para os homens e 13% para as mulheres.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Egito descobre pirâmide de 4,3 mil anos
Mais uma pirâmide acaba de ser descoberta no Egito, a 118ª, perto da Pirâmide dos Degraus, a mais antiga de todas. Os arqueólogos que a encontraram acreditam que seja o túmulo da rainha Sechechete, mãe do faraó Téti (2323-2291AC), fundador da 6ª Dinastia, que governou o país há 4,3 mil anos.
Originalmente, a pirâmide tinha 14 metros de altura e cada lado da base, 22 metros. Foi identificada há dois meses, mas só hoje o Conselho Supremo do Patrimônio Histórico do Egito mostrou-a para jornalistas.
"Há mais de 20 anos venho escavando esta área", declarou o presidente do conselho, Zahi Hawass. "Tinha descoberto uma pirâmide da 5ª Dinastia e outra da principal rainha do faraó Téti. Outro dia escavamos mais uns 20 metros de areia e encontramos mais esta pirâmide".
Originalmente, a pirâmide tinha 14 metros de altura e cada lado da base, 22 metros. Foi identificada há dois meses, mas só hoje o Conselho Supremo do Patrimônio Histórico do Egito mostrou-a para jornalistas.
"Há mais de 20 anos venho escavando esta área", declarou o presidente do conselho, Zahi Hawass. "Tinha descoberto uma pirâmide da 5ª Dinastia e outra da principal rainha do faraó Téti. Outro dia escavamos mais uns 20 metros de areia e encontramos mais esta pirâmide".
Banco Mundial dá crédito até US$ 100 bilhões
O Banco Mundial anunciou hoje o aumento para US$ 100 bilhões do total disponível para dar empréstimos a países em desenvolvimento que tenham problemas com a primeira grande crise econômica do século 21.
"A crise financeira global veio logo depois das crises dos alimentos e do petróleo", observou em Washington o presidente do banco, Robert Zoellick, ex-subsecretário de Estado americano. "Deve atingir em cheio os emergentes mais pobres".
Ao revisar suas previsões para 2009, o Banco Mundial rebaixou sua expectativa de crescimento para os emergentes de 6,4% para 4,5%. O Fundo Monetário Internacional reduziu de 6,1% para 5,1%.
"A crise financeira global veio logo depois das crises dos alimentos e do petróleo", observou em Washington o presidente do banco, Robert Zoellick, ex-subsecretário de Estado americano. "Deve atingir em cheio os emergentes mais pobres".
Ao revisar suas previsões para 2009, o Banco Mundial rebaixou sua expectativa de crescimento para os emergentes de 6,4% para 4,5%. O Fundo Monetário Internacional reduziu de 6,1% para 5,1%.
China tem saldo comercial recorde
Apesar da crise, a China bateu novo recorde de saldo comercial. Em outubro, o país que mais cresceu no mundo nas últimas três décadas exportou US$ 35,24 bilhões a mais do que importou.
Desde janeiro, o superávit comercial acumulado pela China é de US$ 216 milhões. Mas os economistas acreditam que logo o peso da crise financeira global será sentido na balança comercial chinesa.
Desde janeiro, o superávit comercial acumulado pela China é de US$ 216 milhões. Mas os economistas acreditam que logo o peso da crise financeira global será sentido na balança comercial chinesa.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Obama vai à Casa Branca como presidente eleito
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua família foram recebidos hoje pelo presidente George Walker Bush e família e conheceram a Casa Branca, onde passam a morar a partir de 20 de janeiro de 2009.
Obama nunca havia estado no Salão Oval, onde o presidente dos EUA trabalha.
As duas partes descreveram o encontro como produtivo e não comentaram a notícia de que Obama pretende mudar imediatamente depois da posse diversas políticas de Bush nas áreas ambiental, de defesa, como no tratamento de presos de guerra, na prisão da base naval de Guantânamo, em Cuba.
Obama nunca havia estado no Salão Oval, onde o presidente dos EUA trabalha.
As duas partes descreveram o encontro como produtivo e não comentaram a notícia de que Obama pretende mudar imediatamente depois da posse diversas políticas de Bush nas áreas ambiental, de defesa, como no tratamento de presos de guerra, na prisão da base naval de Guantânamo, em Cuba.
Fitch rebaixa quatro emergentes
Com o agravamento da crise, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou hoje quatro países emergentes - Hungria, Romênia, Bulgária e a ex-república soviética do Casaquistão.
A agência também reduziu de estáveis para negativas as expectativas da África do Sul, da Coréia do Sul, do México e da Rússia por causa da "profunda deterioração" da perspectiva global e ameaça significativa que isso representa para as finanças de países emergentes. O Chile e a Malásia caíram de positivo para estável.
"Os fluxos de capital e financiamento para os países emergentes serão restringidos e mais caros", observou David Riley, chefe do grupo de dívida soberana da Fitch. "Quem tiver grandes déficits de conta corrente e maior necessidade de financiamento externo vai sofrer mais."
Leia mais no Financial Times.
A agência também reduziu de estáveis para negativas as expectativas da África do Sul, da Coréia do Sul, do México e da Rússia por causa da "profunda deterioração" da perspectiva global e ameaça significativa que isso representa para as finanças de países emergentes. O Chile e a Malásia caíram de positivo para estável.
"Os fluxos de capital e financiamento para os países emergentes serão restringidos e mais caros", observou David Riley, chefe do grupo de dívida soberana da Fitch. "Quem tiver grandes déficits de conta corrente e maior necessidade de financiamento externo vai sofrer mais."
Leia mais no Financial Times.
Morre Miriam Makeba, a Mama África
A cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida como Mama África, morreu hoje aos 76 anos. Ela teve um ataque cardíaco depois de um show em Caserta, na Itália.
Miriam Makeba nasceu em 1932 na periferia de Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul, e começou a fazer sucesso nos anos 50. Sua música mais conhecida foi Pata Pata, ouvida no mundo inteiro nos anos 60.
Em 1963, quando tentava voltar para casa, ela descobriu que o regime segregacionista da minoria branca sul-africana lhe cassara o passaporte. Miriam Makeba foi obrigada a viver no exterior. Não pôde entrar na África do Sul nem para o enterro da mãe, mais uma crueldade cometida pelo regime do apartheid.
No exílio, morou nos Estados Unidos, na França, na Bélgica e na Guiné. Foi casada com o ativista negro radical Stokely Carmichael, líder dos Panteras Negras, e com o trumpetista de jazz sul-africano Hugh Masekela.
Depois que Nelson Mandela foi libertado, em 1991, negociou a democratização da África do Sul e a transição para um regime da maioria negra, ele convidou Miriam Makeba para voltar ao país. Só então ela pôde se sentar no túmulo da mãe e dizer algumas palavras de despedida.
Mas continuou viajando pelo mundo e fazendo o que mais gostava de fazer, cantar, até o fim de uma vida que fez História.
Miriam Makeba nasceu em 1932 na periferia de Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul, e começou a fazer sucesso nos anos 50. Sua música mais conhecida foi Pata Pata, ouvida no mundo inteiro nos anos 60.
Em 1963, quando tentava voltar para casa, ela descobriu que o regime segregacionista da minoria branca sul-africana lhe cassara o passaporte. Miriam Makeba foi obrigada a viver no exterior. Não pôde entrar na África do Sul nem para o enterro da mãe, mais uma crueldade cometida pelo regime do apartheid.
No exílio, morou nos Estados Unidos, na França, na Bélgica e na Guiné. Foi casada com o ativista negro radical Stokely Carmichael, líder dos Panteras Negras, e com o trumpetista de jazz sul-africano Hugh Masekela.
Depois que Nelson Mandela foi libertado, em 1991, negociou a democratização da África do Sul e a transição para um regime da maioria negra, ele convidou Miriam Makeba para voltar ao país. Só então ela pôde se sentar no túmulo da mãe e dizer algumas palavras de despedida.
Mas continuou viajando pelo mundo e fazendo o que mais gostava de fazer, cantar, até o fim de uma vida que fez História.
Os canhões silenciaram-se há 90 anos
Amanhã, faz 90 anos do fim da Primeira Guerra Mundial, o conflito que marca o fim da inocência, da guerra como um ato heróico. É a guerra industrial. Milhões de soldados são enviados de trem às frentes de combate. Os bombardeios de artilharia são intensos.
Foi uma guerra de trincheiras e bombardeio com poucos avanços na frente ocidental, entre Alemanha e Norte da França e Bélgica. Começou quando o estudante radical sérvio Gravilo Princip matou o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, na época parte da Sérvia, em 28 de junho de 1914.
A Sérvia era aliada da França, da Grã-Bretanha e da Rússia, a Tríplice Entente. O Império Austro-Húngaro, do Império Alemão e da Itália, na Tríplice Aliança, que depois receberia a adesão do Império Otomano.
A guerra começa um mês depois. Durou mais de quatro anos. Cerca de 20 milhões de pessoas morreram. Mais 10 milhões morreriam da gripe espanhola, uma conseqüência da Grande Guerra.
Em 1917, ano em que os EUA entram na guerra, tornando-se uma potência mundial, é também o ano da Revolução Russa, outra conseqüência da Primeira Guerra Mundial. A desmoralização do Exército czarista e as privações domésticas armaram o cenário para a revolução. Entram em cena as superpotências que dominaram a História na segunda metade do século 20.
O Brasil entrou na guerra, em 1917, ao lado dos EUA.
Por fim, “a guerra para acabar com todas as guerras”, como dizia a propaganda do governo Woodrow Wilson para justificar a intervenção americana, terminou com a paz para acabar com todas as pazes. A Paz de Verselhas (1919) impôs humilhações à Alemanha que fomentaram a ascensão do nazismo.
Os canhões foram silenciados às 11h de 11 de novembro de 1918. Era o fim da primeira parte da grande guerra civil européia, que continuaria de 1939 a 1945. O continente que era o centro da cultura e da civilização se autodestruiu em duas guerras mundiais e se reinventou como Comunidade Européia para acabar com a guerra entre a França e a Alemanha, e resolver pacificamente os conflitos entre seus países-membros.
Foi uma guerra de trincheiras e bombardeio com poucos avanços na frente ocidental, entre Alemanha e Norte da França e Bélgica. Começou quando o estudante radical sérvio Gravilo Princip matou o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, na época parte da Sérvia, em 28 de junho de 1914.
