O Movimento pela Mudança Democrática (MDC, da sigla em inglês) fez um apelo hoje à União Africana e à África do Sul para que intervenham para evitar um banho de sangue no Zimbábue.
Dez dias depois da eleição presidencial, a Comissão Eleitoral do ainda não divulgou resultados oficiais, apesar do recurso da oposição ao Supremo Tribunal. O MDC acusa o presidente Robert Mugabe de rearmar as milícias que aterrorizaram o país durante as campanhas para o plebiscito constitucional de 2000 e as eleições de 2002.
Nos jornais oficiais, o governo acusa a oposição de querer devolver as terras aos fazendeiros brancos, expropriadas por aliados de Mugabe numa onda de violência no início da década, quando os chamados "veteranos de guerra", que não tem idade para terem lutado pela independência do Zimbábue, conquistada em 1980, passaram a invadir propriedades da maiora branca. A maior parte destas fazendas foi comprada legalmente após a independência.
Como os resultados oficiais não saem e alguns funcionários eleitorais foram presos sob acusação de roubar votos do presidente, a oposição suspeita de uma fraude maciça para manter Mugabe no poder.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário