A China não será inevitavelmente um país inimigo dos Estados Unidos, afirmou hoje o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), almirante Michael Hayden, em palestra na Universidade Estadual do Kansas.
O diretor de serviço de espionagem da Presidência dos EUA falou sobre o que considera os maiores desafios ao país: a explosão demográfica, o crescente poderio econômico chinês e a relação difícil com a Europa.
Haydn previu um aumento de 45% na população mundial para cerca de 9 bilhões de pessoas até a metade do século 21, mas observou que parte desse crescimento vai acontecer em países da África, da Ásia e do Oriente Médio que não terão condições de sustentar populações maiores. Serão focos de crises.
Na visão do diretor da CIA, haverá migrações em massa para países ricos e um esgotamento de recursos. Esses dois fatores vão aumentar o risco de violência, agitação política e extremismo.
A China vai competir econômica e politicamente com os EUA. Mas isso não implica necessariamente que os dois países serão inimigos. O regime comunista chinês está modernizando suas Forças Armadas, desenvolvendo a capacidade de .
"Se a China começar a aceitar maior responsabilidade pela saúde do sistema internacional - como devem ter todas as potências globais -, continuaremos pelo caminho construtivo, ainda que competitivo", declarou o almirante.
O mundo mudou com o fim da Guerra Fria. Para Haydn, a aliança com a Europa perdeu o sentido que tinha "numa época em que os EUA dominavam o mundo política, econômica e militarmente".
As diferenças estão no combate ao terrorismo e na guerra do Iraque, ainda que neste caso a posição da ala liberal do Partido Democrata esteja mais próxima da européia. Na opinião de Haydn, "a Europa sentem a ameaça do terrorismo; os EUA estão em guerra contra o terrorismo". Para a Europa, é uma "questão interna, de segurança pública", um caso de polícia.
"Neste novo século, o mundo será muito mais complexo, e a capacidade de influenciar de outros Estados nacionais e de atores não-estatais vai crescer".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
ZANU-PF fala em segundo turno no Zimbábue
Um dirigente da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF), o partido do governo, anunciou hoje que haverá segundo turno da eleição presidencial de 29 de março.
O resultado oficial não saiu até hoje. Mas o dirigente do partido governista afirma que o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), obteve 47% dos votos contra 43% para o presidente Robert Mugabe.
A oposição garante que obteve maioria absoluta no primeiro turno, não havendo necessidade de uma segunda votação. Os Estados Unidos acreditam que Tsvangirai venceu.
O resultado oficial não saiu até hoje. Mas o dirigente do partido governista afirma que o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), obteve 47% dos votos contra 43% para o presidente Robert Mugabe.
A oposição garante que obteve maioria absoluta no primeiro turno, não havendo necessidade de uma segunda votação. Os Estados Unidos acreditam que Tsvangirai venceu.
Economia dos EUA cresce 0,6% ao ano
A economia dos Estados Unidos não está em recessão. Cresceu a uma taxa de 0,6% ao ano no primeiro trimestre de 2008, surpreendendo o mercado.
O Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve Board, o banco central americano, deve cortar a taxa básica de juros da maior economia do mundo em 0,25 ponto percentual. Pelas previsões do mercado, será a última redução neste ciclo de queda dos juros nos EUA.
O Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve Board, o banco central americano, deve cortar a taxa básica de juros da maior economia do mundo em 0,25 ponto percentual. Pelas previsões do mercado, será a última redução neste ciclo de queda dos juros nos EUA.
Itália pede extradição de ex-ditador peruano
A Justiça da Itália pediu a prisão para fins de extradição do general reformado Francisco Morales Bermúdez, ditador do Peru de 1975 até a democratização do país, em 1980.
Morales Bermúdez é acusado de seqüestro e homícidio, pela captura de três pessoas de nacionalidade argentina e italiana em território peruano. Acusados de terrorismo, ele foram expulsos para a Bolívia e entregues à sanguinária ditadura militar argentina.
Também foram denunciados criminalmente o ex-primeiro-ministro Pedro Richter Prada, o ex-chefe do Serviço de Inteligência do Exército Martín Martínez Garay e o general-de-divisão Germán Ruiz Figueroa.
Há nove anos, o promotor Giancarlo Capaldo e a juíza Luissiana Figliola investigam o desaparecimento e a morte de 25 italianos durante a Operação Condor. Três casos aconteceram no Peru.
Em junho de 1980, a pouco mais de um mês do fim do governo Morales Bermúdez, agentes do serviço secreto do Exército peruano prenderam em Lima María Inés Raverta, Julio César Ramírez e Noemí Gianotti de Molfino, procurados por agentes de do Exército argentino como membros do Movimento Peronista Montonero.
Dias depois, eles foram expulsos para a Bolívia, sob a alegação de que haveriam entrado irregularmente no país. Nunca mais se soube de Raverta. O cadáver de Gianotti de Molfino foi encontrado num hotel em Madri, em julho.
A história de Ramírez é mais cruel. Suas impressões digitais estavam no quarto onde foi encontrada Gianotti de Molfino. Mas não se tem certeza se ele estive ali ou se foi uma armação para desviar a culpa da ditadura militar argentina.
Antes de sair do Peru, os três foram torturados por militares argentinos em quartéis do Exército peruano. Tanto Morales Bermúdez como Richter Prada admitiram que houve essas prisões. Negam que tenha havido tortura e que o Peru tenha participado da Operação Condor.
Essas ações eram parte da Operação Condor, uma associação clandestina dos governos militares da época para perseguir, torturar e matar os militantes de esquerda mesmo fora de seus países, como foi o caso de um casal de uruguaios seqüestrado pelo DOPS da polícia do Rio Grande do Sul, em 1978, e entregue na fronteira para agentes da ditadura militar do Uruguai.
O caso mais notório foi o assassinato em Washington do ex-ministro do Exterior e da Defesa do Chile no governo Salvador Allende, Orlando Letelier, em 1976. As mortes de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda aconteceram na mesma época e paira uma névoa de suspeita sobre o alcance das garras do Condor.
A operação é tema do premiado documentário Condor, de Roberto Mader, que está sendo lançado no Rio de Janeiro.
Morales Bermúdez é acusado de seqüestro e homícidio, pela captura de três pessoas de nacionalidade argentina e italiana em território peruano. Acusados de terrorismo, ele foram expulsos para a Bolívia e entregues à sanguinária ditadura militar argentina.
Também foram denunciados criminalmente o ex-primeiro-ministro Pedro Richter Prada, o ex-chefe do Serviço de Inteligência do Exército Martín Martínez Garay e o general-de-divisão Germán Ruiz Figueroa.
Há nove anos, o promotor Giancarlo Capaldo e a juíza Luissiana Figliola investigam o desaparecimento e a morte de 25 italianos durante a Operação Condor. Três casos aconteceram no Peru.
Em junho de 1980, a pouco mais de um mês do fim do governo Morales Bermúdez, agentes do serviço secreto do Exército peruano prenderam em Lima María Inés Raverta, Julio César Ramírez e Noemí Gianotti de Molfino, procurados por agentes de do Exército argentino como membros do Movimento Peronista Montonero.
Dias depois, eles foram expulsos para a Bolívia, sob a alegação de que haveriam entrado irregularmente no país. Nunca mais se soube de Raverta. O cadáver de Gianotti de Molfino foi encontrado num hotel em Madri, em julho.
A história de Ramírez é mais cruel. Suas impressões digitais estavam no quarto onde foi encontrada Gianotti de Molfino. Mas não se tem certeza se ele estive ali ou se foi uma armação para desviar a culpa da ditadura militar argentina.
Antes de sair do Peru, os três foram torturados por militares argentinos em quartéis do Exército peruano. Tanto Morales Bermúdez como Richter Prada admitiram que houve essas prisões. Negam que tenha havido tortura e que o Peru tenha participado da Operação Condor.
Essas ações eram parte da Operação Condor, uma associação clandestina dos governos militares da época para perseguir, torturar e matar os militantes de esquerda mesmo fora de seus países, como foi o caso de um casal de uruguaios seqüestrado pelo DOPS da polícia do Rio Grande do Sul, em 1978, e entregue na fronteira para agentes da ditadura militar do Uruguai.
O caso mais notório foi o assassinato em Washington do ex-ministro do Exterior e da Defesa do Chile no governo Salvador Allende, Orlando Letelier, em 1976. As mortes de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda aconteceram na mesma época e paira uma névoa de suspeita sobre o alcance das garras do Condor.
A operação é tema do premiado documentário Condor, de Roberto Mader, que está sendo lançado no Rio de Janeiro.
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terça-feira, 29 de abril de 2008
Sérvia inicia processo de adesão à União Européia
A Sérvia assinou hoje um Acordo de Associação com a União Européia, apesar de sua recusa em aceitar a independência do Kossovo, reconhecida por diversos países europeus.
É o início de um processo de adesão que pode ser freado pelas eleições legislativas de 11 de maio. Os partidos que não querem se aproximar da Europa devem obter maioria no Parlamento.
O ultranacionalista Partido Radical Sérvio, obteve surpreendentes 48,7% no segundo turno da última eleição presidencial, e o primeiro-ministro Vojislav Kostunica rompeu a aliança com o presidente Boris Tadic e convocou eleições antecipadas porque a questão do Kossovo rachou a coligação de governo.
Tadic foi pessoalmente a Luxemburgo para a assinatura do acordo com a UE. Kostunica promete derrubá-lo, se ganhar as eleições. O primeiro-ministro entende que o Kossovo é inegociável, é uma questão de soberania nacional. Isto pode lhe dar a vitória nas urnas.
Mas o risco é, como advertiu um jornal de Belgrado logo após a independência do Kossovo, que a Sérvia perca os dois: Kossovo e a Europa. Talvez por isso, o presidente Tadic tenha resolvido se antecipar e firmar o acordo com a UE antes das eleições apostando que seus adversários políticos não terão coragem para interromper o processo de integração da Sérvia à UE.
É o início de um processo de adesão que pode ser freado pelas eleições legislativas de 11 de maio. Os partidos que não querem se aproximar da Europa devem obter maioria no Parlamento.
O ultranacionalista Partido Radical Sérvio, obteve surpreendentes 48,7% no segundo turno da última eleição presidencial, e o primeiro-ministro Vojislav Kostunica rompeu a aliança com o presidente Boris Tadic e convocou eleições antecipadas porque a questão do Kossovo rachou a coligação de governo.
Tadic foi pessoalmente a Luxemburgo para a assinatura do acordo com a UE. Kostunica promete derrubá-lo, se ganhar as eleições. O primeiro-ministro entende que o Kossovo é inegociável, é uma questão de soberania nacional. Isto pode lhe dar a vitória nas urnas.
Mas o risco é, como advertiu um jornal de Belgrado logo após a independência do Kossovo, que a Sérvia perca os dois: Kossovo e a Europa. Talvez por isso, o presidente Tadic tenha resolvido se antecipar e firmar o acordo com a UE antes das eleições apostando que seus adversários políticos não terão coragem para interromper o processo de integração da Sérvia à UE.
ONU cria força-tarefa contra crise de alimentos
No segundo de dois dias de reunião de suas 27 agências em Berna, na Suíça, a Organização das Nações Unidas decidiu criar uma força-tarefa para enfrentar a crise global deflagrada pela inflação mundial nos preços dos alimentos.
O secretário-geral Ban Ki Moon pediu US$ 2,5 bilhões para garantir a ajuda aos cerca de 40 países pobres mais afetados pela crise global de alimentos na avaliação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos (FAO). Pelos cálculos do Banco Mundial, 100 milhões de pessoas correm risco de cair abaixo da linha de pobreza.
A ONU estima que a demanda mundial de alimentos deve dobrar até 2050.
O secretário-geral Ban Ki Moon pediu US$ 2,5 bilhões para garantir a ajuda aos cerca de 40 países pobres mais afetados pela crise global de alimentos na avaliação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos (FAO). Pelos cálculos do Banco Mundial, 100 milhões de pessoas correm risco de cair abaixo da linha de pobreza.
A ONU estima que a demanda mundial de alimentos deve dobrar até 2050.
Circulação de jornais cai 3,6% nos EUA
A circulação média diária de 534 jornais diários nos Estados Unidos baixou 3,6% nos últimos seis meses, revela o Birô de Auditoria de Circulação. Nos domingos, a queda foi ainda maior, de 4,6%.
Mas os dois jornais mais vendidos nos EUA cresceram.
O USA Today ampliou as vendas em 0,27% para 2,284 milhões e The Wall Street Journal em 0,35% para 2,069 milhões de exemplares diários. Em terceiro lugar, ficou The New York Times, com queda de 3,85% para 1,077 milhão por dia.
Mas os dois jornais mais vendidos nos EUA cresceram.
O USA Today ampliou as vendas em 0,27% para 2,284 milhões e The Wall Street Journal em 0,35% para 2,069 milhões de exemplares diários. Em terceiro lugar, ficou The New York Times, com queda de 3,85% para 1,077 milhão por dia.
Kouchner vai a Bogotá atrás de Ingrid
O ministro do Exterior da França, Bernard Kouchner, chegou a Bogotá e hoje se encontra com o presidente Álvaro Uribe em uma tentativa de reiniciar as negociações para libertar a ex-senadora e ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt, seqüestrada há mais de seis anos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Medvedev será bom para Ocidente, diz Polônia
O novo presidente Dimitri Medvedev dará uma oportunidade ao Ocidente de melhorar as relações com a Rússia, prevê o ministro do Exterior da Polônia, Radoslaw Sikorski.
"Sempre devemos dar crédito a um novo líder e Medvedev é uma pessoa interessante. É o primeiro líder da Rússia que não saiu do Partido Comunista nem dos servicos secretos", declarou Sikorski ao jornal inglês Financial Times.
Em tom otimista, o chanceler polonês previu melhores relações também entre a Rússia e a União Européia: "Medvedev é um advogado. Gosta de lidar com um sistema baseado na lei".
Leia mais no Financial Times.
"Sempre devemos dar crédito a um novo líder e Medvedev é uma pessoa interessante. É o primeiro líder da Rússia que não saiu do Partido Comunista nem dos servicos secretos", declarou Sikorski ao jornal inglês Financial Times.
Em tom otimista, o chanceler polonês previu melhores relações também entre a Rússia e a União Européia: "Medvedev é um advogado. Gosta de lidar com um sistema baseado na lei".
Leia mais no Financial Times.
EUA lançam operação no Afeganistão
Centenas de fuzileiros navais dos Estados Unidos chegaram de helicóptero na madrugada de hoje na cidade de Garmser, no Sul do Afeganistão com o objetivo de expulsar os talebã.
É a primeira grande operação americana na região, dominada pelos talebã e plantações de papoula, em anos.
Este assalto na província de Helmand, apoiado por artilharia, tanques e aviões de combate, é a primeira missão dos 2,3 mil fuzileiros navais da 24ª Unidade Expedicionária dos Fuzileiros Navais, que chegou no mês passado de Camp Lejeune, na Carolina do Norte, para ficar sete meses no Afeganistão. Outros 1,2 mil fuzileiros navais vão treinar a polícia afegã.
É a primeira grande operação americana na região, dominada pelos talebã e plantações de papoula, em anos.
Este assalto na província de Helmand, apoiado por artilharia, tanques e aviões de combate, é a primeira missão dos 2,3 mil fuzileiros navais da 24ª Unidade Expedicionária dos Fuzileiros Navais, que chegou no mês passado de Camp Lejeune, na Carolina do Norte, para ficar sete meses no Afeganistão. Outros 1,2 mil fuzileiros navais vão treinar a polícia afegã.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Israel mata família palestina em bombardeio
O bombardeio de Israel contra a Faixa de Gaza matou hoje uma família inteira, mãe e quatro crianças, aumentando a revolta palestina num momento de grande tensão, com o território sendo submetido a um bloqueio há meses e a ataques de Israel em resposta a ataques de foguetes de militantes palestinos.
Petróleo vai a US$ 119,93 por barril
Por causa de uma greve em uma refinaria na Escócia e do conflito na região do Delta do Rio Níger, na Nigéria, o preço do barril de petróleo tipo West Texas Intermediate chegou a US$ 119,93 na Bolsa Mercantil de Nova Iorque.
Depois, caiu, fechando o dia em US$ 118,56 depois do fim da greve na refinaria de Grangemouth.
Em Londres, o petróleo tipo Brent, padrão para o Mar do Norte na Bolsa de Mercadorias de Londres, terminou baixando para US$ 116,52, depois de ter atingido, no fechamento de sexta-feira, a cotação recorde de US$ 117,56.
Depois, caiu, fechando o dia em US$ 118,56 depois do fim da greve na refinaria de Grangemouth.
Em Londres, o petróleo tipo Brent, padrão para o Mar do Norte na Bolsa de Mercadorias de Londres, terminou baixando para US$ 116,52, depois de ter atingido, no fechamento de sexta-feira, a cotação recorde de US$ 117,56.
Inflação aumenta pobreza na Argentina
A inflação oficial argentina é de pouco mais de 8%, mas os institutos de pesquisas econômicas independentes estimam a inflação real entre 20% a 25% ao ano, com forte peso no preço dos alimentos. O resultado é um aumento da pobreza para 30,4%.
Um dos grandes orgulhos do ex-presidente Néstor Kirchner é ter mantido a economia da Argentina em taxas de crescimento elevadas. Na semana passada, caiu o ministro da Economia Martín Lousteau. Ele apresentara à presidente Cristina Kirchner um plano de combate à inflação com cortes nos gastos públicos e disciplina fiscal.
Seria contra o "modelo" econômico, supostamente a jóia do kirchnerismo, a complicada administração da economia para produzir crescimento e emprego, nem que para isso - e para eleger Cristina - seja necessário manipular a inflação. Os números oficiais do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos perderam a credibilidade.
A cesta básica para uma família de quatro pessoas passou de 900 para cerca de 1.300 pesos, deixando abaixo da linha de pobreza, por exemplo, quem está empregado ganhando 1.100 pesos por mês.
Um dos grandes orgulhos do ex-presidente Néstor Kirchner é ter mantido a economia da Argentina em taxas de crescimento elevadas. Na semana passada, caiu o ministro da Economia Martín Lousteau. Ele apresentara à presidente Cristina Kirchner um plano de combate à inflação com cortes nos gastos públicos e disciplina fiscal.
Seria contra o "modelo" econômico, supostamente a jóia do kirchnerismo, a complicada administração da economia para produzir crescimento e emprego, nem que para isso - e para eleger Cristina - seja necessário manipular a inflação. Os números oficiais do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos perderam a credibilidade.
A cesta básica para uma família de quatro pessoas passou de 900 para cerca de 1.300 pesos, deixando abaixo da linha de pobreza, por exemplo, quem está empregado ganhando 1.100 pesos por mês.
Força da ONU traficou armas no Congo
Soldados paquistaneses da missão de paz das Nações Unidas venderam armas para grupos rebeldes no Congo, e traficaram ouro e marfim.
Combates violentos matam 38 em Bagdá
Violentos combates unindo forças dos Estados Unidos e do Iraque contra a milícia xiita do aiatolá Muktada al-Sader mataram pelo menos 38 pessoas neste domingo na Cidade de Sader, um bairro xiita da periferia sul de Bagdá.
domingo, 27 de abril de 2008
Oposição não perde na recontagem no Zimbábue
A recontagem dos votos em 23 distritos não mudou o resultado das eleições legislativas de 29 de março no Zimbábue. Espera-se agora que a Comissão Eleitoral diga algo durante a semana sobre a eleição presidencial.
Houve mais de 300 casos de feridos por violência política. O Movimento pela Mudança Democrática (MDC), que aparentemente venceu a eleição presidencial, denuncia pelo menos 10 mortes.
Houve mais de 300 casos de feridos por violência política. O Movimento pela Mudança Democrática (MDC), que aparentemente venceu a eleição presidencial, denuncia pelo menos 10 mortes.
Talebã tentam matar presidente do Afeganistão
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, foi alvo de um atentado cometido pela milícia dos Talebã durante a comemoração dos 16 anos da vitória dos mujahedin (guerrilheiros islâmicos) sobre a União Soviética, que invadira o país em 26 de dezembro de 1979. Pelo menos três pessoas morreram, inclusive um deputado afegão.
Hamid Karzai saiu ileso, mas a capacidade dos talebã de penetrar o esquema de segurança que cerca uma solenidade militar de tal importância revela a fragilidade do governo afegão.
Hamid Karzai saiu ileso, mas a capacidade dos talebã de penetrar o esquema de segurança que cerca uma solenidade militar de tal importância revela a fragilidade do governo afegão.
Conservadores vencem segundo turno no Irã
Os candidatos conservadores conquistaram pelo menos 53 das 82 cadeiras em jogo no segundo das elições para o Majlis, o Parlamento do Irã. Assim, os conservadores, que apóiam a república islâmica, terão cerca de 80% das 290 cadeiras.
No segundo turno, os reformistas elegeram até agora apenas 12 deputados. Dos 11 distritos em disputa na capital, Teerã, os conservadores ganharam em 10. Os reformistas se queixam que 70% dos seus candidatos, cerca de 1,7 mil pessoas, tiveram seus pedidos de inscrição de candidatura vetados pelo regime fundamentalista iraniano.
No segundo turno, os reformistas elegeram até agora apenas 12 deputados. Dos 11 distritos em disputa na capital, Teerã, os conservadores ganharam em 10. Os reformistas se queixam que 70% dos seus candidatos, cerca de 1,7 mil pessoas, tiveram seus pedidos de inscrição de candidatura vetados pelo regime fundamentalista iraniano.
sábado, 26 de abril de 2008
Colômbia acusa FARC de atacar do Equador
O comandante do Exército da Colômbia, general Mario Montoya, denunciou hoje que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) lançaram um ataque a partir do Equador.
"São bandidos que estão lançando cilindros com explosivos contra o território colombiano", protestou o general. "O soldado Uriel Muñoz sofreu uma fratura e ferimentos no tórax". Ele definiu a ação como terrorista e atribuiu-a à frente 48 das FARC.
"São bandidos que estão lançando cilindros com explosivos contra o território colombiano", protestou o general. "O soldado Uriel Muñoz sofreu uma fratura e ferimentos no tórax". Ele definiu a ação como terrorista e atribuiu-a à frente 48 das FARC.
Nova Iorque absolve policiais que mataram negro
Três policiais que mataram um jovem negro logo após sua despedida de solteiro foram absolvidos pela Justiça estadual de Nova Iorque, provocando a revolta da comunidade negra da cidade, que se concentrou diante do tribunal no bairro de Queens. Os policiais deram 51 tiros no incidente.
Sean Bell, de 23 anos, saía de uma casa noturna de striptease suspeita que estava sendo vigiada pela polícia, em novembro de 2006, na madrugada do dia de seu casamento. Dois amigos dele também foram baleados.
Quando o veredito foi anunciado, centenas de pessoas gritaram, vaiaram e protestaram. Houve empurra-empurra com o grande contingente policial destacado para proteger o tribunal.
"Eles são criminosos e assassinos, e vão apodrecer no inferno, que é o lugar deles", berrou um manifestante.
O prefeito Michael Bloomberg pediu calma à população.
As autoridades federais podem fazer uma denúncia na Justiça civil. O caso está sendo examinado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos.
Sean Bell, de 23 anos, saía de uma casa noturna de striptease suspeita que estava sendo vigiada pela polícia, em novembro de 2006, na madrugada do dia de seu casamento. Dois amigos dele também foram baleados.
Quando o veredito foi anunciado, centenas de pessoas gritaram, vaiaram e protestaram. Houve empurra-empurra com o grande contingente policial destacado para proteger o tribunal.
"Eles são criminosos e assassinos, e vão apodrecer no inferno, que é o lugar deles", berrou um manifestante.
O prefeito Michael Bloomberg pediu calma à população.
As autoridades federais podem fazer uma denúncia na Justiça civil. O caso está sendo examinado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
China mantém contato com o Dalai Lama
O governo da China entrou em contato com um representante do Dalai Lama, abrindo um diálogo para evitar manifestações de protesto violentas durante a Olimpíada de Beijim.
Na Índia, sede do governo tibetano no exílio, porta-vozes do Dalai Lama disseram que era um passo na direção certa.
Até agora, a China demonizava o Dalai Lama, atribuindo a ele a organização dos violentos protestos contra a ocupação chinesa no Tibete. Agora, admite dialogar. Quer evitar cenas de violência capazes de perturbar a Olimpíada, grande obra da relações públicas do regime comunista chinês para apresentar ao mundo a superpotência que está construindo.
Na Índia, sede do governo tibetano no exílio, porta-vozes do Dalai Lama disseram que era um passo na direção certa.
Até agora, a China demonizava o Dalai Lama, atribuindo a ele a organização dos violentos protestos contra a ocupação chinesa no Tibete. Agora, admite dialogar. Quer evitar cenas de violência capazes de perturbar a Olimpíada, grande obra da relações públicas do regime comunista chinês para apresentar ao mundo a superpotência que está construindo.
Polícia do Zimbábue prende oposicionistas
A polícia do Zimbábue prendeu hoje dezenas de oposicionistas e funcionários da Comissão Eleitoral, como parte da manobra do presidente Robert Mugabe para anular a eleição presidencial de 29 de março, onde ao que tudo indica foi derrotado pelo sindicalista Morgan Tsvangirai, do Movimento pela Mudança Democrática (MDC, do inglês).
Até hoje, não saiu o resultado oficial. Há uma recontagem parcial dos votos das eleições legislativas, mas aí tampouco há novidade.
Diante da derrota, o presidente teria iniciado uma negociação com o MDC para transferir o poder num governo de união nacional, com alguns ministros da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF, do inglês). Este partido governa o país desde a derrota do regime supremacista branco de Ian Smith, em 1980, e a total independência do Império Britânico.
Os generais de Mugabe teriam convencido ou forçado o presidente a dar o golpe e ignorar o resultado das urnas, com medo de processos por corrupção e violações dos direitos humanos.
Em tom agressivo e desafiante, o presidente discursou na inauguração de uma feira internacional advertindo contra as tentativas de "recolonizar o Zimbábue". Esse velho discurso de herói da independência não faz mais sentido 28 anos depois, com 80% de desemprego e uma inflação de 165.000% ao ano que destrui a economia de um país antes conhecido como o celeiro da África.
É mais uma tragédia africana anunciada.
Até hoje, não saiu o resultado oficial. Há uma recontagem parcial dos votos das eleições legislativas, mas aí tampouco há novidade.
Diante da derrota, o presidente teria iniciado uma negociação com o MDC para transferir o poder num governo de união nacional, com alguns ministros da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF, do inglês). Este partido governa o país desde a derrota do regime supremacista branco de Ian Smith, em 1980, e a total independência do Império Britânico.
Os generais de Mugabe teriam convencido ou forçado o presidente a dar o golpe e ignorar o resultado das urnas, com medo de processos por corrupção e violações dos direitos humanos.
Em tom agressivo e desafiante, o presidente discursou na inauguração de uma feira internacional advertindo contra as tentativas de "recolonizar o Zimbábue". Esse velho discurso de herói da independência não faz mais sentido 28 anos depois, com 80% de desemprego e uma inflação de 165.000% ao ano que destrui a economia de um país antes conhecido como o celeiro da África.
É mais uma tragédia africana anunciada.
ONU convoca reunião sobre crise de alimentos
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, anunciou hoje em Viena, na Áustria, que a ONU fará uma reunião de emergência na segunda e na terça-feira em Genebra, na Suíça, para traçar um plano para evitar que a inflação nos preços internacionais dos alimentos cause fome em populações pobres. Ban já admitiu que é uma crise global, que exige a ação da ONU.
Antes, o diretor-geral da Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO, do inglês), Jacques Diouf, alertou para o risco de que a escassez de alimentos provoque conflitos violentos e guerras civis. E a diretora do Programa Mundial de Alimentos pediu uma ajuda de emergência de US$ 600 milhões para comprar comida a preços inflacionados.
Na atual situação, com o aumento de preços que já houve, mais 100 milhões de pessoas a mais vão precisar de ajuda alimentar neste ano.
Ao mesmo tempo, o Fundo da ONU para o Desenvolvimento Agrícola destinou US$ 200 milhões para agricultores pobres
Antes, o diretor-geral da Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO, do inglês), Jacques Diouf, alertou para o risco de que a escassez de alimentos provoque conflitos violentos e guerras civis. E a diretora do Programa Mundial de Alimentos pediu uma ajuda de emergência de US$ 600 milhões para comprar comida a preços inflacionados.
Na atual situação, com o aumento de preços que já houve, mais 100 milhões de pessoas a mais vão precisar de ajuda alimentar neste ano.
Ao mesmo tempo, o Fundo da ONU para o Desenvolvimento Agrícola destinou US$ 200 milhões para agricultores pobres
Israel rejeita proposta de trégua do Hamas
O governo de Israel rejeitou nesta sexta-feira, 25 de abril de 2008, a proposta de seis meses de trégua na Faixa de Gaza feita pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em negociações mediadas pelo Egito.
Israel afirmou que uma trégua com o Hamas, enquanto o grupo não abandonar a luta armada e reconhecer Israel, serviria apenas para dar tanto ao movimento de se armar, se reequipar, e treinar para as próximas batalhas.
Israel afirmou que uma trégua com o Hamas, enquanto o grupo não abandonar a luta armada e reconhecer Israel, serviria apenas para dar tanto ao movimento de se armar, se reequipar, e treinar para as próximas batalhas.
Ministro da Economia da Argentina cai
O ministro da Economia da Argentina, Martín Lousteau, caiu nesta sexta-feira depois de ocupar o cargo por apenas quatro meses.
Lousteau foi muito atacado durante a recente greve dos produres rurais, que bloqueou estradas e provocou o desabastecimento nas grandes cidades.
Foi ele que introduzou a nova alíquota do imposto sobre exportações, no caso da soja de 35% para 44%, o que deflagrou a crise. Também entrou em conflito com ministros que a presidente Cristina Kirchner herdou do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, e, o final das contas, com o próprio Kirchner e seu modelo econômico.
Os líderes da oposição acusaram Néstor de continuar mandando na economia argentina muito além do seu mandato de presidente, expirado em 10 de dezembro de 2007.
Na semana passada, Lousteau apresentou um plano contra a inflação com cortes de gastos, equilíbrio fiscal, manutenção de taxa de câmbio do peso e medidas para atrair investimentos. A presidente o teria rejeitado.
O governo anterior foi acusado de manipular os índices de inflação para eleger Cristina. A manipulação continuaria. Em províncias que não estão sob controle do kirchnerismo, a inflação real seria de 20%.
Néstor Kirchner assumiu ontem a presidência do Partido Justicialista (peronista) e criticou as tentativas de esfriar a economia argentina. Às 22h30, Lousteau anunciou sua saída.
"Era um ministro fraco, que nunca teve nenhum poder", comentou um argentino entrevistado na rua pela televisão estrangeira.
Foi-se o ministro para ficar o modelo econômico que deve ser um orgulho de Kirchner.
Lousteau foi muito atacado durante a recente greve dos produres rurais, que bloqueou estradas e provocou o desabastecimento nas grandes cidades.
Foi ele que introduzou a nova alíquota do imposto sobre exportações, no caso da soja de 35% para 44%, o que deflagrou a crise. Também entrou em conflito com ministros que a presidente Cristina Kirchner herdou do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, e, o final das contas, com o próprio Kirchner e seu modelo econômico.
Os líderes da oposição acusaram Néstor de continuar mandando na economia argentina muito além do seu mandato de presidente, expirado em 10 de dezembro de 2007.
Na semana passada, Lousteau apresentou um plano contra a inflação com cortes de gastos, equilíbrio fiscal, manutenção de taxa de câmbio do peso e medidas para atrair investimentos. A presidente o teria rejeitado.
O governo anterior foi acusado de manipular os índices de inflação para eleger Cristina. A manipulação continuaria. Em províncias que não estão sob controle do kirchnerismo, a inflação real seria de 20%.
Néstor Kirchner assumiu ontem a presidência do Partido Justicialista (peronista) e criticou as tentativas de esfriar a economia argentina. Às 22h30, Lousteau anunciou sua saída.
"Era um ministro fraco, que nunca teve nenhum poder", comentou um argentino entrevistado na rua pela televisão estrangeira.
Foi-se o ministro para ficar o modelo econômico que deve ser um orgulho de Kirchner.
CIA acusa Síria de comprar reator norte-coreano
Em sessão a portas fechadas, a Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, apresentou ontem ao Congresso supostas provas de que a Síria estava construindo uma instalação nuclear onde seria instalado um reator importado da Coréia do Norte. Israel destruiu a usina atômica com um bombardeio aéreo em 6 de setembro de 2007.
"Há muito tempo, estamos seriamente preocupados com o programa de armas nucleares da Coréia do Norte e a suas atividades na proliferação nuclear", declarou em nota a Casa Branca. "A cooperação nuclear clandestina da Coréia do Norte com a China é uma perigosa manifestação destas atividades."
O problema é que o governo George Walker Bush sabia disso há muito tempo, desde antes do ataque israelense. Por que só agora teria dado destaque à notícia?
Em parte, para pressionar a Coréia do Norte, que se nega a revelar toda a extensão de seu programa nuclear, como exigem os EUA com base no acordo para desativar o programa de armas atômicas norte-coreano.
Certamente é uma advertência ao Irã, que acaba de anunciar a instalação de mais 6 mil centrífugas nos seus centros de enriquecimento de urânio.
Mas o momento coincide com uma visita a Damasco do primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, com uma proposta de paz israelense à Síria. Tanto o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, quanto o presidente sírio, Bachar Assad, mostraram nos últimos dias interesse em retomar as negociações de paz (veja abaixo).
Os falcões do governo Bush preferem a guerra.
"Há muito tempo, estamos seriamente preocupados com o programa de armas nucleares da Coréia do Norte e a suas atividades na proliferação nuclear", declarou em nota a Casa Branca. "A cooperação nuclear clandestina da Coréia do Norte com a China é uma perigosa manifestação destas atividades."
O problema é que o governo George Walker Bush sabia disso há muito tempo, desde antes do ataque israelense. Por que só agora teria dado destaque à notícia?
Em parte, para pressionar a Coréia do Norte, que se nega a revelar toda a extensão de seu programa nuclear, como exigem os EUA com base no acordo para desativar o programa de armas atômicas norte-coreano.
Certamente é uma advertência ao Irã, que acaba de anunciar a instalação de mais 6 mil centrífugas nos seus centros de enriquecimento de urânio.
Mas o momento coincide com uma visita a Damasco do primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, com uma proposta de paz israelense à Síria. Tanto o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, quanto o presidente sírio, Bachar Assad, mostraram nos últimos dias interesse em retomar as negociações de paz (veja abaixo).
Os falcões do governo Bush preferem a guerra.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
OEA alerta para risco de violência na Bolívia
A Organização dos Estados Americanos adverte que pode haver violência e derramamento de sangue na Bolívia com o plebiscito sobre a autonomia do rico departamento de Santa Cruz, marcado para 4 de maio, se o governo e a oposição não conversarem e chegarem a um acordo.
O governo Evo Morales considera o plebiscito separatista e ilegal.
Para o ex-ministro das Relações Exteriores da Argentina, Dante Caputo, inevitavemente a tensão levará ao conflito, o conflito provocará violência e a violência pode matar. Então, acredita ser melhor que o governo e a oposição se entendam logo para poupar vidas humanas.
O governo Evo Morales considera o plebiscito separatista e ilegal.
Para o ex-ministro das Relações Exteriores da Argentina, Dante Caputo, inevitavemente a tensão levará ao conflito, o conflito provocará violência e a violência pode matar. Então, acredita ser melhor que o governo e a oposição se entendam logo para poupar vidas humanas.
FMI pede fim de restrições à exportação
O Fundo Monetário Internacional fez um apelo hoje contra as restrição a exportações de alimentos que estão sendo impostas por grande importadores para evitar a inflação e o desabastecimento no mercado interno.
Para não agravar ainda mais a inflação global nos preços dos alimentos, que já ameaça as populações mais pobres da Terra, o FMI argumentando que não se devem criar entraves ao comércio.
Para não agravar ainda mais a inflação global nos preços dos alimentos, que já ameaça as populações mais pobres da Terra, o FMI argumentando que não se devem criar entraves ao comércio.
Israel devolve Colinas do Golã em troca de paz
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vai a Damasco nesta semana com um recado: Israel está pronta para negociar com a Síria. Em troca da paz, devolve as Colinas do Golã, ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexadas em 1981.
No fim de semana passado, o ex-presidente Jimmy Carter esteve na capital síria com o presidente Bachar Assad e com o líder máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal.
São ações diplomáticas para atrair a Síria para o processo de paz no Oriente Médio. Com a Síria, seria possível evitar um boicote de grupos radicais às negociações entre israelenses e palestinos, pacificar o Líbano, cortar o apoio sírio a extremistas sunitas no Iraque e afastá-la de sua aliança com o Irã.
“Erdogan telefonou para o presidente Bachar al-Assad na manhã de terça-feira para lhe dizer que o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, está pronto para uma retirada total das Colinas do Golã em troca da paz”, reportou o jornal oficial sírio Al-Watan. A televisão estatal deu a mesma notícia.
O primeiro-ministro é uma das pessoas mais qualificadas para levar o recado. A Turquia é a maior aliada de Israel no mundo muçulmano e Erdogan um islamita moderado.
A Síria insiste na devolução completa das Colinas do Golã como precondição para negociar a paz. Quando o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin fez o acordo com a Organização para a Libertação da Palestina, de Yasser Arafat, em 1994, acenou com a possibilidade de uma negociação com a Síria para evitar um boicote sírio à paz.
Os sírios sempre tiveram dúvida se a proposta era para valer, Israel queria manter o controle das águas do Mar da Galiléia. Rabin foi assassinado em novembro de 1995. Uma série de atentados terroristas do Hamas e uma invasão do Líbano minaram o sucessor de Rabin, Shimon Peres, e a direita ganhou a eleição de 1996 com Benjamin Netanyahu.
Outra tentativa foi feita em 2000 pelo então primeiro-ministro Ehud Barak, hoje ministro da Defesa. Ele queria superar o gradualismo dos acordos de Oslo, mas acabou não conseguindo nada além de retirar Israel do Sul do Líbano.
Em junho do ano passado, dois ministros israelenses confirmaram que uma proposta de paz havia sido feita à Síria através de terceiros, no caso, a Turquia.
Aí houve um grave incidente. Em 6 de setembro, a Força Aérea de Israel destruiu uma construção na Síria, supostamente de uma central nuclear que estava recebendo um reator da Coréia do Norte. Esta relação está sendo usada pela linha dura nos Estados Unidos contra Damasco e Pionguiangue.
Na semana passada, o primeiro-ministro Olmert declarou à TV israelense: “É claro que queremos a paz com a Síria e estamos tomando todas as medidas para este fim. O presidente Assad sabe precisamente quais são as nossas expectativas e nós as dele. Não posso falar mais do que isso.”
No domingo, Assad comunicou oficialmente a seu Partido Baath, líder da Frente Progressista Nacional que governa a Síria, que “amigos estão fazendo esforços para organizar contatos entre a Síria e Israel”.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente Jimmy Carter resolveu tentar romper o isolamento da Síria e do Hamas, estigmatizados pelo governo George Walker Bush. Com o apoio do presidente do Egito, Hosni Mubarak, foi a Damasco se encontrar com Assad e Mechal.
Carter chegou a anunciar que o Hamas aceitaria uma negociação de paz com Israel com base na fórmula de dois Estados, um palestino e um israelense, convivendo lado a lado no território histórico da Palestina.
Mechal aceitou a fórmula mas rejeitou o reconhecimento de Israel. Exigiu o recuo de Israel para as fronteiras anteriores à guerra de 1967, a criação de um país palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital no setor árabe de Jerusalém, e o direito de retorno de todos os refugiados.
Israel rejeita o total direito de retorno, mas uma compensação financeira aos palestinos refugiados desde a criação de Israel, em 1948, pode fazer parte de um grande acordo de paz.
Em entrevista anterior a um jornal palestino, o dirigente do Hamas admitiu negociar com base no Documento dos Prisioneiros, elaborado nas prisões de Israel por representantes das principais facções armadas palestinas. Ao se basear na idéia de dois Estados Nacionais, reconhece implicitamente o direito de existência de Israel.
No site do Centro Carter, o ex-presidente deixou notas sobre os encontros com os líderes do Hamas: “Eles ainda não concordaram em aceitar a coexistência pacífica com Israel; não renunciaram à violência e não aceitam os antigos acordos de paz.”
Na sua opinião, “o Hamas deveria concordar nestas três questões, mas não acreditamos que a paz seja provável e estamos certos de que a paz é insustentável se não for encontrada uma forma para garantir que o Hamas não vai sabotar as negociações de paz.”
“A atual estratégia de isolar e sufocar o Hamas e perseguir a população de Gaza não está funcionando. Só exacerba o ciclo da violência, e as últimas pesquisas mostram que aumentou a popularidade relativa do Hamas em toda a Palestina. Alguns dizem que meu encontro com o Hamas o legitima, mas sua legitimidade vem do voto da maioria do povo palestino nas eleições de 2006, que observei.”
Há um velho ditado no Oriente Médio que diz: “Não há guerra sem o Egito nem paz sem a Síria”. Continua valendo.
No fim de semana passado, o ex-presidente Jimmy Carter esteve na capital síria com o presidente Bachar Assad e com o líder máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal.
São ações diplomáticas para atrair a Síria para o processo de paz no Oriente Médio. Com a Síria, seria possível evitar um boicote de grupos radicais às negociações entre israelenses e palestinos, pacificar o Líbano, cortar o apoio sírio a extremistas sunitas no Iraque e afastá-la de sua aliança com o Irã.