A Sérvia era aliada da França, da Grã-Bretanha e da Rússia, a Tríplice Entente. O Império Austro-Húngaro, do Império Alemão e da Itália, na Tríplice Aliança, que depois receberia a adesão do Império Otomano.
A guerra começa um mês depois. Durou mais de quatro anos. Cerca de 20 milhões de pessoas morreram. Mais 10 milhões morreriam da gripe espanhola, uma conseqüência da Grande Guerra.
Em 1917, ano em que os EUA entram na guerra, tornando-se uma potência mundial, é também o ano da Revolução Russa, outra conseqüência da Primeira Guerra Mundial. A desmoralização do Exército czarista e as privações domésticas armaram o cenário para a revolução. Entram em cena as superpotências que dominaram a História na segunda metade do século 20.
O Brasil entrou na guerra, em 1917, ao lado dos EUA.
Por fim, “a guerra para acabar com todas as guerras”, como dizia a propaganda do governo Woodrow Wilson para justificar a intervenção americana, terminou com a paz para acabar com todas as pazes. A Paz de Verselhas (1919) impôs humilhações à Alemanha que fomentaram a ascensão do nazismo.
Os canhões foram silenciados às 11h de 11 de novembro de 1918. Era o fim da primeira parte da grande guerra civil européia, que continuaria de 1939 a 1945. O continente que era o centro da cultura e da civilização se autodestruiu em duas guerras mundiais e se reinventou como Comunidade Européia para acabar com a guerra entre a França e a Alemanha, e resolver pacificamente os conflitos entre seus países-membros.
domingo, 9 de novembro de 2008
Congo acusa rebeldes de violar trégua
Os rebeldes do Congresso Nacional pela Defesa do Povo não estão honrando o cessar-fogo declarado por seu líder, o general renegado Laurent Nkunda, denunciou neste domingo o ministro das Comunicações, Lambert Mende Omalanga. Dezenas de soldados e civis congoleses teriam sido mortos, apesar do anúncio de uma trégua.
"É claro que o cessar-fogo foi rompido", declarou Omalanga à rede de televisão americana CNN. "Estão matando e saqueando".
Pelo menos 200 pessoas teriam sido mortas na semana passada.
"É claro que o cessar-fogo foi rompido", declarou Omalanga à rede de televisão americana CNN. "Estão matando e saqueando".
Pelo menos 200 pessoas teriam sido mortas na semana passada.
ONU investiga crimes de guerra no Congo
A morte de 26 pessoas na última explosão de violência na República Democrática do Congo pode ter sido um crime de guerra, se forem todos civis inocentes, declarou hoje o porta-voz da força de paz das Nações Unidas no país, a maior do mundo.
Ainda não se sabe com certeza quem foi responsável pelas mortes na vila de Kiwanja. Residentes da localidade acusaram os rebeldes de matar civis suspeitos de colaborar com o Exército do Congo.
"Alguns eram combatentes, outros não", declarou em Kinshasa o porta-voz Madnodje Mounoubai. "Se ficar comprovado que eles não foram pegos no fogo-cruzada, que foram tirados de suas casas para interrogatório e mortos, isso caracterizaria um crime de guerra".
Na sexta-feira, uma reunião de cúpula de líderes africanos de que participou o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, exigiu um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores de ajuda humanitária.
A guerra civil congolesa recomeçou no final de agosto, quando forças rebeldes lideradas pelo general Laurent Nkunda entraram em conflito com o Exército do Congo e milícias que Nkunda acusa de serem remanescentes dos responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas em 1994 em Ruanda.
Ainda não se sabe com certeza quem foi responsável pelas mortes na vila de Kiwanja. Residentes da localidade acusaram os rebeldes de matar civis suspeitos de colaborar com o Exército do Congo.
"Alguns eram combatentes, outros não", declarou em Kinshasa o porta-voz Madnodje Mounoubai. "Se ficar comprovado que eles não foram pegos no fogo-cruzada, que foram tirados de suas casas para interrogatório e mortos, isso caracterizaria um crime de guerra".
Na sexta-feira, uma reunião de cúpula de líderes africanos de que participou o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, exigiu um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores de ajuda humanitária.
A guerra civil congolesa recomeçou no final de agosto, quando forças rebeldes lideradas pelo general Laurent Nkunda entraram em conflito com o Exército do Congo e milícias que Nkunda acusa de serem remanescentes dos responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas em 1994 em Ruanda.
China anuncia estímulo de US$ 586 bilhões
Para manter o crescimento econômico diante da crise financeira global, o governo da China vai investir até 2010 4 trilhões de iuãs, o equivalente a cerca de US$ 586 bilhões, principalmente em obras de infra-estrutura.
A China, país que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos, é uma das grandes esperanças para que o mundo não caia em recessão (crescimento negativo ou queda na produção). Seu ritmo de crescimento foi abalado pela crise financeira global.
Em 2007, a China cresceu 11,9%, mas no último trimeste a um ritmo anual de 9% ao ano, o mais fraco dos últimos cinco anos.
Leia mais no Wall Street Journal.
