A cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida como Mama África, morreu hoje aos 76 anos. Ela teve um ataque cardíaco depois de um show em Caserta, na Itália.
Miriam Makeba nasceu em 1932 na periferia de Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul, e começou a fazer sucesso nos anos 50. Sua música mais conhecida foi Pata Pata, ouvida no mundo inteiro nos anos 60.
Em 1963, quando tentava voltar para casa, ela descobriu que o regime segregacionista da minoria branca sul-africana lhe cassara o passaporte. Miriam Makeba foi obrigada a viver no exterior. Não pôde entrar na África do Sul nem para o enterro da mãe, mais uma crueldade cometida pelo regime do apartheid.
No exílio, morou nos Estados Unidos, na França, na Bélgica e na Guiné. Foi casada com o ativista negro radical Stokely Carmichael, líder dos Panteras Negras, e com o trumpetista de jazz sul-africano Hugh Masekela.
Depois que Nelson Mandela foi libertado, em 1991, negociou a democratização da África do Sul e a transição para um regime da maioria negra, ele convidou Miriam Makeba para voltar ao país. Só então ela pôde se sentar no túmulo da mãe e dizer algumas palavras de despedida.
Mas continuou viajando pelo mundo e fazendo o que mais gostava de fazer, cantar, até o fim de uma vida que fez História.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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