A morte de 26 pessoas na última explosão de violência na República Democrática do Congo pode ter sido um crime de guerra, se forem todos civis inocentes, declarou hoje o porta-voz da força de paz das Nações Unidas no país, a maior do mundo.
Ainda não se sabe com certeza quem foi responsável pelas mortes na vila de Kiwanja. Residentes da localidade acusaram os rebeldes de matar civis suspeitos de colaborar com o Exército do Congo.
"Alguns eram combatentes, outros não", declarou em Kinshasa o porta-voz Madnodje Mounoubai. "Se ficar comprovado que eles não foram pegos no fogo-cruzada, que foram tirados de suas casas para interrogatório e mortos, isso caracterizaria um crime de guerra".
Na sexta-feira, uma reunião de cúpula de líderes africanos de que participou o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, exigiu um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores de ajuda humanitária.
A guerra civil congolesa recomeçou no final de agosto, quando forças rebeldes lideradas pelo general Laurent Nkunda entraram em conflito com o Exército do Congo e milícias que Nkunda acusa de serem remanescentes dos responsáveis pelo genocídio de 800 mil pessoas em 1994 em Ruanda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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