A China, país que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos, é uma das grandes esperanças para que o mundo não caia em recessão (crescimento negativo ou queda na produção). Seu ritmo de crescimento foi abalado pela crise financeira global.
Em 2007, a China cresceu 11,9%, mas no último trimeste a um ritmo anual de 9% ao ano, o mais fraco dos últimos cinco anos.
Leia mais no Wall Street Journal.
Acidente mata 20 em submarino nuclear russo
Mais de 20 marinheiros e trabalhadores da indústria naval morreram neste domingo, 9 de novembro de 2008, em um acidente a bordo de um submarino nuclear russo no Oceano Pacífico, revelou em Moscou a Marinha da Rússia.
Outras 21 pessoas ficaram feridas. Foram resgatadas por um navio que escoltava o submarino.
O reator nuclear do submarino funcionava normalmente e os níveis de radiação eram normais, declarou o porta-voz da Marinha, capitão Igor Dygalo. Mas um sistema antiincêndio entrou em operação por erro.
A Marinha da Rússia entrou em decadência no fim da União Soviética e sofreu graves acidentes. O pior foi a tragédia do submarino Kursk, que afundou no Ártico, matando todas 118 pessoas a bordo, em 2000.
Dentro da política de resgatar o poder imperial perdido com o colapso do comunismo e da URSS, o ex-presidente e agora primeiro-ministro Vladimir Putin quer modernizar e reequipar as Forças Armadas.
Dez anos depois do colapso do rublo na seqüência da crise asiática, a Rússia enriqueceu com a alta nos preços do petróleo e de outros produtos primários, equilibrou as contas públicas e acumulou reservas cambiais em moedas fortes de US$ 515 bilhões.
Com a autoconfiança restaurada, o Kremlin mandou um grupo naval para participar da manobras conjuntas com a Venezuela, perto do litoral dos Estados Unidos, neste mês de novembro de 2008.
Quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, fez o convite, os americanos ironizaram dizendo que a Marinha da Rússia não tem muitos navios em condições de realizar uma viagem dessas, desprezando a força naval russa.
O acidente mostra que a modernização das Forças Armadas da Rússia ainda é um desafio, um sonho distante para um Putin cada vez mais autoritário. A Rússia foi o único país que teve uma reação agressiva diante da eleição de Barack Obama.
Aqui na América Latina, os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez, que tinham expulsado os embaixadores americanos, manifestaram a intenção de reatar relações com Washington no governo Obama.
A Rússia ameaçou instalar mísseis em Kaliningrado, um enclave no Mar Báltico entre a Polônia e a Lituânia. A cidade nasceu em 1255 como Koenigsberg. Era parte da Prússia Oriental.
Lá nasceu e viveu o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804).
Em 1946, sob ocupação da União Soviética, foi rebatizada Kaliningrado em homenagem póstuma a Mikhail Kalinin, que era um dos bolcheviques que tinham lutado na Revolução de Outubro, em 1917, e chegou a presidente do Presidium do Soviete Supremo da URSS.
Uma cabeça de praia no Báltico, Kaliningrado era base da Frota do Báltico da URSS durante a Guerra Fria.
Outras 21 pessoas ficaram feridas. Foram resgatadas por um navio que escoltava o submarino.
O reator nuclear do submarino funcionava normalmente e os níveis de radiação eram normais, declarou o porta-voz da Marinha, capitão Igor Dygalo. Mas um sistema antiincêndio entrou em operação por erro.
A Marinha da Rússia entrou em decadência no fim da União Soviética e sofreu graves acidentes. O pior foi a tragédia do submarino Kursk, que afundou no Ártico, matando todas 118 pessoas a bordo, em 2000.
Dentro da política de resgatar o poder imperial perdido com o colapso do comunismo e da URSS, o ex-presidente e agora primeiro-ministro Vladimir Putin quer modernizar e reequipar as Forças Armadas.
Dez anos depois do colapso do rublo na seqüência da crise asiática, a Rússia enriqueceu com a alta nos preços do petróleo e de outros produtos primários, equilibrou as contas públicas e acumulou reservas cambiais em moedas fortes de US$ 515 bilhões.
Com a autoconfiança restaurada, o Kremlin mandou um grupo naval para participar da manobras conjuntas com a Venezuela, perto do litoral dos Estados Unidos, neste mês de novembro de 2008.
Quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, fez o convite, os americanos ironizaram dizendo que a Marinha da Rússia não tem muitos navios em condições de realizar uma viagem dessas, desprezando a força naval russa.
O acidente mostra que a modernização das Forças Armadas da Rússia ainda é um desafio, um sonho distante para um Putin cada vez mais autoritário. A Rússia foi o único país que teve uma reação agressiva diante da eleição de Barack Obama.
Aqui na América Latina, os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez, que tinham expulsado os embaixadores americanos, manifestaram a intenção de reatar relações com Washington no governo Obama.
A Rússia ameaçou instalar mísseis em Kaliningrado, um enclave no Mar Báltico entre a Polônia e a Lituânia. A cidade nasceu em 1255 como Koenigsberg. Era parte da Prússia Oriental.
Lá nasceu e viveu o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804).
