A China prendeu nove monges budistas tibetanos que acusa de um ataque a bomba contra um prédio público em 23 de março.
O governo chinês responsabiliza o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete, e seus seguidores pela onda de manifestações de protesto iniciada em 10 março, aniversário da revolta tibetana de 1959. Recentemente, anunciou que extremistas muçulmanos estariam planejando atentados contra atletas, jornalistas e turistas para boicotar a Olimpíada de Beijim, que começa em 8 de agosto.
Mas até agora, não havia denunciado nenhum atentado a bomba. A agência de notícias oficial Nova China informou que nove monges do Mosteiro de Tongxia confessaram-se culpado pelo ataque, sem falar sobre os efeitos da suposta explosão.
No sábado, o presidente Hu Jintao acusou o Dalai Lama de querer "dividir a pátria", "incitar à violência" e "arruinar a Olimpíada de Beijim" usando métodos violentos. É o discurso oficial da ditadura militar chinesa.
"Não estamos contra vocês, e eu não independência", reiterou o Dalai Lama.
A última denúncia é de uma aliança entre os tibetanos e os extremistas muçulmanos da minoria étnica uigur da província de Xinjiang, no Oeste da China, no Turquestão Oriental, que como o Tibete teve uma breve vida independente entre o colapso do império chinês, em 1912, e a vitória da revolução comunista em 1949.
É a paranóia do regime comunista chinês chegando a seu mais alto grau, por causa das pressões causadas pela violenta repressão ao movimento pela liberdade no Tibete.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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