Para o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o ex-ministro francês Dominique Strauss-Kahn, é necessária uma intervenção global para acabar com a crise de crédito, que na sua opinião terá forte impacto sobre o crescimento da economia mundial.
Nesta semana, o FMI vai reduzir suas previsões para o crescimento da economia global: "As previsões que vamos divulgar nos próximos dias não são muito otimistas. Os riscos de queda de que falamos na última Perspectiva Econômica Mundial se materializaram".
A intervenção governamental - no mercado financeiro, no setor habitacional ou nos bancos - seria a "terceira linha de defesa", em apoio às políticas fiscal e monetária.
Até agora, as autoridades econômicas dos Estados Unidos, onde a crise começou, estão agindo agressivamente, mas só fizeram uma intervenção, para salvar o Bear Stearns, que era o quinto maior banco de investimentos do país. A maioria dos políticos ainda acredita que não chegou o momento de intervir.
Mas, na semana passada, o Instituto de Finanças Internacionais, um centro de pesquisas dos grandes bancos, declarou que há um "argumento crescente" pela intervenção.
Para Strauss-Kahn, ex-ministro das Finanças da França, "a crise é global. A teoria do descolamento é totalmente enganosa". Os países emergentes de alto crescimento, a China e a Índia, também serão afetados.
Ele entende que é preciso atacar diretamente os problemas de crédito hipotecário e falta de liquidez dos bancos afetados: "Deve ser feito um esforço para reestruturação das hipotecas. Com relação aos bancos, se o setor privado não for capaz de resolver o problema rapidamente, o uso de dinheiro público deve ser considerado".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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