“Erdogan telefonou para o presidente Bachar al-Assad na manhã de terça-feira para lhe dizer que o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, está pronto para uma retirada total das Colinas do Golã em troca da paz”, reportou o jornal oficial sírio Al-Watan. A televisão estatal deu a mesma notícia.
O primeiro-ministro é uma das pessoas mais qualificadas para levar o recado. A Turquia é a maior aliada de Israel no mundo muçulmano e Erdogan um islamita moderado.
A Síria insiste na devolução completa das Colinas do Golã como precondição para negociar a paz. Quando o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin fez o acordo com a Organização para a Libertação da Palestina, de Yasser Arafat, em 1994, acenou com a possibilidade de uma negociação com a Síria para evitar um boicote sírio à paz.
Os sírios sempre tiveram dúvida se a proposta era para valer, Israel queria manter o controle das águas do Mar da Galiléia. Rabin foi assassinado em novembro de 1995. Uma série de atentados terroristas do Hamas e uma invasão do Líbano minaram o sucessor de Rabin, Shimon Peres, e a direita ganhou a eleição de 1996 com Benjamin Netanyahu.
Outra tentativa foi feita em 2000 pelo então primeiro-ministro Ehud Barak, hoje ministro da Defesa. Ele queria superar o gradualismo dos acordos de Oslo, mas acabou não conseguindo nada além de retirar Israel do Sul do Líbano.
Em junho do ano passado, dois ministros israelenses confirmaram que uma proposta de paz havia sido feita à Síria através de terceiros, no caso, a Turquia.
Aí houve um grave incidente. Em 6 de setembro, a Força Aérea de Israel destruiu uma construção na Síria, supostamente de uma central nuclear que estava recebendo um reator da Coréia do Norte. Esta relação está sendo usada pela linha dura nos Estados Unidos contra Damasco e Pionguiangue.
Na semana passada, o primeiro-ministro Olmert declarou à TV israelense: “É claro que queremos a paz com a Síria e estamos tomando todas as medidas para este fim. O presidente Assad sabe precisamente quais são as nossas expectativas e nós as dele. Não posso falar mais do que isso.”
No domingo, Assad comunicou oficialmente a seu Partido Baath, líder da Frente Progressista Nacional que governa a Síria, que “amigos estão fazendo esforços para organizar contatos entre a Síria e Israel”.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente Jimmy Carter resolveu tentar romper o isolamento da Síria e do Hamas, estigmatizados pelo governo George Walker Bush. Com o apoio do presidente do Egito, Hosni Mubarak, foi a Damasco se encontrar com Assad e Mechal.
Carter chegou a anunciar que o Hamas aceitaria uma negociação de paz com Israel com base na fórmula de dois Estados, um palestino e um israelense, convivendo lado a lado no território histórico da Palestina.
Mechal aceitou a fórmula mas rejeitou o reconhecimento de Israel. Exigiu o recuo de Israel para as fronteiras anteriores à guerra de 1967, a criação de um país palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital no setor árabe de Jerusalém, e o direito de retorno de todos os refugiados.
Israel rejeita o total direito de retorno, mas uma compensação financeira aos palestinos refugiados desde a criação de Israel, em 1948, pode fazer parte de um grande acordo de paz.
Em entrevista anterior a um jornal palestino, o dirigente do Hamas admitiu negociar com base no Documento dos Prisioneiros, elaborado nas prisões de Israel por representantes das principais facções armadas palestinas. Ao se basear na idéia de dois Estados Nacionais, reconhece implicitamente o direito de existência de Israel.
No site do Centro Carter, o ex-presidente deixou notas sobre os encontros com os líderes do Hamas: “Eles ainda não concordaram em aceitar a coexistência pacífica com Israel; não renunciaram à violência e não aceitam os antigos acordos de paz.”
Na sua opinião, “o Hamas deveria concordar nestas três questões, mas não acreditamos que a paz seja provável e estamos certos de que a paz é insustentável se não for encontrada uma forma para garantir que o Hamas não vai sabotar as negociações de paz.”
“A atual estratégia de isolar e sufocar o Hamas e perseguir a população de Gaza não está funcionando. Só exacerba o ciclo da violência, e as últimas pesquisas mostram que aumentou a popularidade relativa do Hamas em toda a Palestina. Alguns dizem que meu encontro com o Hamas o legitima, mas sua legitimidade vem do voto da maioria do povo palestino nas eleições de 2006, que observei.”
Há um velho ditado no Oriente Médio que diz: “Não há guerra sem o Egito nem paz sem a Síria”. Continua valendo.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Apple ignora a crise e lucra 36% mais
Em mais um sinal de que a crise passa longe do setor de informática, o mais dinâmico da economia dos Estados Unidos, a Apple, fabricante dos computadores Macintosh, do iPod e do iPhone, anunciou um aumento de 36% do lucro no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período em 2007.
As vendas atingiram US$ 7,51 bilhões, US$ 2,2 bilhões e mais do que no ano passado, meio bilhão de dólares acima da média das previsões dos analistas de Wall Street.
O lucro líquido da empresa foi de US$ 1,05 bilhão.
"Com mais de US$ 17 bilhões de faturamento na primeira metade do ano fiscal (que nos EUA começa em outubro), estamos em excelente posição para lançar novos produtos espetaculares nos próximos meses", declarou o presidente da Apple, Steve Jobs.
As vendas atingiram US$ 7,51 bilhões, US$ 2,2 bilhões e mais do que no ano passado, meio bilhão de dólares acima da média das previsões dos analistas de Wall Street.
O lucro líquido da empresa foi de US$ 1,05 bilhão.
"Com mais de US$ 17 bilhões de faturamento na primeira metade do ano fiscal (que nos EUA começa em outubro), estamos em excelente posição para lançar novos produtos espetaculares nos próximos meses", declarou o presidente da Apple, Steve Jobs.
Hillary ameaça arrasar Irã se Israel for atacado
A senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton, pré-candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata, ameaçou "arrasar" o Irã, se a república islâmica usar armas nucleares contra Israel.
Hillary saiu com essa na véspera da eleição primária da Pensilvânia. No primeiro momento, a declaração foi interpretada como de uma mulher posando de linha dura como o presidente George W. Bush para se mostrar capaz de ser comandante-em-chefe num momento de guerra.
Agora, a pergunta é se não está aí uma nova doutrina estratégica. Se alguma potência regional adquirir armas capazes de infligir danos significativos em ataques contra os Estados Unidos e seus aliados, a ameaça é de uma retaliação arrasadora para dissuadir o inimigo a lançar o primeiro ataque.
Hillary saiu com essa na véspera da eleição primária da Pensilvânia. No primeiro momento, a declaração foi interpretada como de uma mulher posando de linha dura como o presidente George W. Bush para se mostrar capaz de ser comandante-em-chefe num momento de guerra.
Agora, a pergunta é se não está aí uma nova doutrina estratégica. Se alguma potência regional adquirir armas capazes de infligir danos significativos em ataques contra os Estados Unidos e seus aliados, a ameaça é de uma retaliação arrasadora para dissuadir o inimigo a lançar o primeiro ataque.
Petróleo vai a US$ 119,90 por barril
Com os ataques à zona de produção no Delta do Rio Níger, na Nigéria, o aumento das importações da China e a queda do dólar, o barril de petróleo chegou ontem a US$ 119,90 na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, caindo depois para US$ 119,37 no fechamento do mercado.
Além dos ataques do Movimento de Emancipação do Delta do Níger, a China está importando mais e consumindo mais. Esse aumento do consumo chinês deu ao mercado a impressão de que se trata de uma mudança estrutural do setor de energia, porque a China vai continuar crescendo em ritmo acelerado.
Diante de uma retração de 2% nas vendas de imóveis residenciais usados em março, sinal de que o setor habitacional continua em recessão, o dólar caiu ainda mais. O euro subiu para US$ 1,60, depois caiu um pouco para US$ 1,5981.
Além dos ataques do Movimento de Emancipação do Delta do Níger, a China está importando mais e consumindo mais. Esse aumento do consumo chinês deu ao mercado a impressão de que se trata de uma mudança estrutural do setor de energia, porque a China vai continuar crescendo em ritmo acelerado.
Diante de uma retração de 2% nas vendas de imóveis residenciais usados em março, sinal de que o setor habitacional continua em recessão, o dólar caiu ainda mais. O euro subiu para US$ 1,60, depois caiu um pouco para US$ 1,5981.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Obama diz que adversários são republicanos
Em uma tentativa de superar a derrota desta noite e manter a liderança conquistada ao longo das eleições prévias, o senador Barack Obama voltou a orientar a campanha contra o adversário na eleição presidencial de 4 de novembro: o candidato do Partido Republicano, senador John McCain.
Obama insistiu em que a briga é para resolver os problemas que serão deixados pelo governo George Walker Bush, as duas guerras, a recessão econômica, as crises na saúde, para que não haja um terceiro governo de Bush, filho. No momento, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton venceu por 55%-45%, a vantagem de dois dígitos de que precisava para manter viva sua candidatura.
Com seu talento de orador, Obama agradeceu pelas centenas de milhares de votos na Pensilvânia e convocou o mundo inteiro para enfrentar os problemas do século 21: terrorismo, crime, pobreza, genocídio, meio ambiente e doenças.
Também convocou americanos de todas as etnias para se juntarem à sua campanha para dar "esperança a este país que nós amamos", dizendo que esta é uma eleição sobre a verdade, honestidade política e não para "fazer o velho jogo de Washington".
A capital federal é um dos alvos favoritos nesta campanha, especialmente por Obama, que mostra tanto sua adversária na disputa pela candidatura do Partido Democrata, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton, como McCain como membros da burocracia de Washington há muitos anos.
"Esta eleição é a maior oportunidade de resolver esse problemas, como uma nação unida. Podemos fazer melhor", prometeu Obama. "Agora é nossa hora de aperfeiçoar nossa União imperfeita, em acreditar no possível. Vamos ganhar não só aqui em Indiana. Vamos ganhar a candidatura, conquistar a Casa Branca e mudar o mundo".
Obama insistiu em que a briga é para resolver os problemas que serão deixados pelo governo George Walker Bush, as duas guerras, a recessão econômica, as crises na saúde, para que não haja um terceiro governo de Bush, filho. No momento, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton venceu por 55%-45%, a vantagem de dois dígitos de que precisava para manter viva sua candidatura.
Com seu talento de orador, Obama agradeceu pelas centenas de milhares de votos na Pensilvânia e convocou o mundo inteiro para enfrentar os problemas do século 21: terrorismo, crime, pobreza, genocídio, meio ambiente e doenças.
Também convocou americanos de todas as etnias para se juntarem à sua campanha para dar "esperança a este país que nós amamos", dizendo que esta é uma eleição sobre a verdade, honestidade política e não para "fazer o velho jogo de Washington".
A capital federal é um dos alvos favoritos nesta campanha, especialmente por Obama, que mostra tanto sua adversária na disputa pela candidatura do Partido Democrata, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton, como McCain como membros da burocracia de Washington há muitos anos.
"Esta eleição é a maior oportunidade de resolver esse problemas, como uma nação unida. Podemos fazer melhor", prometeu Obama. "Agora é nossa hora de aperfeiçoar nossa União imperfeita, em acreditar no possível. Vamos ganhar não só aqui em Indiana. Vamos ganhar a candidatura, conquistar a Casa Branca e mudar o mundo".
Hillary vence Obama na Pensilvânia
Com 90% dos votos apurados, a senadora Hillary Clinton batia o senador Barack Obama por 55% a 45% na eleição primária do estado da Pensilvânia garantindo a vitória. Mas a atual vantagem não tira de Obama a liderança geral da disputa pela candidatura do Partido Democrata.
No discurso da vitória, Hillary acaba de declarar que não desiste porque "o povo americano não desiste nunca, então precisa de uma presidente que também não desiste". Racional mas bem mais diplomática, a senadora tenta se apresentar como mais madura, inteligente e capaz do que Obama, com propostas políticas claramente definidas, em contraste com os admiráveis discursos do adversário.
"A maré está mudando", afirmou Hillary, com a confiança renovada.
Em um tom mais presidencial, como se estivesse mais perto da candidatura, ela prometeu estar sempre ao lado do trabalhador de baixa renda - policiais, enfermeiros, professores, operários -, agradeceu à família Clinton (Bill e Chelsea estão lá) e cutucou Obama, dizendo que o senador por Illinois gastou três vezes mais do que ela na Pensilvânia, quebrando "todas as regras sobre finanças eleitorais".
A campanha de Hillary está devendo US$ 8 milhões, enquanto Obama arrecada mais de US$ 1 milhão por dia na Internet.
Se alguém está preocupado com o tom agressivo da disputa entre os democratas, o que acaba favorecendo o Partido Republicano, Hillary observa que as pressões na Casa Branca são muito maiores, numa estratégia calculada para apresentar Obama como fraco para ser presidente dos EUA.
O desafio de Hillary, que talvez tenha obtido hoje sua última vitória, é convencer os superdelegados de que é a melhor candidata para enfrentar John McCain em 4 de novembro.
Pelas pesquisas de boca-de-urna, a maior preocupação do eleitorado da Pensilvânia é a economia. Hillary tem vantagem sobre Obama entre os trabalhadores brancos sindicalizados, uma das bases do Partido Democrata.
No discurso da vitória, Hillary acaba de declarar que não desiste porque "o povo americano não desiste nunca, então precisa de uma presidente que também não desiste". Racional mas bem mais diplomática, a senadora tenta se apresentar como mais madura, inteligente e capaz do que Obama, com propostas políticas claramente definidas, em contraste com os admiráveis discursos do adversário.
"A maré está mudando", afirmou Hillary, com a confiança renovada.
Em um tom mais presidencial, como se estivesse mais perto da candidatura, ela prometeu estar sempre ao lado do trabalhador de baixa renda - policiais, enfermeiros, professores, operários -, agradeceu à família Clinton (Bill e Chelsea estão lá) e cutucou Obama, dizendo que o senador por Illinois gastou três vezes mais do que ela na Pensilvânia, quebrando "todas as regras sobre finanças eleitorais".
A campanha de Hillary está devendo US$ 8 milhões, enquanto Obama arrecada mais de US$ 1 milhão por dia na Internet.
Se alguém está preocupado com o tom agressivo da disputa entre os democratas, o que acaba favorecendo o Partido Republicano, Hillary observa que as pressões na Casa Branca são muito maiores, numa estratégia calculada para apresentar Obama como fraco para ser presidente dos EUA.
O desafio de Hillary, que talvez tenha obtido hoje sua última vitória, é convencer os superdelegados de que é a melhor candidata para enfrentar John McCain em 4 de novembro.
Pelas pesquisas de boca-de-urna, a maior preocupação do eleitorado da Pensilvânia é a economia. Hillary tem vantagem sobre Obama entre os trabalhadores brancos sindicalizados, uma das bases do Partido Democrata.
PS adota linha reformista na França
O Partido Socialista francês está preparando uma nova "declaração de princípios" para o século 21 que o afasta do radicalismo socialista revolucionário para uma linha reformista.
Pela primeira vez, não se fala em luta de classes nem a palavra revolução.
A meta do socialismo é "a emancipação completa do ser humano e a proteção do planeta". Os socialistas rejeitam a idéia de que uma nação pode ser "uma justaposição de comunidades". Descrevem-na como "um contrato entre cidadãos livres e responsáveis".
O PS defende uma "economia social e ecológica de mercado regulada pelos poderes públicos e os interlocutores sociais". E assume definitivamente seu caráter "reformista", abandonando o recurso à revolução e à luta armada para chegar ao poder.
Este documento, de 21 pontos, está sendo elaborado por uma comissão presidida por Alain Bergounioux, secretário de Estudos do PS. Será submetido aos militantes através da estrutura regional e municipal do partido para ser aprovado em convenção nacional no próximo 14 de junho.
É o início da renovação dos socialistas franceses. Em breve, eles terão de escolher um novo líder para presidir a mudança e levá-los de volta ao poder.
A candidata derrotada pelo presidente Nicolas Sarkozy, Ségolène Royal, é forte candidata, assim como o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, a ex-ministra Martine Aubry, que propôs a jornada semanal de trabalho de 35 horas, e até mesmo o atual líder, François Hollande, ex-marido de Ségolène.
Ségolène acredita que precisa do controle do partido para destronar Sarkozy em 2012. Afinal, o atual presidente começou a reta final de sua marcha para o Palácio do Eliseu assumindo o controle da União pelo Movimento Popular, partido gaulista criado pelo então presidente Jacques Chirac.
Pela primeira vez, não se fala em luta de classes nem a palavra revolução.
A meta do socialismo é "a emancipação completa do ser humano e a proteção do planeta". Os socialistas rejeitam a idéia de que uma nação pode ser "uma justaposição de comunidades". Descrevem-na como "um contrato entre cidadãos livres e responsáveis".
O PS defende uma "economia social e ecológica de mercado regulada pelos poderes públicos e os interlocutores sociais". E assume definitivamente seu caráter "reformista", abandonando o recurso à revolução e à luta armada para chegar ao poder.
Este documento, de 21 pontos, está sendo elaborado por uma comissão presidida por Alain Bergounioux, secretário de Estudos do PS. Será submetido aos militantes através da estrutura regional e municipal do partido para ser aprovado em convenção nacional no próximo 14 de junho.
É o início da renovação dos socialistas franceses. Em breve, eles terão de escolher um novo líder para presidir a mudança e levá-los de volta ao poder.
A candidata derrotada pelo presidente Nicolas Sarkozy, Ségolène Royal, é forte candidata, assim como o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, a ex-ministra Martine Aubry, que propôs a jornada semanal de trabalho de 35 horas, e até mesmo o atual líder, François Hollande, ex-marido de Ségolène.
Ségolène acredita que precisa do controle do partido para destronar Sarkozy em 2012. Afinal, o atual presidente começou a reta final de sua marcha para o Palácio do Eliseu assumindo o controle da União pelo Movimento Popular, partido gaulista criado pelo então presidente Jacques Chirac.
Maoístas elegem metade dos deputados no Nepal
Os ex-rebeldes maoístas elegeram 120 dos 240 deputados escolhidos diretamente pelo voto popular no Nepal, cerca de 40% do total da Assembléia Constituinte de 601 cadeiras que vai refundar o país como uma república.
Outros 335 deputados serão indicados ainda nesta semana com base na divisão proporcional do total de votos entre os partidos. Os 26 restantes foram nomeados pelo governo.
No final das contas, faltaram 70 deputados para os maoístas terem maioria absoluta na Constituinte.
Com a reviravolta política e a vitória dos rebeldes considerados um grupo terrorista pelos Estados Unidos, é certa a abolição da monarquia.
Outros 335 deputados serão indicados ainda nesta semana com base na divisão proporcional do total de votos entre os partidos. Os 26 restantes foram nomeados pelo governo.
No final das contas, faltaram 70 deputados para os maoístas terem maioria absoluta na Constituinte.
Com a reviravolta política e a vitória dos rebeldes considerados um grupo terrorista pelos Estados Unidos, é certa a abolição da monarquia.
Rússia derruba avião-espião da Geórgia
Um avião de caça a jato da Rússia derrubou um avião-espião não-tripulado da Geórgia que sobrevoava a região da Abcásia, dominada por rebeldes que gostariam de se associar à Rússia.
O presidente georgiano, Mikhail Saakachvili, ligou para o presidente russo, Vladimir Putin, para reclamar e descreveu a conversa entre os dois como "difícil".
A Rússia nega qualquer responsabilidade e atribui a ação aos rebeldes da Abcásia, que gostariam de anexar a região à Rússia.
O presidente georgiano, Mikhail Saakachvili, ligou para o presidente russo, Vladimir Putin, para reclamar e descreveu a conversa entre os dois como "difícil".
A Rússia nega qualquer responsabilidade e atribui a ação aos rebeldes da Abcásia, que gostariam de anexar a região à Rússia.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Petróleo vai a US$ 117,60 com ataque na Nigéria
Um ataque rebelde a instalações petrolíferas da Nigéria no Delta do Rio Níger provocou nova alta nos preços internacionais do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, o barril do tipo West Texas Intermediate chegou a US$ 117,60.
Hamas quer país palestino sem reconhecer Israel
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) aceita "a criação de um Estado palestino nos limites anteriores a 4 de junho de 1967, com capital em Jerusalém, soberania real e o total direito de retorno, mas sem reconhecer Israel", declarou o dirigente máximo do Hamas, Khaled Mechal, que se reuniu na semana passada com o ex-presidente americano Jimmy Carter.
Carter insistiu em que o Hamas não vai vetar um acordo de paz negociado entre o governo israelense e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e que isso implica o reconhecimento de Israel.
Mechal disse exatamente o contrário. Talvez não tenha autonomia como líder do Hamas para não ser radical. Sua autoridade seria abalada diante das correntes extremistas do movimento.