Em 1946, sob ocupação da União Soviética, foi rebatizada Kaliningrado em homenagem póstuma a Mikhail Kalinin, que era um dos bolcheviques que tinham lutado na Revolução de Outubro, em 1917, e chegou a presidente do Presidium do Soviete Supremo da URSS.
Uma cabeça de praia no Báltico, Kaliningrado era base da Frota do Báltico da URSS durante a Guerra Fria.
sábado, 8 de novembro de 2008
Irã repudia declarações de Obama
O presidente do Majlis, o parlamento iraniano, Ali Larijani, criticou as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, considerando inaceitável que o Irã tenha armas nucleares.
"Obama precisa entender que a mudança de que ele fala não pode ser apenas uma troca superficial de cores ou táticas", reagiu Larijani, que era o principal negociador iraniano. "O que se espera é uma mudança de estratégia, não uma repetição das objeções ao programa nuclear iraniano, que é dar um passo na direção errada."
Além de rejeitar a possibilidade de um Irã com armas atômicas, o novo presidente americano advertiu o Irã de que precisa parar de apoiar o terrorismo.
A resposta iraniana foi dura: "Você deve saber que não pode impedir a República Islâmica de atingir seus objetivos".
É o maior desafio de política externa do presidente eleito. Os EUA e a União Européia estão convencidos de que o programa nuclear iraniano estão desenvolvendo armas atômicas.
Além da ameaça a Israel, que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou diversas vezes
"varrer Israel do mapa", um Irã com armas nucleares cria mais dois problemas:
1. As outras potências regionais do Oriente Médio, Egito, Turquia e Síria, também vão querer a bomba. Isso deflagraria uma corrida nuclear no Oriente Médio.
2. O maior ameaça à segurança nacional dos EUA não vem de Estados Nacionais, mas de grupos terroristas como a rede Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden. O risco é que a tecnologia nuclear ou que uma arma, mesmo rudimentar, caia nas mãos de terroristas dispostos a usá-la. Com uma corrida nuclear no Oriente Médio, esse risco é ampliado.
"Obama precisa entender que a mudança de que ele fala não pode ser apenas uma troca superficial de cores ou táticas", reagiu Larijani, que era o principal negociador iraniano. "O que se espera é uma mudança de estratégia, não uma repetição das objeções ao programa nuclear iraniano, que é dar um passo na direção errada."
Além de rejeitar a possibilidade de um Irã com armas atômicas, o novo presidente americano advertiu o Irã de que precisa parar de apoiar o terrorismo.
A resposta iraniana foi dura: "Você deve saber que não pode impedir a República Islâmica de atingir seus objetivos".
É o maior desafio de política externa do presidente eleito. Os EUA e a União Européia estão convencidos de que o programa nuclear iraniano estão desenvolvendo armas atômicas.
Além da ameaça a Israel, que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou diversas vezes
"varrer Israel do mapa", um Irã com armas nucleares cria mais dois problemas:
1. As outras potências regionais do Oriente Médio, Egito, Turquia e Síria, também vão querer a bomba. Isso deflagraria uma corrida nuclear no Oriente Médio.
2. O maior ameaça à segurança nacional dos EUA não vem de Estados Nacionais, mas de grupos terroristas como a rede Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden. O risco é que a tecnologia nuclear ou que uma arma, mesmo rudimentar, caia nas mãos de terroristas dispostos a usá-la. Com uma corrida nuclear no Oriente Médio, esse risco é ampliado.
Espanha deporta filho de Ben Laden
A Espanha deportou Omar ben Laden, filho do terrorista mais famoso do mundo, para o Egito, afirmando não haver provas de que a vida dele esteja em perigo para justificar a concessão de asilo político, informou hoje o Ministério do Interior espanhol.
Omar ben Laden se apresenta como um pacifista interessado em participar de esforços para controlar o terrorismo de seu pai, Ossama ben Laden, a quem já pediu publicamente para abandonar o terrorismo.
Apesar de ser casado com uma britânica, seu pedido de asilo foi rejeitado no Reino Unido sob o argumento de que sua presença no país poderia causar "perturbações da ordem pública".
Neste sábado, ele foi enviado para o Cairo, a capital egípcia.
Omar ben Laden se apresenta como um pacifista interessado em participar de esforços para controlar o terrorismo de seu pai, Ossama ben Laden, a quem já pediu publicamente para abandonar o terrorismo.
Apesar de ser casado com uma britânica, seu pedido de asilo foi rejeitado no Reino Unido sob o argumento de que sua presença no país poderia causar "perturbações da ordem pública".
Neste sábado, ele foi enviado para o Cairo, a capital egípcia.
Indonésia executa terroristas de Báli
O governo da Indonésia anunciou hoje a execução de três condenados pelo atentado terrorista contra um bar, restaurante e discoteca na ilha de Báli, em 12 de outubro de 2002.
Um ano, um mês e um dia depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, os fundamentalistas muçulmanos atacaram a paradisíaca ilha indonésia, muito freqüentada por surfistas e turistas ocidentais e da Austrália, país que deu o grosso da força de paz das Nações Unidas estacionada no Timor Leste, que obteve a independência em 1999, depois de ser ocupado pela Indonésia por 24 anos.
Pelo menos 202 pessoas morreram no atentado terrorista em Báli, inclusive um brasileiro.
