Uma onda de ataques terroristas coordenados, com bombas, granadas e armas automáticas, matou pelo menos 101 pessoas e feriu outras 250 em Mumbai, a maior e mais rica cidade da Índia. Aparentemente, os alvos foram turistas estrangeiros, especialmente americanos e britânicos.
O terror agiu em 16 lugares diferentes, inclusive dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi e o Taj Mahal Palace, um restaurante de luxo, um cinema e a estação ferroviária central da capital econômica da Índia, antes chamada Bombaim.
Pelo menos nove terroristas foram mortos e alguns presos, quando a polícia e o Exército atacaram o Taj Mahal Palace para resgatar cerca de 100 reféns. Na madrugada de hoje, eles foram libertados.
Em mensagens a jornalistas, o até então desconhecido grupo extremista muçulmano Deccan Mujahedin reivindicou a autoria da ação.
Os analistas se perguntam se é uma espécie de franquia da rede terrorista Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden, lançando mais um ataque contra alvos dos Estados Unidos e seus aliados, ou algum grupo paquistanês ligado à disputa entre a Índia e o Paquistão pela região da Caxemira.
Também pode ser uma mistura das duas coisas porque Al Caeda está refugiada na fronteira do Afeganistão com o Noroeste do Paquistão. Está em contato direto com extremistas muçulmanos paquistaneses.
Neste caso, o terrorismo internacional estaria apelando para uma questão nacional para atacar a Índia, a maior democracia do mundo, que acaba de fechar um acordo nuclear com os EUA, o que aumentou o número de inimigos internos contra os americanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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