Pouco mais de dois meses depois de ser baleado num atentado que quase lhe custou a vida, o presidente José Ramos Horta voltou hoje à Díli, a capital do Timor Leste, e acusou a Indonésia de apoiar os rebeldes. Desde fevereiro, ele estava em tratamento em Darwin, na Austrália, onde chegou 67 dias antes, em estado de coma, e foi submetido a duas cirurgias de emergência.
Ao chegar, Ramos Horta agradeceu o apoio do povo e do governo timorenses, especialmente o primeiro-ministro Xanana Gusmão, seu antigo companheiro na luta contra a Indonésia pela independência da ex-colônia portuguesa. Ele denunciou a Indonésia de apoiar clandestinamente os rebeldes, um grupo de ex-militares timorenses liderados pelo major Alfredo Reinado, morto no ataque pela segurança do presidente.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, prometeu investigar os suspeitos.
"É mentira", reagiu Ramos Horta. Ele disse que Reinado viajou a Jacarta, a capital da Indonésia, em maio do ano passado, e só pode ter usado documentos falsas porque do Timor não tinha. "Quem deu os documentos falsos?" Mas não acusou diretamente o governo ou o Exército da Indonésia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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