O Banco da China cortou hoje sua taxa básica de juros pela quarta vez desde setembro. Foi um corte agressivo, de 1,08 ponto percentual. A nova taxa é 5,58% ao ano.
A China é o país que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos. Atraiu capital estrangeiro e se transformou numa fábrica do mundo com um produto interno bruto que deve chegar a pelo menos US$ 3,8 trilhões este ano. Há cinco anos, crescia mais de 10% ao ano. Como dois terços da economia chinesa são comércio exterior, o impacto da crise financeira global é inevitável.
Ontem, o Banco Mundial previu um crescimento de 7,5% em 2009. Em quase todos os países do mundo, este índice seria festejado. A China se acostumou a taxas de expansão elevadas. Seu extraordinário desenvolvimento industrial atraiu uma mão-de-obra que trocou o campo para a cidade e não vai voltar atrás.
O crescimento é a base da estabilidade social mantida com a tradicional linha dura do Partido Comunista. Sem emprego e sem dinheiro, a população já começa a protestar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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