Um paciente de aids que recebeu um transplante de medula óssea de um doador com uma resistência natural ao vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês) não teve nenhum sintoma da doença nos últimos dois anos, revelaram hoje dois médicos do hospital Charite, em Berlim.
Os doutores Gero Hutter e Thomas Schneider escolheram um doador com a resistência genética. Ele tem um gene que sofreu uma mutação que afeta um receptor - o CCR5 - usado pelo vírus da aids para infectar as células.
Ao relatar o caso, Hutter observou que, embora não tenha sido achado nenhum traço do vírus no paciente, de 42 anos, isso não significa que o HIV não esteja lá.
Hutter comentou ainda que o transplante de medula jamais vai se tornar o procedimento padrão para tratar a aids porque o paciente precisa ter sua medula completamente destruída antes de receber o transplante. No caso, o doente tinha também leucemia. Por isso, fez transplante de medula óssea.
A aids não tem cura. É tratada hoje com um coquetel de drogas anti-retrovirais capazes de controlar a doença, reduzindo a carga viral, às vezes para níveis não-detectáveis. Mas o vírus continua lá e pode voltar, se o tratamento for suspenso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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