Amanhã, faz 90 anos do fim da Primeira Guerra Mundial, o conflito que marca o fim da inocência, da guerra como um ato heróico. É a guerra industrial. Milhões de soldados são enviados de trem às frentes de combate. Os bombardeios de artilharia são intensos.
Foi uma guerra de trincheiras e bombardeio com poucos avanços na frente ocidental, entre Alemanha e Norte da França e Bélgica. Começou quando o estudante radical sérvio Gravilo Princip matou o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, na época parte da Sérvia, em 28 de junho de 1914.
A Sérvia era aliada da França, da Grã-Bretanha e da Rússia, a Tríplice Entente. O Império Austro-Húngaro, do Império Alemão e da Itália, na Tríplice Aliança, que depois receberia a adesão do Império Otomano.
A guerra começa um mês depois. Durou mais de quatro anos. Cerca de 20 milhões de pessoas morreram. Mais 10 milhões morreriam da gripe espanhola, uma conseqüência da Grande Guerra.
Em 1917, ano em que os EUA entram na guerra, tornando-se uma potência mundial, é também o ano da Revolução Russa, outra conseqüência da Primeira Guerra Mundial. A desmoralização do Exército czarista e as privações domésticas armaram o cenário para a revolução. Entram em cena as superpotências que dominaram a História na segunda metade do século 20.
O Brasil entrou na guerra, em 1917, ao lado dos EUA.
Por fim, “a guerra para acabar com todas as guerras”, como dizia a propaganda do governo Woodrow Wilson para justificar a intervenção americana, terminou com a paz para acabar com todas as pazes. A Paz de Verselhas (1919) impôs humilhações à Alemanha que fomentaram a ascensão do nazismo.
Os canhões foram silenciados às 11h de 11 de novembro de 1918. Era o fim da primeira parte da grande guerra civil européia, que continuaria de 1939 a 1945. O continente que era o centro da cultura e da civilização se autodestruiu em duas guerras mundiais e se reinventou como Comunidade Européia para acabar com a guerra entre a França e a Alemanha, e resolver pacificamente os conflitos entre seus países-membros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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