Carter insistiu em que o Hamas não vai vetar um acordo de paz negociado entre o governo israelense e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e que isso implica o reconhecimento de Israel.
Mechal disse exatamente o contrário. Talvez não tenha autonomia como líder do Hamas para não ser radical. Sua autoridade seria abalada diante das correntes extremistas do movimento.
Fernando Lugo ganha eleição no Paraguai
O ex-bispo Fernando Lugo, adepto da Teologia da Libertação, é o presidente eleito do Paraguai. Na campanha, ele defendeu uma renegociação do Tratado de Itaipu que o governo brasileiro rejeita.
É o fim de uma hegemonia de 61 anos do Partido Colorado, incluída aí a ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-89). Era o partido que estava há mais tempo no poder no mundo, desde 1947. O Partido Comunista da China manda no país desde a vitória da revolução, em 1º de outubro de 1949. Passa a ser o mais antigo.
É o fim de uma hegemonia de 61 anos do Partido Colorado, incluída aí a ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-89). Era o partido que estava há mais tempo no poder no mundo, desde 1947. O Partido Comunista da China manda no país desde a vitória da revolução, em 1º de outubro de 1949. Passa a ser o mais antigo.
domingo, 20 de abril de 2008
Israel pode ter alvejado cinegrafista
O tanque de Israel que matou um cinegrafista palestino a serviço da agência de notícias Reuters em 16 de abril pode ter disparado intencionalmente, afirmou a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
Neste domingo, dezenas de jornalistas palestinos fizeram um protesto público, culpando a ocupação israelense pela morte de Fadel Chana, de 23 anos.
Neste domingo, dezenas de jornalistas palestinos fizeram um protesto público, culpando a ocupação israelense pela morte de Fadel Chana, de 23 anos.
Ban Ki Moon pressiona africanos sobre Zimbábue
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, vai aproveitar a reunião anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) que se realiza em Acra, capital de Gana, para pressionar os líderes africanos a tomarem uma atitude em relação ao Zimbábue, onde o governo Robert Mugabe não divulgou o resultado oficial da eleição presidencial de 29 de março.
Batalha em Mogadíscio deixa 81 mortos
Pelo menos 81 pessoas morreram em violentos combates no sábado e no domingo em Mogadíscio, a capital a Somália, entre uma milícia fundamentalista e o Exército da Etiópia, que interveio no país em 2006, em apoio ao governo provisório somaliano, incapaz de defender seu território diante da União dos Tribunais Islâmicos.
Padre Lugo sai na frente na eleição no Paraguai
O ex-bispo Fernando Lugo, candidato da esquerda, lidera a apuração dos votos da eleição presidencial deste domingo no Paraguai.
Com 16% das urnas apuradas, o Padre Lugo, como ele é conhecido, tem 39% dos votos contra 32% para a ex-ministra da Educação Blanca Ovelar, candidata oficial do governo e do Partido Colorado, no poder desde 1947. Nos últimos dias, foram levantadas suspeitas de fraude, na expectativa de que os colorados tentariam fraudas o resultado das urnas.
Lugo lidera as pesquisas há muito tempo e pode se tornar presidente porque no Paraguai não há segundo. Na campanha, ele defendeu uma renegociação do Tratado de Itaipu para que seu país possa receber pela energia gerada pela usina hidrelétrica a preços de mercado.
O governo brasileiro rejeita o reajuste alegando que o Paraguai não leva em conta a dívida com a construção de Itaipu. Pelo tratado, o Paraguai, que usa apenas 6% da energia gerada pela hidrelétrica, só pode vender o excedente para o Brasil.
Único país do mundo onde o embaixador do Brasil é mais importante que o americano, como me disse um diplomata do Itamaraty, o Paraguai é extremamente dependente do Brasil. Além de Itaipu, o pobre país vizinho tem no comércio dos sacoleiros, os brasileiros que compram na Cidade do Leste, do outro lado da Foz do Iguaçu, outra importante fonte de renda.
Na agricultura, o Paraguai tornou-se um exportador de soja graças aos brasiguaios, agricultores brasileiros que compraram terras no país vizinho e ajudaram a desenvolver a agricultura paraguaia. Agora, temem a reforma agrária prometida pelo Padre Lugo.
Com 16% das urnas apuradas, o Padre Lugo, como ele é conhecido, tem 39% dos votos contra 32% para a ex-ministra da Educação Blanca Ovelar, candidata oficial do governo e do Partido Colorado, no poder desde 1947. Nos últimos dias, foram levantadas suspeitas de fraude, na expectativa de que os colorados tentariam fraudas o resultado das urnas.
Lugo lidera as pesquisas há muito tempo e pode se tornar presidente porque no Paraguai não há segundo. Na campanha, ele defendeu uma renegociação do Tratado de Itaipu para que seu país possa receber pela energia gerada pela usina hidrelétrica a preços de mercado.
O governo brasileiro rejeita o reajuste alegando que o Paraguai não leva em conta a dívida com a construção de Itaipu. Pelo tratado, o Paraguai, que usa apenas 6% da energia gerada pela hidrelétrica, só pode vender o excedente para o Brasil.
Único país do mundo onde o embaixador do Brasil é mais importante que o americano, como me disse um diplomata do Itamaraty, o Paraguai é extremamente dependente do Brasil. Além de Itaipu, o pobre país vizinho tem no comércio dos sacoleiros, os brasileiros que compram na Cidade do Leste, do outro lado da Foz do Iguaçu, outra importante fonte de renda.
Na agricultura, o Paraguai tornou-se um exportador de soja graças aos brasiguaios, agricultores brasileiros que compraram terras no país vizinho e ajudaram a desenvolver a agricultura paraguaia. Agora, temem a reforma agrária prometida pelo Padre Lugo.
sábado, 19 de abril de 2008
Hamas ataca posto de fronteira de Israel
Quatro militantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) morreram hoje em dois carros-bomba jogados contra um posto da fronteira de Israel. Pelo menos 19 soldados israelenses saíram feridos.
Em vídeo entregue a jornalistas, militantes do Hamas prometem continuar a luta até que Israel aceite uma trégua.
Israel protestou dizendo que é um posto por onde passa boa parte das importações, inclusive de alimentos, da Faixa de Gaza. Com o ataque, a segurança será redobrada e a fiscalização da entrada de carga no território árabe mais rigorosa.
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter se encontrou hoje em Damasco, na Síria, pela segunda vez com Khaled Mechal, a quem propôs que o Hamas declare um cessar-fogo unilateral com Israel para se qualificar a participar das negociações de paz, regra adotada no processo de paz da Irlanda do Norte.
Em vídeo entregue a jornalistas, militantes do Hamas prometem continuar a luta até que Israel aceite uma trégua.
Israel protestou dizendo que é um posto por onde passa boa parte das importações, inclusive de alimentos, da Faixa de Gaza. Com o ataque, a segurança será redobrada e a fiscalização da entrada de carga no território árabe mais rigorosa.
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter se encontrou hoje em Damasco, na Síria, pela segunda vez com Khaled Mechal, a quem propôs que o Hamas declare um cessar-fogo unilateral com Israel para se qualificar a participar das negociações de paz, regra adotada no processo de paz da Irlanda do Norte.
Muktada ameaça Iraque com "guerra aberta"
O aiatolá Muktada al-Sader ameaçou declarar uma "guerra aberta", se o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki continuar atacando o Exército Mehdi, a maior milícia do Iraque, com dezenas de milhares de homens"
Hoje pelo sete pessoas morreram no ataque iraquiano-americano à milícia na Cidade de Sader, um bairro pobre xiita da periferia sul de Bagdá. O Exército do Iraque também voltou a atacar em Bássora.
"Esta é a última advertência ao governo do Iraque: ou segue o bom senso e toma o caminho da paz ou vai terminar como o governo anterior", ameaçou Muktada, referindo-se ao regime de Saddam Hussein, que caiu porque foi derrubado pelos Estados Unidos, não por ele.
"Se eles não caírem em si e pararem com a infiltração de milícias, vamos declarar guerra aberta até a libertação."
O movimento de Al-Sader acusa outros partidos xiitas de infiltrar seus milicianos nas forças de segurança, especialmente no Sul, majoritariamente xiita, onde a disputa de poder até há pouco era entre milícias rivais. É a região onde está a maioria do petróleo do Iraque. Há diversos grupos disputando o poder.
Hoje pelo sete pessoas morreram no ataque iraquiano-americano à milícia na Cidade de Sader, um bairro pobre xiita da periferia sul de Bagdá. O Exército do Iraque também voltou a atacar em Bássora.
"Esta é a última advertência ao governo do Iraque: ou segue o bom senso e toma o caminho da paz ou vai terminar como o governo anterior", ameaçou Muktada, referindo-se ao regime de Saddam Hussein, que caiu porque foi derrubado pelos Estados Unidos, não por ele.
"Se eles não caírem em si e pararem com a infiltração de milícias, vamos declarar guerra aberta até a libertação."
O movimento de Al-Sader acusa outros partidos xiitas de infiltrar seus milicianos nas forças de segurança, especialmente no Sul, majoritariamente xiita, onde a disputa de poder até há pouco era entre milícias rivais. É a região onde está a maioria do petróleo do Iraque. Há diversos grupos disputando o poder.
Talebã seqüestram embaixador do Paquistão
A Milícia dos Estudantes (Talebã), que governou o Afeganistão de 1996 a 2001, seqüestrou o embaixador do Paquistão em Cabul.
Tarik Ali Azizudine foi tomado como refém quando viajava de carro para a capital afegã em fevereiro. Suas primeiras imagens foram divulgadas neste sábado pela televisão Al-Arabyia.
Os talebã exigem a libertação de milicianos presos.
Tarik Ali Azizudine foi tomado como refém quando viajava de carro para a capital afegã em fevereiro. Suas primeiras imagens foram divulgadas neste sábado pela televisão Al-Arabyia.
Os talebã exigem a libertação de milicianos presos.
Annan apela para evitar tragédia no Zimbábue
O ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan fez um apelo hoje aos líderes africanos para que evitem uma tragédia no Zimbábue.
Hoje, começou a recontagem parcial dos votos das eleições de 29 de novembro, denunciada pela oposição como uma tentativa de fraudar também as eleições legislativas. Três semanas depois da votação, o resultado oficial da eleição presidencial não foi divulgado/
A recontagem está sendo feita em 23 dos 210 distritos zimbabueanos, entre os quais o Movimento pela Mudança Democrática (MDC) venceu em 16. Com a mudança desses resultados, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF) voltará a ter maioria no parlamento.
Um porta-voz do MDC declarou que o maior partido de oposição não aceita a recontagem nem um segundo turno da eleição presidencial. A ocultação dos resultados é a prova mais clara de que o presidente Robert Mugabe perdeu a eleição.
Esse herói da independência convertido em ditador, no poder há 28 anos, retomou seu discursão-padrão. Acusa o Reino Unido de querer recolonizar o Zimbábue, de comprar votos e de estar por trás do MDC em uma conspiração para devolver as terras desapropriadas aos brancos.
Na África do Sul, os estivadores se negaram a descarregar um navio da China carregado de armas como rifles AK-47 e 3 milhões de cargas de munição compradas pelo governo Mugabe depois das eleições. O navio agora segue rumo a Angola, cujo governo é aliado do atual regime zimbabueano.
Hoje, começou a recontagem parcial dos votos das eleições de 29 de novembro, denunciada pela oposição como uma tentativa de fraudar também as eleições legislativas. Três semanas depois da votação, o resultado oficial da eleição presidencial não foi divulgado/
A recontagem está sendo feita em 23 dos 210 distritos zimbabueanos, entre os quais o Movimento pela Mudança Democrática (MDC) venceu em 16. Com a mudança desses resultados, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF) voltará a ter maioria no parlamento.
Um porta-voz do MDC declarou que o maior partido de oposição não aceita a recontagem nem um segundo turno da eleição presidencial. A ocultação dos resultados é a prova mais clara de que o presidente Robert Mugabe perdeu a eleição.
Esse herói da independência convertido em ditador, no poder há 28 anos, retomou seu discursão-padrão. Acusa o Reino Unido de querer recolonizar o Zimbábue, de comprar votos e de estar por trás do MDC em uma conspiração para devolver as terras desapropriadas aos brancos.
Na África do Sul, os estivadores se negaram a descarregar um navio da China carregado de armas como rifles AK-47 e 3 milhões de cargas de munição compradas pelo governo Mugabe depois das eleições. O navio agora segue rumo a Angola, cujo governo é aliado do atual regime zimbabueano.
Papa defende direitos humanos para a paz
A promoção dos direitos humanos é a melhor maneira de combater a guerra, a pobreza e a desigualdade entre países e grupos sociais, afirmou o papa Bento XVI na sexta-feira, 18 de abril de 2008, em discurso perante a Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Terceiro papa a falar na ONU, Bento XVI declarou que os objetivos das Nações Unidas coincidem com valores universais pregados pela Igreja Católica: a paz, a justiça, a prosperidade, o desenvolvimento, o respeito aos direitos humanos e a proteção do meio ambiente.
O papa defendeu uma ação coletiva através da ONU para resolver pacificamente conflitos internacionais e criticou diplomaticamente as grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança, ao dizer que às vezes o "consenso multilateral depende das decisões de poucos".
Bento XVI não citou países e regiões, com exceção da África, pedindo esforços da sociedade internacional para ajudar na inclusão do continente. Na realidade, a África é palco de uma disputa estratégica entre as grandes potências e as superpotências emergentes pelos recursos naturais africanos.
Também reiterou sua posição sobre a sacralidade da vida, uma indireta contra o aborto e as pesquisas com células-tronco embrionárias.
A pesquisa científica, para Bento XVI, não pode violar "a ordem da criação, a natureza sagrada da vida", que exige o respeito a todos os indivíduos. Ele pediu um "uso racional da tecnologia e da ciência. Quem dera o homem nunca precisasse escolher entre ciência e ética", exclamou o papa.
Nas relações internacionais, o papa quer um mundo regido por normas e regras, "regras para promover a liberdade e proteger o bem comum", equilibrando "direitos com responsabilidades".
"Cada Estado tem o dever de proteger os direitos humanos de sua população", afirmou o papa defendendo a intervenção se um país viola os direitos de seus cidadãos. "É um erro se esconder por trás de uma postura pragmática. A dignidade humana é o alicerce dos direitos", argumentou voltando a um de seus temas favoritos, o "relativismo moral".
Neste ano do 60º aniversário, em 10 de dezembro, da adoção pelas Nações Unidas da Declaração Universal dos Direitos do Homem, Bento XVI a saudou como a base ética das relações internacionais e pediu esforços redobrados para cumpri-la.
"Estes direitos são baseados na natureza transcendente das pessoas", explicou o papa. "São condições para a paz, o desenvolvimento e a cooperação".
"Uma grande variedade de pontos de vista não pode esquecer que no fundo está a pessoa humana, o sujeito principal", disse o papa, reforçando a visão antropocêntrica da Igreja de que o homem é um ser iluminado por Deus.
"A promoção dos direitos humanos é essencial para eliminar as diferenças", arguiu Bento XVI. Eles são a base de uma Justiça baseada na solidariedade humana.
Para o papa, é preciso resistir à violência, ao terrorismo e à guerra, e promover a justiça e a paz.
Bento XVI propôs um diálogo entre religiões, "um desejo de unir os fiéis para promover a dignidade", e defendeu a liberdade religiosa, "o direito dos fiéis de não terem de esconder sua fé".
"A Igreja gostaria de relações internacionais em que cada homem sentisse que poderia fazer uma diferença para melhor no mundo. A ONU é um lugar privilegiado onde a Igreja pode contribuir com a Humanidade", agradeceu o papa.
Terceiro papa a falar na ONU, Bento XVI declarou que os objetivos das Nações Unidas coincidem com valores universais pregados pela Igreja Católica: a paz, a justiça, a prosperidade, o desenvolvimento, o respeito aos direitos humanos e a proteção do meio ambiente.
O papa defendeu uma ação coletiva através da ONU para resolver pacificamente conflitos internacionais e criticou diplomaticamente as grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança, ao dizer que às vezes o "consenso multilateral depende das decisões de poucos".
Bento XVI não citou países e regiões, com exceção da África, pedindo esforços da sociedade internacional para ajudar na inclusão do continente. Na realidade, a África é palco de uma disputa estratégica entre as grandes potências e as superpotências emergentes pelos recursos naturais africanos.
Também reiterou sua posição sobre a sacralidade da vida, uma indireta contra o aborto e as pesquisas com células-tronco embrionárias.
A pesquisa científica, para Bento XVI, não pode violar "a ordem da criação, a natureza sagrada da vida", que exige o respeito a todos os indivíduos. Ele pediu um "uso racional da tecnologia e da ciência. Quem dera o homem nunca precisasse escolher entre ciência e ética", exclamou o papa.
Nas relações internacionais, o papa quer um mundo regido por normas e regras, "regras para promover a liberdade e proteger o bem comum", equilibrando "direitos com responsabilidades".
"Cada Estado tem o dever de proteger os direitos humanos de sua população", afirmou o papa defendendo a intervenção se um país viola os direitos de seus cidadãos. "É um erro se esconder por trás de uma postura pragmática. A dignidade humana é o alicerce dos direitos", argumentou voltando a um de seus temas favoritos, o "relativismo moral".
Neste ano do 60º aniversário, em 10 de dezembro, da adoção pelas Nações Unidas da Declaração Universal dos Direitos do Homem, Bento XVI a saudou como a base ética das relações internacionais e pediu esforços redobrados para cumpri-la.
"Estes direitos são baseados na natureza transcendente das pessoas", explicou o papa. "São condições para a paz, o desenvolvimento e a cooperação".
"Uma grande variedade de pontos de vista não pode esquecer que no fundo está a pessoa humana, o sujeito principal", disse o papa, reforçando a visão antropocêntrica da Igreja de que o homem é um ser iluminado por Deus.
"A promoção dos direitos humanos é essencial para eliminar as diferenças", arguiu Bento XVI. Eles são a base de uma Justiça baseada na solidariedade humana.
Para o papa, é preciso resistir à violência, ao terrorismo e à guerra, e promover a justiça e a paz.
Bento XVI propôs um diálogo entre religiões, "um desejo de unir os fiéis para promover a dignidade", e defendeu a liberdade religiosa, "o direito dos fiéis de não terem de esconder sua fé".
"A Igreja gostaria de relações internacionais em que cada homem sentisse que poderia fazer uma diferença para melhor no mundo. A ONU é um lugar privilegiado onde a Igreja pode contribuir com a Humanidade", agradeceu o papa.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Carter se encontra na Síria com líder do Hamas
Num desafio ao governo George Walker Bush e a Israel, o ex-presidente americano Jimmy Carter conversa hoje, em Damasco, na Síria, com o líder máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal.
Em entrevista ontem, Carter perguntava: "Por que não se pode falar com a Síria nem com o Hamas?"
É uma tentativa de abrir uma brecha para o diálogo. Funcionou em 1994, quando Carter visitou o veterano líder da Coréia do Norte, Kim Il Sung. Os EUA acabaram fazendo um acordo com Pionguiangue que não foi cumprido. Mas a missão diplomática de Carter foi bem-sucedida.
Agora a situação é ainda mais difícil. Negociar diretamente com o Hamas atropelaria a Autoridade Nacional Palestina e seu presidente, Mahmoud Abbas, até agora escolhidos pelos Estados Unidos e Israel como interlocutores da causa palestina.
O Hamas também foi sempre contra os Acordos de Oslo. Teria de aceitá-los para sentar-se à mesa de negociações.
Há duas semanas, Mechal declarou em entrevista a um jornal palestino que aceitaria negociar com base no Documento dos Prisioneiros, adotado pela Liga Árabe, que ofereceu paz e reconhecimento a Israel em troca da criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital no setor árabe de Jerusalém.
Outra exigência de Mechal seria o direito de retorno dos refugiados palestinos desde a fundação de Israel, há 60 anos. Por razões demográficas, isso é totalmente inaceitável por Israel, que pode concordar com uma indenização a quem teve suas casas e terras desapropriadas nas guerras árabe-israelenses desde 1948.
Israel não aceita negociar com o Hamas enquanto este não abandonar a luta armada e reconhecer o direito de existência de Israel. Mesmo que comecem a discutir, a distância de posições é enorme.
Em entrevista ontem, Carter perguntava: "Por que não se pode falar com a Síria nem com o Hamas?"
É uma tentativa de abrir uma brecha para o diálogo. Funcionou em 1994, quando Carter visitou o veterano líder da Coréia do Norte, Kim Il Sung. Os EUA acabaram fazendo um acordo com Pionguiangue que não foi cumprido. Mas a missão diplomática de Carter foi bem-sucedida.
Agora a situação é ainda mais difícil. Negociar diretamente com o Hamas atropelaria a Autoridade Nacional Palestina e seu presidente, Mahmoud Abbas, até agora escolhidos pelos Estados Unidos e Israel como interlocutores da causa palestina.