Um ano, um mês e um dia depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, os fundamentalistas muçulmanos atacaram a paradisíaca ilha indonésia, muito freqüentada por surfistas e turistas ocidentais e da Austrália, país que deu o grosso da força de paz das Nações Unidas estacionada no Timor Leste, que obteve a independência em 1999, depois de ser ocupado pela Indonésia por 24 anos.
Pelo menos 202 pessoas morreram no atentado terrorista em Báli, inclusive um brasileiro.
Escola desaba no Haiti e mata 82 pessoas
O colapso de uma escola nos arredores de Porto Príncipe, a capital do Haiti, em hora de aula matou pelo menos 82 pessoas na sexta-feira, 7 de dezembro de 2008.
A força de paz das Nações Unidas, liderada pelo Brasil, participa da operação de resgate. Acredita-se que haja muita gente soterrada.
A força de paz das Nações Unidas, liderada pelo Brasil, participa da operação de resgate. Acredita-se que haja muita gente soterrada.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Africanos exigem cessar-fogo no Congo
Os líderes africanos, reunidos em reunião de cúpula de emergência em Nairóbi, no Quênia, com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, exigiram hoje um cessar-fogo no Leste da República Democrática do Congo.
Como anfitrião do encontro, o ministro das Relações Exteriores do Quênia, Moses Wetangula, insistiu em que "precisa haver um cessar-fogo imediato na província de Kivu do Norte".
Para mediar as negociações de paz, o presidente da Tanzânia e da União Africana, Jakaya Kikwete, indicou o ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, pacificador da guerra civil em Biafra (1967-70), uma das tragédias africanas. Caberá a ele entrar em contato com o líder rebelde, general Laurent Nkunda, chefe do Congresso Nacional pela Defesa do Congo.
Nkunda justifica a atual ofensiva contra o Exército do Congo, iniciada em agosto, alegando que os militares congoleses estão protegendo os responsáveis pelo genocídio de 1994 em Ruanda, quando 800 mil pessoas foram mortas pelo Exército e milícias do governo que estava sendo derrotado.
Em Kibati, no Leste do Congo, milhares de pessoas fugiram do reinício dos combates. Os refugiados denunciam atrocidades. Acusam os rebeldes de bater de casa em casa para matar homens adultos que possam se transformar em combatentes.
Como anfitrião do encontro, o ministro das Relações Exteriores do Quênia, Moses Wetangula, insistiu em que "precisa haver um cessar-fogo imediato na província de Kivu do Norte".
Para mediar as negociações de paz, o presidente da Tanzânia e da União Africana, Jakaya Kikwete, indicou o ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, pacificador da guerra civil em Biafra (1967-70), uma das tragédias africanas. Caberá a ele entrar em contato com o líder rebelde, general Laurent Nkunda, chefe do Congresso Nacional pela Defesa do Congo.
Nkunda justifica a atual ofensiva contra o Exército do Congo, iniciada em agosto, alegando que os militares congoleses estão protegendo os responsáveis pelo genocídio de 1994 em Ruanda, quando 800 mil pessoas foram mortas pelo Exército e milícias do governo que estava sendo derrotado.
Em Kibati, no Leste do Congo, milhares de pessoas fugiram do reinício dos combates. Os refugiados denunciam atrocidades. Acusam os rebeldes de bater de casa em casa para matar homens adultos que possam se transformar em combatentes.
Obama pede pressa com pacote de estímulo
Na sua primeira entrevista coletiva como presidente eleito dos Estados Unidos, o senador Barack Obama declarou que gostaria de ver um plano de estímulo econômico aprovado antes da sua posse, em 20 de janeiro. Suas prioridades serão a retomada do crescimento e do emprego. Nos dois últimos meses, a economia americana perdeu 524 mil empregos.
Obama falou no fim da tarde e fez questão de deixar claro que os EUA têm um só presidente de cada vez. Ele toma posse em 20 de janeiro e já conversou com todos os ex-presidentes vivos: Jimmy Carter, George Bush sr., George W. Bush e Bill Clinton. Na segunda, a família Obama será recebida na Casa Branca pelos Bush.
Depois de dizer que "uma crise global exige uma resposta global", o novo presidente americano afirmou que "a indústria automobilística é a espinha dorsal do setor manufatureiro dos EUA" e prometeu ajudar as fábricas de automóveis a se modernizarem e investirem em eficiência energética. Também ficou de garantir a estabilidade do mercado financeiro sem beneficiar os executivos responsáveis pela crise e ajudar os mutuários ameaçados de perder as casas que estão comprando.
O presidente eleito disse ainda que os EUA são um país forte, com grande capacidade de recuperação, e defendeu a aprovação de "um pacote de estímulo econômico antes ou depois da posse" para restabelecer a confiança do consumidor.
"Quero ver um pacote de estímulo aprovado logo", acrescentou, respondendo à primeira pergunta dos repórteres.
Como ele se comprometeu na campanha a negociar diretamente com inimigos dos EUA e recebeu uma carta do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a próxima questão foi sobre como Obama pretende se aproximar do Irã: "Um Irã com armas nucleares é inaceitável. O Irã deve parar de apoiar o terrorismo. A carta de Ahmadinejad terá uma resposta adequada", respondeu o presidente eleito, com visível cautela.
