A Bolívia protesta contra o fim das preferências comerciais para produtos bolivianos nos Estados Unidos. Elas serão suspensas em 15 de novembro, sob a alegação de que o país não faz o suficiente para combater o tráfico de cocaína.
O presidente Evo Morales declarou ontem em La Paz que se trata de revanchismo político do governo americano porque ele optou pelo socialismo.
Há meses, Morales expulsou do país o embaixador dos EUA e os agentes da DEA (Drug Enforcement Agency, Agência de Repressão às Drogas). O presidente começou sua carreira política no sindicato dos produtores de coca e defende o cultivo tradicional da planta na cultura andina.
Desde 1991, a grande maioria dos produtos da Bolívia, Equador, Peru e Colômbia não paga imposto de importação para entrar no mercado americano, o que aumenta sua competitividade. Isso é feito com base numa lei de estímulo para que os países andinos tenham alternativas econômicas à produção de drogas como a cocaína.
Depois da vitória de Barack Obama para presidente, Morales tenta uma reaproximação com os EUA. Mas a expulsão dos agentes da DEA não será esquecida.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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