O Hamas também foi sempre contra os Acordos de Oslo. Teria de aceitá-los para sentar-se à mesa de negociações.
Há duas semanas, Mechal declarou em entrevista a um jornal palestino que aceitaria negociar com base no Documento dos Prisioneiros, adotado pela Liga Árabe, que ofereceu paz e reconhecimento a Israel em troca da criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital no setor árabe de Jerusalém.
Outra exigência de Mechal seria o direito de retorno dos refugiados palestinos desde a fundação de Israel, há 60 anos. Por razões demográficas, isso é totalmente inaceitável por Israel, que pode concordar com uma indenização a quem teve suas casas e terras desapropriadas nas guerras árabe-israelenses desde 1948.
Israel não aceita negociar com o Hamas enquanto este não abandonar a luta armada e reconhecer o direito de existência de Israel. Mesmo que comecem a discutir, a distância de posições é enorme.
África do Sul pede resultado no Zimbábue
Em uma mudança da posição do presidente Thabo Mbeki, sob enormes pressões internas e externas, a África do Sul mudou de posição e, depois do Conselho de Segurança das Nações Unidas, decidiu exigir a divulgação dos resultados da eleição presidencial de 29 de março no Zimbábue.
Até agora, o governo Robert Mugabe não divulgou o resultado da apuração. A Comissão Nacional Eleitoral está recontando os votos das eleições parlamentares para fraudar a vitória da oposição também no Congresso.
Até agora, o governo Robert Mugabe não divulgou o resultado da apuração. A Comissão Nacional Eleitoral está recontando os votos das eleições parlamentares para fraudar a vitória da oposição também no Congresso.
ZANU-PF chegou a negociar transição com MDC
A União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF), partido do presidente Robert Mugabe, chegou a negociar uma transição com o Movimento pela Mudança Democrática (MDC), afirmou ontem o suposto vencedor da eleição presidencial de 29 de março, Morgan Tsvangirai. Seus resultados não foram divulgados até hoje.
Os chefes da ZANU-PF queriam negociar a impunidade e a continuidade do regime num "governo de união nacional", revelou Tsvangirai. Agora, ele se recusa a disputar um segundo turno.
Os chefes da ZANU-PF queriam negociar a impunidade e a continuidade do regime num "governo de união nacional", revelou Tsvangirai. Agora, ele se recusa a disputar um segundo turno.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Ramos Horta volta ao Timor e acusa Indonésia
Pouco mais de dois meses depois de ser baleado num atentado que quase lhe custou a vida, o presidente José Ramos Horta voltou hoje à Díli, a capital do Timor Leste, e acusou a Indonésia de apoiar os rebeldes. Desde fevereiro, ele estava em tratamento em Darwin, na Austrália, onde chegou 67 dias antes, em estado de coma, e foi submetido a duas cirurgias de emergência.
Ao chegar, Ramos Horta agradeceu o apoio do povo e do governo timorenses, especialmente o primeiro-ministro Xanana Gusmão, seu antigo companheiro na luta contra a Indonésia pela independência da ex-colônia portuguesa. Ele denunciou a Indonésia de apoiar clandestinamente os rebeldes, um grupo de ex-militares timorenses liderados pelo major Alfredo Reinado, morto no ataque pela segurança do presidente.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, prometeu investigar os suspeitos.
"É mentira", reagiu Ramos Horta. Ele disse que Reinado viajou a Jacarta, a capital da Indonésia, em maio do ano passado, e só pode ter usado documentos falsas porque do Timor não tinha. "Quem deu os documentos falsos?" Mas não acusou diretamente o governo ou o Exército da Indonésia.
Ao chegar, Ramos Horta agradeceu o apoio do povo e do governo timorenses, especialmente o primeiro-ministro Xanana Gusmão, seu antigo companheiro na luta contra a Indonésia pela independência da ex-colônia portuguesa. Ele denunciou a Indonésia de apoiar clandestinamente os rebeldes, um grupo de ex-militares timorenses liderados pelo major Alfredo Reinado, morto no ataque pela segurança do presidente.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, prometeu investigar os suspeitos.
"É mentira", reagiu Ramos Horta. Ele disse que Reinado viajou a Jacarta, a capital da Indonésia, em maio do ano passado, e só pode ter usado documentos falsas porque do Timor não tinha. "Quem deu os documentos falsos?" Mas não acusou diretamente o governo ou o Exército da Indonésia.
Combates na Faixa de Gaza matam 22 pessoas
Pelo menos 19 palestinos e três soldados israelenses morreram na quarta-feira, 16 de abril de 2008, na Faixa de Gaza, inclusive um cinegrafista da agência de notícias Reuters TV.
Um confronto entre militantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) com soldados de Israel levou os israelenses a pedirem apoio aéreo. Aviões, helicópteros e a artilharia israelense bombardearam Gaza. Um míssil atingiu o carro de reportagem de Fadel Chana, um palestino de 23 anos que trabalhava para a Reuters.
A agência de notícias afirma que o carro estava claramente identificado como Imprensa e TV, não havendo motivo para ser atacado. Chana filmava tanques israelenses bombardeavam Gaza quando ele foi atingido.
Um confronto entre militantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) com soldados de Israel levou os israelenses a pedirem apoio aéreo. Aviões, helicópteros e a artilharia israelense bombardearam Gaza. Um míssil atingiu o carro de reportagem de Fadel Chana, um palestino de 23 anos que trabalhava para a Reuters.
A agência de notícias afirma que o carro estava claramente identificado como Imprensa e TV, não havendo motivo para ser atacado. Chana filmava tanques israelenses bombardeavam Gaza quando ele foi atingido.
Exportação de computadores cresce nos EUA
Em um sinal de que o setor de alta tecnologia é o mais capaz de resistir à crise econômica nos Estados Unidos, as exportações de computadores, especialmente laptops, para a Ásia e a América Latina estão compensando a queda de vendas para o consumidor americano.
Dois relatórios indicam que houve um crescimento de 3% nas exportações. Afinal, se o mercado americano está estagnado ou em contração, isso acirra a concorrência de empresas transnacionais dos EUA em outros mercados.
Leia mais no Financial Times.
Dois relatórios indicam que houve um crescimento de 3% nas exportações. Afinal, se o mercado americano está estagnado ou em contração, isso acirra a concorrência de empresas transnacionais dos EUA em outros mercados.
Leia mais no Financial Times.
Relatório do Fed indica que EUA estão em recessão
A economia dos Estados Unidos piorou nos 30 dias até 7 de abril, admite o Livro Bege do Federal Reserve Board, o banco central dos Estados Unidos, dando mais indícios de que a economia americana está encolhendo.
Em nove dos 12 distritos do Fed, "o ritmo da atividade econômica está diminuindo". Só em Boston, Cleveland e Richmond, a economia "tem altos e baixos ou está firme".
Na edição anterior do relatório, em março, a crise atingira dois terços dos distritos do Fed; agora, são três quartos. Desde então, os consumidores gastaram menos diante do maior risco de perder o emprego e uma demanda "anêmica" no setor habitacional.
As empresas financeiras estão sofrendo com "uma certa desaceleração dos pedidos de empréstimos, o aperto nas condições de crédito e a deterioração da qualidade dos ativos".
O distrito do Fed em San Francisco, que tem jurisdição sobre toda a Califórnia, tinha reportado um crescimento modesto. Agora, anuncia que a economia está "estagnada". Em Nova Iorque, a situação piorou desde a pesquisa anterior.
Pelo tom sombrio do relatório, é provável que o Fed corte ainda mais a taxa básica de juros dos EUA, que está em 2,25% ao ano.
Leia mais no Financial Times.
Em nove dos 12 distritos do Fed, "o ritmo da atividade econômica está diminuindo". Só em Boston, Cleveland e Richmond, a economia "tem altos e baixos ou está firme".
Na edição anterior do relatório, em março, a crise atingira dois terços dos distritos do Fed; agora, são três quartos. Desde então, os consumidores gastaram menos diante do maior risco de perder o emprego e uma demanda "anêmica" no setor habitacional.
As empresas financeiras estão sofrendo com "uma certa desaceleração dos pedidos de empréstimos, o aperto nas condições de crédito e a deterioração da qualidade dos ativos".
O distrito do Fed em San Francisco, que tem jurisdição sobre toda a Califórnia, tinha reportado um crescimento modesto. Agora, anuncia que a economia está "estagnada". Em Nova Iorque, a situação piorou desde a pesquisa anterior.
Pelo tom sombrio do relatório, é provável que o Fed corte ainda mais a taxa básica de juros dos EUA, que está em 2,25% ao ano.
Leia mais no Financial Times.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Inflação aponta para queda de juros nos EUA
O índice preços ao consumidor cresceu 0,3% em março nos Estados Unidos. Já o núcleo da inflação, excluídos energia e alimentos, foi de 0,2%.
Este último é o índice que o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, analisa para decidir a taxa de juros. Há uma expectativa de novo corte no preço do dinheiro (juros), o que desvalorizou o dólar.
A taxa básica de juros do Fed está em 2,25%.
Na Europa, a inflação anual passou de 3,5% em fevereiro para 3,6% em março.
É recorde para o euro, o maior índice desde que a moeda comum européia foi introduzida, em 1999. Aumenta a probabilidade de que o Banco Central da Europa eleve a taxa básica de juros da zona do euro, hoje em 4% ao ano.
Resultado: o dólar tende a cair e o euro tende a subir. A moeda européia aproxima-se de US$ 1,60.
Este último é o índice que o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, analisa para decidir a taxa de juros. Há uma expectativa de novo corte no preço do dinheiro (juros), o que desvalorizou o dólar.
A taxa básica de juros do Fed está em 2,25%.
Na Europa, a inflação anual passou de 3,5% em fevereiro para 3,6% em março.
É recorde para o euro, o maior índice desde que a moeda comum européia foi introduzida, em 1999. Aumenta a probabilidade de que o Banco Central da Europa eleve a taxa básica de juros da zona do euro, hoje em 4% ao ano.
Resultado: o dólar tende a cair e o euro tende a subir. A moeda européia aproxima-se de US$ 1,60.
China cresce menos mas inflação preocupa
A economia da China sofreu uma pequena desaceleração no primeiro trimestre do ano, por causa da crise nos Estados Unidos e do inverno chinês mais rigoroso dos últimos 50 anos, que obrigou à paralisação de várias atividades. Mas ainda cresceu a uma taxa impressionante de 10,6% ao ano.
No ano passado, a China cresceu 11,9%, bem acima da meta oficial, de 8%.
O crescimento de preços cedeu, mas muito pouco, caindo de 8,7% em fevereiro para 8,3% em março, puxado sobretudo para alta dos alimentos.
No ano passado, a China cresceu 11,9%, bem acima da meta oficial, de 8%.
O crescimento de preços cedeu, mas muito pouco, caindo de 8,7% em fevereiro para 8,3% em março, puxado sobretudo para alta dos alimentos.
Petróleo bate recorde a US$ 115,14 por barril
Por causa da queda do dólar e dos estoques dos Estados Unidos, os preços do petróleo bateram novos recordes no mercado internacional.
O barril do tipo West Texas Intermediate chegou a US$ 115,14 na negociação eletrônica, depois do fechamento dos negócios na Bolsa Mercantil de Nova Iorque.
O barril do tipo West Texas Intermediate chegou a US$ 115,14 na negociação eletrônica, depois do fechamento dos negócios na Bolsa Mercantil de Nova Iorque.
GE vai investir US$ 2 bilhões na China
A General Eletric planeja investir US$ 2 bilhões nos próximos três anos na China para mais do que dobrar seu faturamento no país. Um grupo de 20 analistas de investimentos estão finalizando o projeto.
Maior empresa industrial do mundo, a GE surpreendeu os economistas e investidores na sexta-feira passada, quando anunciou uma queda no lucro pela primeira vez em cinco anos, errando suas previsões sobre sua própria expansão.
Agora, pretende investir na China para compensar a queda nos negócios devida à crise habitacional e financeira nos Estados Unidos. A meta é aumentar o faturamento na China de US$ 4,4 bilhões em 2007 para US$ 10 bilhões em 2010.
Leia mais no Financial Times.
Maior empresa industrial do mundo, a GE surpreendeu os economistas e investidores na sexta-feira passada, quando anunciou uma queda no lucro pela primeira vez em cinco anos, errando suas previsões sobre sua própria expansão.
Agora, pretende investir na China para compensar a queda nos negócios devida à crise habitacional e financeira nos Estados Unidos. A meta é aumentar o faturamento na China de US$ 4,4 bilhões em 2007 para US$ 10 bilhões em 2010.
Leia mais no Financial Times.
Crise de alimentos piora com corte de exportações
A crise mundial de alimentos se agravou porque o Casaquistão, quinto maior exportador mundial, parou de exportar trigo e a Indonésia de exportar arroz, provocando nova alta nos preços internacionais desses produtos agrícolas.
Sem o Casaquistão e com as restrições de exportação da Argentina, Rússia e Ucrânia, um terço do mercado mundial de trigo está parado. O preço do trigo chegou a US$ 9,11 por bushel na Bolsa de Mercadorias de Chicago.
A Indonésia resolveu seguir o exemplo do Camboja, China, Egito Índia e Vietnã: proibido a venda de arroz ao exterior. O arroz teve alta de 63% desde janeiro, criando sérios problemas para as populações mais pobres da Ásia, onde é a base alimentar.
Leia mais no Financial Times.
Sem o Casaquistão e com as restrições de exportação da Argentina, Rússia e Ucrânia, um terço do mercado mundial de trigo está parado. O preço do trigo chegou a US$ 9,11 por bushel na Bolsa de Mercadorias de Chicago.
A Indonésia resolveu seguir o exemplo do Camboja, China, Egito Índia e Vietnã: proibido a venda de arroz ao exterior. O arroz teve alta de 63% desde janeiro, criando sérios problemas para as populações mais pobres da Ásia, onde é a base alimentar.
Leia mais no Financial Times.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Barril de petróleo bate novo recorde a US$ 113,79
O preço do barril de petróleo tipo West Texas Intermediate, padrão para a Bolsa Mercantil de Nova Iorque, fechou em US$ 113,79, depois de chegar a US$ 113,99 durante o dia.
A alta foi atribuída à desvalorização do dólar e aos riscos de problemas de suprimento por causa do aumento da demanda.
A alta foi atribuída à desvalorização do dólar e aos riscos de problemas de suprimento por causa do aumento da demanda.
Papa promete expulsar pedófilos da Igreja
No início de sua primeira viagem como papa aos Estados Unidos, ainda a bordo do avião, Bento XVI comentou que os escândalos de abuso sexual de menores por padres e ministro da Igreja Católica são causa de "grande sofrimento" e "enorme vergonha" para a Igreja e para si mesmo.
O papa chegou no final da tarde desta terça-feira à base aérea de Andrews, perto de Washington, onde foi recebido ao pé da escada pelo presidente George Walker Bush, a primeira-dama Laura Bush e a filha Jeanne. É uma distinção que o protestante Bush não dera a nenhum chefe de Estado até hoje.
O papa chegou no final da tarde desta terça-feira à base aérea de Andrews, perto de Washington, onde foi recebido ao pé da escada pelo presidente George Walker Bush, a primeira-dama Laura Bush e a filha Jeanne. É uma distinção que o protestante Bush não dera a nenhum chefe de Estado até hoje.
Atentados e combates matam 62 no Iraque
Em mais um dia sangrento para demonstrar que a redução da violência no Iraque é frágil e reversível, como reconhece o comandante militar americano, general David Petraeus, pelo menos 62 pessoas morreram em quatro atentados a bomba e combates nesta terça-feira, 15 de abril de 2008.
O pior atentado foi na cidade e Bacuba, um dos centros da rebelião xiita contra a ocupação americana.
O pior atentado foi na cidade e Bacuba, um dos centros da rebelião xiita contra a ocupação americana.
Obama se defende de acusação de elitismo
O senador Barack Obama se defendeu ontem das acusações de sua rival na disputa pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 4 de novembro, senadora Hillary Clinton, que de que é "elitista" e olha os pobres de cima para baixo.
"Não nasci rico, fui criado por uma mãe solteira com a ajuda dos avós", lembrou Obama, que trabalhou em comunidades carentes de Chicago antes de entrar na política partidária. "Às vezes, minha mãe tinha de recorrer aos cupons de alimentação".
Obama tinha dito no interior da Pensilvânia que o desemprego de longo prazo em pequenas comunidades leva alguns a "se apegarem a revólveres, à religião e ao ódio com quem é diferente". A gafe abalou sua campanha.
Sem chance de recuperar a vantagem do senador por Illinois nem no voto popular nem no número de delegados à convenção nacional republicana que indicará o candidato à Casa Branca no final de agosto, Hillary, além da eleição primária de 22 de abril na Pensilvânia, tenta provar aos superdelegados do partido que Obama é inelegível.
Hillary, a Exterminadora, não perde a chance. Ela precisa de uma boa vitória na Pensilvânia para provar ao partido que não está fazendo nada além de atrapalhar a candidatura escolhida democraticamente. Sua vantagem de dois dígitos sobre Obama encurtou para 47%-43%.
"Não nasci rico, fui criado por uma mãe solteira com a ajuda dos avós", lembrou Obama, que trabalhou em comunidades carentes de Chicago antes de entrar na política partidária. "Às vezes, minha mãe tinha de recorrer aos cupons de alimentação".
Obama tinha dito no interior da Pensilvânia que o desemprego de longo prazo em pequenas comunidades leva alguns a "se apegarem a revólveres, à religião e ao ódio com quem é diferente". A gafe abalou sua campanha.
Sem chance de recuperar a vantagem do senador por Illinois nem no voto popular nem no número de delegados à convenção nacional republicana que indicará o candidato à Casa Branca no final de agosto, Hillary, além da eleição primária de 22 de abril na Pensilvânia, tenta provar aos superdelegados do partido que Obama é inelegível.
Hillary, a Exterminadora, não perde a chance. Ela precisa de uma boa vitória na Pensilvânia para provar ao partido que não está fazendo nada além de atrapalhar a candidatura escolhida democraticamente. Sua vantagem de dois dígitos sobre Obama encurtou para 47%-43%.
Produção de petróleo da Rússia chegou ao máximo
A produção de petróleo da Rússia atingiu o pico e não voltará ao nível atual, afirmou o vice-presidente da Lukoil, a maior empresa petrolífera privada russa, Leonid Fedun. Ele acredita que o país não repetirá o recorde do ano passado, quando produziu 10 milhões de barris por dia, abaixo somente da Arábia Saudita.
Leonid Fedun, de 52 anos, comparou a Rússia com o México e o Mar do Norte, onde a produção está em declínio. "Na Sibéria, o período de grande produção acabou".
Depois do Oriente Médio, a Rússia era considerada a área mais promissora para a exploração de petróleo. O petróleo fechou a US$ 111,79 na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, pouco abaixo do recorde de US$ 112,21 na semana passada.
Leonid Fedun, de 52 anos, comparou a Rússia com o México e o Mar do Norte, onde a produção está em declínio. "Na Sibéria, o período de grande produção acabou".
Depois do Oriente Médio, a Rússia era considerada a área mais promissora para a exploração de petróleo. O petróleo fechou a US$ 111,79 na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, pouco abaixo do recorde de US$ 112,21 na semana passada.
Berlusconi ganha na Itália com maioria ampliada
O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi será chefe de governo da Itália pela terceira vez.
Sua aliança conservadora Povo da Liberdade venceu as eleições de domingo e segunda-feira com uma maioria mais estável do que há obtida pelo governo de centro-esquerda de Romano Prodi, que caiu em janeiro de 2008, depois de um ano e oito meses no poder.
Berlusconi terá uma maioria de cerca de cem deputados na Câmara e de 32 senadores. Prodi tinha uma maioria de apenas dois senadores. Qualquer dos partidos nanicos de sua coalizão de nove partidos estava em posição de derrubar o governo.
Na sua primeira declaração, o bilionário Berlusconi preparou os italianos para dificuldades, "tempos duros pela frente". A Liga Norte, originalmente um partido separatista lombardo, hoje aliada de Berlusconi, melhorou sua votação, assim como a neofascista Aliança Nacional, enquanto a Esquerda do Arco-Íris, uma coligação de verdes com o Partido de Refundação Comunista, desapareceu do parlamento italiano.
Com a terceira maior dívida do mundo, superior ao produto interno bruto pouco mais de US$ 2 trilhões, e uma economia estagnada há 7 anos, o maior desafio do novo governo é estimular o crescimento da economia italiana.
Será o 62º governo italiano desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Il Cavalière Berlusconi, como o folclórico primeiro-ministro é chamado, é um dos homens mais ricos da Itália, dono do clube de futebol Milan, da Mediaset, a maior rede de televisão privada do país, e do grupo financeiro Fininvest. Entrou na política no vácuo do desaparecimento da Democracia Cristã, que dominou a política italiana durante a Guerra Fria, por causa dos escândalos de corrupções investigados pela Operação Mãos Limpas.