Ele agradeceu o convite de Bush para visitar a Casa Branca e, reconhecendo a gravidade da situação econômica, reiterou o compromisso de tomar iniciativas bipartidárias: "O povo americano precisa de ajuda. A situação está mal. Precisamos fazer a economia avançar".
Ao contrário do que se esperava ontem, Obama não indicou nenhum novo nome para o futuro governo durante a entrevista coletiva, mas garantiu que terá "uma equipe de primeira". Já escolheu o chefe da Casa Civil da Casa Branca, o deputado Rahm Emanuel, conhecido pelo apelido de Rambo.
Sua indicação gerou protestos do Partido Republicano, que alegou que Rambo não é o nome ideal para incentivar ações bipartidárias.
Obama não quis comentar o primeiro relatório dos serviços secretos que recebeu como futuro presidente.
Obama falou no fim da tarde e fez questão de deixar claro que os EUA têm um só presidente de cada vez. Ele toma posse em 20 de janeiro e já conversou com todos os ex-presidentes vivos: Jimmy Carter, George Bush sr., George W. Bush e Bill Clinton. Na segunda, a família Obama será recebida na Casa Branca pelos Bush.
Depois de dizer que "uma crise global exige uma resposta global", o novo presidente americano afirmou que "a indústria automobilística é a espinha dorsal do setor manufatureiro dos EUA" e prometeu ajudar as fábricas de automóveis a se modernizarem e investirem em eficiência energética. Também ficou de garantir a estabilidade do mercado financeiro sem beneficiar os executivos responsáveis pela crise e ajudar os mutuários ameaçados de perder as casas que estão comprando.
O presidente eleito disse ainda que os EUA são um país forte, com grande capacidade de recuperação, e defendeu a aprovação de "um pacote de estímulo econômico antes ou depois da posse" para restabelecer a confiança do consumidor.
"Quero ver um pacote de estímulo aprovado logo", acrescentou, respondendo à primeira pergunta dos repórteres.
Como ele se comprometeu na campanha a negociar diretamente com inimigos dos EUA e recebeu uma carta do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a próxima questão foi sobre como Obama pretende se aproximar do Irã: "Um Irã com armas nucleares é inaceitável. O Irã deve parar de apoiar o terrorismo. A carta de Ahmadinejad terá uma resposta adequada", respondeu o presidente eleito, com visível cautela.
Ele agradeceu o convite de Bush para visitar a Casa Branca e, reconhecendo a gravidade da situação econômica, reiterou o compromisso de tomar iniciativas bipartidárias: "O povo americano precisa de ajuda. A situação está mal. Precisamos fazer a economia avançar".
Ao contrário do que se esperava ontem, Obama não indicou nenhum novo nome para o futuro governo durante a entrevista coletiva, mas garantiu que terá "uma equipe de primeira". Já escolheu o chefe da Casa Civil da Casa Branca, o deputado Rahm Emanuel, conhecido pelo apelido de Rambo.
Sua indicação gerou protestos do Partido Republicano, que alegou que Rambo não é o nome ideal para incentivar ações bipartidárias.
Obama não quis comentar o primeiro relatório dos serviços secretos que recebeu como futuro presidente.
EUA perdem mais 240 mil empregos
O relatório sobre o emprego em outubro, divulgado hoje de manhã pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, revela que o país destruiu 240 mil vagas a mais do que criou no mês passado, 40 mil a mais do que o mercado esperava. A taxa de desemprego subiu de 6,1% para 6,5%.
Pior ainda: os dados sobre o mês de setembro foram revisados e mostraram uma situação ainda pior. Em vez de 159 mil empregos, a maior economia do mundo perdeu 284 mil vagas em setembro.
Desde o início do ano, os americanos perderam 1,2 milhão de empregos.
Pior ainda: os dados sobre o mês de setembro foram revisados e mostraram uma situação ainda pior. Em vez de 159 mil empregos, a maior economia do mundo perdeu 284 mil vagas em setembro.
Desde o início do ano, os americanos perderam 1,2 milhão de empregos.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
FMI prevê recessão nos países ricos
Ao atualizar sua Perspectiva Econômica Mundial para 2009, o Fundo Monetário Internacional previu uma recessão nos países ricos, que devem produzir 0,3% ao longo do próximo ano, e crescimento de 5,1% para os países emergentes. Na previsão anterior, os ricos cresceriam 0,5% e os emergentes um ponto percentual a mais.
Pelas previsões apresentadas hoje em Washington pelo economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, o produto interno bruto dos Estados Unidos deve cair 0,7% em 2009.
Para os grandes emergentes, a previsão é de 8,5% para a China, 6,3% para a Índia e 3% para o Brasil.
O Fundo resolveu revisar sua perspectiva para 2009, apresentada em outubro, tendo em vista a "forte deterioração" econômica registrada em outubro.
Pelas previsões apresentadas hoje em Washington pelo economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, o produto interno bruto dos Estados Unidos deve cair 0,7% em 2009.
Para os grandes emergentes, a previsão é de 8,5% para a China, 6,3% para a Índia e 3% para o Brasil.