Mas não é menos corrupto do que os políticos que substituiu e que o ajudaram a subir, por exemplo, com concessões de TV, como o ex-primeiro-ministro socialista Bettino Craxi, um dos condenados pela Operação Mãos Limpas. Berlusconi passou parte de seus governos anteriores mudando leis para não ser condenado.
Seus principais aliados são a Liga do Norte, inicialmente um partido separatista da Lombardia que queria se livrar do Sul pobre da Itália; e a Aliança Nacional, herdeira do partido fascista do ditador Benito Mussolini.
Entre as primeiras políticas anunciadas pelo futuro governo, está a linha dura contra a imigração ilegal, apontada por Berlusconi na campanha como causa da criminalidade. Veja sua primeira entrevista: “Uma das primeiras coisas a fazer é fechar as fronteiras e criar mais campos para identificação de cidadãos estrangeiros que não têm empregos e são forçados a entrar para o crime. Em segundo lugar, precisamos de mais policiais locais que constituam um exército do bem nas praças e nas ruas, para intervirem e ficarem entre o povo italiano e o exército do mal.”
Na campanha, Berlusconi atribuiu a estagnação econômica, o desemprego, a alta nos preços de combustíveis e alimentos ao governo Prodi. Prometeu cortar impostos e reduzir o déficit público e a dívida, o que é um pouco de mágica do Cavalière.
Sua aliança conservadora Povo da Liberdade venceu as eleições de domingo e segunda-feira com uma maioria mais estável do que há obtida pelo governo de centro-esquerda de Romano Prodi, que caiu em janeiro de 2008, depois de um ano e oito meses no poder.
Berlusconi terá uma maioria de cerca de cem deputados na Câmara e de 32 senadores. Prodi tinha uma maioria de apenas dois senadores. Qualquer dos partidos nanicos de sua coalizão de nove partidos estava em posição de derrubar o governo.
Na sua primeira declaração, o bilionário Berlusconi preparou os italianos para dificuldades, "tempos duros pela frente". A Liga Norte, originalmente um partido separatista lombardo, hoje aliada de Berlusconi, melhorou sua votação, assim como a neofascista Aliança Nacional, enquanto a Esquerda do Arco-Íris, uma coligação de verdes com o Partido de Refundação Comunista, desapareceu do parlamento italiano.
Com a terceira maior dívida do mundo, superior ao produto interno bruto pouco mais de US$ 2 trilhões, e uma economia estagnada há 7 anos, o maior desafio do novo governo é estimular o crescimento da economia italiana.
Será o 62º governo italiano desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Il Cavalière Berlusconi, como o folclórico primeiro-ministro é chamado, é um dos homens mais ricos da Itália, dono do clube de futebol Milan, da Mediaset, a maior rede de televisão privada do país, e do grupo financeiro Fininvest. Entrou na política no vácuo do desaparecimento da Democracia Cristã, que dominou a política italiana durante a Guerra Fria, por causa dos escândalos de corrupções investigados pela Operação Mãos Limpas.
Mas não é menos corrupto do que os políticos que substituiu e que o ajudaram a subir, por exemplo, com concessões de TV, como o ex-primeiro-ministro socialista Bettino Craxi, um dos condenados pela Operação Mãos Limpas. Berlusconi passou parte de seus governos anteriores mudando leis para não ser condenado.
Seus principais aliados são a Liga do Norte, inicialmente um partido separatista da Lombardia que queria se livrar do Sul pobre da Itália; e a Aliança Nacional, herdeira do partido fascista do ditador Benito Mussolini.
Entre as primeiras políticas anunciadas pelo futuro governo, está a linha dura contra a imigração ilegal, apontada por Berlusconi na campanha como causa da criminalidade. Veja sua primeira entrevista: “Uma das primeiras coisas a fazer é fechar as fronteiras e criar mais campos para identificação de cidadãos estrangeiros que não têm empregos e são forçados a entrar para o crime. Em segundo lugar, precisamos de mais policiais locais que constituam um exército do bem nas praças e nas ruas, para intervirem e ficarem entre o povo italiano e o exército do mal.”
Na campanha, Berlusconi atribuiu a estagnação econômica, o desemprego, a alta nos preços de combustíveis e alimentos ao governo Prodi. Prometeu cortar impostos e reduzir o déficit público e a dívida, o que é um pouco de mágica do Cavalière.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
EUA e Irã negociam secretamente
Os Estados Unidos e o Irã estão negociando secretamente há cinco anos o programa nuclear iraniano e as relações entre os dois países, rompidas desde a invasão da embaixada americana em Teerã, em 1979, depois da revolução islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini.
Oposição convoca greve geral no Zimbábue
A oposição do Zimbábue convocou uma greve geral a partir desta terçca-feira para pressionar o governo do presidente Robert Mugabe, que até hoje não divulgou os resultados oficiais da eleição presidencial de 29 de março e estaria fazendo uuma recontagem com suspeita de fraude.
Mugabe, no poder desde a independência do Zimbábue, em 1980, teria perdido a eleição mas recusa-se a abandonar o cargo e tem apoio de um núcleo de beneficiários de seu regime corrupto e ditatorial.
Em reunião de cúpula na Zâmbia, os líderes da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África insistiram que o Zimbábue divulgue logo o resultado da eleição presidencial, declarando que a realização de um segundo turno é a melhor maneira de resolver o impasse pacificamente.
Desde a semana passada, a oposição anuncia que não pretende disputar um segundo turno porque se considera vitoriosa.
Mugabe, no poder desde a independência do Zimbábue, em 1980, teria perdido a eleição mas recusa-se a abandonar o cargo e tem apoio de um núcleo de beneficiários de seu regime corrupto e ditatorial.
Em reunião de cúpula na Zâmbia, os líderes da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África insistiram que o Zimbábue divulgue logo o resultado da eleição presidencial, declarando que a realização de um segundo turno é a melhor maneira de resolver o impasse pacificamente.
Desde a semana passada, a oposição anuncia que não pretende disputar um segundo turno porque se considera vitoriosa.
FMI e Banco Mundial alertam para fome
A ameaça de fome decorrente da inflação mundial nos preços dos alimentos preocupa tanto o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial quanto a crise financeira iniciada no setor habitacional dos EUA.
Nos últimos três anos, os preços dos alimentos subiram 86%, advertiu o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Há um aumento da demanda causado pelo crescimento da China e da Índia, secas atribuídas ao aquecimento global e a concorrência dos biocombustíveis.
Ao mesmo tempo, há um forte incentivo à produção de transgênicos para aumentar a produtividade de modo a atender à procura cada vez maior e uma pressão dos grandes exportadores, liderados pelo Brasil, para uma liberalização do comércio agrícola, com o fim dos subsídios dos países ricos.
Nos últimos dias, houve violentos protestos no Haiti. Também houve distúrbios e saques em diversos países africanos. Na reunião da cúpula da Índia com a África, as duas partes pediram às Nações Unidas maior empenho na busca da segurançca alimentar.
Nos últimos três anos, os preços dos alimentos subiram 86%, advertiu o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Há um aumento da demanda causado pelo crescimento da China e da Índia, secas atribuídas ao aquecimento global e a concorrência dos biocombustíveis.
Ao mesmo tempo, há um forte incentivo à produção de transgênicos para aumentar a produtividade de modo a atender à procura cada vez maior e uma pressão dos grandes exportadores, liderados pelo Brasil, para uma liberalização do comércio agrícola, com o fim dos subsídios dos países ricos.
Nos últimos dias, houve violentos protestos no Haiti. Também houve distúrbios e saques em diversos países africanos. Na reunião da cúpula da Índia com a África, as duas partes pediram às Nações Unidas maior empenho na busca da segurançca alimentar.
Iraque demite quem não atacou xiitas
Mais de 1,3 mil homens das novas forças de segurança do Iraque foram dispensados por se recusarem a atacar as milícias xiitas na ofensiva lançada pelo governo há três semanas. Alguns desertaram, entregando suas armas, enquanto outros simplesmente mudaram de lado.
Líder da China encontra vice de Taiwan
O presidente da China, Hu Jintao, se encontrou no sábado com o vice-presidente eleito de Taiwan, Vincent Siew, no contato de mais alto nível entre as duas Chinas em quase 60 anos. É um sinal do relaxamento de tensões provocado pela volta o poder em Taipé do partido nacionalista Kuomintang, mais distante da idéia de proclamar a independência do que o Partido Popular Democrático, que está deixando o governo.
Siew foi eleito em março, na chapa de Ma Ying-jeou, que prometeu melhorar as relações com a China continental. Eles tomam posse em maio.
Para o regime comunista chinês, Taiwan é uma província rebelde, parte inseparável do território da pátria. Se Taiwan declarar a independência, o governo de Beijim ameaça invadi-la. Os EUA tem o compromisso de defender Taiwan, o que complicaria a situação.
Os EUA e os empresários taiwaneses elogiaram a reaproximação. Estes últimos lamentam ter perdido oportunidades nos últimos oito anos por causa da postura pró-independência do governo de Taipé.
Siew foi eleito em março, na chapa de Ma Ying-jeou, que prometeu melhorar as relações com a China continental. Eles tomam posse em maio.
Para o regime comunista chinês, Taiwan é uma província rebelde, parte inseparável do território da pátria. Se Taiwan declarar a independência, o governo de Beijim ameaça invadi-la. Os EUA tem o compromisso de defender Taiwan, o que complicaria a situação.
Os EUA e os empresários taiwaneses elogiaram a reaproximação. Estes últimos lamentam ter perdido oportunidades nos últimos oito anos por causa da postura pró-independência do governo de Taipé.
Odinga vira primeiro-ministro do Quênia
Depois de meses de negociações, finalmente ontem o presidente do Quênia, Mwai Kibaki, confirmou a indicação do líder da oposição, Raila Odinga, para primeiro-ministro de um governo de união nacional.
Odinga alega ter vencido a eleição presidencial de 27 de dezembro, fraudada pelo governo, o que provocou uma onda de violência com cerca de 1,5 mil mortes.
Na semana passada, diante da forte relutância do governo em dividir o pode meio a meio, Odinga, do Movimento Democrático Laranja, chegou a romper as negociações. Isso voltou a gerar problemas de segurança em diversas regiões, sobretudo em Nairóbi, a capital queniana.
Odinga alega ter vencido a eleição presidencial de 27 de dezembro, fraudada pelo governo, o que provocou uma onda de violência com cerca de 1,5 mil mortes.
Na semana passada, diante da forte relutância do governo em dividir o pode meio a meio, Odinga, do Movimento Democrático Laranja, chegou a romper as negociações. Isso voltou a gerar problemas de segurança em diversas regiões, sobretudo em Nairóbi, a capital queniana.
domingo, 13 de abril de 2008
Maoístas vencem eleições no Nepal
Os ex-guerrilheiros maoístas, considerados terroristas pelos Estados Unidos, venceram as eleições no Nepal e devem transformar o país numa república.
Observadores internacionais disseram que houve algumas irregularidades nas primeiras eleições em nove anos neste reino perdido nas montanhas do Himalaia, as mais altas do mundo. Mas não seriam suficientes para mudar o resultado do pleito.
Se confirmadas a vitória dos maoístas, será um desafio para as políticas externas dos EUA e da Índia.
Observadores internacionais disseram que houve algumas irregularidades nas primeiras eleições em nove anos neste reino perdido nas montanhas do Himalaia, as mais altas do mundo. Mas não seriam suficientes para mudar o resultado do pleito.
Se confirmadas a vitória dos maoístas, será um desafio para as políticas externas dos EUA e da Índia.
Hillary ataca Obama por trabalhadores
Sob ataque de sua rival, a senadora Hillary Clinton, na disputa pela candidatura do Partido Democrata, o senador Barack Obama retirou as palavras "amargas" que havia dito numa pequena cidade do interior.
Para Hillary, Obama foi "elitista" e "paternalista" ao comentar que numa situação angustiante, de desemprego, os trabalhadores podem se "apegar a revólveres, à religião ou à antipatia por quem não é como eles".
Hillary, cuja vantagem nas pesquisas para a eleição primária decisiva de 22 de abril no estado de Pensilvânia, vem caindo, aproveitou para atacar o oponente. Obama lidera a disputa tanto no voto popular como no número de delegados à convenção nacional democrata, que vai indicar oficialmente o candidato no final de agosto.
Para Hillary, Obama foi "elitista" e "paternalista" ao comentar que numa situação angustiante, de desemprego, os trabalhadores podem se "apegar a revólveres, à religião ou à antipatia por quem não é como eles".
Hillary, cuja vantagem nas pesquisas para a eleição primária decisiva de 22 de abril no estado de Pensilvânia, vem caindo, aproveitou para atacar o oponente. Obama lidera a disputa tanto no voto popular como no número de delegados à convenção nacional democrata, que vai indicar oficialmente o candidato no final de agosto.
Berlusconi é favorito na Itália
Os italianos votam no domingo e na segunda-feira para escolhar o 63º governo do país desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O favoritismo é do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, homem mais rico da Itália, líder da coligação direitista Povo da Liberdade.
Seu maior adversário é o ex-prefeito de Roma Walter Veltroni, do Partido Democrático, líder de uma coalizão de centro-esquerda.
É improvável que o novo governo tenha a maioria necessária para reformar o sistema político para enfrentar a instabilidade crônica e a incapacidade de formar governos fortes.
Se na Câmara, o partido vencedor ganha um bônus para ampliar sua maioria, no Senado os resultados têm sido muito apertados, minando a estabilidade do governo.
O primeiro-ministro Romano Prodi caiu após 20 meses de governo porque tinha apenas dois senadores de maioria. A saída de dois partidos menores de sua coalizão de nove partidos foi suficiente para acabar com o governo.
Seu maior adversário é o ex-prefeito de Roma Walter Veltroni, do Partido Democrático, líder de uma coalizão de centro-esquerda.
É improvável que o novo governo tenha a maioria necessária para reformar o sistema político para enfrentar a instabilidade crônica e a incapacidade de formar governos fortes.
Se na Câmara, o partido vencedor ganha um bônus para ampliar sua maioria, no Senado os resultados têm sido muito apertados, minando a estabilidade do governo.
O primeiro-ministro Romano Prodi caiu após 20 meses de governo porque tinha apenas dois senadores de maioria. A saída de dois partidos menores de sua coalizão de nove partidos foi suficiente para acabar com o governo.
Explosão mata 10 e fere 166 no Irã
Uma explosão perto de uma uma mesquita deixou 10 mortos e 166 feridos na cidade de Chiraz, no Sul do Irã.
Inicialmente atribuída a um atentado a bomba, a explosão foi causada pela manipulação indevida de armas e munições. A polícia desmentiu as suspeitas de sabotagem.
Inicialmente atribuída a um atentado a bomba, a explosão foi causada pela manipulação indevida de armas e munições. A polícia desmentiu as suspeitas de sabotagem.
China acusa nove monges de ato terrorista
A China prendeu nove monges budistas tibetanos que acusa de um ataque a bomba contra um prédio público em 23 de março.
O governo chinês responsabiliza o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete, e seus seguidores pela onda de manifestações de protesto iniciada em 10 março, aniversário da revolta tibetana de 1959. Recentemente, anunciou que extremistas muçulmanos estariam planejando atentados contra atletas, jornalistas e turistas para boicotar a Olimpíada de Beijim, que começa em 8 de agosto.
Mas até agora, não havia denunciado nenhum atentado a bomba. A agência de notícias oficial Nova China informou que nove monges do Mosteiro de Tongxia confessaram-se culpado pelo ataque, sem falar sobre os efeitos da suposta explosão.
No sábado, o presidente Hu Jintao acusou o Dalai Lama de querer "dividir a pátria", "incitar à violência" e "arruinar a Olimpíada de Beijim" usando métodos violentos. É o discurso oficial da ditadura militar chinesa.
"Não estamos contra vocês, e eu não independência", reiterou o Dalai Lama.
A última denúncia é de uma aliança entre os tibetanos e os extremistas muçulmanos da minoria étnica uigur da província de Xinjiang, no Oeste da China, no Turquestão Oriental, que como o Tibete teve uma breve vida independente entre o colapso do império chinês, em 1912, e a vitória da revolução comunista em 1949.
É a paranóia do regime comunista chinês chegando a seu mais alto grau, por causa das pressões causadas pela violenta repressão ao movimento pela liberdade no Tibete.
O governo chinês responsabiliza o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete, e seus seguidores pela onda de manifestações de protesto iniciada em 10 março, aniversário da revolta tibetana de 1959. Recentemente, anunciou que extremistas muçulmanos estariam planejando atentados contra atletas, jornalistas e turistas para boicotar a Olimpíada de Beijim, que começa em 8 de agosto.
Mas até agora, não havia denunciado nenhum atentado a bomba. A agência de notícias oficial Nova China informou que nove monges do Mosteiro de Tongxia confessaram-se culpado pelo ataque, sem falar sobre os efeitos da suposta explosão.
No sábado, o presidente Hu Jintao acusou o Dalai Lama de querer "dividir a pátria", "incitar à violência" e "arruinar a Olimpíada de Beijim" usando métodos violentos. É o discurso oficial da ditadura militar chinesa.
"Não estamos contra vocês, e eu não independência", reiterou o Dalai Lama.
A última denúncia é de uma aliança entre os tibetanos e os extremistas muçulmanos da minoria étnica uigur da província de Xinjiang, no Oeste da China, no Turquestão Oriental, que como o Tibete teve uma breve vida independente entre o colapso do império chinês, em 1912, e a vitória da revolução comunista em 1949.
É a paranóia do regime comunista chinês chegando a seu mais alto grau, por causa das pressões causadas pela violenta repressão ao movimento pela liberdade no Tibete.
sábado, 12 de abril de 2008
Lucro da GE cai e derruba bolsas
A General Eletric, uma das maiores empresas do mundo, teve um lucro 5,8% menor no primeiro trimeste do que no mesmo período no ano passado, abaixo a expectativa do mercado. Para alguns analistas, a empresa é como um termômetro da economia dos Estados Unidos.
Sua área de ação é enorme. A GE faz desde motores de avião e equipamentos médicos de tecnologia de ponta até fogões, geladeiras e formos de microondas.
Sua área de ação é enorme. A GE faz desde motores de avião e equipamentos médicos de tecnologia de ponta até fogões, geladeiras e formos de microondas.
Mugabe não vai à reunião de cúpula na Zâmbia
O presidente Robert Mugabe não vai à reunião de emergência da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África para discutir o impasse eleitoral no Zimbábue, onde o resultado da eleição presidencial de 29 de março não foi divulgado até hoje.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Cuba acaba com teto salarial no setor público
Em mais uma reforma para liberalizar a economia, o novo presidente de Cuba, Raúl Castro, assinou decreto que acaba com o teto salarial dos empregados do setor público. A partir de agora, eles podem trabalhar mais e ganhar mais.
Nas ruas de Havana, a novidade foi bem recebida. Apesar de décadas de lavagem cerebral anticapitalista, os cubanos entendem que para ganhar mais precisam ter maior produtividade e acreditam que este é o caminho.
O Estado é responsável por 90% da economia cubana e pela maior parte dos empregos. Em um mês no poder, desde que substituiu definitivamente o irmão Fidel, Raúl Castro liberou as vendas de computadores, DVDs e telefones celulares, autorizou os cubanos a se hospedarem em hotéis de luxo e liberalizou o setor agrícola.
Mas os adversários do regime continuam insatisfeitos. Eles realizaram uma reunião na quinta-feira para apresentar uma proposta e tentar influir na liberalização em marcha: "Ainda não temos liberdades civis, políticas, econômicas e culturais", afirmou Marta Beatriz Roque.
Nas ruas de Havana, a novidade foi bem recebida. Apesar de décadas de lavagem cerebral anticapitalista, os cubanos entendem que para ganhar mais precisam ter maior produtividade e acreditam que este é o caminho.
O Estado é responsável por 90% da economia cubana e pela maior parte dos empregos. Em um mês no poder, desde que substituiu definitivamente o irmão Fidel, Raúl Castro liberou as vendas de computadores, DVDs e telefones celulares, autorizou os cubanos a se hospedarem em hotéis de luxo e liberalizou o setor agrícola.
Mas os adversários do regime continuam insatisfeitos. Eles realizaram uma reunião na quinta-feira para apresentar uma proposta e tentar influir na liberalização em marcha: "Ainda não temos liberdades civis, políticas, econômicas e culturais", afirmou Marta Beatriz Roque.
Inglaterra baixa juro básico para 5% ao ano
O Banco da Inglaterra baixou a taxa de juros da quinta maior economia do mundo para 5% ao ano. É a mais alta entre os países do Grupo dos Sete (G-7).
Nos Estados Unidos, a taxa básica caiu para 2,25% como instrumento de política monetária para tentar evitar a recessão.
Já o Banco Central da Europa manteve a taxa básica da zona do euro em 4%, preocupado porque a inflação está em 3,5% ao ano, bem acima da meta do BCE, que é de 2%.
Há uma pressão inflacionária, causada pela alta nos preços do petróleo e da energia, e também dos alimentos, mas os diretores bancos centrais no momento acreditam que os maiores riscos estão em uma recessão econômica.
Nos Estados Unidos, a taxa básica caiu para 2,25% como instrumento de política monetária para tentar evitar a recessão.
Já o Banco Central da Europa manteve a taxa básica da zona do euro em 4%, preocupado porque a inflação está em 3,5% ao ano, bem acima da meta do BCE, que é de 2%.
Há uma pressão inflacionária, causada pela alta nos preços do petróleo e da energia, e também dos alimentos, mas os diretores bancos centrais no momento acreditam que os maiores riscos estão em uma recessão econômica.
Dalai Lama acusa China de só usar violência
O líder político e espiritual do Tibete, Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, pediu ontem à China para "aceitar a realidade e encontrar uma solução dentro da realidade. Em qualquer crise, eles só usam a repressão violenta, que é um método antiquado". Ele acusou a falta de liberdade de expressão na China pelo conflito no Tibete.
Em entrevista no Japão, antes de embarcar para os Estados Unidos, o Dalai Lama denunciou "centenas de mortes e milhares de prisões no Tibete" desde que começaram os protestos, em 10 de março".
Mais adiante, defendeu a liberdade de expressão: "A manifestação não-violenta por pura motivação política não pode ser descrita como criminosa. É preciso fazer uma distinção e juristas respeitáveis devem investigar".
Voltou a defender a realização da Olimpíada em Beijim e a exigir autonomia para o Tibete, que oficialmente é uma região autônoma da China.
"Autonomia? É só uma palavra", respondeu o Dalai Lama. "Não é sinceramente implentada. Por isso, os tibetanos de diferentes regiões estão ressentidos. Então essa crise é a expressão do seu profundo ressentimento. Estão querendo genuína autonomia, não independência."
Sobre os Jogos, o deus-rei tibetano foi mais uma vez conciliador: "Apóio a China como sede do maior evento esportivo do mundo porque é a mais populosa e a mais antiga nação do mundo. O povo chinês merece organizar os jogos Olímpicos. Apesar dos acontecimentos desafortunados recentes no Tibete, minha posição não mudou."
Em entrevista no Japão, antes de embarcar para os Estados Unidos, o Dalai Lama denunciou "centenas de mortes e milhares de prisões no Tibete" desde que começaram os protestos, em 10 de março".
Mais adiante, defendeu a liberdade de expressão: "A manifestação não-violenta por pura motivação política não pode ser descrita como criminosa. É preciso fazer uma distinção e juristas respeitáveis devem investigar".
Voltou a defender a realização da Olimpíada em Beijim e a exigir autonomia para o Tibete, que oficialmente é uma região autônoma da China.
"Autonomia? É só uma palavra", respondeu o Dalai Lama. "Não é sinceramente implentada. Por isso, os tibetanos de diferentes regiões estão ressentidos. Então essa crise é a expressão do seu profundo ressentimento. Estão querendo genuína autonomia, não independência."
Sobre os Jogos, o deus-rei tibetano foi mais uma vez conciliador: "Apóio a China como sede do maior evento esportivo do mundo porque é a mais populosa e a mais antiga nação do mundo. O povo chinês merece organizar os jogos Olímpicos. Apesar dos acontecimentos desafortunados recentes no Tibete, minha posição não mudou."
China manda COI não se meter em política
Em uma discussão sobre os protestos que atrapalham o revezamento da tocha da Olimpíada de Beijim, a China mandou o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o francês Jacques Rogge, não se meter em política.
Diante da pior crise da história da chama olímpica, o COI ameaçou suspender a parte internacional do revezamento. Os chineses ficaram furiosos. Mais ainda, quando Rogge sugeriu que a China melhorasse a situação dos direitos humanos até a abertura dos Jogos de Beijim, em 8 de agosto.
O Ministério da Segurança Pública anunciou ter descoberto uma conspiração de extremistas muçulmanos do Turquestão Oriental, a região muçulmana do Oeste da China, para sabotar a Olimpíada com atos terroristas contra turistas, atletas e jornalistas, do seqüestro a atentados a bomba.
Diversos artefatos e materiais que seriam usados para fabricar bombas foram apresentados pela polícia. Os atentados começariam em maio em Beijim e Xangai.
Diante da pior crise da história da chama olímpica, o COI ameaçou suspender a parte internacional do revezamento. Os chineses ficaram furiosos. Mais ainda, quando Rogge sugeriu que a China melhorasse a situação dos direitos humanos até a abertura dos Jogos de Beijim, em 8 de agosto.
O Ministério da Segurança Pública anunciou ter descoberto uma conspiração de extremistas muçulmanos do Turquestão Oriental, a região muçulmana do Oeste da China, para sabotar a Olimpíada com atos terroristas contra turistas, atletas e jornalistas, do seqüestro a atentados a bomba.
Diversos artefatos e materiais que seriam usados para fabricar bombas foram apresentados pela polícia. Os atentados começariam em maio em Beijim e Xangai.
Júri vê vídeo de terrorista suicida na Inglaterra
Um vídeo que seria a mensagem póstuma de um terrorista suicida foi exibido ao júri hoje num tribunal em Londres onde estão sendo processados oito suspeito de planejar a explosões aviões em pleno ar em vôos transatlânticos.
A quadrilha foi presa em agosto de 2006, sob a acusação de conspirar para atacar vôos em rotas entre Inglaterra, os Estados Unidos e o Canadá. Essa conspiração provocou um caos nos aeroportos, ao aumentar o rigor nas inspeções antes do embarque. Até hoje, no mundo inteiro, persistem as restrições para entrar com líquidos na bagagem de mão.
De turbante xadrez e robe branco, diante de uma bandeira preta, o jovem Umar Islam prega uma guerra sem fim contra os EUA e seus aliados, enquanto invadirem as terras muçulmanas, socando o ar de vez em quando para dar ênfase e extravasar sua raiva.
"Fazemos isso para receber a recompensa de Alá o Todo-Poderoso, porque Alá o Todo-Poderoso ama os que seguem o seu caminho, Alá o Todo-Poderoso ama os mujahedin, e Alá o Todo-Poderoso ama aqueles que morrem ou são mortos no seu caminho. Qualquer um que queira negar isso deve ler o Corão. Não serão capazes de negar isso porque são palavras do Corão. Não deixaremos essa luta enquanto não deixarem nossas terras e vocês não sentirem aquilo que sentimos.
"Esta é a vingança pelas ações dos EUA e seus cúmplices, como os britânicos e os judeus, em terras muçulmanas. Esta é uma advertência para os infiéis. Se eles não deixarem nossas terras, haverá muitos mais como nós, muito mais prontos para atacar até que a lei de Alá seja estabelecida na Terra.
"A todos os infiéis, a todos os não-muçulmanos, deve ficar claro que vocês jamais vão vencer esta guerra. Mesmo que pareça que estejam ganhando, saibam que o que importa é a vitória a longo prazo e estamos firmemente decididos a fazer a guerra santa contra vocês.
"Operações de martírio e operações de matírio vão continuar desabando sobre os infiéis até que eles entendam e saiam de nossas terras."
A quadrilha foi presa em agosto de 2006, sob a acusação de conspirar para atacar vôos em rotas entre Inglaterra, os Estados Unidos e o Canadá. Essa conspiração provocou um caos nos aeroportos, ao aumentar o rigor nas inspeções antes do embarque. Até hoje, no mundo inteiro, persistem as restrições para entrar com líquidos na bagagem de mão.
De turbante xadrez e robe branco, diante de uma bandeira preta, o jovem Umar Islam prega uma guerra sem fim contra os EUA e seus aliados, enquanto invadirem as terras muçulmanas, socando o ar de vez em quando para dar ênfase e extravasar sua raiva.
"Fazemos isso para receber a recompensa de Alá o Todo-Poderoso, porque Alá o Todo-Poderoso ama os que seguem o seu caminho, Alá o Todo-Poderoso ama os mujahedin, e Alá o Todo-Poderoso ama aqueles que morrem ou são mortos no seu caminho. Qualquer um que queira negar isso deve ler o Corão. Não serão capazes de negar isso porque são palavras do Corão. Não deixaremos essa luta enquanto não deixarem nossas terras e vocês não sentirem aquilo que sentimos.
"Esta é a vingança pelas ações dos EUA e seus cúmplices, como os britânicos e os judeus, em terras muçulmanas. Esta é uma advertência para os infiéis. Se eles não deixarem nossas terras, haverá muitos mais como nós, muito mais prontos para atacar até que a lei de Alá seja estabelecida na Terra.
"A todos os infiéis, a todos os não-muçulmanos, deve ficar claro que vocês jamais vão vencer esta guerra. Mesmo que pareça que estejam ganhando, saibam que o que importa é a vitória a longo prazo e estamos firmemente decididos a fazer a guerra santa contra vocês.
"Operações de martírio e operações de matírio vão continuar desabando sobre os infiéis até que eles entendam e saiam de nossas terras."
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Atriz pornô mostra bunda para ser eleita em Roma
Ela se apresenta como a melhor bunda do Partido Socialista e a mostra no verso do panfleto da campanha. Milly D'Abraccio quer ser eleita por Roma nas eleições de 13 e 14 de abril na Itália.
Na parte da frente, diz ela, o folheto é sério, "no estilo Hillary Clinton". Lá, estão as propostas da candidatura. Na parte de trás, a bunda e um recado: "Não vote em candidatos bundões".
Na parte da frente, diz ela, o folheto é sério, "no estilo Hillary Clinton". Lá, estão as propostas da candidatura. Na parte de trás, a bunda e um recado: "Não vote em candidatos bundões".
Bush suspende retirada americana do Iraque
Apesar das pressões da oposição, o presidente George Walker Bush aceitou a recomendanção do comandante militar dos Estados Unidos no Iraque, general David Petraeus, e suspendeu a retirada das tropas americanas a partir de julho. Quando seu sucessor assumir, em 20 de janeiro de 2009, receberá como herança 140 mil soldados americanos no Iraque e uma guerra sem fim.
Em seu estilo de não admitir erros, apesar da sucessão de fracassos de seus dois governos, Bush declarou que os EUA retomaram a iniciativa da guerra no Iraque por causa da nova estratégia de reforço de tropas anunciada por ele há um ano e três meses: "Houve uma redução da violência sectária e atacamos os refúgios dos terroristas. Há uma mobilização crescente contra Al Caeda. Novas empresas estão se abrindo. Os governos municipais estão se organizando."
Bush apontou a retomada na produção de petróleo pelo Iraque aos níveis anteriores à invasão e os indicadores do país como um todo como prova da recuperação do país.
Para o presidente americano, há "três grandes desafios": a rede terrorista Al Caeda, o Irã e a reconciliação nacional dos iraquianos.
O reforço das tropas americanas, com o envio de mais 30 mil soldados no ano passado, marcou "uma mudança estratégica", afirmou Bush. "Retomamos a iniciativa. Hoje, estamos enfrentando insurgentes. Al Caeda está em fuga. Não temos a perspectiva do fracasso. Renasceu a expectativa de sucesso. Estamos na ofensiva, operando todas as noites".
Sair do Iraque e deixar o novo governo iraquiano se defendendo sozinho seria arriscado, argumenta o presidente: "Eles ainda precisam da nossa ajuda. Vamos manter o apoio ao governo do Iraque. Fizemos progressos significativos. Estamos no caminho certo."
A economia está em recuperação, assegura Bush: "Os EUA não estão mais pagando pela reconstrução, e o Iraque está pagando a maior parte das despesas com a Polícia e o Exército. Na frente política, as tribos estão reconstruindo a estrutura política.
Na frente diplomática, "o mundo precisa aumentar suas relações com o Iraque", pede Bush. "O general David Petraeus e o embaixador Ryan Crocker vão à Arábia Saudita, iniciando um giro pela região. Estamos incentivando os países vizinhos a reabrirem suas embaixadas. O Irã tem de fazer uma escolha: viver em paz ou o terrorismo."
Pela avaliação do presidente, os EUA estão avançado no Iraque nos setores de segurança, economia, política e diplomacia.
Depois de admitir que as Forças Armadas dos EUA estão estressadas, Bush falou que "o recrutamento continua forte. Uma derrota vai deprimir as Forças ".
Em seguida, pediu mais dinheiro ao Congresso alegando que o gasto militar total dos EUA "não é muito alto, apenas 4% do orçamento contra 13% durante a Segunda Guerra Mundial e 6% nos governos de Ronald Reagan (1981-89), no final da Guerra Fria, modesto em comparação com a riqueza da nossa nação."
Foram guerras muito mais importantes porque o poder no mundo estava em jogo. "Hoje eles atacam nosso território", comparou Bush. Só que Ossama ben Laden e Al Caeda não têm condições de derrotar os EUA estrategicamente, embora possam produzir grandes estrados.
Além disso, Al Caeda não estava no Iraque de Saddam Hussein. Chegou no vácuo de poder criado com o colapso do antigo regime.
"No Iraque, há uma convergência da Al Caeda com o Irã", continuou Bush. "Sair do Iraque serio um trunfo de propaganda de grandes proporções para os radicais muçulmanos. O Irã certamente vai tirar proveito, assim como os Talebã no Afeganistão e Al Caeda no Paquistão. Reforçaria a imagem de que nos retiramos, como no Vietnã e na Somália", apontado-os como fracassos.
Por fim, Bush insistiu que "uma retirada prematura do Iraque aumentaria o risco de novos ataques contra o território americano. Uma vitória no Iraque será um golpe no terrorismo. O povo rejeita os extremistas da Al Caeda e do Irã. É uma virada, uma conquista brilhante".
Em seu estilo de não admitir erros, apesar da sucessão de fracassos de seus dois governos, Bush declarou que os EUA retomaram a iniciativa da guerra no Iraque por causa da nova estratégia de reforço de tropas anunciada por ele há um ano e três meses: "Houve uma redução da violência sectária e atacamos os refúgios dos terroristas. Há uma mobilização crescente contra Al Caeda. Novas empresas estão se abrindo. Os governos municipais estão se organizando."
Bush apontou a retomada na produção de petróleo pelo Iraque aos níveis anteriores à invasão e os indicadores do país como um todo como prova da recuperação do país.
Para o presidente americano, há "três grandes desafios": a rede terrorista Al Caeda, o Irã e a reconciliação nacional dos iraquianos.
O reforço das tropas americanas, com o envio de mais 30 mil soldados no ano passado, marcou "uma mudança estratégica", afirmou Bush. "Retomamos a iniciativa. Hoje, estamos enfrentando insurgentes. Al Caeda está em fuga. Não temos a perspectiva do fracasso. Renasceu a expectativa de sucesso. Estamos na ofensiva, operando todas as noites".
Sair do Iraque e deixar o novo governo iraquiano se defendendo sozinho seria arriscado, argumenta o presidente: "Eles ainda precisam da nossa ajuda. Vamos manter o apoio ao governo do Iraque. Fizemos progressos significativos. Estamos no caminho certo."
A economia está em recuperação, assegura Bush: "Os EUA não estão mais pagando pela reconstrução, e o Iraque está pagando a maior parte das despesas com a Polícia e o Exército. Na frente política, as tribos estão reconstruindo a estrutura política.
Na frente diplomática, "o mundo precisa aumentar suas relações com o Iraque", pede Bush. "O general David Petraeus e o embaixador Ryan Crocker vão à Arábia Saudita, iniciando um giro pela região. Estamos incentivando os países vizinhos a reabrirem suas embaixadas. O Irã tem de fazer uma escolha: viver em paz ou o terrorismo."
Pela avaliação do presidente, os EUA estão avançado no Iraque nos setores de segurança, economia, política e diplomacia.
Depois de admitir que as Forças Armadas dos EUA estão estressadas, Bush falou que "o recrutamento continua forte. Uma derrota vai deprimir as Forças ".
Em seguida, pediu mais dinheiro ao Congresso alegando que o gasto militar total dos EUA "não é muito alto, apenas 4% do orçamento contra 13% durante a Segunda Guerra Mundial e 6% nos governos de Ronald Reagan (1981-89), no final da Guerra Fria, modesto em comparação com a riqueza da nossa nação."
Foram guerras muito mais importantes porque o poder no mundo estava em jogo. "Hoje eles atacam nosso território", comparou Bush. Só que Ossama ben Laden e Al Caeda não têm condições de derrotar os EUA estrategicamente, embora possam produzir grandes estrados.
Além disso, Al Caeda não estava no Iraque de Saddam Hussein. Chegou no vácuo de poder criado com o colapso do antigo regime.
"No Iraque, há uma convergência da Al Caeda com o Irã", continuou Bush. "Sair do Iraque serio um trunfo de propaganda de grandes proporções para os radicais muçulmanos. O Irã certamente vai tirar proveito, assim como os Talebã no Afeganistão e Al Caeda no Paquistão. Reforçaria a imagem de que nos retiramos, como no Vietnã e na Somália", apontado-os como fracassos.
Por fim, Bush insistiu que "uma retirada prematura do Iraque aumentaria o risco de novos ataques contra o território americano. Uma vitória no Iraque será um golpe no terrorismo. O povo rejeita os extremistas da Al Caeda e do Irã. É uma virada, uma conquista brilhante".
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Cartões de crédito provocam escândalo nos EUA
Os cartões de crédito do governo federal dos Estados Unidos têm sido usados para despesas como compra de iPods, prostituição via Internet e um jantar de US$ 13 mil, revela o Escritório de Prestação de Contas do Governo (GAO, do inglês), controlado pelo Congresso.
Leia mais no jornal Washington Post. .
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Índia e África pedem segurança alimentar
Diante de uma crise mundial de alimentos, com inflação global de até 30% nos produtos agrícolas, a Índia e a África fizeram um apelo para que a sociedade internacional ofereça segurança alimentar para evitar crises provocadas pelo fome, como vem acontecendo na África, também na Ásia e, desde a semana passada, no Haiti.
Zâmbia convoca reunião sobre Zimbábue
A Zâmbia convocou uma reunião de emergência da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África para discutir o impasse eleitoral no Zimbábue antes que provoque uma guerra civil.
O governo do presidente Robert Mugabe não divulga os resultados oficiais. Teria perdido para o oposicionista Morgan Tsvangirai e estaria fraudando a apuração, pedindo recontagem, em clima claramente golpista.
O governo do presidente Robert Mugabe não divulga os resultados oficiais. Teria perdido para o oposicionista Morgan Tsvangirai e estaria fraudando a apuração, pedindo recontagem, em clima claramente golpista.
Iraque está no caos cinco anos após invasão americana
Cinco anos após a queda de Saddam Hussein, completados na quarta-feira, 9 de abril, os Estados Unidos estão presos num atoleiro no Iraque. Os três candidatos à Casa Branca gostariam de retirar os soldados americanos porque a guerra é impopular, mas o comandante militar americano no Iraque adverte que a situação é "frágil e reversível". Sair do Iraque poderia transformar o país num campo de batalha entre sunitas, inclusive os extremistas da rede Al Caeda, e xiitas apoiados pelo Irã.
A guerra, que seria vencida rapidamente por US$ 40 bilhões, com a reconstrução sendo financiada pelo petróleo iraquiano, teve seu custo estimado em US$ 3 trilhões pelo economista, ex-vice-presidente do Banco Mundial e ganhador do Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz.
Pior do que uma ditadura como a de Saddam, é uma situação de total anarquia, de colapso do Estado e desintegração da lei e da ordem, o que leva a uma guerra de todos contra todos. É o resultado concreto da intervenção militar que o presidente George W. Bush declarou vitoriosa em 1º de maio de 2003, em triunfo, a bordo de um porta-aviões americano.
Ao interrogar o general David Petraeus no Congresso dos EUA, a senadora Hillary Clinton afirmou que o governo Bush sempre diz que está ganhando a guerra e que a vitória está na próxima esquina. Mas a guerra nunca chega ao fim.
Com a queda de Saddam, os EUA ganharam a guerra. Mas não souberam conquistar a paz. O general Colin Powell, na época secretário de Estado, advertiu. Com a derrubada do regime, os EUA seriam responsáveis por um país com 25 milhões de habitantes.
O governo Bush não tinha a menor idéia do que faria com o Iraque. Destruiu a máquina do Estado de Saddam e não construiu outra. Este é o primeiro fracasso. Com a estratégia de uma ofensiva rápida com um exército pequeno, o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, invadiu o Iraque com cerca de 300 mil homens, um contingente incapaz de policiar um país.
Pela total incapacidade dos EUA de governar um país árabe e de reconstruir o país, ou sequer de fazer o papel de polícia, o Iraque virou um caos, um país poroso por onde se infiltrou uma teia de grupos fundamentalistas muçulmano, o que não haveria na era Saddam.
A guerra, que seria vencida rapidamente por US$ 40 bilhões, com a reconstrução sendo financiada pelo petróleo iraquiano, teve seu custo estimado em US$ 3 trilhões pelo economista, ex-vice-presidente do Banco Mundial e ganhador do Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz.