O Fundo resolveu revisar sua perspectiva para 2009, apresentada em outubro, tendo em vista a "forte deterioração" econômica registrada em outubro.
Bolsas voltam a cair no mundo inteiro
Apesar dos cortes nas taxas de juros na Europa, as bolsas do mundo inteiro voltaram a sofrer forte quedas hoje.
No Japão, o alerta da fábrica de automóveis Toyota de uma queda de 56% nos lucros deste ano fez a Bolsa de Tóquio cair 6,5%. Seul perdeu 7,6% e Hong Kong 7,1%, entre outras razões por causa da queda de encomendas do exterior para a indústria chinesa, especialmente no setor de brinquedos.
Em Frankfurt, o Banco Central da Europa cortou a taxa básica de juros em meio ponto percentual para 3,25% ao ano. O Banco da Inglaterra fez um corte de um ponto e meio, baixando sua taxa básica para 3% ao ano, a menor taxa em 53 anos, alegando que a crise bancária é a pior em um século
O mercado, temendo que a situação real seja ainda mais grave, derrubou a Bolsa de Londres em 5,7%, a de Frankfurt em 6,8% e a de Paris em 6,4%.
Nos Estados Unidos, a Cisco, que vende sistemas de computadores, previu uma queda de 5% a 10% nas vendas. A Bolsa de Nova Iorque caiu 4,8 por cento e o barril de petróleo baixou para US$ 61.
No Japão, o alerta da fábrica de automóveis Toyota de uma queda de 56% nos lucros deste ano fez a Bolsa de Tóquio cair 6,5%. Seul perdeu 7,6% e Hong Kong 7,1%, entre outras razões por causa da queda de encomendas do exterior para a indústria chinesa, especialmente no setor de brinquedos.
Em Frankfurt, o Banco Central da Europa cortou a taxa básica de juros em meio ponto percentual para 3,25% ao ano. O Banco da Inglaterra fez um corte de um ponto e meio, baixando sua taxa básica para 3% ao ano, a menor taxa em 53 anos, alegando que a crise bancária é a pior em um século
O mercado, temendo que a situação real seja ainda mais grave, derrubou a Bolsa de Londres em 5,7%, a de Frankfurt em 6,8% e a de Paris em 6,4%.
Nos Estados Unidos, a Cisco, que vende sistemas de computadores, previu uma queda de 5% a 10% nas vendas. A Bolsa de Nova Iorque caiu 4,8 por cento e o barril de petróleo baixou para US$ 61.
Europa corta taxas de juros
O Banco da Inglaterra surpreendeu o mercado e cortou sua taxa básica de juro em 1,5 ponto percentual para 3% ao ano, a menor taxa desde 1955, pouco depois do fim do racionamento que se seguiu à Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Já o Banco Central da Europa reduziu sua taxa básica em 0,5 ponto percentual para 3,25% ao ano. O presidente Jean-Claude Trichet foi obrigado a reiterar que o BCE não vai descuidar da inflação, sua preocupação central.
Na Suíça e na República Tcheca, os bancos centrais também cortaram os juros.
Já o Banco Central da Europa reduziu sua taxa básica em 0,5 ponto percentual para 3,25% ao ano. O presidente Jean-Claude Trichet foi obrigado a reiterar que o BCE não vai descuidar da inflação, sua preocupação central.
Na Suíça e na República Tcheca, os bancos centrais também cortaram os juros.
Obama planeja ações de impacto
O presidente eleito dos Estados Unidos, senador Barack Obama, convidou ontem o deputado Rahm Emanuel para chefe da Casa Civil.
Diante da enorme expectativa gerada por sua eleição, Obama planeja uma série de ações de impacto contra a crise econômica no estilo do Plano dos Cem Dias de Franklin Delano Roosevelt, que chegou ao poder em 1933, no auge da Grande Depressão (1929-39). Deve enviar assessores econômicos para a conferência internacional destinada a reformar o sistema financeiro internacional, em 15 de novembro, em Washington.
Leia mais no jornal inglês Financial Times.
Diante da enorme expectativa gerada por sua eleição, Obama planeja uma série de ações de impacto contra a crise econômica no estilo do Plano dos Cem Dias de Franklin Delano Roosevelt, que chegou ao poder em 1933, no auge da Grande Depressão (1929-39). Deve enviar assessores econômicos para a conferência internacional destinada a reformar o sistema financeiro internacional, em 15 de novembro, em Washington.
Leia mais no jornal inglês Financial Times.
Força da ONU se prepara para guerra no Congo
Diante da ameaça do general congolês rebelde Laurent Nkunda de tomar a cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, a missão de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congresso, a maior do mundo, está se preparando para a guerra.
A força de paz tem 17 mil soldados, mas o subsecretário-geral da ONU para questões humanitárias, John Holmes, observa que o Congo (ex-Zaire) tem o tamanho da Europa Ocidental. Somente a província de Kivu do Norte é uma vez e meia maior do que a França.
A força de paz tem 17 mil soldados, mas o subsecretário-geral da ONU para questões humanitárias, John Holmes, observa que o Congo (ex-Zaire) tem o tamanho da Europa Ocidental. Somente a província de Kivu do Norte é uma vez e meia maior do que a França.
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