Pior do que uma ditadura como a de Saddam, é uma situação de total anarquia, de colapso do Estado e desintegração da lei e da ordem, o que leva a uma guerra de todos contra todos. É o resultado concreto da intervenção militar que o presidente George W. Bush declarou vitoriosa em 1º de maio de 2003, em triunfo, a bordo de um porta-aviões americano.
Ao interrogar o general David Petraeus no Congresso dos EUA, a senadora Hillary Clinton afirmou que o governo Bush sempre diz que está ganhando a guerra e que a vitória está na próxima esquina. Mas a guerra nunca chega ao fim.
Com a queda de Saddam, os EUA ganharam a guerra. Mas não souberam conquistar a paz. O general Colin Powell, na época secretário de Estado, advertiu. Com a derrubada do regime, os EUA seriam responsáveis por um país com 25 milhões de habitantes.
O governo Bush não tinha a menor idéia do que faria com o Iraque. Destruiu a máquina do Estado de Saddam e não construiu outra. Este é o primeiro fracasso. Com a estratégia de uma ofensiva rápida com um exército pequeno, o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, invadiu o Iraque com cerca de 300 mil homens, um contingente incapaz de policiar um país.
Pela total incapacidade dos EUA de governar um país árabe e de reconstruir o país, ou sequer de fazer o papel de polícia, o Iraque virou um caos, um país poroso por onde se infiltrou uma teia de grupos fundamentalistas muçulmano, o que não haveria na era Saddam.
FMI reduz previsão de crescimento mundial
Na sua Perspectiva Econômica Mundial, o Fundo Monetário Internacional reduziu sua previsão de crescimento para a economia mundial para 3,7% este ano, uma recessão suave nos Estados Unidos e um crescimento maior para o Brasil em 2008, 4,8%, puxados pelo aumento de preços de produtos primários como soja e minério de ferro.
Os EUA devem crescer apenas 0,5% em 2008 e 0,6% em 2009, o que representa um prolongamento da atual crise financeira. A economia da Eurozona terá uma expansão de 1,4%. Para o Brasil, a expectiva em relação à previsão anterior, de janeiro deste ano, melhorou 0,3 ponto percentual, para 4,8% em 2008. Mas cairia em 2009 para 3,7% refletindo um impacto da crise.
Os EUA devem crescer apenas 0,5% em 2008 e 0,6% em 2009, o que representa um prolongamento da atual crise financeira. A economia da Eurozona terá uma expansão de 1,4%. Para o Brasil, a expectiva em relação à previsão anterior, de janeiro deste ano, melhorou 0,3 ponto percentual, para 4,8% em 2008. Mas cairia em 2009 para 3,7% refletindo um impacto da crise.
terça-feira, 8 de abril de 2008
FARC negam acesso a Ingrid Betancourt
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) negaram a uma equipe médica enviada pela França o acesso à ex-senadora e ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt, seqüestrada há mais de seis anos.
O maior grupo guerrilheiro colombiano estaria exigindo, em troca de Ingrid, a libertação de dois companheiros extraditados para os Estados Unidos, onde cumprem longas penas, o que parece impossível.
Fracassa assim a missão humanitária lançada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. As FARC, um notório grupo terrorista envolvido em tráfico de drogas, alegaram que não podem negociar diante da mídia internacional.
O maior grupo guerrilheiro colombiano estaria exigindo, em troca de Ingrid, a libertação de dois companheiros extraditados para os Estados Unidos, onde cumprem longas penas, o que parece impossível.
Fracassa assim a missão humanitária lançada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. As FARC, um notório grupo terrorista envolvido em tráfico de drogas, alegaram que não podem negociar diante da mídia internacional.
Oposição rompe negociações no Quênia
O Movimento Democrático Laranja, que alega ter vencido a eleição presidencial de 27 de dezembro, rompeu hoje as negociações com o presidente Mwai Kibaki, alegando que o governo não está seriamente interessado em dividir o poder meio a meio e nomear um ministério de união nacional.
A ruptura provocou o reinício das manifestações de protesto que causaram uma onda de violência com cerca de 1,5 mil mortes no início do ano.
A ruptura provocou o reinício das manifestações de protesto que causaram uma onda de violência com cerca de 1,5 mil mortes no início do ano.
General pede pausa na saída de tropas do Iraque
Depois de admitir que os progressos na guerra são "frágeis e reversíveis", o comandante militar dos Estados Unidos no Iraque, general David Petraeus, pediu hoje uma pausa na retirada das tropas americanas em julho, quando haverá 140 mil soldados americanos no país, para reavaliar a situação. Nesta quarta-feira, faz cinco anos da queda do ditador Saddam Hussein.
Em depoimento no Congresso, onde foi interrogado pelos três candidatos à Casa Branca na eleição presidencial de 4 de novembro, o general deixou entender que preferia não mandar soldados de volta para casa, como pediu aos gritos um manifestante enquanto ele propunha a pausa.
Antes do depoimento do general, o candidato do Partido Republicano à presidência, senador John McCain, defensor da guerra e do aumento de tropas ordenado pelo governo George W. Bush no ano passado, elogiou a redução da violência. Para McCain, uma retirada rápida, como querem seus adversários do Partido Democrática, seria catastrófica para o Oriente Médio e os interesses dos EUA, provavelmente provocando um "genocídio", palavra que usou diversas vezes.
Veterano do Vietnã, McCain tenta posar como o candidato mais qualificado para ser comandante-em-chefe, embora tenha confundido sunitas com xiitas em recente viagem ao Oriente Médio.
O general Petraeus destacou a redução do número de mortes e atentados desde junho do ano passado, quando o reforço ordenado por Bush começou a dar resultado no campo de batalha. Na época, o Iraque estava à beira de uma guerra civil entre árabes sunitas e árabes xiitas capaz de se transformar numa conflagração geral no Oriente Médio. Mas admitiu que o progresso é "frágil e reversível".
Há sinais claros de que os iraquianos rejeitam a violência terrorista da rede Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden, que sugeriu no mês passado que o Iraque é a base ideal para "libertar a Palestina", afirmou o general. Os sunitas se organizaram em milícias conhecidas como Os Filhos do Iraque, que hoje tem 90 mil homens e são aliadas dos EUA.
Se a situação melhorou nas regiões de maioria sunita, os combates de duas semanas atrás nas áreas xiitas de Bagdá e Bássora revelam uma competição por recursos e poder que estava controlada por causa da trégua declarada em agosto do ano passado pelo aiatolá Muktada al-Sader, líder do Exército Mehdi, a maior milícia do Iraque.
Mais uma vez, declarou o general Petraeus, ficou evidente "o papel destrutivo do Irã", que teria treinado comandos e fornecido as armas usadas nos ataques contra a superprotegida Zona Verde da capital iraquiana, onde ficam o governo, as embaixadas estrangeiras e o comando militar dos EUA.
"A Síria deu alguns passos positivos mas não faz o suficiente para impedir o envio de armas e recursos para a Al Caeda", prosseguiu o comandante americano.
Ao mesmo tempo, a ineficiência das forças de segurança e do governo do Iraque "alimentam a criminalidade e a violência. Estamos monitorando de perto as mortes de civis", acrescentou Petraeus, o contrário do que fazia o primeiro comandante militar americano no Iraque, general Tommy Franks, que declarou no início da guerra: "Não contamos corpos".
"O número de ataques é muito menor do que há um ano", comentou o general Petraeus, "o que impede Al Caeda de reestimular a violência sectária" entre sunitas e xiitas. Al Caeda está assim mais distante do povo iraquiano.
Para que os EUA tenham sucesso, propôs o general, a ação militar precisa ser combinada com operações de inteligência, diplomacia e a reconciliação política dos iraquianos. Ele admitiu que as eleições regionais e municipais e a volta dos refugiados criarão novos desafios a partir do outono no Hemisfério Norte, razão pela qual se opõe à retirada defendida pelos candidatos democratas, que "aumentaria os riscos regionais e globais para os EUA", especialmente na guerra contra Al Caeda.
A rede terrorista está em fuga mas não foi derrotada, concluiu. Sua área de operação diminuiu, mas os jihadistas tentam se estabelecer em Mossul, na região curda no Norte do Iraque.
Por isso, Petraeus considera sem sentido estabelecer um cronograma para a retirada antes de fazer uma profunda reavaliação.
Em resposta às perguntas dos senadores, o comandante militar americano reconheceu que a operação do governo iraquiano contra as milícias xiitas "poderia ser sido muito mais planejada". Ele só foi informado em cima da hora pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki e o desempenho das tropas iraquianas foi medíocre.
Com a intenção de marcar suas diferenças em relação a McCain e se apresentar como mais qualificada para ser comandante-em-chefe do que seu rival democrata, o senador Barack Obama, a senadora Hillary Clinton insistiu em que o governo Bush está sempre afirmando que está fazendo progressos, que a situação esta melhorando e que em breve tudo estará muito melhor no Iraque: "Mas o que vemos na prática é uma repetição das políticas fracassadas".
Se os adversários de uma retirada apontam para os riscos de uma saída rápida das tropas americanas do país conflagrado pela invasão e derrocada de Saddam Hussein, que caiu há cinco anos, em 9 de abril de 2003, Hillary alerta para os custos de continuar na guerra que ela apoiou com seu voto no Senado. A senadora promete iniciar a retirada 60 dias depois de sua posse, se for eleita presidente.
Para marcar sua diferença em relação aos outros dois candidatos e se apresentar como o único que foi contra a guerra desde o início, Obama fala em retirar todas as forças de combate americanas do Iraque em um ano e meio, deixando um contingente de 30 mil soldados para treinar as forças de segurança iraquianas.
Em depoimento no Congresso, onde foi interrogado pelos três candidatos à Casa Branca na eleição presidencial de 4 de novembro, o general deixou entender que preferia não mandar soldados de volta para casa, como pediu aos gritos um manifestante enquanto ele propunha a pausa.
Antes do depoimento do general, o candidato do Partido Republicano à presidência, senador John McCain, defensor da guerra e do aumento de tropas ordenado pelo governo George W. Bush no ano passado, elogiou a redução da violência. Para McCain, uma retirada rápida, como querem seus adversários do Partido Democrática, seria catastrófica para o Oriente Médio e os interesses dos EUA, provavelmente provocando um "genocídio", palavra que usou diversas vezes.
Veterano do Vietnã, McCain tenta posar como o candidato mais qualificado para ser comandante-em-chefe, embora tenha confundido sunitas com xiitas em recente viagem ao Oriente Médio.
O general Petraeus destacou a redução do número de mortes e atentados desde junho do ano passado, quando o reforço ordenado por Bush começou a dar resultado no campo de batalha. Na época, o Iraque estava à beira de uma guerra civil entre árabes sunitas e árabes xiitas capaz de se transformar numa conflagração geral no Oriente Médio. Mas admitiu que o progresso é "frágil e reversível".
Há sinais claros de que os iraquianos rejeitam a violência terrorista da rede Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden, que sugeriu no mês passado que o Iraque é a base ideal para "libertar a Palestina", afirmou o general. Os sunitas se organizaram em milícias conhecidas como Os Filhos do Iraque, que hoje tem 90 mil homens e são aliadas dos EUA.
Se a situação melhorou nas regiões de maioria sunita, os combates de duas semanas atrás nas áreas xiitas de Bagdá e Bássora revelam uma competição por recursos e poder que estava controlada por causa da trégua declarada em agosto do ano passado pelo aiatolá Muktada al-Sader, líder do Exército Mehdi, a maior milícia do Iraque.
Mais uma vez, declarou o general Petraeus, ficou evidente "o papel destrutivo do Irã", que teria treinado comandos e fornecido as armas usadas nos ataques contra a superprotegida Zona Verde da capital iraquiana, onde ficam o governo, as embaixadas estrangeiras e o comando militar dos EUA.
"A Síria deu alguns passos positivos mas não faz o suficiente para impedir o envio de armas e recursos para a Al Caeda", prosseguiu o comandante americano.
Ao mesmo tempo, a ineficiência das forças de segurança e do governo do Iraque "alimentam a criminalidade e a violência. Estamos monitorando de perto as mortes de civis", acrescentou Petraeus, o contrário do que fazia o primeiro comandante militar americano no Iraque, general Tommy Franks, que declarou no início da guerra: "Não contamos corpos".
"O número de ataques é muito menor do que há um ano", comentou o general Petraeus, "o que impede Al Caeda de reestimular a violência sectária" entre sunitas e xiitas. Al Caeda está assim mais distante do povo iraquiano.
Para que os EUA tenham sucesso, propôs o general, a ação militar precisa ser combinada com operações de inteligência, diplomacia e a reconciliação política dos iraquianos. Ele admitiu que as eleições regionais e municipais e a volta dos refugiados criarão novos desafios a partir do outono no Hemisfério Norte, razão pela qual se opõe à retirada defendida pelos candidatos democratas, que "aumentaria os riscos regionais e globais para os EUA", especialmente na guerra contra Al Caeda.
A rede terrorista está em fuga mas não foi derrotada, concluiu. Sua área de operação diminuiu, mas os jihadistas tentam se estabelecer em Mossul, na região curda no Norte do Iraque.
Por isso, Petraeus considera sem sentido estabelecer um cronograma para a retirada antes de fazer uma profunda reavaliação.
Em resposta às perguntas dos senadores, o comandante militar americano reconheceu que a operação do governo iraquiano contra as milícias xiitas "poderia ser sido muito mais planejada". Ele só foi informado em cima da hora pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki e o desempenho das tropas iraquianas foi medíocre.
Com a intenção de marcar suas diferenças em relação a McCain e se apresentar como mais qualificada para ser comandante-em-chefe do que seu rival democrata, o senador Barack Obama, a senadora Hillary Clinton insistiu em que o governo Bush está sempre afirmando que está fazendo progressos, que a situação esta melhorando e que em breve tudo estará muito melhor no Iraque: "Mas o que vemos na prática é uma repetição das políticas fracassadas".
Se os adversários de uma retirada apontam para os riscos de uma saída rápida das tropas americanas do país conflagrado pela invasão e derrocada de Saddam Hussein, que caiu há cinco anos, em 9 de abril de 2003, Hillary alerta para os custos de continuar na guerra que ela apoiou com seu voto no Senado. A senadora promete iniciar a retirada 60 dias depois de sua posse, se for eleita presidente.
Para marcar sua diferença em relação aos outros dois candidatos e se apresentar como o único que foi contra a guerra desde o início, Obama fala em retirar todas as forças de combate americanas do Iraque em um ano e meio, deixando um contingente de 30 mil soldados para treinar as forças de segurança iraquianas.
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COI pode suspender revezamento da tocha olímpica
Diante da onda de protestos contra a China que impediu o revezamento da tocha da Olimpíada de Beijim em Londres e Paris, o Comitê Olímpico Internacional ameaça suspender o roteiro internacional, levando a chama olímpica diretamente para a China.
O presidente do COI, o francês Jacques Rogge, estava hoje na capital chinesa em reunião de emergência com as autoridades chinesas, que culparam a França pelos problemas ocorridos em Paris, onde a chama olímpica foi apagada quatro vezes.
Rogge pediu mais respeito à tocha, que descreveu como "um símbolo da união entre os povos". Já o presidente do Comitê Olímpico da Grécia declarou que "a tocha olímpica é sagrada".
Para os manifestantes, sagrados são os direitos humanos que o regime comunista chinês viola cotidianamente. Só no ano passado, cerca de 6 mil pessoas foram executadas na China. O país tem 14 mil presos políticos.
A maioria dos protestos é contra a ocupação chinesa do Tibete. Isso levou o ministro do Exterior da França, Bernard Kouchner, a fazer novo apelo ao governo da China para que inicie negociações com o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete, o que é altamente improvável dada a natureza ditatorial do regime chinês.
Hoje a tocha chegou a São Francisco da Califórnia, única cidade americana incluída no revezamento. Antes mesmo da chegada, monges budistas tibetanos realizaram protestos que culminaram com uma revoada de pombos para simbolizar a liberdade.
Durante a noite, a chama olímpica está guardada em lugar secreto. Assim que sair às ruas amanhã será alvo de novos protestos.
Por tudo isso, o jornal The South China Morning Post, de Hong Kong, anunciou hoje em manchete que o revezamento da tocha pode ser cancelado. O presidente do COI negou isso, mas a informação foi atribuída a seu vice-presidente.
O presidente do COI, o francês Jacques Rogge, estava hoje na capital chinesa em reunião de emergência com as autoridades chinesas, que culparam a França pelos problemas ocorridos em Paris, onde a chama olímpica foi apagada quatro vezes.
Rogge pediu mais respeito à tocha, que descreveu como "um símbolo da união entre os povos". Já o presidente do Comitê Olímpico da Grécia declarou que "a tocha olímpica é sagrada".
Para os manifestantes, sagrados são os direitos humanos que o regime comunista chinês viola cotidianamente. Só no ano passado, cerca de 6 mil pessoas foram executadas na China. O país tem 14 mil presos políticos.
A maioria dos protestos é contra a ocupação chinesa do Tibete. Isso levou o ministro do Exterior da França, Bernard Kouchner, a fazer novo apelo ao governo da China para que inicie negociações com o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete, o que é altamente improvável dada a natureza ditatorial do regime chinês.
Hoje a tocha chegou a São Francisco da Califórnia, única cidade americana incluída no revezamento. Antes mesmo da chegada, monges budistas tibetanos realizaram protestos que culminaram com uma revoada de pombos para simbolizar a liberdade.
Durante a noite, a chama olímpica está guardada em lugar secreto. Assim que sair às ruas amanhã será alvo de novos protestos.
Por tudo isso, o jornal The South China Morning Post, de Hong Kong, anunciou hoje em manchete que o revezamento da tocha pode ser cancelado. O presidente do COI negou isso, mas a informação foi atribuída a seu vice-presidente.
Oposição teme banho de sangue no Zimbábue
O Movimento pela Mudança Democrática (MDC, da sigla em inglês) fez um apelo hoje à União Africana e à África do Sul para que intervenham para evitar um banho de sangue no Zimbábue.
Dez dias depois da eleição presidencial, a Comissão Eleitoral do ainda não divulgou resultados oficiais, apesar do recurso da oposição ao Supremo Tribunal. O MDC acusa o presidente Robert Mugabe de rearmar as milícias que aterrorizaram o país durante as campanhas para o plebiscito constitucional de 2000 e as eleições de 2002.
Nos jornais oficiais, o governo acusa a oposição de querer devolver as terras aos fazendeiros brancos, expropriadas por aliados de Mugabe numa onda de violência no início da década, quando os chamados "veteranos de guerra", que não tem idade para terem lutado pela independência do Zimbábue, conquistada em 1980, passaram a invadir propriedades da maiora branca. A maior parte destas fazendas foi comprada legalmente após a independência.
Como os resultados oficiais não saem e alguns funcionários eleitorais foram presos sob acusação de roubar votos do presidente, a oposição suspeita de uma fraude maciça para manter Mugabe no poder.
Dez dias depois da eleição presidencial, a Comissão Eleitoral do ainda não divulgou resultados oficiais, apesar do recurso da oposição ao Supremo Tribunal. O MDC acusa o presidente Robert Mugabe de rearmar as milícias que aterrorizaram o país durante as campanhas para o plebiscito constitucional de 2000 e as eleições de 2002.
Nos jornais oficiais, o governo acusa a oposição de querer devolver as terras aos fazendeiros brancos, expropriadas por aliados de Mugabe numa onda de violência no início da década, quando os chamados "veteranos de guerra", que não tem idade para terem lutado pela independência do Zimbábue, conquistada em 1980, passaram a invadir propriedades da maiora branca. A maior parte destas fazendas foi comprada legalmente após a independência.
Como os resultados oficiais não saem e alguns funcionários eleitorais foram presos sob acusação de roubar votos do presidente, a oposição suspeita de uma fraude maciça para manter Mugabe no poder.
Prejuízo da crise financeira chega a quase US$ 1 trilhão
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou hoje em US$ 945 bilhões o prejuízo total decorrente da crise financeira iniciada no setor de crédito hipotecário para clientes com problemas de crédito nos Estados Unidos, pressupondo que novos rombos aparecerão nos balanços de instituições financeiras nos próximos dois anos .
Para o diretor-gerente do Fundo, o ex-ministro das Finanças francês Dominique Strauss-Kahn, chegou a hora de uma intervenção coordenada dos governos dos países ricos para sanear o mercado e impedir um agravamento ainda maior da situação. Isso vai na contramão da ideologia liberal que domina o pensamento econômico desde o fim da Guerra Fria.
Leia mais no jornal Financial Times.
Para o diretor-gerente do Fundo, o ex-ministro das Finanças francês Dominique Strauss-Kahn, chegou a hora de uma intervenção coordenada dos governos dos países ricos para sanear o mercado e impedir um agravamento ainda maior da situação. Isso vai na contramão da ideologia liberal que domina o pensamento econômico desde o fim da Guerra Fria.
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